sábado, 23 de abril de 2016

OS EVANGÉLICOS E A POLITICA NACIONAL

Não consigo imaginar Pastor Feliciano e companhia liderando uma comunidade religiosa, seja qual for a religião, com sua politica de exceção, de perseguição, com suas politicas contra a soberania nacional (privatizações e desnacionalização e quebra de direitos trabalhistas), mas é isso que esta posto hoje.

Ate pouco tempo, considerava-se que não existia um voto evangélico, hoje vemos o contorno deste voto, sabemos que por trás destes parlamentares existem figuras polêmicas como Silas Malafaia e outras lideranças religiosas. Não questiono a disputa de espaço politico, como qualquer grupo religioso ou não, é democrático e salutar esta disputa de espaço e de ideias. O problema é quando esta disputa de espaço vem carregado de conceitos e preconceitos, porque não dizer de sentimentos alheios a democracia e ao bem-estar social. Outros grupos trazem vícios, mas no tocante aos evangélicos, esperava-se uma qualidade maior dos seus políticos.

Não falo das pautas sexuais e reprodutivas, os evangélicos têm posturas coerentes com suas linhas de pensamento, mas sim, das propostas antidemocráticas como o cerceamento de organização de sindicatos e movimentos sociais, seria a mesma coisa de se propor o fim da liberdade religiosa, também no campo econômico em que boa parte defendem o desmonte do estado nacional, sei que outras componentes têm que ser colocadas em conta como classe social do parlamentar. Tudo isso fica muito nebuloso quando colocado dentro de um discurso moralista e teocrático. Era ou é um grupo heterogêneo, mas que vem sendo unificado por um discurso dos mais conservadores, que nem a ditadura militar propos.

Existem divergências, certamente estudiosos das Ciências Politicas elaborariam melhor, mas não importa a classe social ou a região que vive, o voto evangélico tem sido em boa parte muito parecido.
A minha opinião é que temos que dar um basta a estas pessoas e grupos, religiosos ou não, que galgam o poder se construindo com os tijolos da exclusão, do preconceito e do ódio.  Acaba se contrastando com a postura de boa parte dos evangélicos que de forma geral pode ser traduzida com uma frase de Paulo Freire:Que é mesmo a minha neutralidade senão a maneira cômoda, talvez, mas hipócrita, de esconder minha opção ou meu medo de acusar a injustiça? Lavar as mãos em face da opressão é reforçar o poder do opressor, é optar por ele.

Fica o alerta e o apelo para que esta comunidade, em especial o povo trabalhador desta comunidade que necessita dos serviços e das politicas de inclusão do Estado brasileiro, que assuma a responsabilidade de construir uma politica de inclusão que priorize o trabalho e a soberania nacional.