quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dilma: “Nós saímos do Mapa da Fome e o fim da miséria é só o começo”

A declaração foi durante debate entre os presidenciáveis promovido pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta terça-feira (17), em Aparecida, São Paulo. Dilma destacou que o Brasil saiu do Mapa da Fome, em referência ao relatório da ONU que aponta o Brasil como um dos países que mais reduziu a pobreza.



Debate aconteceu em Aparecida nesta terça-feira (16).Debate aconteceu em Aparecida nesta terça-feira (16).
“Nós saímos do Mapa da Fome. O fim da miséria é só um começo, o nosso país tem um grande caminho a percorrer, focado na educação, que é o caminho pelo qual nós iremos nos introduzir na sociedade moderna. Temos o valor do combate à desigualdade e do combate à corrupção”, afirmou Dilma.

Em suas considerações finais, Dilma rebateu a candidata Marina Silva (PSB) que disse que quem vai ganhar a eleição é a sua “nova política”.“Quem vai ganhar essas eleições é quem mudou o Brasil, quem combateu a fome e a miséria, quem reduziu a miséria e quem combateu a crise, não deixando que houvesse desemprego e inflação”, afirmou a candidata à reeleição.

Marina Silva (PSB) manteve a posição de vítima e em suas considerações finais dizendo que no processo eleitoral os embates entre os candidatos “não são necessários”.

Engavetador tucano

O tucano Aécio Neves (PSDB) abordou o caso Petrobras fazendo ilações sobre as escolhas de funcionários da estatal e a presidenta. Dilma respondeu o tucano dizendo que “tem tolerância zero com a corrupção” e frisando que quem investigou a Petrobras foi a Polícia Federal de seu governo e cutucou: “Nunca escolhemos engavetador-geral da República. Se hoje se descobre atos de corrupção é porque não varremos para baixo do tapete”.

Mensalão tucano

Educação foi o tema abordado por Aécio com Luciana Genro (PSOL), mas a candidata fez questão de lembrar o tucano sobre atos de corrupção envolvendo seu partido, citando escândalos como o mensalão mineiro, com desvios de dinheiro público para bancar a candidatura de Eduardo Azeredo ao governo de Minas em 1998, a compra de votos, ou seja, o mensalão tucano, para aprovar a emenda da reeleição de Fernando Henrique Cardoso, além das suspeitas de corrupção nas privatizações e a construção de aeroporto público na fazenda de Aécio.

“O senhor fala como se no governo do PSDB nunca tivesse havido corrupção, quando na realidade nos sabemos que o PSDB foi o precursor do mensalão”, disse Luciana Genro, que chamou o tucano de “fanático das privatizações” e “fanático da corrupção”.

Reforma política com participação popular

A reforma política foi um dos temas abordados pela CNBB. Aécio, o primeiro a falar, defendeu o voto distrital misto. Marina, por sua vez, disse apoiar o financiamento público de campanha. E a candidata Dilma enfatizou o apoio às propostas da CNBB e defendeu uma reforma com a participação popular, com a realização de plebiscito.

“Tenho certeza de que precisamos de uma profunda reforma política baseada na participação popular por meio de um plebiscito. Acredito que tem de renovar e transformar os partidos políticos existentes. Me preocupa muito porque numa democracia os partidos são essenciais. Mas precisamos sistematicamente submetê-los à participação popular. Acredito também que numa reforma política quando os partidos não existem poderosos mandam atrás das cenas e é o caminho para a restrição das liberdades, para a ditadura”, declarou Dilma.

O candidato Eymael perguntou a Marina Silva (PSB), “qual é o Brasil que temos?” A candidata admite que o Brasil “conseguiu conquistas significativas” e “tem coisas boas”.

Autonomia do BC

O tema autonomia do Banco Central, proposta por Marina, foi abordado por Dilma numa pergunta feita ao candidato Levy Fidelix. “Alguns candidatos estão defendendo a independência do Banco Central. Eu sou contra essa tese. Acredito que o BC tenha de ter autonomia operacional”, disse Dilma.

Fidelix respondeu: “Sou contra a independência do Banco Central. Temos de ter uma economia integrada. Tenho certeza de que a macroeconomia tem de ser conduzida pelo ministro da Economia, o ministro da Fazenda. O que os bancos dão para a sociedade senão subtrair delas: nada. O controle do Banco Central tem de ser do Estado”.

Na réplica, Dilma pontuou: “A independência do BC é um equívoco. Eu sou a favor da autonomia para que o BC siga livre para perseguir as metas de inflação. Na última crise, a desregulamentação do setor financeiro levou a uma perda de emprego e salários, e agora as economias avançadas do mundo pretendem regulamentar o sistema financeiro”.

Pautas da CNBB

O segundo e o terceiro blocos do programa foram dedicados a perguntas de bispos e jornalistas ligados a veículos católicos com a abordagem de temas como inclusão social, aborto e homofobia.

Sobre a proposta de criminalização da homofobia, Aécio disse que “qualquer discriminação deve ser considerada crime, inclusive a homofobia”, mas depois afirmou ter objeções quanto ao projeto em tramitação no Congresso, o PLC 122/2006.

Eduardo Jorge falou sobre o aborto. Ele defendeu a ampliação da educação sexual e planejamento familiar para diminuir a prática. “Enquanto isso não acontece, não pode deixar abandonadas as mulheres que fazem aborto de forma clandestina”, enfatizou ele, pedindo a revogação da lei que criminaliza o aborto, classificada por ele como “machista”.

Questionada sobre a relação entre Estado e religião, Luciana Genro declarou que “as políticas públicas não podem estar subordinadas a nenhuma religião, a nenhuma crença”.

Seguindo a sua bandeira de “Estado mínimo”, o Pastor Everaldo se posicionou contrário à proibição do funcionamento de canais religiosos e contrário à implantação de um marco regulatório de comunicação.

Da Redação do Portal Vermelho, Dayane Santos
Com informações de agências

Para os pessimistas: Setor de supermercados deve crescer 1,9% em 2014

De acordo com a previsão da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgada nesta terça-feira (16), o setor de supermercados deve crescer 1,9%, em 2014. Apesar dos pessimistas afirmarem que tudo será negativo, a perspectiva para 2015, de acordo com a entidade, é de crescimento acima do PIB.



agência Brasil
Valorização do salário mínimo é apontado como fator de crescimento das vendasValorização do salário mínimo é apontado como fator de crescimento das vendas
Até o mês de julho o resultado do acumulado era de crescimento de 1,48%. Em função deste dado, a previsão para 2014 foi revisada pela entidade, prevendo uma elevação de 3%. Em 2013, o setor cresceu 5,36%. Para 2015, a entidade estima que haja elevação de 2,5%.

Segundo o presidente da Abras, Fernando Yamada, mesmo com a "rumores" de dificuldades econômicas para o ano que vem, a perspectiva do setor é de crescimento acima do Produto Interno Bruto (PIB). “Acreditamos na força do mercado interno brasileiro e na manutenção de uma taxa de desemprego nos mesmos patamares que se apresenta atualmente. O cenário econômico atual é desafiador, sem dúvida, mas precisamos acreditar no potencial do Brasil para enfrentá-lo e sair fortalecido deste processo”, disse.

Aumento do salário mínimo é perspectiva positiva

Além da perspectiva de manutenção de uma taxa de desemprego estável, outro fator levado em conta pela Abras para estimar o crescimento positivo, mas menor em 2015, é a perspectiva de crescimento de 8,8% no salário mínimo, graças a política de valorização implantada nos governos Lula e Dilma. “Entre outros fatores estruturais, acreditamos em um resultado positivo, pois esperamos que o salário mínimo seja reajustado num nível mais alto do que em 2014, conforme já orçado pelo governo federal”, avaliou Yamada.

Da redação do Portal Vermelho
Com informação da Agência Brasil

Boff: Não houve apenas uma alternância de poder, mas de classe

O teólogo Leonardo Boff foi um dos intelectuais que lideraram na noite da última segunda-feira (15) o ato de apoio à reeleição de Dilma Rousseff. Boff ressaltou que foi realizada uma "revolução pacífica democrática" em 12 anos de governos progressistas, e o desempenho econômico do país em meio a uma crise econômica mundial, com a criação de empregos enquanto as grandes economias desempregavam. 



"Quando percebemos conquistas fundamentais que beneficiam o povo, o intelectual não pode ficar equidistante, não pode ficar neutro, ele tem que tomar posição", destacou Boff."Quando percebemos conquistas fundamentais que beneficiam o povo, o intelectual não pode ficar equidistante, não pode ficar neutro, ele tem que tomar posição", destacou Boff.
Não deixou de destacar, também, o "longo caminho a percorrer", com urgências como a reforma política e a agrária, além de um melhor planejamento das cidades.

"É próprio dos intelectuais, que tentam pensar o todo, manter certa distância e certa equidade face aos partidos (políticos). Mas há um momento na história em que, quando percebemos conquistas fundamentais que beneficiam o povo, o intelectual não pode ficar equidistante, não pode ficar neutro, ele tem que tomar posição. E é por isso que estou aqui e em outras partes do país, apoiando a candidatura da Dilma Rousseff", comentou o teólogo.

Boff salientou que Lula e Dilma fizeram uma revolução pacífica democrática que nunca houve no nosso país, citando o livro "A revolução brasileira", de Caio Prado Jr., que definia a revolução como algo que introduz as transformações que atendem a aspirações de um povo nunca antes atendidas.

Não houve apneas alternância de poder, houve alternância de classe 
"Pois Lula e Dilma fizeram esse tipo de revolução, e ela não pode ser perdida e nem desfeita, porque não houve simplesmente alternância de poder, houve uma alternância de classe social para aqueles que durante séculos estavam à margem, considerados jeca tatus, óleo gasto, oprimidos", alertou Boff. Essa revolução, acredita, deve ser continuada, consolidada. "Um sobrevivente da grande tribulação dos brasileiros chegou a ser presidente e criou projetos que enriqueceram a dignidade e a autoestima do povo brasileiro".

O desempenho da economia brasileira, com um dos menores índices de desemprego do mundo enquanto as maiores economias sofrem com altas taxas de desempregados, também foi destacado. Ele falou ainda sobre a trajetória do Partido dos Trabalhadores, se referindo a "grupos que se deixaram tomar pelo poder", mas que não fizeram com que o sonho do partido se perdessem.

"Há pessoas por ai lançando borboletas fantasiosas, mas esquecem de plantar as flores para que as borboletas venham. Lula e Dilma plantaram esse jardim para que viessem as borboletas verdadeiras e não as virtuais. Uma sociedade que vive sem um sonho, sem uma utopia, se afunda no brejo dos interesses pessoais e corporativos. É preciso ressuscitar nossa capacidade de sonhos, de projeções para frente. Temos um longo caminho a percorrer, como fazer uma reforma politica. (...) Precisamos da reforma agrária, ela é necessária. Nós precisamos também, além de distribuir terras, distribuir cidades", lembra.

De acordo com Boff, é urgente manter um Brasil autônomo e soberano, que dialogue com todos as nações. "(É preciso) mostrar o que foi feito, e que foi feito não como esmola, mas como devolução de uma dignidade daqueles que eram os mais vulneráveis e que foram integrados à nação brasileira. Este projeto, esta revolução, não pode perder-se."

Fonte: Jornal do Brasil , retirado do Portal Vermelho

sábado, 12 de julho de 2014

Ataque de Israel mata 20 pessoas em Gaza e palestinos apelam à ONU

A representação da Palestina na Organização das Nações Unidas (ONU) enviou nova carta apelando ao fim da agressão contra a Faixa de Gaza e à responsabilização de Israel, nesta sexta-feira (11). A operação “Margem Protetora” já matou cerca de 130 pessoas, inclusive mais de 30 crianças, e feriu 700 até este sábado (12), quinto dia desde que um nome foi dado à ofensiva, iniciada há semanas. O Conselho de Segurança da ONU resolveu pedir um cessar-fogo.
A representação da Palestina na Organização das Nações Unidas (ONU) enviou nova carta apelando ao fim da agressão contra a Faixa de Gaza e à responsabilização de Israel, nesta sexta-feira (11). A operação “Margem Protetora” já matou cerca de 130 pessoas, inclusive mais de 30 crianças, e feriu 700 até este sábado (12), quinto dia desde que um nome foi dado à ofensiva, iniciada há semanas. O Conselho de Segurança da ONU resolveu pedir um cessar-fogo.

Leia também:Países condenam silêncio internacional sobre ataque de Israel em Gaza
Conselho de Segurança da ONU faz reunião de emergência sobre Gaza
Na Palestina ocupada, não se escutam as "vozes pela paz" de Israel
Premiê de Israel prepara ofensiva militar terrestre contra Gaza

Como em ofensivas anteriores, as autoridades israelenses insistem em responder às críticas pelo elevado número de vítimas fatais entre civis e crianças acusando o Hamas de lançar foguetes e armazenar materiais bélicos entre a população do território densamente habitado. Entretanto, um relatório da Missão das Nações Unidas para Averiguação dos Fatos divulgado em 2009, poucos meses depois da Operação Chumbo Fundido contra Gaza (que matou mais de 1.400 palestinos), concluiu que não havia evidências suficientes para corroborar o pretexto israelense, que tencionava culpar o Hamas pelo alto número de civis mortos. O relatório foi engavetado.

Assim, a alegação frequentemente veiculada pelas chamadas Forças de Defesa de Israel (FDI) e pelo Ministério da Defesa de que o Hamas usa civis como “escudos humanos” é novamente posta em questionamento, o que é de elevada importância porque, manipulando o direito internacional humanitário, é esta a principal ferramenta das autoridades israelenses para esquivar-se da responsabilização. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que Israel não está interessado em um cessar-fogo, mas na destruição do Hamas, enquanto a ONU estima que quase 80% dos mortos pelos últimos cinco dias de bombardeio são civis.

“Condenamos nos termos mais firmes esta agressão bárbara israelense e a perpetuação do Estado de terror contra o povo palestino,” diz a carta assinada por Riyad Mansour, representante permanente da Palestina na ONU. “Reiteramos nosso pedido por proteção imediata à população civil palestina desta escalada israelense assassina e criminosa.” Neste sábado, um novo ataque israelense matou mais de 20 pessoas, de acordo com fontes médicas em Gaza, citadas pela agência palestina de notícias Maan.

Comunidade internacional deve se posicionar

Os palestinos já enviaram 505 cartas à ONU desde 2000 instando a “comunidade internacional” a tomar uma atitude contra as violações perpetradas pela ocupação israelense em territórios da Palestina. Além da operação militar "Guardião Fraterno" lançada
contra a Cisjordânia em 12 de junho, sob o pretexto das buscas por três colonos desaparecidos, desde então ataques aéreos contra a Faixa de Gaza vinham sendo frequentes, com o objetivo alegado de atingir líderes do Hamas responsáveis pelo disparo de foguetes contra território israelense.

Os chanceleres dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França devem reunir-se no domingo (13) para discutir a situação no território, enquanto oficiais citados pelo jornal israelense Haaretz relatam um “aumento da pressão internacional” para que o Hamas e Israel alcancem um cessar-fogo debatido entre os EUA, Egito, Catar, Turquia e a ONU, entre outros.

Uma declaração aprovada pelos 15 membros (inclusive cinco permanentes) do Conselho de Segurança da ONU, neste sábado, insta o Hamas e Israel a um cessar-fogo, mas não vai além das declarações gerais sobre a necessidade de diálogos entre palestinos e israelenses para condenar a ofensiva de Israel contra Gaza de forma enfática, repetindo o histórico de negligência garantido principalmente pelos Estados Unidos.

Esta foi a primeira resposta do principal órgão das Nações Unidas a uma campanha de violência intensificada desde o início de junho, enquanto as autoridades israelenses discutem a possibilidade de invadir o território litorâneo palestino com as dezenas de tanques e milhares de tropas há dias estacionadas na fronteira.


Portal Vermelho

Documentos secretos dos EUA revelam técnicas de tortura no Brasil

O regime militar brasileiro empregou “um sistema sofisticado e elaborado de coação psicofísica” para “intimidar e aterrorizar” suspeitos de serem militantes de esquerda no começo dos anos 1970, de acordo com um relatório do Departamento de Estado dos EUA datado de abril de 1973 e que foi tornado público recentemente.



Locais de tortura da ditadura militar no BrasilLocais de tortura da ditadura militar no Brasil
          
Entre as técnicas de tortura usadas durante a era militar, o relatório reporta detalhadamente “salas de efeitos especiais” nos centros de detenção militar brasileiros nos quais os suspeitos eram “colocados nus” em um piso de metal “pelo qual passava uma corrente elétrica.”

Alguns suspeitos foram “eliminados”, mas a imprensa noticiava que eles morreram em “tiroteios” enquanto tentavam escapar da polícia. “A técnica do tiroteio tem sido cada vez mais usada” — notava o Cônsul Geral dos EUA no Rio de Janeiro em um telegrama — “para lidar com as relações públicas quando se eliminava os subversivos” e para “prevenir acusações de ‘mortes por tortura’ na imprensa internacional.”

Peter Kornbluh, que dirige o National Security Archive’s Brazil Documentation Project categorizou os documentos como “um dos relatos mais importantes sobre as técnicas de tortura já desclassificados pelo governo dos EUA.”

Entitulado “Prisões generalizadas e interrogatórios psicofísicos de suspeitos subversivos,” o documento estava entre 43 telegramas e relatórios do Departamento de Estado que o vice-presidente estadunidense Joseph Biden, durante viagem ao Brasil, entregou à presidenta Dilma Roussef para que sejam usados pela Comissão da Verdade.

A Comissão está em sua fase final de uma investigação de dois anos sobre atrocidades cometidas durante a ditadura militar. No dia 2 de julho, a Comissão postou todos os 43 documentos em seu site, acompanhados por esta declaração: “a CNV aprecia enormemente a iniciativa do governo dos EUA de tornar estes registros disponíveis para a sociedade brasileira e espera que esta colaboração continue a progredir.”

O intervalo dos registros data de 1967 até 1977. Eles relatam uma extensa gama de questões relacionadas aos direitos humanos, entre elas: centros de detenções secretos em São Paulo, as operações militares anti-subversivos, as atitudes da Igreja em relação às violações dos direitos humanos, e a reação hostil do regime em 1977 em relação ao primeiro relatório do Departamento de Estado sobre abusos. Alguns documentos haviam sido previamente desclassificados em procedimentos cotidianos de liberação; outros, incluindo o relatórios de abril de 1973 sobre tortura psicofísica, foram revisados para desclassificação antes da viagem de Biden.

Durante sua reunião com a presidenta Dilma, Biden anunciou que a administração Obama assumirá uma revisão mais abrangente dos documentos relacionados ao Brasil que ainda são secretos — entre eles documentos da CIA e do Departamento de Defesa — para que possam ajudar a Comissão da Verdade a finalizar seus relatórios. “Eu acredito que ao enfrentar nosso passado podemos nos focar em um futuro imensamente promissor,” disse ele.

Desde o início da Comissão da Verdade em maio de 2012, ao conduzir um projeto especial de desclassificação de documentos da era militar brasileira, o National Security Archive tem ajudado a Comissão a obter registros e pressionado a administração Obama a cumprir seu compromisso com um novo padrão de transparência global e direito à verdade. “Estes registros históricos dos EUA devem ser usados para avançar em direção à verdade e à justiça,” declarou Kornbluh. “A diplomacia de Biden não só ajudará a Comissão da Verdade a lançar luz sobre o passado sombrio da era militar do Brasil, mas também a criar uma base para uma relação mais transparente entre os EUA e o Brasil no futuro.”

Para chamar a atenção para os registros e para o trabalho da Comissão da Verdade, o Archive destaca cinco documentos chave da doação de Biden.

Documento 1: Departamento de Estado, “Prisões generalizadas e interrogatórios psicofísicos de suspeitos subversivos,” confidencial, 18 de abril de 1973.

Documento 2: Departamento de Estado, "Prisões Políticas e tortura em São Paulo", confidencial, 8 de Maio de 1973.

Documento 3:
Departamento de Estado,"Suspeita de Tortura no Brasil," secreto, 1 de julho de 1972.

Documento 4: Departamento de Estado, "O Esquadrão da Morte," uso limitado a oficiais, 8 de junho de 1971.

Documento 5: Departamento de Estado, "Condições no DEOPS relatadas por cidadão americano preso", confidencial, outubro de 1970.

Fonte: Carta Maior
Tradução de Roberto Brilhante

sábado, 5 de julho de 2014

Comunista, mãe de menina diz a Luciano Huck: “Não faça uma ‘M’ dessas”

Olá Luciano Huck. Recentemente vimos as redes sociais tomadas por uma avalanche de críticas ao novo quadro do seu programa. A primeira coisa que pensei foi “lá vem, meu Deus, o que será que aconteceu agora?”. Isto me fez lembrar de três fatos polêmicos em que você se envolveu.

Por Michelle Fraga*



Reprodução
Luciano Huck (à esquerda) e Michelle Fraga (à direita).Luciano Huck (à esquerda) e Michelle Fraga (à direita).
          
O primeiro foi o “grande drama” que você passou ao ter o seu Rolex roubado no dia 27 de dezembro de 2010, lembro bem que você montou um verdadeiro circo – bem a cara do seu programa – quando isso aconteceu. A única diferença nisso tudo é que no seu programa o circo de política assistencialista é muito bem patrocinado por grandes empresas para que você faça todo aquele papel de bom moço.

Temos que concordar. O “Lar Doce Lar” e o “Lata Velha” deixam você cada dia mais rico na mesma proporção que emociona a maioria dos brasileiros. Esse episódio lhe rendeu a situação de vermos sua mulher, Angélica, tendo que dar declarações de que você havia falado aquilo no calor da emoção.

O segundo foi no dia três de dezembro de 2012, quando você foi flagrado dirigindo alcoolizado. O episódio poderia ter ficado por ali, você dando uma declaração de que estava errado, que assumia a culpa, que iria se conscientizar e nunca mais fazer isso, ou até mesmo – do jeito que você tira proveito de tudo – vê-lo em futuras campanhas de prevenção a acidentes no trânsito. Mas, para sua infelicidade, Rafinha Bastos, ele mesmo, um dos comediantes mais polêmicos por tantas vezes ultrapassar o limite da piada, resolveu escrever uma “cartinha” e publicá-la em sua página no Facebook (ver aqui), te dando alguns conselhos. Mais uma vez, Angélica precisou amenizar a situação: “Ele já está consciente do erro que cometeu”. Que papelão, hein?

O terceiro, deu-se em 27 de abril deste ano, quando Daniel Alves resolveu ridicularizar o racismo e você lucrar com isso. Lembro que até entrei na onda e publiquei no Face “somos todos macacos”, fazendo alusão à tese darwinista da criação. Você foi além, em apenas três dias lucrou R$ 20 mil com a venda de camisetas.

Nos três episódios acima, você dentro do seu mundo midiático, não ligou para as besteiras que aprontou, nem tampouco se retratou. Mas agora você se superou e aí precisou sair do seu mundinho e enfrentar a realidade aqui de fora após publicar no seu Instagram uma “convocação” a todas aquelas cariocas, solteiras que queiram um gringo sob medida. Ainda criou um e-mail “namorada para gringo”.

Que problema há nisso? Todos, Luciano, exatamente todos!

Segundo a Unoc (United Nations Office on Drugs and Crime), as mulheres representam 60% das vítimas de tráfico humano, 27% são crianças – na maioria, meninas.

O Brasil vive numa intensa campanha diariamente contra o turismo sexual, contra o abuso sexual de crianças e adolescentes e contra o tráfico de pessoas. Caso seja exigir demais que você domine essas informações, vamos para o dia a dia.

Cada vez mais as mulheres se tornam chefes de família, as nossas meninas estão “invadindo” o mercado de trabalho tido como masculino, as mulheres estão dentro dos campos de futebol, dentro dos tatames e 5.09% dos operários que construíram as nossos estádios para a Copa, são mulheres.

Não sei se você percebeu, mas os contos de fadas sumiram das telas. Parece que houve algo do tipo “a revolta das princesas”. E só pra te atualizar mais um pouquinho, o filme Malévola está levando o público adulto ao cinema para conhecer a verdadeira história de uma mulher que foi usada por um homem e se vingou dele – já que a história que contavam até hoje falava de uma bruxa que ficou magoadinha por não ter sido convidada para o batizado da princesa do castelo.

Mas não se assuste com essa nossa conversa, as nossas meninas continuam querendo namorar, se divertir, conhecer brasileiros, estrangeiros, casar, ter filhos... Então vamos continuar conscientizando-as para que cresçam, estudem, trabalhem, se casem – ou não – entrem no mercado de trabalho, ocupem espaços de poder, mas que elas vivam tudo isso sem risco algum e no curso natural de suas vidas.

E se ainda assim, tudo isso não adiantar, da próxima vez, consulta Angélica antes de fazer uma merda dessa.

Michelle Fraga.
Cidadã brasileira consciente e mãe de menina.

*É secretária de Comunicação do PCdoB em Lauro de Freitas, município da Região Metropolitana de Salvador


Minha Casa, Minha Vida entrega 300 moradias na Região Serrana do Rio

O governo federal entregou na manhã desta sexta-feira (4), em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, mais 300 unidades residenciais do Programa Minha Casa, Minha Vida, que custaram R$ 22,5 milhões e vão beneficiar famílias com renda mensal até R$ 1,6 mil, atingidas pelas enchentes de 2010. A solenidade foi dirigida pelo ministro das Cidades, Gilberto Occhi.



Reprodução
Os imóveis foram avaliados em R$ 75 mil. Nove apartamentos foram adaptados para portadores de necessidades especiaisOs imóveis foram avaliados em R$ 75 mil. Nove apartamentos foram adaptados para portadores de necessidades especiais
Cada apartamento tem área privativa de 42,95 metros quadrados, com dois quartos, circulação, sala, banheiro, cozinha e área de serviço. O piso é de cerâmico em todos os ambientes, e está avaliado em R$ 75 mil. Nove apartamentos foram adaptadas para portadores de necessidades especiais.

Em atendimento às exigências de qualidade do Minha Casa, Minha Vida, o empreendimento é equipado com infraestrutura completa de meio-fio, pavimentação, redes de água potável, esgotamento sanitário com tratamento, energia elétrica com iluminação pública e disponibilidade de acesso ao transporte público. O residencial conta ainda com centro comunitário, parques infantis e salão de festas.

O Minha Casa, Minha Vida investiu R$ 13,9 bilhões na contratação de 200.142 unidades habitacionais no estado do Rio de Janeiro, das quais 66.957 já foram entregues. No país, o investimento chega a R$ 216,69 bilhões para a contratação de 3,4 milhões de moradias. Já foram entregues 1.725.365 casas e apartamentos, de acordo com o ministro Gilberto Occhi.

O programa habitacional financia moradias para famílias com renda até R$ 5 mil por mês. As condições de financiamento variam de acordo com a renda familiar. Para famílias com renda mensal até R$ 1,6 mil a prestação é 5% da renda. Para renda até R$ 3.275, o subsídio pode chegar a R$ 25 mil, e para famílias com ganhos mensais entre R$ 3.275 e R$ 5 mil, o benefício é uma taxa de juros mais baixa do que a dos financiamentos imobiliários tradicionais.

Fonte: Agência Brasil


Ministra cobra apuração rigorosa de desabamento de viaduto

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, cobrou nesta sexta-feira (4) a apuração rigorosa do desabamento de um viaduto em Belo Horizonte. O desastre, na tarde de quinta-feira (3), deixou dois mortos e 22 feridos na Avenida Pedro I, uma das opções de acesso entre a zona norte da cidade e o Estádio Mineirão, que abriga seis partidas da Copa do Mundo.



Viaduto cai em Belo Horizonte
“Assim como as famílias atingidas, esperamos que haja uma apuração rigorosa das causas e dos responsáveis por esse fatídico acidente para que isso não se repita mais no nosso país”, declarou a ministra. Ela reiterou que o governo federal está à disposição para ajudar a prefeitura de Belo Horizonte no atendimento aos feridos, às famílias e na remoção dos escombros.

“A presidenta Dilma pediu e o ministro das Cidades, Gilberto Occhi, se colocou à disposição. Estamos esperando o prefeito [Márcio Lacerda] nos acionar se ele considerar necessário. A ajuda já foi disponibilizada. Sei que o prefeito está concentrado no atendimento às famílias e aos feridos. Assim que ele nos contatar, ajudaremos imediatamente”, disse.

A ministra esclareceu ainda que, embora o governo federal tenha aplicado recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na obra do BRT de Belo Horizonte, a responsabilidade do projeto cabia à Superintendência de Desenvolvimento da Capital, autarquia da prefeitura da capital mineira. Até agora, o empreendimento custou R$ 713 milhões, dos quais R$ 311 milhões vieram do PAC. O projeto custou R$ 5,1 milhões, pagos pela prefeitura.

“A responsabilidade do governo federal é garantir os recursos para que as obras de mobilidade urbana possam sair. Cabe aos governos locais, a prefeitura de Belo Horizonte no caso, a responsabilidade de fazer o projeto, contratar as obras e fiscalizá-las com rigor”, explicou a ministra. Segundo ela, a segunda fase do BRT em Belo Horizonte está com 85% das obras concluídas.

Apesar de a obra ter sido anunciada como parte dos projetos de mobilidade urbana da Copa do Mundo, Miriam Belchior esclareceu que o projeto não está diretamente relacionado ao torneio, mas à melhoria do transporte público de Belo Horizonte. Ela rejeitou qualquer tentativa de associar a tragédia ao campeonato.

“O que importa agora são as famílias que perderam os parentes queridos. Acho que fazer qualquer relação com o impacto que isso [o desabamento] tem na imagem da Copa do Mundo é uma coisa lateral neste momento. O importante de fato é dar conforto a essas famílias e tirar os destroços para não atrapalhar a vida da população de Belo Horizonte”, rebateu.

Fonte: Agência Brasil


Espanhóis condenam pressões dos Estados Unidos contra Cuba

A Coordenadoria Andaluza de Solidariedade com Cuba condenou nesta sexta-feira (4) o governo dos Estados Unidos pela inclusão da ilha na lista de países patrocinadores do tráfico de pessoas.



Cartaz em Havana contra bloqueio a Cuba

"Por trás esta inclusão vemos uma medida de guerra econômica contra Cuba, seu povo e sua Revolução, uma grosseira manobra política para seguir mantendo vigente o bloqueio econômico, comercial e financeiro", disse uma declaração do grupo.

A decisão parte da política de pressão e fustigação contra a soberania cubana, um completo fracasso que provoca a rejeição da comunidade internacional cada ano na Assembleia de Nações Unidas.

O documento foi aprovado numa reuniao em Humilladero, província de Málaga, por representantes das associaçoes Alhucema de Moron da Frontera, Amistad Hispano-Cubana de Málaga, Bartolomé de las Casas de Sevilla e de Herrera, Plataforma de Solidaridad de Granada e Colectivo Almeriense de Solidaridad.

Durante o encontro, no que participaram o cônsul geral de Cuba em Sevilha, Ulises Arranz, se aprovou também um plano de atividades em favor da libertação de três dos Cinco ainda pressos nos Estados unidos.

Gerardo Hernández, Ramón Labañino, e Antonio Guerrero, junto a Fernando González e René González, os que já estão de volta em Cuba após cumprir suas sanções, vigilavam nos Estados Unidos, a grupos extremistas para evitar ataques terroristas contra o seu país.

Os Cinco foram condenados num juízo considerado parcializado pela defensa e realizado em Miami, em meio a um clima hostil.

Fonte: Prensa Latina

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Ribamar Fonseca: Comportamento vergonhoso da grande mídia

A Grande Imprensa, que se transformou num partido político para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, usa agora, de modo desumano, a queda de um viaduto em Belo Horizonte, que matou duas pessoas, para atacar o governo.

Por Ribamar Fonseca, no Brasil 247



Acidente em BH
A passionalidade escandalosa da chamada Grande Imprensa, que se transformou num partido político para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, chegou às raias do absurdo nesta sexta-feira: usou, de modo desumano, a queda de um viaduto em Belo Horizonte, que matou duas pessoas, para atacar o governo.

Os três jornalões do Rio e São Paulo – Globo, Folha e Estadão – combinaram a mesma manchete, com ligeira variação, rotulando o viaduto de "obra da Copa". Depois de desacreditados pela campanha realizada contra o evento esportivo, diante do seu sucesso e da repercussão positiva dentro e fora do país, os jornalões decidiram usar a tragédia para ir à forra.

Do governo federal, na verdade, o viaduto em construção só tem parte dos recursos financeiros, porque o projeto e sua execução são da responsabilidade da prefeitura de Belo Horizonte.

Mesmo sabendo disso, a Grande Mídia prefere aproveitar politicamente o episódio e lançar a culpa do acidente nas costas largas da Presidenta, esquecendo deliberadamente o prefeito Marcio Lacerda, do PSB, que, em entrevista à imprensa, disse que deve ter havido uma falha na construção.

"No futuro – disse – certamente depois de tudo apurado, vai-se descobrir algum erro de engenharia, seja de projeto, seja de construção".

A Folha, no entanto, não satisfeita em torcer a notícia do acidente para ligá-lo à Copa e culpar o governo, também publicou um editorial intitulado "Humor da Copa", em que insiste em afirmar que "a obra faz parte do pacote de melhorias de mobilidade urbana e não ficou pronta no prazo prometido" e "serve para lembrar o quanto houve de irresponsabilidade e improviso, para nada dizer de corrupção, na organização do Mundial".

Não disse, porém, que se houve irresponsabilidade e improviso na realização da obra certamente foram do prefeito pessebista, responsável por seu planejamento e execução. Mas esse "detalhe" não interessa à Grande Mídia, pois para ela o importante mesmo é usar tudo o que for possível para desgastar Dilma e o PT.

O acidente também serviu à imprensa estrangeira – em especial à britânica, cuja má vontade para com o Brasil vem sendo alimentada pela Grande Imprensa brasileira – para voltar a depreciar o governo e o nosso país.

A exemplo da nossa mídia, a estrangeira, igualmente desmoralizada pelo sucesso da Copa cujo fracasso insistia em alardear, aproveitou a tragédia para atribuí-la ao suposto "improviso" na realização da competição esportiva.

O acidente, na verdade, não tem nada a ver com a Copa – e muito menos com o governo federal – mas para os que desejam a qualquer preço impedir a reeleição da presidenta Dilma não há dúvida de que vão culpá-la pelo acidente, o que, aliás, não será novidade, pois já a responsabilizaram até pelo linchamento de uma inocente em São Paulo.

Resta saber, agora, se os candidatos oposicionistas vão seguir o mesmo caminho da Grande Mídia, ligando a tragédia à Copa e à Presidenta da República.

Não parece tarefa fácil, principalmente para o ex-governador Eduardo Campos, pois o prefeito responsável pela obra pertence ao seu partido, o PSB. Ninguém se surpreenda, porém, se o candidato tucano Aécio Neves, que sempre encontra um jeito de criticar o Planalto por qualquer coisa, também aproveite o acidente para mais uma vez investir contra a Presidenta, já que o fato ocorreu na capital do seu Estado, Minas Gerais.

Vale lembrar, no entanto, que o povo já não se deixa influenciar tanto por essa falácia sem consistência, o que pode fazer o tiro sair pela culatra.

De qualquer modo, a atitude passional da Grande Imprensa no noticiário sobre a tragédia vem confirmar, mais uma vez, o seu comportamento vergonhoso como partido político, o que vem ampliando o seu descrédito junto à população.

O seu noticiário vem sendo encarado, a cada dia, com reservas pelas pessoas que usam a massa cinzenta para pensar. E nesse ritmo não vai demorar muito para começar a enfrentar as mesmas dificuldades da revista Veja, que vive os seus estertores justamente pelo desrespeito aos seus leitores, ainda hoje enganados com matérias distorcidas por conta dos seus interesses políticos e econômicos.

Como dizia Confúcio: "Pode-se enganar parte do povo todo o tempo. Pode-se enganar todo o povo durante algum tempo. Mas ninguém consegue enganar todo o povo todo o tempo".

Fonte: Brasil 247


sábado, 28 de junho de 2014

Convenção reúne milhares no Rio, mesmo após tentativa de proibição

o chegar ao Via Show, local da Convenção Eleitoral do PCdoB-RJ ocorrida na noite desta quinta-feira (26), em São João de Meriti, três faixas gigantescas anunciavam a disposição de luta dos comunistas fluminenses: Avançar nas Mudanças com Dilma e Lindberg. 
Os comunistas, em clima de grande unidade, aprovaram todas as resoluções por unanimidade e o ato político já estava em preparação, com centenas de militantes do Partido, convidados do PT, PSB e do PV chegando ao local, quando, em atitude inédita, um batalhão de fiscais do TRE tentou, em vão, fazer o ato ser cancelado, pretextando, “propaganda eleitoral antecipada”. O que chama a atenção, entre outras coisas, é que nos dias anteriores e na própria quinta-feira (26) ocorreram diversas convenções, sendo que em nenhuma houve qualquer coisa parecida.  O presidente do PMDB-RJ promoveu o Aezão, com a presença de mais de 60 prefeitos, para fazer campanha para o candidato tucano à Presidência e o TRE não considerou isso “propaganda antecipada”.

Leia também:
TRE tenta impedir convenção do PCdoB no Rio de Janeiro
PCdoB-RJ é vítima de ação truculenta contra convenção eleitoral
A descabida tentativa de cerceamento à democracia foi derrotada e a convenção foi um sucesso, tendo o ato político reunido quase cinco mil militantes e tendo a presença do senador Lindberg Farias (candidato ao governo do estado) e do deputado Romário (candidato ao Senado). João Batista Lemos, presidente estadual do PCdoB-RJ, afastado temporariamente para se recuperar de um problema de saúde, enviou uma carta à convenção que emocionou todos os militantes. José Reinaldo, secretário nacional de Comunicação, representou o Comitê Central.




Jandira Feghali coordenou convenção e ato político

A Convenção foi coordenada pela deputada federal e vice-presidente do PCdoB-RJ, Jandira Feghali, devido à ausência do presidente estadual do Partido, João Batista Lemos, por motivos de saúde. Entretanto, o líder comunista fez questão de saudar a militância e enviou uma carta em que destacou: "É preciso dizer que me sinto confortado porque o rumo político para o nosso Partido foi dado e construído coletivamente em nossa 18ª Conferência Estadual. A vida está mostrando que acertamos. Lançamos a pré-candidatura de Jandira ao governo do estado para construir um campo de esquerda. Hoje esse campo, com a Frente Popular, está sendo concretizado. Agora em outubro o que está em jogo é o futuro do Brasil, até mesmo da América Latina, com repercussão mundial. São dois projetos. Um, liderado por Aécio Neves, representa os interesses das elites dominantes do país e do capital financeiro internacional. Outro, liderado por Dilma Rousseff, representa o avanço para a transformação social pacífica que está em curso em nossa nação. Com isso, aqui no Rio de Janeiro, o cenário aponta para a polarização. De um lado está a Frente Popular, liderada por Lindberg Farias, com forças históricas que lutaram pelo processo de mudança iniciado com Lula e continuado por Dilma. Na Frente está o PT, PSB, PV e o PCdoB, parte do trabalhismo e forças sociais progressistas. É muito bom ver a Frente Popular unida no Rio de Janeiro", dizia um trecho da carta redigida pelo líder dos comunistas no estado (No fim da matéria, confira na íntegra a carta de João Batista Lemos).
O nome de João Batista Lemos foi aprovado por unanimidade para ocupar o posto de primeira suplência no cargo de senador, pela Frente Popular.
O encerramento da Convenção foi o momento mais marcante. Um grande ato político foi realizado com a Frente Popular do Rio de Janeiro, com a presença do candidato dessa unidade de esquerda ao governo do estado, o senador Lindberg Farias (PT); o candidato a vice na chapa, Roberto Rocco (PV); o candidato ao senado pela Frente, o tetracampeão do mundo Romário. Além de diversos parlamentares, lideranças políticas e partidárias, e militantes dos partidos presentes.
O evento aconteceu no município de São João de Meriti, na Via Show, na Baixada Fluminense. Milhares de trabalhadores, trabalhadoras, militantes e dirigentes partidários foram ao local para saudar e fortalecer a Frente Popular. O prefeito de São João de Meriti, Sandro Mattos (PDT), também esteve presente, e é um dos quadros políticos do estado que tem se empenhado para eleger Lindberg governador.
O evento foi grandioso, marcado por um clima unitário e em um ambiente vitorioso. Apesar do fato do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) ter tentado, de forma truculenta e arbitrária, impedir a realização do ato político.
Fiscais do TRE-RJ, munidos de uma intimação assinada pela juíza Daniela Barbosa Assumpção, obstruíram as portas de entrada e, inclusive, tentaram controlar a saída de militantes dos ônibus que chegavam ao evento. É importante salientar que a convenção de um partido é um espaço público e democrático, sendo permitida a participação de qualquer cidadão ou cidadã.
Contudo, a democracia prevaleceu, o ato foi realizado até o fim (apesar das ameaças de corte de luz e som) e os quase 5 mil presentes puderam saudar os nomes que liderarão a Frente Popular do Rio de Janeiro.
O primeiro a falar no ato foi o secretário nacional de Comunicação do PCdoB, José Reinaldo, representando a direção nacional comunista, que destacou o apoio dos comunistas à Frente Popular: "Em nome da direção nacional do PCdoB venho trazer nosso firme e indeclinável apoio. E também garantir que todos os militantes do Partido Comunista do Brasil no Rio de Janeiro cerrarão fileiras nessa campanha que será liderada por Lindberg Farias".
A líder da bancada federal do PCdoB, Jandira Feghali (que abriu mão da candidatura ao Senado para apoiar Romário e fortalecer politicamente a unidade da Frente), valorizou a aliança construída do estado: "Nós somos aliados históricos da luta democrática. Nosso alvo central é o capital financeiro. Nós formamos aquilo que oxigena, que consegue mostrar ao povo do nosso Rio de Janeiro que é possível mudar, que é possível avançar, que é possível ouvir, que é possível se irmanar de forma generosa e solidária politicamente, e em nome do povo desse estado. O atual governo governa pra poucos, governa pra um pedaço do estado, e deixou esquecida a Baixada, a Região Metropolitana e o interior. Nós sabemos que é preciso mudar. E essa é a Frente de Esquerda que vai mudar o estado. O outro lado que se segure, pois nós vamos ganhar essas eleições, porque aqui do nosso lado está o povo", enfatizou a deputada comunista.
Na sequência o candidato ao Senado pela Frente, Romário, fez uso da palavra :"Essa Frente é a única maneira de, definitivamente, mudarmos esse estado. O que tem acontecido na nossa política estadual nos últimos anos não é o bem do Rio de Janeiro. Nós vamos mudar isso, nós temos confiança de que essa Frente tem condições de tirar do poder essas pessoas que durante anos não vêm representando o nosso povo. Nós estamos aqui para cuidar do povo do Rio de Janeiro, esse é o nosso grande objetivo", afirmou.
Lindberg Farias foi o último a falar e foi aclamado pelas milhares de pessoas presentes ao ato. O senador petista destacou a bravura de Jandira Feghali e salientou: "Tem muita gente apavorada porque nós nos unimos, mas não vamos aceitar dois pesos e duas medidas. Aqui nós temos uma turma determinada, com garra, e que vai para as ruas, e é com toda essa determinação que nós vamos começar nossa campanha em julho. O outro lado está esquecendo que quem decide a eleição é o povo". E concluiu: "Essa aliança é dos partidos de esquerda. Essa é a nossa Frente Popular, e nós já estamos juntos há muito tempo. E essa aliança foi um fato político tão forte que já mexeu no tabuleiro político estadual. Eu sinto que é o momento de vitória dessa Frente Popular no Rio de Janeiro. O outro lado se afastou das vidas das pessoas, da vida do povo. Mas nós colocamos a qualidade de vida das pessoas, a qualidade de vida do povo trabalhador, como nossa grande prioridade".

Candidaturas do PCdoB

A Convenção Eleitoral do PCdoB-RJ aprovou de forma unânime a nota apresentada pela Comissão Política do Partido; a nominata de candidatos e candidatas a deputado estadual em chapa própria e a nominata para deputado federal em coligação; bem como o apoio à candidatura de Romário ao Senado, com a primeira suplência para o presidente do Partido, João Batista Lemos; e o apoio à candidatura de Lindberg Farias ao governo do estado. O objetivo dos comunistas, além de eleger seus candidatos majoritários, é o de eleger, no mínimo, dois deputados federais e três estaduais. Os delegados da convenção também aprovaram por unanimidade a delegação de poderes expressos à Comissão Política Estadual para ajustes de atualização diante de novos fatos, no período pós-convenção.

Confira abaixo a  íntegra da carta de João Batista Lemos, presidente do PCdoB- RJ:
Camaradas,

Vocês sabem que esse é um momento fundamental para o nosso Partido e o quanto eu precisaria estar presente. Devido a um problema de saúde e por orientação médica fui impedido de comparecer a esta importante Convenção.
Comunico a todos que a recuperação de minha saúde está indo muito bem. Sinto que vou voltar mais revigorado. Os companheiros podem ficar tranquilos que tão logo estarei na luta junto com vocês para fazer vitoriosa a reeleição de Dilma Rousseff presidenta do Brasil, Lindberg Farias governador, Romário senador e uma qualificada bancada comunista da Frente Popular na Assembleia de nosso estado e no Congresso Nacional.
Neste sentido, quero agradecer ao carinho, à solidariedade e ao apoio de todos vocês. A nossa deputada, líder do Partido na Câmara dos Deputados e vice-presidenta, Jandira Feghali – figura que se agigantou no processo da construção da Frente Popular – assume o meu posto.
É preciso dizer que me sinto confortado porque o rumo político para o nosso Partido foi dado e construído coletivamente em nossa 18ª Conferência Estadual. A vida está mostrando que acertamos. Lançamos a pré-candidatura de Jandira ao governo do estado para construir um campo de esquerda. Hoje esse campo, com a Frente Popular, está sendo concretizado.
Agora em outubro o que está em jogo é o futuro do Brasil, até mesmo da América Latina, com repercussão mundial. São dois projetos. Um, liderado por Aécio Neves, representa os interesses das elites dominantes do país e do capital financeiro internacional. Outro, liderado por Dilma Rousseff, representa o avanço para a transformação social pacífica que está em curso em nossa nação.
Com isso, aqui no Rio de Janeiro, o cenário aponta para a polarização.
De um lado está a Frente Popular, liderada por Lindberg Farias, com forças históricas que lutaram pelo processo de mudança iniciado com Lula e continuado por Dilma. Na Frente está o PT, PSB, PV e o PCdoB, parte do trabalhismo e forças sociais progressistas. É muito bom ver a Frente Popular unida no Rio de Janeiro.
De outro lado está Luiz Fernando Pezão, que apesar de declarar apoio a Dilma, agregou forças retrógradas da política fluminense e está compondo com o projeto liderado por Aécio Neves.
Não há dúvidas de que a Frente Popular é a mais identificada com o projeto de transformação nacional pacífica liderado por Dilma.
Isso porque o nosso vínculo com a transformação do Brasil não é conjuntural, é histórico.
Para tanto, precisamos do nosso Partido cada vez mais unido e militante com o povo. Nossa Copa das Copas também vai ser nas ruas e nas urnas. O grande desafio histórico é constituir, ao mesmo tempo, um Partido Comunista de massas e de quadros, com feição brasileira, sem perder o caráter ideológico.
Neste sentido, é fundamental que estejamos muito unidos, que tenhamos iniciativa política e firmeza em torno do nosso projeto de eleger dois deputados federais e três estaduais.
A partir das deliberações desta Convenção devemos ser um só para nos tornarmos milhões.
A luta não vai ser fácil. Não podemos nunca subestimar os adversários. Por isso, vamos trabalhar coletivamente, com eficiência, com garra, com vontade de fazer o nosso time ganhar o jogo. Um atacante sozinho não vira artilheiro.
Tudo indica que a polarização aqui no Rio favorecerá aqueles que mais souberem interpretar e defender os interesses mudancistas das massas populares.
Por isso estou muito confiante. Confiante na vitória da Frente Popular e também em nossas pré-candidaturas. Os que se elegerão darão uma grande contribuição na Assembleia e na Câmara. E os que não se elegerem serão fundamentais para a nossa acumulação de forças nesta eleição e para as eleições municipais de 2016.
Camaradas, politicamente já ganhamos a Copa. Eliminados são os que torceram contra o Brasil. Tudo indica que essa vai ser mesmo a Copa das Copas e chegaremos confiantes rumo ao Hexa!

Ousar lutar, ousar vencer! Viva o Brasil! Viva o Partido Comunista!


Da Redação do Vermelho no Rio de Janeiro 

Investimentos no PAC já somam R$ 675,8 bilhões, 95,5% do previsto

Os resultados do 10º Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram divulgados nesta sexta-feira (27), durante cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF). Ministros e representantes das pastas que integram o programa apresentaram os investimentos nas áreas de infraestrutura social, urbana, logística e energética.


Reprodução
Refinaria Abreu e Lima (PE), a segunda maior obra do PACRefinaria Abreu e Lima (PE), a segunda maior obra do PAC


















Nas obras executadas nas cinco regiões do País, os investimentos foram de cerca de R$ 675,8 bilhões, 95,5% do total previsto até o final do ano. “Acreditamos na importância dos investimentos da infraestrutura, para também elevar a qualificação e requalificação de trabalhadores”, afirma o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, que reforça o efeito multiplicador dos investimentos do PAC na economia brasileira.

Em seus primeiros quatro anos, o PAC ajudou a dobrar os investimentos públicos brasileiros (de 1,62% do PIB em 2006 para 3,27% em 2010). Além disso, o programa atingiu a execução de R$ 871,4 bilhões até 30 de abril, o que representa 84,6% do orçamento previsto para o período de 2011-2014.

“Os projetos em investimento são atrativos e rentáveis inclusive porque a demanda existe e ela é crescente. Temos um crescimento médio do investimento, entre 2003 e 2013, de 3,5%”, ressalta o secretário. O setor aeroportuário, por exemplo, recebeu cerca de 29,5 bilhões em recursos. Já no setor de refino e petroquímica foram disponibilizados 72 bilhões.

De acordo com o levantamento realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) “nós já contratamos quase 400 bilhões de investimentos no Brasil até 2017. É um grande volume de investimentos, mas nós podemos fazer ainda mais nos próximos anos”, afirma Márcio Holland.

Em síntese o Brasil tem seguido caminhos adequados de crescimento econômico sustentável de longo prazo. “Com investimentos em educação, inovação, setorial e em infraestrutura vamos experimentar crescimento na produtividade e na competitividade na economia”, reforçou o secretário.
Confira abaixo, os investimentos detalhados realizados pelo PAC nos eixos: Transportes, Energia, Cidade melhor, Comunidade cidadã, Minha Casa Minha Vida e Água e luz para todos.

Transportes
O ministro da Secretaria de Portos César Borges, empossado na quinta-feira (26), apresentou o balanço do PAC no programa de Investimento e Logística para os transportes.

Segundo ele, o setor já concluiu 58,9 bilhões em empreendimentos em todo o País. Em Rodovias são 3.003 km de obras finalizadas em 2014, das quais 1.413 km foram concessões. Os destaques são a duplicação da BR-101 em Santa Catarina (SC) e duplicação de 30 km da mesma BR-101 em Sergipe.

Também foram duplicados 22 km da BR-408 em Pernambuco (PE)  e construídos 78 km da BR-110 no Rio Grande do Norte (RN). Há 7.357 km de obras em andamento, das quais 2.683 km são de duplicação e adequação das rodovias, e 4.674 km de construção e pavimentação.

Em relação ao setor ferroviário já estão concluídos 1.053 km, com destaque para a conclusão de trecho de 855 km da Ferrovia Norte Sul (FNS), entre Palmas (TO) e Anápolis (GO).  “Esse é um novo modelo construído em conjunto com o Tribunal de Contas da União para avançarmos com uma infraestrutura moderna”, afirma o ministro.

Em relação à infraestrutura aeroportuária, o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, afirmou que a política instaurada trouxe para o País os melhores operadores de aeroportos no mundo. “Quero ressaltar que a política para a aviação no Brasil tem como objetivo colocar a infraestrutura no século 21”, disse.

As obras do PAC 2 ampliaram a capacidade de atendimento em 15 milhões de passageiros por ano, com a conclusão de 24 empreendimentos. Nos aeroportos regionais foram concluídas 11 obras em oito cidades.

As obras concluídas nos aeroportos para facilitar e agilizar o deslocamento de passageiros já foram concluídas nos aeroportos de Confins (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Galeão (RJ), Guarulhos (SP), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), São Gonçalo do Amarante (RN) e Viracopos (SP).

Energia

No Eixo Energia, o PAC 2 concluiu R$ 233,1 bilhões de obras de Geração de Energia Elétrica, promovendo assim a entrada de 12.860 MW no parque gerador brasileiro.

Estão em construção oito hidrelétricas (19.129 MW), cinco termelétricas (2.110 MW), 120 usinas eólicas (3.035 MW) e cinco pequenas centrais hidrelétricas (100 MW), que representarão um aumento de 24.374 MW na capacidade de geração de energia do País.

Na área de Refino e Petroquímica, destaca- se a conclusão da obra de Conversão da Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo (SP). Esta é a 14ª obra de modernização e melhoria de qualidade dos combustíveis concluída em nove refinarias existentes no País.

Cidade melhor

No Eixo Cidade Melhor, o PAC 2 concluiu 1.223 empreendimentos de Saneamento, como a implantação do sistema de esgotamento sanitário de Ponta da Cadeia, em Porto Alegre (RS), que integra as obras de despoluição dos vales dos rios dos Sinos, Guaíba e Gravataí. Também foram concluídos 70 empreendimentos de drenagem, 19 de contenção de encostas e 32 de pavimentação.

Em Mobilidade Urbana, foram concluídos, ou estão em fase final de obras, e já operam 28 empreendimentos. Por meio do PAC Cidades Históricas, o governo federal disponibilizou R$ 1,6 bilhão para recuperação de monumentos e sítios urbanos de 44 cidades, em 20 estados.

Comunidade cidadã

No Eixo Comunidade Cidadã, foram contratadas 15.095 Unidades Básicas de Saúde (UBS), com investimentos de R$ 3,8 bilhões, em 4.225 municípios de todo o País, das quais 10.759 estão em obras e 2.432 foram concluídas até junho deste ano.

Foram também contratadas 495 Unidades de Pronto Atendimento (UPA), que terão capacidade mensal de até 3,1 milhões de atendimentos, e desse total, 213 estão em obras e 23 foram concluídas até junho de 2014.

Minha casa, minha vida

O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) concluiu empreendimentos no valor de R$ 361,6 bilhões, entregando 1,7 milhão de moradias e beneficiando mais de 6,4 milhões de pessoas, o que equivale a segunda maior cidade do País, o Rio de Janeiro (RJ).

Água e luz para todos

No Eixo Água e Luz para Todos, foram concluídas ações no valor de R$  8,7 bilhões, com mais de 474 mil ligações de energia elétrica para 1,9 milhão de pessoas que vivem no campo, em assentamentos da reforma agrária, aldeias indígenas, comunidades quilombolas e ribeirinhas.

Desse total, mais de 179 mil pessoas são beneficiárias do Programa Brasil Sem Miséria.
 Em Recursos Hídricos, mais de 207 localidades tiveram sistemas de abastecimento de água implantados e construídos 53 sistemas de esgotamento sanitário. Foram concluídos 961 empreendimentos, que melhoraram o sistema de abastecimento de água em áreas urbanas e  32 empreendimentos de recursos hídricos para combater a escassez de água no Nordeste brasileiro.


Fonte: Portal Brasil


Preço de remédios de tarja preta e vermelha pode cair 11%

O governo publicou nesta sexta-feira (27) a atualização da lista de substâncias usadas na produção de remédios de tarjas preta e vermelha, e que têm isenção de PIS/Cofins. Com a isenção, a expectativa da indústria farmacêutica é uma queda de até 11% nos preços desses medicamentos. A última vez que o governo atualizou a lista, que hoje tem 1.643 itens, foi em 2007.


Reprodução
Os remédios de tarja preta e vermelha podem ter o preço reduzido em até 11%Os remédios de tarja preta e vermelha podem ter o preço reduzido em até 11%



















A estimativa de redução é da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). Entre os produtos, estão os remédios para tratamento de câncer, de uso crônico, como para hipertensão, diabetes e asma. Ao todo, a lista, publicada no Diário Oficial da União traz 174 itens que terão a isenção. As substâncias fazem parte da composição de medicamentos de tarja preta, vermelha e de alguns produtos para hemodiálise e para alimentação por sonda. Com a atualização, 75,4% dos medicamentos vendidos no país ficarão isentos de PIS/Cofins, segundo o Ministério da Saúde.

Fernando Sampaio, diretor da Interfarma, explica que a Lei 10.147/00 prevê que todos os produtos com as tarjas podem ter a isenção, mas o incentivo fiscal ocorre somente quando o remédio tem os princípios ativos listados em decreto.

“Hoje, mais de 65% do faturamento do setor farmacêutico já estão isentos. São os produtos para as doenças mais graves, doenças crônicas, doenças contagiosas. Os que não estão são os sem prescrição, e os para doenças menos graves, exemplo disfunção erétil, obesidade”, disse Sampaio, acrescentando que “o ideal é que o beneficio fosse para todos os produtos com tarja ou que todo ano o governo publicasse uma lista”.

De acordo com o Ministério da Saúde, a seleção das substâncias isentas leva em consideração se o remédio é para patologias crônicas e degenerativas; se atende aos programas de saúde do governo instituídos por meio de políticas públicas e se o produto é essencial para a população. Para terem o incentivo, os medicamentos devem estar sujeitos à prescrição médica, ser identificados por tarja vermelha ou preta e destinados à venda no mercado interno.


Fonte: Agência Brasil


Protestos diminuíram porque não são contra a Copa, diz Aldo

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse nesta sexta-feira (27) que o número menor de protestos populares durante a Copa do Mundo pode ser explicado pelo fato de as manifestações ocorridas no ano passado não serem contra o Mundial.


Ministro Aldo Rebelo


















"Há manifestações, mas pequenas, sem muita participação popular. As manifestações da Copa das Confederações foram interpretadas equivocadamente como se fossem sobre a Copa. Elas surgiram para protestar contra preço de passagem, problemas de segurança saúde e educação”, disse o ministro, em entrevista no Estádio do Maracanã. Para Rebelo, a Copa do Mundo serviu como um momento de trégua para as insatisfações da população. “Para o Brasil, o futebol não é um esporte como outro qualquer, mas uma forma de identidade da nossa população. Quando o Estado e o mercado chegaram aqui, o futebol já era um grande fenômeno com grandes clubes e ídolos”.

Um estudo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) mostra queda no apoio às manifestações populares nos últimos meses. De acordo com o estudo, em agosto de 2013, 75% dos entrevistados apoiavam ou haviam participado de protestos. Em maio de 2014, o percentual caiu para 54%. No ano passado, 25,69% das pessoas desaprovavam as manifestações, contra 45,78% em maio deste ano. Cerca de 3.800 pessoas, em 215 cidades, foram ouvidas no ano passado e este ano sobre o assunto e também para avaliar as políticas públicas. Para integrantes de movimentos sociais e especialistas, a queda na adesão pode estar relacionada aos atos violentos.

De acordo com o ministro, o governo está estudando formas de reduzir o preço dos ingressos e garantir a viabilidade dos estádios após a Copa, cuja manutenção é mais onerosa que a dos antigos estádios. “Que pelo menos uma parte dos ingressos destinada à população de baixa renda do Brasil. Já houve uma reunião com representantes de clubes, gestores e operadores de estádios. A partir daí, foi elaborado um estudo explicando o custo dos ingressos a partir do custo da manutenção”, disse.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Márcio Silveira: Por que a classe média tem memória curta?

A classe média tem memória curta. Esqueceu a tragédia que o Brasil viveu na década de 1990, com Collor e, em especial, com Fernando Henrique Cardoso do PSDB (Partido Social Democrático Brasileiro). Partido que tem uma bandeira clara: a favor do neoliberalismo, da abertura econômica escancarada, do domínio do capital financeiro, do alto endividamento externo e de uma subserviência aos interesses dos grandes grupos econômicos mundiais.

Por Márcio Rogério Silveira*


Esse mesmo partido tem pouco de democrático, pois confabulam com resquícios da ditadura, como militares e grupos religiosos ultraconservadores, além da mídia golpista, com a finalidade de enfraquecer o atual governo e implantar no Brasil um modelo econômico estilo mexicano. Partido que luta contra as duras conquistas alcançadas a partir do governo Lula da Silva. A maioria da classe média negligência isso ou não era nascida ou muito jovem para se lembrar da tragédia que foi o governo FHC!

Na época de FHC as perspectivas, por exemplo, de uma pessoa comum conseguir abrir uma pequena ou média empresa era quase impossível. Chegar à falência no primeiro ano era praticamente uma regra. Hoje uma parte considerável da classe média só existe ou mudou de status porque conseguiu empreender com apoio do Estado brasileiro. Seja pelo fomento estatal, como financiamento ou pelo que é mais importante, ou seja, o aumento da renda da população através do salário mínimo, do aumento salarial do setor estatal, do reaparelhamento do Estado, entre outros fatores que ampliaram grandemente os padrões de consumo da população brasileira. Também na época de FHC o baixo padrão de consumo da maioria da população brasileira dificultava qualquer iniciativa privada, pois os índices de desempregos eram altos, a renda era baixa, a pobreza era extremamente elevada e a classe média era bem mais reduzida. A classe média, principalmente a que existe porque rompemos com FHC e seu partido, esqueceu-se disso!

Hoje a situação econômica e social do Brasil é outra: os índices econômicos e sociais são bem mais favoráveis, com desemprego baixo, padrão de consumo da população mais elevado, índice de pobreza reduzida, engrossamento da classe média (principalmente a que saiu dos porões da pobreza). Enfim, o Brasil de hoje é outro, bem mais sólido economicamente. E a classe média esqueceu-se disso!

O Estado brasileiro foi desmontado pela equipe do FHC e, a partir de 2003, foi reaparelhado, houve a criação de diversas universidades e institutos tecnológicos, abertura de diversos concursos no judiciário, polícia federal, IBAMA e outros órgãos públicos. Formou-se uma classe média estatal que esqueceu ou é muito jovem para se lembrar dos anos que passamos em recessão e que durante vários deles não se abriu um único concurso público, onde engenheiros, arquitetos, prestadores de serviços, professores e outros não tinham empregos.

Hoje o Brasil importa trabalhadores especializados que estão desempregados na União Europeia. Essa classe média formada no serviço público não lembra mais disso!

Então, porque parece que há um grande descontentamento com o governo de Dilma Rousseff?

Por que essa mesma classe média, que pode comprar ingressos tão caros nos novos estádios de futebol, vaiam a presidente Dilma? Primeiro porque a classe média é extremamente suscetível às opiniões da mídia. Mídia que apoiou a ditadura militar e flerta com a volta da mesma, que negligenciou a tortura, inclusive dos seus próprios colaboradores/jornalistas, que tem relações espúrias com o capital financeiro internacional, com dinheiro público barato, que através de um golpe midiático elegeu Fernando Collor e quando o mesmo não lhe interessava mais foi a principal incentivadora e divulgadora do seu impeachment. Segundo porque, como já alertamos, tem memória curta, pois é uma classe média composta pelos seguintes seguimentos:

1. tradicionalmente subservientes das elites conservadoras (aristocratas em decadência com as modernizações);

2. dependentes do capital financeiro especulativo e, em especial, o internacional;

3. atreladas ao comércio importador (que prefere dólar baixo e abertura econômica descontrolada);

4. da nova classe média pouco intelectualizada e que acredita que sua ascensão econômica é fruto somente do seu trabalho e esquece que o crescimento do Brasil é fruto de políticas públicas propositivas;

5. ligada ao Estado e que não consegue perceber que seu emprego foi fruto da reversão da política econômica do governo FHC pelo governo Lula.

As várias camadas da classe média se esquecem disso por que são seduzidas pela mídia golpista, por pura ignorância de não conhecer a história política e econômica do Brasil! Cabe à classe média assumir um papel importante nas transformações do país e deixar de ser joguete da mídia golpista e dos grupos conservadores e aos que não alcançarem o status de classe média, ou seja, os “pobres do Brasil”, a promoção do futuro do Brasil. Isso começa pelas eleições de 2014 e pela derrota política, econômica e moral dos que estão contra o Brasil.

Chega de alimentá-los!!!

* Márcio Rogério Silveira é professor da Universidade Federal de Santa Catarina ( UFSC)


domingo, 22 de junho de 2014

OS 10 MAIORES MICOS DA COPA: Cala a boca Galvão, camarote VIP do Itauuuuu …



Conversa Afiada reproduz artigo de Najla Passos, extraído da Carta Maior:

OS 10 MAIORES MICOS DA COPA DO MUNDO DO BRASIL



Na Copa do Mundo do Brasil, foram embora pro chuveiro mais cedo aqueles que torceram pelo fracasso do país. Confira alguns micos da elite e da mídia.

Najla Passos

A Copa do Mundo do Brasil ainda não passou da primeira fase, mas já são fartas as gafes, foras e barrigadas do mundial, especialmente fora do campo. 

E, curiosamente, elas nada têm a ver com as previsões das “cartomantes do apocalipse” que alardeavam que o país não seria capaz de organizar o evento e receber bem os turistas estrangeiros. Muito pelo contrário. 

Os estádios ficaram prontos, os aeroportos estão funcionando, as manifestações perderam força, os gringos estão encantados com a receptividade brasileira e a imprensa estrangeira já fala em “Copa das Copas”. 

Confira, então, os principais micos do mundial… pelo menos até agora!


1 – O fracasso do #NãoVaiTerCopa

Mesmo com o apoio da direita conservadora, da esquerda radicalizada, da mídia monopolista e dos black blocs, o movimento #NãoVaiTerCopa se revelou uma grande falácia. As categorias de trabalhadores que aproveitam a visibilidade do evento para reivindicar suas pautas históricas de forma pacífica preferiram apostar na hashtag #NaCopaTemLuta, bem menos antipática e alarmista. E os que continuaram a torcer contra o evento e o país, por motivações eleitoreiras ou ideológicas, amargam o fracasso: políticos perdem credibilidade, veículos de imprensa, audiência e o empresariado, dinheiro!


2 – A vênus platinada ladeira abaixo 

Desde os protestos de junho de 2013, a TV Globo vem amargando uma rejeição crescente da população. E se apostava no #NãoVaiTerCopa para enfraquecer o governo, acabou foi vendo sua própria audiência desabar. Uma pesquisa publicada pela coluna Outro Canal, da Folha de S. Paulo, com base em dados do Ibope, mostra que no jogo de abertura da Copa de 2006, na Alemanha, a audiência da Globo foi de 65,7 pontos. No primeiro jogo da Copa de 2010, na África do Sul, caiu para 45,2 pontos. Já na estreia do Brasil na Copa, neste ano, despencou para 37,5 pontos.


3 – #CalaABocaGalvão

Principal ícone da TV Globo, o narrador esportivo Galvão Bueno é o homem mais bem pago da televisão brasileira, com salário mensal de R$ 5 milhões. Mas, tal como o veículo que paga seu salário, está com o prestígio cada vez mais baixo. Criticar suas narrações virou febre entre os fãs do bom futebol. E a própria seleção brasileira optou por assistir os jogos da copa pela concorrente, a TV Band. O movimento #CalaABocaGalvão ganhou ainda mais força! O #ForaGlobo também!


4 – A enquadrada na The Economist 

A revista britânica The Economista, que vem liderando o ranking da imprensa “gringa” que torce contra o sucesso do Brasil, acabou enquadrada por seus leitores. A reportagem “Traffic and tempers”, publicada no último dia 10, exaltando os problemas de mobilidade de São Paulo às vésperas de receber o mundial, foi rechaçada por leitores dos EUA, Japão, Holanda, Inglaterra e Argentina, dentre vários outros. Em contraposição aos argumentos da revista, esses leitores relataram problemas muito semelhantes nos seus países e exaltaram as qualidades brasileiras, em especial a hospitalidade do povo. 


5 – O assassinato da semiótica

Guru da direita brasileira, o colunista da revista Veja, Rodrigo Constantino, provocou risos com o texto “O logo vermelho da Copa”, em que acusa o PT de usar a logomarca oficial do mundial da Fifa para fazer propaganda subliminar do comunismo. Virou chacota, claro. O correspondente do Los Angeles Times, Vincent Bevins, postou em seu Twitter: “Oh Deus. Colunista brasileiro defendendo que o vermelho 2014 na logo da Copa do Mundo é obviamente uma propaganda socialista”.  Seus leitores se divertiram usando a mesma lógica para apontar outros pretensos ícones comunistas, como a Coca-Cola (lol)!


6 – A entrevista com o “falso” Felipão

Ex-diretor da Veja e repórter experiente, Mário Sérgio Conti achou que tivesse tirado a sorte grande ao encontrar o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, em um voo comercial, após o empate com o México. Escreveu uma matéria e a vendeu para os jornais Folha de S. Paulo e O Globo, que a publicaram com destaque. O entrevistado, porém, era o ator Wladimir Palomo, que interpreta Felipão no programa humorístico Zorra Total. No final da conversa, Palomo chegou a passar seu cartão à Conti, onde está escrito: “Wladimir Palomo – sósia de Felipão – eventos”. Mas, tão confiante que estava no seu “furo de reportagem”, o jornalista achou que era uma “brincadeirinha” do técnico… 


7 – A “morte do pai” do jogador marfinense


O jogador da costa do Marfim, Serey Die, caiu no choro quando o hino do seu país soou no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Imediatamente, a imprensa do Brasil e do mundo passou a noticiar que o pai dele havia morrido poucas horas antes. A comoção vias redes sociais foi intensa. O jogador, porém, desmentiu a notícia assim que pode. Seu pai havia morrido, de fato. Mas há dez anos. As lágrimas se deveram a outros fatores. “Também pensei no meu pai, mas é por tudo que vivi e por ter conseguido chegar a uma copa do mundo”, explicou.


8 – “Vai pra casa, Renan!”

Cheio de boas intenções, o estudante Renan Baldi, 16 anos, escolheu uma forma bastante condenável de reivindicar mais saúde e educação para o país: cobriu o rosto e se juntou aos black block paulistas para depredar patrimônio público na estreia do mundial. Foi retirado do meio do protesto pelo pai, que encantou o país ao reafirmar seu amor pelo filho, mas condenar sua postura violenta e antidemocrática. A hashtag #VaiPraCasaRenan fez história nas redes sociais!


9 – O fiasco do “padrão Fifa”

Pelos menos 40 voluntários da Copa em Brasília passaram mal após consumir as refeições servidas pela Fifa, no sábado (14), um dia antes do estádio Mané Garrincha estrear no mundial com a partida entre Suíça e Equador. Depois disso, não apareceu mais nenhum manifestante desavisado para pedir saúde e educação “padrão Fifa” no país!


10 – Sou “coxinha” e passo recibo!


Enquanto o Brasil e o mundo criticavam a falta de educação da “elite branca” que xingou a presidenta Dilma no Itaquerão, a empresária Isabela Raposeiras decidiu protestar pela causa oposta: publicou no seu facebook um post contra o preconceito e à discriminação dirigidos ao que ela chamou de “minoria de brasileiros que descente da elite branco-europeia”. “Não sentirei vergonha pelas minhas conquistas, pelo meu status social, pela minha pele branca”, afirmou.  Virou, automaticamente, a musa da “elite coxinha”.  

FONTE CONVERSA AFIADA