Depois de transbordar em Laje, o rio Muriaé atinge alguns bairros de Itaperuna, inclusive a Beira-Rio, na área central. Segundo a Defesa Civil do município, o nível do rio Muriaé estava em 3,75m, mas alcançou a cota de transbordo nesta terça-feira (24), que é de 4,20m. A Defesa Civil pede que a população fique em estado de alerta.
Moradores de áreas ribeirinhas devem ficar atentos, segundo agentes da Defesa Civil, quanto aos seus móveis, buscando protegê-los de maneira adequada.
Já as pessoas que residem próximo a encostas devem observar a vegetação no entorno, bem como se há rachaduras em seus respectivos imóveis. Casos essas situações se confirmem, é necessário que os moradores deixem imediatamente as residências e comuniquem o fato à Defesa Civil ou ao Corpo de Bombeiros.
Por conta da cheia do Rio Muriaé, que já havia transbordado durante o domingo (22), diversas ruas estão debaixo de água, em Laje do Muriaé. O rio está 50 centímetros acima da cota de transbordo. Por conta disso, a RJ-116 está também alagada.
Segundo informações da Defesa Civil, a previsão é que o nível do rio baixe e o trecho seja liberado. Ao todo, 24 famílias que moravam à beira do rio Muriaé saíram de casa e estão em abrigos ou residências de parentes. Outras quatro foram removidas por causa do risco de deslizamento.
O Sistema de Alerta de Cheias do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) indica outros rios da região oferecem risco, entre eles o Pomba, em Santo Antônio de Pádua, Itabapoana, em Bom Jesus de Itabapoana. Assim como o Muriaé, todos estão em estado de alerta máximo. Os outros rios da região estão em estado de atenção. O Rio Paraíba do Sul, na altura de Campos, está sendo monitorado pela Defesa Civil, mas ainda está abaixo de de 7m, sendo sua cota de transbordo de 10,30m. Como recebe a água do Muriaé de do Pomba, o Paraíba vai continuar subindo . Alerta também para o rio Ururaí, que preocupa por causa das águas que caíram na região do Imbé. Com o aumento do volume d'água no rio Muriaé, outras cidade como Italva e Cardoso Moreira estão em estado de atenção, assim como a localidade de Três Vendas em Campos, onde as condições precárias de um dique, segundo a Defesa Civil, oferecem risco.
O Rio São Pedro, em Macaé, no Norte Fluminense, também está em estado de alerta máximo. Na região serrana e em toda a Baixada Fluminense, os rios estão em estado de atenção, segundo o Inea.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet ) emitiu aviso alertando para a ocorrência de “chuva moderada a forte, com acumulado significativo” em Minas Gerais, no Noroeste, Centro e Sul do Espírito Santo, Médio Paraíba, Centro-sul, nas baixadas litorâneas e regiões serrana e metropolitana do Rio de Janeiro.
Os temporais em dezembro já provocaram alagamentos em diversas regiões do Rio de Janeiro, deixaram mais de 2.000 famílias fora de casa, quatro mortos e dois municípios fluminenses em estado de calamidade pública —-Nova Iguaçu e Japeri. Os transtornos, intensificados ainda mais com os registros de saques e protesto, também atingiram o trânsito e o transporte público no Estado.
Segundo balanço da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, mais de 2.000 famílias tiveram que deixar as suas casas diante dos temporais. O município de Japeri, na região metropolitana, ficou entre os mais atingidos, com mais de mil famílias desalojadas e outras 23 abrigadas.
No Norte e Noroeste do Estado do Rio, três pessoas morreram desde que as chuvas fortes atingiram as duas regiões: duas em Bom Jesus do Itabapoana e uma em Macaé.
Fonte: Ascom Defesa Civil de Itaperuna e Blog Em Tempo, do jornalista Cilênio Tavares, com Agências
Fotos: Lohaynne Gregório
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