sexta-feira, 18 de abril de 2014

Comunistas propõem luta por mais conquistas e programa avançado


Reunida em São Paulo nesta segunda-feira (14), a Comissão Política Nacional do PCdoB analisou o quadro político e passou em revista o projeto eleitoral do partido. A nota dos comunistas destaca o acirramento da luta política. De um lado estão as forças progressistas que apoiam o governo Dilma e sua reeleição; de outro, o sistema de forças que engloba a oligarquia financeira, a mídia, os partidos conservadores e os dois principais candidatos oposicionistas, Aécio Neves e Eduardo Campos.
Com mais conquistas e com um programa avançado para a reeleição; rechaçar a agressividade das oposições

Desde as últimas semanas, o consórcio oposicionista constituído pelas forças conservadoras, pela oligarquia financeira e por grandes grupos de comunicação desencadearam sequenciados ataques contra o governo da presidenta Dilma Rousseff. A investida, no bojo da sucessão presidencial de 2014 já em curso, tem nítido objetivo de imobilizar o governo, desacreditá-lo e, além disto, atingir a liderança e a reputação da presidenta da República. Para empreender essa ofensiva a oposição teatraliza, desempenha um faz-de-conta de zelo pela economia nacional e de defesa do patrimônio público. Mas, quando se examina seu arsenal de denúncias, o que se revela é uma campanha eleitoral antecipada, com escancarado engajamento da grande mídia que usa e abusa da desinformação, e da parcialidade, para turbinar a oposição.

Além da mentira, recorrem à intriga, tentam apresentar ao povo a falácia de que haveria conflitos entre as duas principais lideranças do campo democrático-popular, Dilma e Lula. Com cinismo, os mesmos jornalões, os mesmos articulistas, que sempre destilaram preconceito e mesmo ódio contra o ex-presidente, agora, vaticinam sua volta. Na verdade, espalham a boataria do “Volta Lula”, para enfraquecer a campanha de reeleição da presidenta.

“Exasperada”, oposição faz pregação apocalíptica
Estamos diante de uma oposição “exasperada” que menospreza o debate programático, a busca de soluções para os problemas do país, e descamba para deturpar os fatos, exagerar a dimensão dos problemas e mesmo falsificar aspectos da realidade. Artificialmente, ela tenta forjar a imagem de um Brasil fraco, à beira de um desastre, com um futuro temerário. “Os cavaleiros do apocalipse”, por exemplo, fazem coro ao alarmismo que mais uma vez chantageia com a miragem de uma escalada inflacionária, diante da oscilação dos preços dos alimentos em decorrência de fatores climáticos. Fazem o jogo assim dos rentistas que, sob o manto do combate à inflação, pressionam por juros cada vez mais para cima.

A oposição também semeia entre o povo, e mesmo entre a opinião pública do exterior, a desconfiança quanto à capacidade de o país superar os impactos nele provocados por uma persistente crise mundial do capitalismo que afeta e onera o conjunto dos países em desenvolvimento. Agora mesmo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um estudo falho, parcial, questionado por muitos economistas, que inclui o Brasil na lista das economias mais vulneráveis entre as chamadas nações emergentes. Assim, o FMI pressiona o governo brasileiro a se submeter novamente a um receituário recessivo e antipopular. Praticamente, toda grande mídia vinculada à oposição dá guarida e razão ao FMI.

Uma campanha contra o Brasil
Passo a passo, portanto, a campanha eleitoral da oposição conservadora vai se resvalando para uma campanha contra o Brasil. Esta conduta já vem de antes, na cruzada da grande mídia pelo fracasso da Copa; e agora tem novos conteúdos, como, por exemplo, o fogo cerrado contra a Petrobras. Vem da descoberta da imensa riqueza do pré-sal, e da adoção do regime de partilha para explorá-lo com o resguardo dos interesses nacionais, uma crescente ação para golpear esta empresa, que é um dos principais patrimônios do povo brasileiro. Da abordagem distorcida do caso da compra da refinaria Pasadena, e das investigações da Polícia Federal sobre o tráfico de influência de um doleiro com um diretor já demitido da empresa, foi montada uma operação de desmonte da imagem positiva e exitosa da Petrobras. Para atingir seus fins eleitoreiros, pouco importa para a oposição que consequências isto acarretará à economia nacional.

Encruzilhada política: avançar ou retroceder!
Mas a esta altura se impõe a pergunta: de onde vem essa precoce “exasperação” das oposições? A resposta não é única, mas eis a principal delas: O Brasil se encontra diante de uma encruzilhada política: ou avança – com a realização das reformas estruturais, no caminho progressista desbravado pela vitória de Lula, em 2002, e confirmado, pela vitória da presidenta Dilma, em 2010 – ou retrocede, engata uma marcha a ré aos tristes anos de 1990, com o retorno das forças conservadoras. Deste dilema, e desse antagonismo, emana a presente agressividade contra a presidenta Dilma.

Acontece que a oposição já foi rejeitada pelo povo nas três últimas eleições presidenciais, e a hipótese de perder em uma quarta vez parece empurrá-la para uma tática eleitoral corrosiva. Apesar dessa ofensiva virulenta, os últimos números das pesquisas mostraram os principais candidatos de oposição empacados, enquanto a presidenta Dilma, mesmo perdendo alguns pontos, ganharia no primeiro turno. Outro diagnóstico apontado pelas pesquisas também atiça os nervos da oposição: a maioria do eleitorado anseia por mudanças e avanços e, destacadamente, aponta Lula e Dilma como os mais capazes para tornar realidade este anseio.

Defender as conquistas, desmascarar o receituário amargo da oposição
Diante de tal orquestração que aposta numa espécie de amnésia coletiva, tentando desqualificar e apagar as realizações dos últimos 11 anos – sobretudo os importantes feitos do governo da presidenta Dilma Rousseff –, o PCdoB tem a convicção de que é imperativo rechaçar a ofensiva do conservadorismo. Neste contexto, foi importante o recente pronunciamento do ex-presidente Lula no qual emitiu um chamamento ao PT e aos aliados para enfrentarem os ataques da oposição. Do mesmo modo, a movimentação da presidenta Dilma de se reunir com os movimentos sociais e com lideranças da base aliada.

Para o PCdoB, nenhuma falsificação deve ficar sem a devida resposta, e a verdade deve triunfar sobre a mentira. E mais: revelar ao povo o remédio amargo que os boticários da oposição – como Armínio Fraga e Pérsio Arida, ontem, figuras de proa dos governos de Fernando Henrique Cardoso, hoje, respectivamente, estrelas da assessoria de Aécio Neves e Eduardo Campos – preparam contra os trabalhadores, os pobres e os interesses da nação.

O Brasil sob o comando da presidenta Dilma soube enfrentar os negativos efeitos da forte retração da economia mundial. A presidenta, por um lado, combate a crise sem penalizar os trabalhadores, sem recuar das políticas sociais que retiram milhões da miséria. Por outro lado, adota política de investimentos públicos e de parcerias com o capital privado para melhorar a infraestrutura do país, procurando, assim, alavancar o setor produtivo. Ela teve a capacidade de ir além de uma simples continuidade dos governos do presidente Lula. Empreende com muito esforço a transição para um novo modelo de desenvolvimento que associa crescimento econômico e distribuição de renda. Em 2013, a taxa de desemprego caiu para 7,1% e, em 2014, a oferta de empregos poderá ser ainda maior. O aumento real do salário mínimo, além de ser poderosa alavanca de inclusão social, proporciona uma reverberação positiva na cadeia geral dos salários e fortalece o mercado interno.

O Brasil segue reforçando sua soberania, apostando alto na integração latino-americana e na criação de um polo contra-hegemônico às imposições do imperialismo estadunidense. Em julho, por exemplo, sediará, em Fortaleza, importante reunião da Cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Na esfera política, há que se destacar, quando se aproximam as convenções partidárias, o amplo leque partidário e social de apoio que vai se configurando à campanha de reeleição da presidenta Dilma Rousseff, apesar da base aliada ter sido alvo de forte tentativa de desagregação e cooptação pelo campo adversário.

Entre as conquistas do último quadriênio, uma ganhará destaque especial nos próximos meses: a realização da Copa no Brasil. Apesar, como já assinalado, da obtusa campanha em curso pelo fracasso da Copa, progressivamente vai se impondo aos olhos da opinião pública as significativas conquistas econômicas, sociais e esportivas propiciadas ao país por este megaevento. Do mesmo modo, à medida que se aproxima o início dos jogos crescem de diferentes modos as manifestações da paixão do povo brasileiro pelo futebol.

A oposição, em termos de alternativa programática, apesar do contorcionismo verbal e floreio de supostos novos conceitos, na verdade, requenta o receituário dos anos 1990 que quebrou o Brasil por três vezes, impôs o arrocho e o desemprego contra os trabalhadores, restringiu a democracia e aviltou a soberania nacional.

Por um programa que renove as esperanças e aponte nova etapa para o desenvolvimento
Mas a contraofensiva da esquerda e do conjunto campo político democrático, patriótico e popular deve ir além. É preciso redobrar o empenho pela realização das reformas estruturais democráticas – entre as quais, quatro, na atualidade, ganham destaque: a democratização da mídia monopolista que proporcione à sociedade o efetivo direito a uma comunicação plural, com plena liberdade de imprensa e expressão, hoje sufocada pelos monopólios; a reforma política democrática que eleve a participação do povo na política, fortaleça os partidos e combata a influência do poder econômico e financeiro nas campanhas; uma reforma urbana que dê resposta à crise nas cidades, sobretudo mobilidade urbana, segurança e moradia popular; e uma reforma tributária progressiva, que tribute mais as fortunas, o rentismo e desonere a produção e o trabalho.

Em relação à reforma política, destaca-se positivamente a votação ainda inconclusa no Supremo Tribunal Federal (STF), porém já com maioria de votos favorável pela inconstitucionalidade do financiamento de empresas às campanhas eleitorais. Todavia, mais uma vez se insurge uma grave ameaça de restrição à democracia com a tentativa de se incluir na pauta de votações da Câmara dos Deputados uma proposta de emenda constitucional, elaborada por um grupo de trabalho da Casa.

Esta emenda, entre outras medidas retrógadas, estabelece a cláusula de barreira, proíbe coligações partidárias, além de constitucionalizar e mesmo ampliar o financiamento privado das campanhas. Diante desta ameaça antidemocrática, impõe-se uma enérgica mobilização do campo político progressista e dos movimentos sociais tanto para barrar a votação dessa “emenda-retrocesso”, quanto para que seja votada uma reforma política que amplie a democracia, está sim, necessária e urgente. Neste sentido, destaca-se a iniciativa de 95 importantes movimentos e entidades do país, entre elas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a União Nacional dos Estudantes (UNE), que realizam uma importante campanha pela aprovação do Projeto de Iniciativa Popular da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas.

É preciso, desde já, desencadear um amplo debate com as forças políticas progressistas e com os movimentos sociais, com o objetivo e elaborar um programa para a campanha de reeleição da presidenta Dilma que aponte para uma nova etapa de desenvolvimento, robusto, duradouro, distribuição de renda e conquistas mais arrojadas.

Finalmente, a direção nacional do PCdoB conclama o conjunto de seus dirigentes, o coletivo militante, que apoiados no povo e na rede de amigos de nossa legenda, reforcem em todas as frentes de atuação, o trabalho pela vitória do projeto eleitoral dos comunistas. O fortalecimento da esquerda brasileira, condição para o avanço das mudanças, precisa, necessariamente, de PCdoB mais forte, à frente de governos estaduais e com uma bancada maior na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e nas Assembleias Legislativas.

São Paulo, 14 de abril de 2014

A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil - PCdoB

Pesquisa demonstra domínio do capital sobre a política nos EUA


Uma nova análise divulgada por pesquisadores da Universidade de Princeton e da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, comparou a influência do público em 1.779 questões de formulação de políticas, entre 1981 e 2002, e concluiu, com base em dados, o que já se verifica empiricamente: a influência do dinheiro na política afogou as vozes dos eleitores no país. Frequentemente, no período analisado, os interesses das classes altas venceram as demandas da população geral. 


DailyTech
EUA lobbies grupos de interesse das elites
No momento em que, no Brasil, as forças progressistas batalham pela aprovação de leis como a que proíbe o financiamento privado de campanhas eleitorais, o estudo das duas universidades norte-americanas, focado apenas na situação dos Estados Unidos – considerado um “modelo de democracia” por setores da direita brasileira – ressalta que, por exemplo, quando 80% da população pedia algum tipo de mudança, só conseguiram ter suas reivindicações atendidas em 43% dos casos.

A análise coloca em questão, justamente, o peso do lobby corporativo sobre as decisões políticas e a falta de uma reforma no financiamento das campanhas, o que resulta em privilégios verificáveis garantidos às classes econômicas dominantes. De acordo com os autores do estudo, fica ressaltado o poder dos grupos de interesse e de indivíduos que respaldam interesses específicos na política estadunidense e a marginalização de eleitores e grupos públicos.

“Eu esperava concluir que os cidadãos estadunidenses comuns têm um grau modesto de influência sobre as políticas de governo e que grupos de interesse de massa servem para promover estes interesses,” disse Martin Gilens, um cientista político da Universidade de Princeton e coautor do estudo, em declarações à filial norte-americana da emissora árabe Al-Jazeera.

“O que concluímos, entretanto, foi que os estadunidenses comuns têm virtualmente nenhuma influência sobre as políticas do governo e que os grupos de interesse de massas, como um todo, não estão, necessariamente, ao lado dos interesses do cidadão comum.” Outro coautor do estudo, Ben Page, é citado pela emissora descrevendo uma oligarquia como o “governo de um pequeno número de pessoas ricas”, referência à definição do cientista político Jeffrey Winter.

“Nossas conclusões são consistentes com a [indicação] de que os Estados Unidos é uma oligarquia, mas ainda não prova isso,” diz Page, ressaltando: “a oligarquia está se intensificando à medida que aumenta a desigualdade econômica e que o Congresso e a Corte Suprema desmantelam regulamentações.”

O estudo, que deve ser publicado em poucos meses, demonstra em números concretos a disparidade entre o poder da população e o de grupos de interesse especial. “Não acho que esta conclusão é surpreendente,” disse Alexander Furnas, pesquisador da Fundação Sunlight, em Washington, citado pela Al-Jazeera. “O que é realmente fantástico sobre isso é, entretanto, que o estudo fornece apoio empírico sistemático às teorias sobre a influência política,” antes apoiadas em exemplos gerais.

Fazendo referência à grande recessão experimentada a partir do final da década de 2000, quando os grupos de pressão das corporações e do setor financeiro são beneficiados em detrimento das políticas sociais de apoio à população, que arca com as “medidas de arrocho”, Gilens pontua a impunidade das instituições financeiras e a negligência do governo neste aspecto.

Expressão disso são, continua o pesquisador, as reformas regulatórias insuficientes e um processo de recuperação econômica extremamente desigual, “na qual corporações e estadunidenses influentes têm se saído bem, enquanto a classe média e os norte-americanos empobrecidos ainda estão sofrendo.”

“Tudo isso mostra até onde o governo inclina-se na direção dos interesses dos ricos e poderosos,” enfatiza Gilens. Entretanto, “às vezes, a população vence por acidente, quando seus interesses coincidem com os interesses das elites, como no caso dos benefícios do Medicare [programa de saúde] imposto no governo Bush. Aquela medida encontrou apoio na indústria farmacêutica, que se beneficiou da lei.”

Para os pesquisadores Gilens e Page, uma solução para o sobrepeso dos grupos de pressão das elites seria a reforma do financiamento de campanhas que, provavelmente, será dificultada por uma decisão recente da Corte Suprema, que determinou que as vastas somas de dinheiro nas campanhas equivalem à liberdade de expressão.

“Uma reforma do financiamento de campanhas significativa seria o passo mais importante para tornar o governo mais representativo das necessidades e preferências dos cidadãos comuns,” disse Gilens. Page, por sua vez, completa com a necessidade de transparência completa sobre o dinheiro na política e, “mais importante: reduzir a desigualdade de riquezas para de reduzir a desigualdade de poder,” enquanto Alexander Furnas também ressalta a participação insistente, com a exigência dos eleitores aos seus eleitos.

Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Com informações da Al-Jazeera


Pesquisa do Ibope indica mais uma vitória de Dilma no 1º turno


Instituto mostra presidente com três pontos a menos do que na pesquisa anterior, mas ainda assim venceria eleição em primeiro turno; Dilma Rousseff apresentou 37% agora, contra 14% para Aécio Neves e 6% para Eduardo Campos; avaliação do governo obteve 34% de "ótimo" e "bom"; candidatos da oposição não subiram, à exceção de Aécio, com um ponto a mais; cenário com Marina Silva apontou 10% para a ex-ministra.


Embora tenha perdido três pontos percentuais entre março e abril, a presidente Dilma Rousseff registra 37% das intenções de voto do eleitorado, revela pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (17) pela TV Globo e portal G1.

Com esse índice, a pré-candidata do PT à reeleição ganharia a eleição em primeiro turno em todos os dois cenários pesquisados. Na semana passada, pesquisa Vox Populi mostrou Dilma em primeiro lugar com 40% de intenções.

Dilma venceria com 37% nos dois cenários. No primeiro, o senador do PSDB Aécio Neves teria 14% dos votos, e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), 6%. No segundo, com Marina Silva, candidata a vice, no lugar de Campos, a ex-senadora teria 10% da preferência do eleitorado.

O primeiro cenário traz ainda 2% para o candidato do PSC, Pastor Everaldo, 1% para Denise Abreu, do PEN, e 1% para Randolfe Rodrigues, que disputará pelo PSOL. Eymael (PSDC), Levy Fidélix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Eduardo Jorge (PV) não alcançaram 1%.

Os que disseram que votarão em branco ou nulo somaram 24% e os entrevistados que não sabem em quem votar ou não quiseram responder, 13%. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em 140 municípios entre os dias 10 e 14 de abril.

Na semana passada, pesquisa Vox Populi mostrou Dilma estável, com 40% das intenções. Mesmo com a variação apontada pelo Ibope, de Carlos Augusto Montenegro, a candidatura da presidente está se mostrando mais forte do que as pressões desatadas até aqui pela oposição.

Desta vez o Ibope divulgou junto com a pesquisa de intenção de voto o levantamento sobre aprovação do governo. No mês passado, o instituto fez isso de maneira separada, ajudando a provocar duas ondas de agitação na Bolsa de Valores.

O índice de “bom” e “ótimo” para classificar a gestão da presidente Dilma oscilou dentro da margem de erro, marcando 34% agora contra 36% no levantamento do mês passado. Em dezembro do ano passado, o mesmo índice era de 43%, segundo o instituto.

Em três cenários de disputa do segundo turno, Dilma vence três adversários definidos. Ela ganharia com 43% contra 22% de Aécio Neves. No hipótese de enfrentar Eduardo Campos, marcou 44% contra 17%. Diante de Marina Silva, o placar ficou em 41% a 25% para Dilma.

Fonte: Brasil 247


Globo tenta intimidar blogueiros que entrevistaram Lula


Em matéria publicada nesta quinta-feira (17) no jornal impresso “O Globo”, nota-se uma grande manipulação dos fatos para tentar deslegitimar e intimidar os jornalistas e blogueiros que participaram da entrevista com o ex-presidente Lula na semana passada. Rodrigo Vianna, do Blog do Escrevinhador, que estava na coletiva de Lula, concedeu uma entrevista exclusiva ao Portal Vermelho sobre essa repercussão na grande mídia.

Ramon de Castro, para Rádio Vermelho



“O que fica claro é o interesse da Globo em intimidar os blogueiros que apesar de suas limitações oferecem uma narrativa que é uma alternativa ao poder da globo de manipular”, disse Rodrigo. Mas para o blogueiro, como diz o ditado, o feitiço virou contra o feiticeiro. “É uma retaliação clara, uma tentativa de intimidar, mas ao invés disso estão ajudando a tornar os blogs ainda mais conhecidos”, completou.

Vianna foi procurado pelas jornalistas da Globo para dar a entrevista e recusou, pois o único pedido do blogueiro para dar a entrevista foi negado. “Pedi para a jornalista mandar as perguntas por escrito e que só daria a entrevista se a Globo esclarecesse o caso da suposta sonegação fiscal de R$1 bilhão.”, revelou. “Como a jornalista não quis nem ao menos mandar as perguntas, não respondi”, indagou.

Para Rodrigo, nenhum dos participantes da coletiva com Lula deveriam falar com a Globo. “Eles pensam em nos deslegitimar e por que vamos lhes dar legitimidade? A Globo não tem estatura moral para ser fiscal de blogueiro”, falou.

Vianna lembrou que as entrevistas do Lula aos blogueiros sempre foram transmitidas ao vivo e com acesso universal. “As duas entrevistas do ex-presidente foram transmitidas de forma pública, uma no Palácio do Planalto e outra no Instituto Lula”, recordou. “Eu queria saber por que o Merval Pereira, da Globo, se esconde para falar com o cônsul e embaixador dos Estados Unidos, ele é informante do governo dos Estados Unidos e tem vergonha disso?”, questionou.

Especificamente sobre o papel das jornalistas que assinaram a matéria publicada nesta quinta-feira (17) no jornal “O Globo”, Rodrigo acredita que as repórteres fazem esse papel talvez por medo e pensando na ascensão no mercado de trabalho. “Um dia elas vão descobrir que entre elas e a empresa há uma diferença, pois estão achando que são a empresa e vão perceber que há uma grande diferença entre o jornalista e o dono da empresa de jornalismo, e assim vão perceber o papel que estão se prestando”, disse.

Ouça a entrevista completa na 
Rádio Vermelho:


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sábado, 5 de abril de 2014

Não há justificativa para estupro!

Não sou sociólogo, mas nada justifica o estupro, é algo tão hediondo que nem bandido perdoa.
Se roupa definisse qual mulher deveria ser estuprada, não haveria estupro no mundo árabe ou na India.

globoonline (fragmentosO
Para ex-diretores do Ipea, erro foi ‘grotesco’ e órgão perdeu o foco

... Uma pesquisa desse tipo tem que passar por muitas mãos e ser fartamente revista antes de ser divulgada. Então, o primeiro ponto a ser apontado aqui é que a respeitabilidade do Ipea sofre muito com essa falha. Depois, que esse erro tem muito a ver com o trabalho em si. O Ipea não tem a tradição de fazer pesquisas de opinião. No Brasil, temos meia dúzia de entidades que fazem esse trabalho muito bem: o Ibope, o Datafolha, o Vox Populi... O Ipea trabalha com dados econômicos e parece que está fora de seu foco...
...
É importante que o instituto venha a público corrigir seu erro. Isso é para elogiar. Mas tem uma outra questão no ar: o instituto é da área econômica, e o tema da pesquisa é das ciências sociais. Isso quer dizer que o pessoal do Ipea não estava dentro da competência deles. Talvez tenham entrado num campo que não dominam muito bem.
Já o economista Sérgio Besserman, que também presidiu o IBGE, não acredita que o erro afete a imagem do Ipea. Para ele, o importante é reconhecer o erro com transparência e aproveitar a oportunidade para rever protocolos internos. Besserman explicou que, diferentemente do Ipea, os institutos que trabalham com pesquisa primária, como o IBGE, adotam procedimentos críticos antes de divulgar resultados. Ele lembra, porém, que, como o Ipea faz pesquisa analíticas, impor o mesmo cuidado ao órgão poderia ser interpretado como censura. Mesmo assim, a falha pode servir à criação de procedimentos que aumentem a segurança dos resultados.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/para-ex-diretores-do-ipea-erro-foi-grotesco-orgao-perdeu-foco-12100244#ixzz2y394gTg9 
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Pacotes de bondades: Saúde pública municipal vai mal pra variar

A gente fica estarrecidos como a saúde está fundo do poço, atendimento demorado, conforto e respeito zero, a estrutura pública falida. Na estrutura privada que atende pelo SUS, quanto mais dinheiro dá a estes hospitais, mais piora o atendimento, a gente vê obras, mas o atendimento a população só piora, com longas filas, pessoas tendo que ir de madrugada para conseguir ficha, crianças, idosos e grávidas não importa o atendimento é péssimo.

Queremos royaltes com respeito!
Queremos royaltes com transparência!

reportagem fmanha


A saúde em Campos continua sendo alvo de reclamações da população. Através do WhatsApp da Folha da Manhã (22-99208-7368), dois leitores apontaram problemas na área: Gabriel Pessanha apontou deficiências no PU da Saldanha Marinho e Danielle Batista falou sobre a secretaria municipal de Saúde e ainda sobre falta de medicamento. O WhatsApp da Folha está disponível para que os leitores possam enviar sugestões de pautas, fotos e vídeos para a redação do jornal. A prefeitura respondeu, elencando soluções que estão sendo tomadas. Não houve resposta, porém, no caso da secretaria de Saúde e falta de remédio.
De acordo com o leitor Gabriel Pessanha, ele estava acompanhando uma pessoa em atendimento no PU, quando constatou o “deplorável estado da estrutura física do local. Sangue no chão; poltronas rasgadas; ausência de garrote para a punção, sendo usada uma luva de procedimento no lugar; além do despreparo e falta de informação sobre a medicação dos pacientes”, reclamou, acrescentando: “um paciente teve que segurar um lixo contendo materiais contamináveis como seringas, algodões com sangue e outros lixos hospitalares para segurar e vomitar”, contou.
O leitor relatou também o estado precário da unidade de saúde. “As paredes estão caindo, são portas sem maçanetas, armários com medicações abertos, ralo aberto em meio ao corredor, local de lavar a mão sem uma lixeira para jogar os papéis-toalha, péssimo atendimento, péssima estrutura física, janelas quebradas, assentos sujos com restos de materiais que podem ser contaminantes”.
Outro problema foi o banheiro da secretaria de Saúde, mostrado pela leitora Danielle Batista: “O banheiro é uma pouca vergonha. Não tem papel e é imundo. Sem falar da falta de remédios. Não consigo pegar um remédio para meus pais desde novembro”, disse, informando ainda que o medicamento é Atorvastatina.
Na sexta-feira (4), no Hospital São José, em Goitacazes, na Baixada Campista uma leitora flagrou grandes filas, especialmente no setor de pediatria. Além disso, segundo ela, quem precisava apanhar algum medicamento na farmácia teve que enfrentar a chuva, já que não havia cobertura.
Unidades hospitalares passarão por obras
Em nota, a Prefeitura de Campos respondeu às queixas feitas por leitores: Sobre o PU da Saldanha Marinho, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que “está promovendo uma série de reformas, ampliações e construções de novas unidades. A situação da Unidade Pré-Hospitalar da Saldanha Marinho já foi verificada pela FMS, que enviou uma solicitação de projeto à secretaria de Obras para que seja orçada a reforma. Enquanto esse processo está em andamento uma equipe permanente de manutenção da FMS que promoveu reparos na UPH Farol, na UPH Santo Eduardo, no Hospital Geral de Guarus e está finalizando os reparos em outra unidade, será direcionada para a UPH Saldanha Marinho.
Em relação ao Hospital São José, informou que a unidade está sendo totalmente reformulada “para se tornar uma referência no atendimento na Baixada Campista, com os investimentos determinados pela prefeita Rosinha. A obra está orçada em R$ 6.457.995,89, englobando a construção de um novo prédio com dois pavimentos e a recuperação de toda estrutura onde atualmente funciona a unidade para melhor atender aos pacientes. Com esta obra, o problema de falta de cobertura externa para a farmácia, por exemplo, será corrigido”. A respeito das longas filas, disse que o pediatra de plantão teve de acompanhar a remoção de duas crianças — cujos casos eram graves — para o Hospital Ferreira Machado: “Por este motivo, durante um determinado período do dia, houve um atraso no atendimento dos demais pacientes”.


Suzy Monteiro
Foto: Gabriel Fernandes / leitor

Pacotes de bondades: Novo edital para ônibus após terceiro adiamento

Para quanto vai o valor da tarifa?
A prefeitura estipulou um teto?
Cartão cidadão? Quanto tempo vai levar para o cidadão receber o cartão? Quantas pessoas ainda não recebeu o beneficio por erro ou incompetência do sistema?
A licitação é para melhorar o transporte coletivo por um preço justo ou para fazer caixa de campanha?


reportagem fmanha

Em um pouco mais de um ano, a Prefeitura de Campos anunciou quatro editais para a licitação do transporte público do município. Na tarde de sexta-feira (4), no site oficial, a Prefeitura informou que na próxima terça-feira, dia 8, será publicado, no Diário Oficial do município, o aviso de licitação com informação de novo edital. Na quinta-feira, a assessoria de Comunicação da Prefeitura informou que, diante de uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), por questões relacionadas aos estudos técnicos da área de transporte, o município decidiu adiar o processo licitatório, marcado também para o próximo dia 8. Enquanto isso, a população reclama da má qualidade ofertada pelo transporte público.
— No esforço de proporcionar um transporte de melhor qualidade à população campista, sem alterar o preço da passagem social de R$ 1, o município de Campos lançou, no início de 2013, o primeiro edital para licitação do transporte público. Por duas vezes, o processo foi suspenso por determinação judicial em função de ações movidas por empresas de ônibus que discordavam das regras do edital — disse a publicação no site da Prefeitura.
Nas ruas, as críticas contra o transporte público coletivo são quase unânimes. Diariamente, durante grande parte do dia, são constatados pontos lotados, coletivos com grande aglomeração de pessoas, muitas dessas pessoas estão sendo transportadas em situações de riscos; passageiros disputando coletivos, usuários chegando atrasados em compromissos por conta de atrasos dos coletivos. “Estamos esperando desde 8h. Até agora (9h30) não passou ônibus e as vans passaram lotadas”, disse a aposentada Maria José Souza, 72 anos, moradora de Santo Amaro, na Baixada Campista. O ônibus passou lotado às 9h44.
A técnica de enfermagem Simone Aparecida Martins, 29 anos que mora no Farol de São de São Tomé, disse que os ônibus na praia estão uma vergonha diariamente. “Estou desde 8h30, já são 9h e não passou. Quando vem demora 2h para chegar a Campos”, relatou. Já a doméstica Eliane Gomes Pereira, 45 anos também reclamou da precariedade do serviço. “Hoje estou desde 7h na rodoviária esperando ônibus para Campos, já são 9h e ainda estou aqui. Todo dia é isso, no Farol só tem ônibus no verão”, destacou.
A dona de casa Eliane Cristina Souza, 51 anos se queixou dos ônibus em Mineiros. “Aqui está cada dia pior. Não tem ônibus. Hoje, meu marido que trabalha em Campos, ficou mais de uma hora no ponto. Os moradores já fizeram três manifestações e nada melhorou. Nas localidades mais distantes, a situação não deve ser melhor, pois já ouvi também reclamações de outros usuários do transporte público”, completou.
Manifestações – Em menos de dois dias, moradores da Baixada Campista fecharam a RJ 216 (Campos-Farol), durante três dias. Os manifestantes denunciaram a insuficiência de transporte coletivo, a falta de redutores de velocidade e calçamento da rua Amaro Riscado Dias, em Mineiros, que fica alagada quando chove.
Pelo terceiro dia consecutivo, a equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de Comunicação da prefeitura, e questionou às reivindicações da Baixada Campista, porém, o órgão não retornou o contato.


Dulcides Netto
Foto: Valmir Oliveira

Pacote de bondades dos Garotinhos: Protesto de ex-guardas na praça

Serviço Público só por concurso público, não cabe discussão!

Milhares de pessoas são ou foram contratadas pela Prefeitura de Campos e saem com uma mão na frente e outra atrás, sem seus direitos trabalhistas. Situação é amenizada quando contratada por empresas. Mesmo assim estes seres humanos são tratados como gado, no curral eleitoral.

A campanha esta aí e as contratações continuam! Afinal eles precisam de mais cabos eleitorais!

A Câmara de Vereadores, eu nem pergunto. Mas cadê o Ministério Público?

reportagem fmanha

Natália Moraes
Fotos: Valmir Oliveira
Ex-funcionários da Guarda Civil Municipal, que foram afastados desde 2008 do trabalho após as contratações terem sido consideradas ilegais pela Justiça, fizeram uma manifestação na manhã deste sábado em frente à Praça do Santíssimo Salvador, em Campos. Com cartazes nas mãos, uniformizados com suas antigas roupas de trabalho e com um megafone em punho, cerca de 100 ex-guardas foram mais uma vez foram para a rua reivindicar seus direitos carregando uma réplica de um caixão cor de rosa. Eles alegam que estão impedidos de arrumar outro emprego por terem ainda os nomes no Cadastro Nacional de Informações Sociais da Previdência Social (Cnis) como funcionários da Prefeitura de Campos.
Segundo o presidente da Associação de apoio aos Servidores Celetistas de Campos dos Goytacazes, Jorge Viveiros, os ex-funcionários levaram o caso ao Ministério Público Federal, no Rio de Janeiro, há 60 dias. A intenção dos manifestantes foi cobrar mais rapidez no caso. "Foram apresentados provas, e o MPF instaurou um inquérito e foi pedido a Procuradora de Trabalho de Campos explicações sobre o caso. Até agora o caso continua parado e continuamos sem trabalhar. Não foi dada baixa nas Carteiras. Quando o funcionário recebe uma baixa, ele tem que assinar, e nenhum de nós assinou essa baixa, nem rescisão de contrato e nem fez exame demissional. Não tivemos nada disso", comentou Jorge.
O ex-agente da Guarda Civil reclama que eles não estão conseguindo trabalhar, pois os nomes estão no Cadastro Nacional. “Os 2.525 profissionais que foram afastados do posto de trabalho estão sem trabalhar desde 2008. Muitos já até aposentaram, o problema é que o nosso nome continua Cadastro Nacional e por isso, não podemos nem fazer outro concurso e arrumar trabalho”, enfatiza.
A Procuradoria Geral da Prefeitura de Campos chegou a se posicionar sobre o assunto, em outras manifestações realizadas pelos ex-guardas. Em nota, a Procuradoria informou que o município responde, de forma individual, cada um destes casos na Justiça.