quinta-feira, 6 de julho de 2017

O SEPE NEGOCIA COM O PLANO UNIMED

Quando defendemos um SUS que funcione, é justamente para não ficarmos nas mãos de mercadores da saúde, de pessoas que não pensam no outro, só visam o lucro, custe o que custar. O particular na nossa cidade está impraticável, os hospitais conveniados ao SUS recebem uma fortuna da prefeitura e do SUS, e ainda, para ser atendido a população tem que pagar a famosa consulta social que para o baixo assalariado de social não tem nada. Um absurdo não tem Ministério da Saúde, não tem Secretarias de Saúde do Estado e do Município e não tem Ministério Público que dê conta do problema. Marcas no corredor, falta de atendimento, filas pela madrugada e por ai vai.

A Unimed encaminhou ao Sepe, a sua proposta de reajuste, para o Plano Nacional de 13,55%, com contraproposta do SEPE de 10%. e no Plano Local Unimed com proposta de reajuste de 40,5% e a contraproposta do SEPE de manter a proposta da ANS de 13,55%. A proposta da ANS por si só já é um absurdo, acima da inflação e em num momento de crise com desemprego e refluxo de salários, bem como, no caso do estado Rio de Janeiro com salários atrasados.

Os argumentos das operadoras são muitos e sem justificativa plausível, primeiro diz que a população está envelhecendo só que existe as faixas de idades em que os planos sobem, aliás sobem muito, é quase impagável para os idosos. Outro fator muito comum é a justificativa de investimento tecnológico como se ele tivesse que ser pago de uma vez só, investimento é de longo prazo, de anos. A falta de gestão e a dificuldade dos médicos mensurar custos é um outro fator levantado pelas operadoras,( dados retirado de reportagem ESTADÃO 07/10/2016) que não é um problema do usuário, ele não pode arcar com a incompetência dos administradores de plano de saúde ou se os médicos na sua formação não são preparados para mensurar custos, já que são profissionais liberais.

O fato que existe uma cultura no país de lucro fácil e rápido, lucrar 8% ou 9% como acontece no Plano Local da Unimed Campos convenio SEPE, informações da operadora, é inconcebível, eles querem, exigem 25% de lucro. QUE ECONOMIA DE MERCADO É ESSA?

Por isso, temos que ter uma fiscalização forte, a presença do estado é importantíssima, deixar a raposa cuidar do galinheiro é loucura.



Professor Marcelo Soares
Diretor do Núcleo Campos do SEPE
Diretor CTB/RJ



segunda-feira, 3 de julho de 2017

OS PRIMEIROS MESES DO GOVERNO RAFAEL DINIZ



Passados seis meses de governo da Planície Goytacá, existem inúmeras análises, população dividida, opiniões diferenciada, decepções e defesas. O fato é que o prefeito Rafael foi eleito em primeiro turno cercado de esperança, esperava-se uma inversão de valores, esperava-se que as necessidades de população como saúde, educação, transporte e assistência fosse uma prioridade.

Mas vale lembrar que o grupo político do prefeito está alinhado com a politica do governo federal e estadual que vem destruindo os direitos trabalhistas e previdenciários, que vem destruindo toda e qualquer politica desenvolvimentista, que bloqueia todo investimento público de atendimento a população, talvez, e eu acredito, por isso, que o governo quando fala em “cortar na carne” vem a atingir programas sociais sensíveis aos mais necessitados como o Restaurante Popular e a Passagem a 1 real que aliás foi a única coisa boa que o governo passado deixou.

Sabemos que existem inúmeras questões como as dívidas herdadas do governo passado, que também, dilapidou o patrimônio público e as conjunturas estadual e federal que dificultam parcerias. Mas porque não pedir um sacrifício aos mais ricos, como um aumento de IPTU nos bairros nobres? Aumento da taxa de lixo nas regiões nobres que tem coleta todo dia?

Mas, infelizmente, quando fala-se em sacrifício lembra-se dos mais humildes.

Entra governo sai governo e não se tem um projeto de desenvolvimento para o município, o empresariado local não apresenta projetos alternativos só sabem reclamar de impostos, como se somente os mais pobres pudessem pagar, enquanto isso, as taxas de desemprego sobem. Precisamos resgatar a nossa indústria agropecuária com uma politica de modernização das usinas, criação de uma indústria de laticínios, retorno do plantio do café no norte do município, isso tudo com parcerias das universidades. Temos uma indústria de confecção na UTI, mas que pode ser resgatada. As oportunidades com o Porto do Açu. A exploração responsável de nossas riquezas naturais com o turismo. São exemplos de potencialidade que a cidade tem e que parecem esquecidas. Fala-se apenas de grandes empreendimentos que custam muito caro e as vezes não saem do papel. A criação de frentes de trabalho, sem intermediação de empreiteiras, usando técnicos da prefeitura, como, por exemplo, terminar o morar feliz, reformas nos prédios públicos, o custo diminuiria drasticamente. Nosso povo necessita de emprego, imediato!

A saúde e a educação continuam um caos, na educação uma total falta de projeto pedagógico, não se tem um diálogo com os profissionais de educação, é preciso construir um projeto politico pedagógico conjunto com debate e democracia, as unidades escolares sucateadas. A saúde considero, ainda pior, reclamação de falta de atendimento, pessoas no corredor de hospitais, falta de medicamentos. Mas uma coisa salta os olhos, qual o papel dos hospitais filantrópicos? Continuam recebendo dinheiro publico, e não é pouco, e de acordo com o prefeito está em dia, e pessoas continuam passando noite em filas para conseguir atendimento, quando conseguem, o atendimento é de péssima qualidade. É necessário fortalecer os hospitais públicos e os postos de urgência/UBS.

O transporte público e a desvalorização dos servidores são outro problema, transporte público sucateado ônibus de péssima qualidade, não cumprem horários, não pagam funcionários e isso é problema da prefeitura sim, pois cria mais um problema social e a concessão é pública. Servidores sem aumento, sem um bom atendimento de saúde e ainda com péssimas condições de trabalho.

Alguns problemas demandam de recursos, que ao que parece está escasso, mas outros demandam de organização e politicas públicas, chega de “cortar na carne do povo” o povo campista merece uma vida digna, merecem ter seus direitos respeitados, acesso a saúde, educação, transporte e serviços públicos de qualidade. Acredito que o novo governo que se inicia possa mudar o rumo desta história, priorizando os mais necessitados, garantindo que o trabalho seja a base da construção de uma cidade melhor.



Professor Marcelo Soares
Diretor do Núcleo Campos do SEPE

Diretor CTB/RJ