sábado, 21 de dezembro de 2013

CTB: A classe trabalhadora está preparada para a luta em 2014


"A classe trabalhadora está preparada para a luta em 2014. Nosso empenho será pela quarta vitória do povo". Esse foi o tom dado por Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), ao fazer balanço das lutas travadas pelos trabalhadores do Brasil em 2013 e ao apontar os desafios que chegarão junto com o ano de 2014.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo















Durante a entrevista, o presidente da CTB reafirmou que “o Brasil é uma nação emergente em potencial e o mundo vê no Brasil uma nação de oportunidades. De modo que os trabalhadores e trabalhadoras estão prontos para fazer esse país avançar nas mudanças”.

Segundo ele, “os trabalhadores, organizados na CTB, estão providos de uma plataforma que permite, efetivamente, disputar os rumos de um governo democrático popular que ajudamos a eleger e construir. Enxergamos os trabalhadores como parte construtora da nação”, declarou o sindicalista baiano.

E mais: “se de fato os trabalhadores são a força motriz desse país, temos a autoridade moral e política para garantir que essa nova arrancada no desenvolvimento seja possível. Principalmente diante da necessidade de termos um ajuste correto na política de valorização do trabalho e do trabalhador”.

Defesa das reformas estruturais

No que se refere à luta pelas reformas estruturais e democráticas, o dirigente nacional da CTB reafirmou que “hoje, o Brasil é uma nação emergente em potencial, gozando de prestígio, sobretudo quando comparamos com o cenário de crise que abate a Europa. O mundo conhece um Brasil de oportunidades. No entanto, é necessário que enfrentemos os nossos gargalos, e isso passa por uma mudança política estratégica, que tenha como objetivo um Brasil mais humano, menos desigual”.

Para Adilson, a atual conjuntura política coloca na ordem do dia a luta pelas reformas. “Diante da efervescência que tomou o Brasil, é fundamental para a luta política a reforma do Judiciário, dos meios de comunicação e do sistema financeiro. Precisamos oxigenar a democracia. É chegada a hora de pôr fim, por exemplo, no monopólio da mídia. Um monopólio que tem lado e atua como partido.”

Ele também defendeu as reformas agrária, urbana, da saúde, da educação e acrescentou ser urgente a reforma política, que tenha como premissas o financiamento público de campanha e que fortaleça os partidos. Para tanto, o dirigente cetebista pontuou a centralidade da luta política em 2014 e convocou os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil a reforçar a organização e intensificar a luta com fim de ampliar a atuação os espaços de poder e decisão.
 
Centrais comemoram Dia de mobilização com pauta unificada. Foto: Théa Rodrigues

Reforma Política

Adilson Araújo ainda refletiu sobre a luta por uma reforma política ampla e democrática. Ele acentuou: “É uma vergonha perceber que os empresários, quando se fala em investimentos para a melhoria de condições dos trabalhadores, fogem como o diabo corre da cruz. Entretanto, eles financiam e contribuem para esquemas de corrupção que configuram num verdadeiro estelionato aos cofres públicos. E as atitudes desses empresários, ligados aos grandes blocos econômicos, dificultam ainda mais a vida dos trabalhadores", denunciou o presidente da CTB.

Ouça a íntegra da entrevista na Rádio Vermelho:

Retrospectiva 2013 - Entrevista Adilson Araújo


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