quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Orlando Silva: “Vou honrar a história do PCdoB na Câmara de SP”

O ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, irá assumir a vaga deixada pelo vereador Netinho Paula na Câmara Municipal de São Paulo. Netinho será indicado nesta quarta-feira (28) pelo prefeito eleito da capital, Fernando Haddad, para a nova Secretaria de Promoção da Igualdade Racial.

Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho


Em entrevista ao Portal Vermelho, Orlando afirmou que será uma honra e um desafio enorme representar o PCdoB no Legislativo Municipal. “Nosso Partido ganha a cada dia mais relevância na vida política brasileira e espero honrar a trajetória e a história do PCdoB – que é feita com gente comprometida com o Brasil.”

Com 19.739 votos, Orlando conquistou a primeira suplência da chapa comunista da capital nas eleições municipais de outubro deste ano. “Hoje cedo o prefeito Haddad me telefonou para comemorar a responsabilidade que terei como representante do Partido na Câmara. Falou que confia muito no meu trabalho e que meu mandato irá dar suporte ao seu governo. Estou feliz e consciente da importância que é representar o Partido na Câmara de São Paulo.”

Orlando começou sua trajetória no movimento estudantil em Salvador e foi eleito em 1995 o primeiro presidente negro da União Nacional dos Estudantes (UNE). Formado em Direito na Universidade Católica de Salvador, em 2006 ele foi nomeado ministro do Esporte pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele foi um dos grandes responsáveis por trazer a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 para o Brasil. Em 2011, Orlando foi vítima de uma caluniosa campanha da mídia que tentou envolver seu nome em supostas irregularidades no Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.

Em 12 de junho deste ano, a Comissão de Ética da Presidência da República arquivou a denúncia contra Orlando por “absoluta falta de provas”. Na época, ele afirmou que essa foi a “primeira vitória na cruzada em defesa da justiça e da verdade”.

“O mandato na Câmara é um caminho para eu retomar a minha atividade política pública e renovar os compromissos que sempre tive com o meu Partido e com o meu país. Tenho a responsabilidade de honrar os votos das pessoas que, enfrentando toda a onda da mídia, apoiaram, votaram e se mobilizaram. Vamos dar uma resposta com muito trabalho, dedicação e esforço para que possamos demonstrar a capacidade que temos para fazer uma cidade e um país melhor”.

Orlando assegura que será o porta-voz do PCdoB na cidade de São Paulo e que seu mandato terá uma identidade muito forte com os trabalhadores, a juventude e com os movimentos sociais. “Além do Esporte e da Educação, eu diria que os movimentos são uma marca importante da minha trajetória e também serão uma marca do meu mandato.”

Ele comentou ainda a indicação do vereador Netinho de Paula para a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial. Segundo ele, a criação da pasta irá abrir o caminho para fomentação de políticas públicas na capital. “O ex-presidente Lula criou o Ministério, mas as principais cidades do país e os governos estaduais não têm uma Secretaria própria para tratar desse tema. Para nós é importante que São Paulo saia na frente, numa posição de vanguarda.”

“O PCdoB em São Paulo tem uma particularidade porque tem uma marca muito forte no trabalho com a juventude e com as mulheres e vai se configurando também como um Partido que tem muitas lideranças negras. Aqui em São Paulo o nosso vereador Netinho é negro, eu sou negro, o presidente municipal do PCdoB, Wander Geraldo, é negro, a nossa deputada Leci Brandão é negra. Isso para nós é uma coisa boa porque vai dando a nosso Partido a cara do povo brasileiro.”




quarta-feira, 28 de novembro de 2012

GOLPE DE 64, AINDA TRAZ SOFRIMENTO E DOR!!!!!


"O dia que durou 21 anos" aborda atuação dos EUA no golpe de 64


Que os Estados Unidos da América contribuíram com o golpe militar de 1964 no Brasil todos sabem. Mas o documentário O dia que durou 21 anos, dirigido por Camilo Tavares, explicita isso com uma contundência inédita no Brasil.


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John Kennedy e o embaixador dos EUA no Brasil, Lincoln Gordon / Foto: Divulgação
O trabalho de pesquisa de três anos rendeu aos organizadores do filme materiais secretos da CIA, telegramas e até gravações telefônicas entre o embaixador norte-americano no Brasil e os presidentes dos EUA John Kennedy e Lyndon Johnson. As conversas mostram o passo a passo do golpe e o reconhecimento dele.

O documentário introduz o contexto vivido no Brasil desde João Goulart e suas tentativas de aplicação das chamadas Reformas de Base, até a reação estadunidense ao encaixá-lo como um comunista semelhante a Fidel Castro. Com forte participação dos embaixadores no Brasil, de institutos – como o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES) e Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD) – o golpe é tratado no filme de maneira direta, expondo os interesses econômicos dos EUA no Brasil e o investimento financeiro aplicado para, por exemplo, comprar parlamentares brasileiros.

Historiadores e personalidades conduzem a narrativa, com ajuda de fotos da época animadas, áudios, imagens de documentos e filmagens do período. Um trabalho de fôlego, que preenche a 7ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul com conteúdo, contribuindo para a construção das história do país. O documentário buscará a distribuição comercial para abril de 2013.

Veja entrevista com Camilo e confira a programação da Mostra no site (www.cinedireitoshumanos.org.br):

Carta Maior: Por que escolheu dar o enfoque do documentário na atuação norte-americana no golpe de 64? 
Camilo Tavares: A riqueza do material encontrado nos levou a esta opção. Tanto os telegramas da CIA, como as conversas da Casa Branca, assim como os incríveis programas de TV produzidos pela CBS (em 1961) para convencer a opinião pública dos EUA.

Acredita que no Brasil há uma percepção comum dessa participação ativa dos presidentes norte-americanos no golpe? Há muito pouco conhecimento do assunto. Este foi um dos objetivos do filme. Nossa meta é que o filme que teve patrocínio do Ministério da Cultura e da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, via Eletrobras, Sabesp e Cesp, seja distribuído na rede de ensino público com foco no público jovem que precisa conhecer melhor nossa história. E também do público adulto em geral que viveu a ditadura militar mas não conhece a dimensão dos interesses dos EUA em nosso país.

O documentário traz uma série de documentos secretos do governo dos EUA e da CIA, além de gravações entre embaixadores e os presidentes dos EUA. Como foi o processo de pesquisa? Quanto tempo durou, como foram adquiridos esses materiais e como foi organizado? A divulgação desse material é considerada inédita no Brasil? 
Sim é inédita no sentido do volume de informações. Tivemos apoio de historiadores muito antenados como Carlos Fico (UFRJ) que pesquisou os arquivos e publicou dois livros sobre o assunto, Peter Kornbluh (NARA_Washington) e da jornalista e escritora Denise Assis que fez a pesquisa do IPES e IBAD. A Pequi Filmes, minha produtora, arcou um árduo e custoso trabalho de 3 anos para levantar todo o material de arquivo. Aliás temos um rico material suficiente para novas series de TV ou filmes longa-metragem das relações Brasil, EUA e América Latina.

O documentário traz também dois aspectos interessantes: a insistência do interesse financeiro dos governos norte-americanos em apoiar o golpe militar e a suposta falta de controle de pessoas que apoiaram o golpe mas não concordavam com torturas, prisões e outras medidas autoritárias. Acredita que os objetivos norte-americanos foram atingidos ou em algum momento houve um descompasso com os interesses dos militares brasileiros? Os militares brasileiros fizeram exatamente o que os americanos queriam. Entregaram nosso mercado para os EUA e adotaram o modelo de desenvolvimento financiado pelas empresas americanas, que hoje são as grandes empresas do Brasil nos setores estratégicos da economia. A primeira medida do Presidente Castelo Branco ao assumir foi acabar com a lei que limitava a remessa de lucros excessivos das empresas americanas ao EUA. Ou seja abriu as portas, como diz a música do Raul Seixas: "a solução é alugar o Brasil". E aliás como será que está esta lei de remessa de lucros atualmente?

Foram colhidos depoimentos de militares. Com que objetivo buscou isso?
Este foi o grande desafio: ouvir a voz dos militares como o Ministro Jarbas Passarinho, General Newton Cruz, Almirante Bierrenbach e também dos militares que apoiavam João Goulart, como Capitão Ivan Proença e o Brigadeiro Rui Moreira Lima.

Qual papel o documentário em si e o cinema em geral podem ter para a promoção dos direitos humanos no Brasil? 
Considero essencial.

Fonte: Carta Maior


SER PROFESSOR

Verdades da Profissão de Professor
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal r
emunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
... um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
Paulo Freire

Lutar contra as ameaças a CLT

O capitalismo ataca o povo trabalhador em todas as formas seja com guerras, com ditaduras, com pseudas-democracias, mas a forma, mais presente, é o arrocho salarial e o ataque a direitos sociais e trabalhistas.
TODOS ALERTAS E PRONTOS PARA RESISTIR!!!!

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=199550&id_secao=1

Racismo

Pouco a comemorar e muito a ser cobrado!!!!

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=199240&id_secao=1

Seja solidário!

Estamos fazendo uma campanha de “Natal” em benefício ao “ASILO DE CAMBUCI” que se sustenta com a colaboração dos amigos que conhecem o trabalho ali realizado.
O brinde solicitado é: um lençol de solteiro com uma fronha, de tecido de algodão, com elástico ou uma toalha de banho.
Pode ser entregue na própria Instituição.
Desde já agradecemos mais uma vez sua colaboração que para nós é de enorme importância. Que Deus traga suas bênçãos de PAZ para você e sua família. Desejamos um Feliz Natal com harmonia e muito amor.
Neusa Hélia