segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dilma empossa Aldo no Ministério do Esporte: reinício do jogo


A presidente Dilma repetiu o ex-presidente Lula e, usando termos próprios do futebol, disse que, com a posse do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, nesta segunda-feira (31), “colocamos a bola no chão, reiniciamos o jogo e vamos para o ataque, por um Brasil mais justo e mais desenvolvido. Essa será a vitória de todos nós”. O ex-ministro Orlando Silva fez um discurso de agradecimento e o novo ministro afirmou “que é honra e responsabilidade servir ao povo brasileiro, ao Brasil e ao governo”.


Segundo a Presidente Dilma, o novo ministro tem plenas condições de dar continuidade às políticas do ministério.
A Presidente da República fez elogios ao ministro que sai, ao que entra e ao PCdoB, partido de ambos. Ela iniciou sua fala destacando que não estava nos planos do governo promover essa mudança, mas que quando conduzida a situações inesperadas, enfrenta, “com tristeza, mas sempre com coragem e determinação”.

“Foi o que fizemos nesse caso, sem abrir mão de construir o caminho que escolhemos”. E citou versos do cantor Martinho da Vila, filiado ao PCdoB, que, segundo ela, se ajusta a esse momento: “Deixo o mundo me rumar para onde eu quero ir”, destacando que “movidos por nossos princípios e nossas crenças e não para onde querem nos levar”.

Ela disse ainda que “as pessoas podem nos deixar, mas as políticas e linhas de ação terão que ser preservadas”. E, com o novo ministro Aldo Rebelo e o PCdoB, quer ver a continuidade do “trabalho excepcional” de Orlando Silva.

Trabalho excepcional

A Presidente Dilma atribui ao ex-ministro “um excepcional trabalho, do qual sou testemunha como ministra e agora como Presidente da República, de inclusão social e ampliação de oportunidades através do esporte”. Disse ainda que ele “não perde meu respeito e desejo sucesso na sua cruzada pela verdade”.

Fez elogio ao PCdoB, dizendo que preserva o apoio que considera “fundamental”. Disse que nos últimos nove anos, o PCdoB foi “parceiro leal e relevante no projeto de desenvolvimento baseado na democracia, na afirmação soberana do Brasil e crescimento com distribuição de renda e inclusão social”.

Em seguida, elogiou o novo colaborador. “Experiente, qualificado, sério, líder reconhecido, homem de estado e defensor corajoso de opiniões fortes dos interesses nacionais”, foi como a Presidente Dilma definiu Aldo Rebelo.

Segundo ela, “(o novo ministro) tem plenas condições de dar continuidade às políticas do ministério e estabelecer, desde logo, relações claras com entes envolvidos na preparação da Copa do Mundo e Jogos Olímpicos (...) e negociar, em busca de soluções em que todos ganhem, principalmente e especialmente o Brasil e o povo brasileiro, sem que a ninguém seja imposto abdicar de princípios e direitos legais em vigor no Pais”.

História, futebol e pilhérias

Em meio a referências históricas e futebolísticas, o novo ministro falou sobre a importância do esporte, principalmente o futebol, para o sentimento de “pertencimento” dos brasileiros ao seu país.

O novo ministro disse que o grande desafio à frente do Ministério do Esporte se torna menor pelo que já foi feito pelo antecessor, tanto na ampliação dos programas sociais como o Segundo Tempo, como na conquista dos grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. E disse também que precisará da ajuda do governo, de outros ministros, de dirigentes esportivos e até da imprensa para realizar seu trabalho.

Aldo Rebelo incluiu também em sua fala uma série de curiosidade e tiradas humorísticas. Ele destacou a importância do futebol para o mundo destacando que a Fifa tem mais filiados do que a ONU (Organização das Nações Unidas).

O ministro lembrou que a dia de sua posse coincide com a data proposta por ele, em projeto de lei, de transformar o dia 31 de outubro em Dia do Saci, para se contrapor ao norte-americano Halloween. Torcedor do Palmeiras, ele celebrou a decisão da abertura da Copa do Mundo no estádio do Corinthias, para recursar o pedido do prefeito de Viçosa (AL), sua cidade natal, para sediar a abertura.

Aldo Rebelo incluiu, em seu discurso, a defesa de Orlando Silva e do seu Partido. Disse que Orlando Silva, mais que inocente, é vítima das consequências da luta social e da luta de ideias. Também defendeu o Partido, dizendo que não está acima das críticas e procura corrigir as deformidades , mas “esse Partido constitui a herança sublime, não só do Brasil, mas da humanidade pela continuidade de luta pela igualdade e pela liberdade”.

Eu sou inocente”

O ex-ministro Orlando Silva fez um discurso de agradecimento, começando pela presidente Dilma Rousseff até a mãe, mulher e filha, presentes ao evento. Disse que sai do ministério com o orgulho de poder olhar nos olhos de cada um e dizer “Eu sou inocente”. A fala produziu aplausos do público, que ficou de pé, calando o ministro por alguns minutos.

Nos seus agradecimentos, o ex-ministro incluiu o ex-Presidente Lula, que, como a Presidente Dilma, lhe deu oportunidade de participar do trabalho na área, quando conquistou grandes avanços nos programas sociais e desenvolvimento do esporte no Brasil e na realização de grandes eventos como a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Agradeceu também à sua equipe que, segundo ele, “é pequena, mas muito aguerrida na busca dos objetivos traçados no planejamento de trabalho”. E agradeceu ainda ao seu Partido – o PCdoB, quando incluiu elogios ao novo ministro Aldo Rebelo: “Um homem público de grande envergadura”, acrescentando que “um dos maiores orgulhos que tenho é de fazer parte da mesma tradição do Partido de Aldo Rebelo”.

Transmissão de cargo


Na transmissão de cargo, na sede do Ministério do Esporte, após a cerimônia no Palácio do Planalto, o Presidente do PCdoB, Renato Rabelo, discursou. Em resposta aos elogios, agradecimentos e homenagens dirigidas a ele, o Presidente do Partido fez um elogio a Orlando Silva, a quem definiu como “destemido e orgulho do nosso Partido”.

Ele disse à equipe do ministério que acompanhou a solenidade, que o PCdoB é um Partido de princípios e ideia, programas e projetos. Tem uma aliança de longa data com o Presidente Lula, fazendo um levantamento da participação da legenda nos governos Lula e Dilma, porque existe uma identidade de políticas e rumos. Ao mesmo tempo, explicou que “cabe ao ministro considerar a política definida pelo governo, o PCdoB não interfere nas ações do ministro”.

De Brasília
Márcia Xavier

domingo, 30 de outubro de 2011

Equívocos no debate sobre royalties


O posicionamento dos parlamentares dos estados não-produtores de petróleo sobre a repartição dos royalties têm se baseado, hegemonicamente, em pressupostos equivocados. Por Mauro Osório da Silva*
O primeiro deles, que o Estado do Rio de Janeiro possuiria uma alta carga tributária, podendo abrir mão, para estados "mais pobres", de uma parcela dos recursos atualmente recebidos com os royalties. Isso não é fato. Os dados oficiais demonstram que 21 estados brasileiros possuem uma carga tributária maior que a do Estado do Rio. Um dos fatores que leva à baixa carga tributária do Rio de Janeiro é o fato de o ICMS relativo à extração de petróleo ser cobrado no "destino" e não na "origem", não gerando, assim, receita para o estado. Além disso, a extração do petróleo infla o PIB fluminense, diminuindo a participação do Rio no Fundo de Participação dos Estados (FPE).
Outro pressuposto equivocado é que incentivos fiscais concedidos pelo Estado do Rio de Janeiro teriam gerado, como consequência, uma péssima evolução da receita de ICMS, no cenário federativo, entre 1996 e 2010. Isso não procede. A baixa evolução da receita de ICMS do estado derivou da péssima evolução da indústria de transformação e da economia fluminense como um todo. Por exemplo, entre 1996 e 2010, o crescimento da indústria de transformação no Estado do Rio de Janeiro foi de apenas 1,3%, contra um crescimento no Brasil e nos estados de Minas Gerais e São Paulo de, respectivamente, 35,8%; 41,1%; e 41,9%, de acordo com dados do IBGE.
Outro pressuposto equivocado é que os municípios fluminenses receberiam muitos recursos e gastariam mal. Na verdade, os municípios do Estado do Rio que recebem uma soma significativa de recursos são a exceção e não a regra. Em um ranking da receita pública municipal de todos os municípios da Região Sudeste, com base em dados do Finanças do Brasil (Finbra), do Ministério da Fazenda, verifica-se que, entre os 25 municípios com maior receita pública per capita, estão apenas quatro do Estado do Rio de Janeiro: Quissamã; Macaé; Porto Real e Carapebus - sendo que Porto Real não deriva a sua receita centralmente dos royalties.
Um último pressuposto equivocado, citado na mídia pelo senador Vital do Rêgo, é que, do ponto de vista econômico e social, o Rio estaria em situação privilegiada, atualmente, no cenário federativo. Na verdade, o conjunto dos dados mostra que, após décadas de degradação econômica e social, de fato o Rio melhorou significativamente, mas apenas "encostou" na trajetória nacional.
O Cadastro Geral de Empregos de Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Empregado, mostra, por exemplo, que o emprego formal no estado do Rio de Janeiro cresceu, nos últimos doze meses, 6,3%, contra um crescimento no total do país de 5,9%.
Além disso, se os megaeventos geram, por um lado, investimentos federais, por outro, compromissos de contrapartidas regionais. Some-se a isso o fato de as décadas de perda de participação do Estado do Rio de Janeiro na economia brasileira e de particular degradação da máquina pública no âmbito regional terem gerado importantes passivos a serem superados. Quando são analisados, por exemplo, os resultados da educação básica nos municípios das periferias das Regiões Metropolitanas do Rio, São Paulo e Minas Gerais, vê-se, através de dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que todos os piores resultados estão na periferia da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Acredito que no debate dos royalties deve-se ter em conta, também, que a tradição do Rio não é de buscar privilégios, mas sim de ter uma preocupação com a reflexão nacional. Nesses longos 50 anos, desde a transferência da capital para Brasília, o Rio pouco reivindicou e pouco recebeu. Dessa forma, se o alerta em relação à injustiça federativa contida no projeto aprovado pelo Senado é muitas vezes veemente, é pelas graves consequências, não para um eventual governo do estado ou dos 92 municípios fluminenses, mas, sim, para a população. É importante, pois, haver um chamamento para uma análise rigorosa e justa, do ponto de vista federativo, dos dados de fato em jogo.
*Economista e professor da Faculdade Nacional de Direito, da UFRJ
Artigo publicado no jornal O Globo (24/10/2011)

sábado, 29 de outubro de 2011

Waack acusado de espionar para EUA. A liberdade de imprensa a serviço de quem vende o Brasil?


Wikileaks diz que jornalista é informante do governo americano

Rio - O jornalista William Waack, que apresenta o ‘Jornal da Globo’, na Rede Globo, foi parar ontem no topo dos assuntos mais discutidos do Twitter no Brasil graças à divulgação de supostos documentos do site Wikileaks que o apontariam como informante do governo dos Estados Unidos.

De acordo com dois documentos “confidenciais”, Waack teria repassado aos representantes americanos informações sobre as eleições presidenciais do ano passado. Após um fórum econômico em São Paulo, o jornalista teria feito considerações sobre os candidatos à Presidência, Dilma Rousseff, José Serra e Ciro Gomes.

Em uma nota curta e objetiva, a Central Globo de Comunicação (CGCOM) classificou como absurda as especulações sobre Waack. “A notícia é um completo absurdo”, diz a nota da emissora.

Um outro arquivo reporta a visita de um porta-aviões americano ao Brasil em 2008. A Embaixada Americana teria classificado como muito boa a repercussão na mídia do evento, citando Waack por ter ajudado a mostrar o lado positivo das relações do Brasil com os EUA.

O blog ‘Brasil que Vai’ repercutiu o vazamento dos supostos documentos dizendo que Waack foi indicado por membros do governo dos EUA para “sustentar posições na mídia brasileira afinadas com as h

Outros dois jornalistas são apontados pelo Wikileaks como supostos informantes dos EUA: Carlos Eduardo Lins da Silva e Fernando Rodrigues, ambos da ‘Folha de S. Paulo’.
Fonte: O Dia on-line

No Facebook !!!!!!!!!!!!

Socialismo é isso: Cuba passou o Brasil no quadro de medalhas do Pan-2011. Noventa e dois por cento dos medalistas de ouro cubanos são negros. Por aqui ou em outra "democracia ocidental" seriam sérios candidatos ao famoso "exército industrial de reserva" ou mesmo pedintes em farol, potenciais vítmimas do fascismo policial, fumadores de crack e afins.Elias Khalil Jabbour


SEXO SEGURO É COM CAMISINHA.PROTEJA-SE!

A CAMISINHA, é um verdadeiro salva-vidas. Com ela podem ser evitadas várias doenças como AIDS, GONORRÉIA, SÍFILIS, HERPES GENITAL, CONDILOMA, HEPATITE B, HEPATITE C, GRAVIDEZ INDESEJADA etc
A gravidez na adolescencia, se dá na maioria das vezes pelo não uso da camisinha.Uma criança, trazendo ao mundo outra criança.Os avós, passam a ser pais dos netos, por conta da imaturidade dos filhos(as).
O preservativo deve ser de um tipo de borracha chamado látex;
Preste atenção na data da fabricação. Como todo produto, ele também tem um prazo de validade;
Guarde-o num lugar adequado; não o coloque no sol, não o deixe no porta-luvas do carro nos dias quentes e nem o deixe guardado por muito tempo numa carteira;
A camisinha nunca deve ser reutilizada. Se você tiver três relações sexuais, você deve usar três camisinhas.
Cuidado ao retirá-la da embalagem, para que não se rasgue no contato com unhas ou anéis;
Quando colocada, a camisinha deve estar enrolada para o lado de fora;
Aperte a ponta da camisinha enquanto a coloca, para que não se forme uma bolha de ar; do contrário, a camisinha pode estourar;
Logo após a ejaculação, segure o preservativo na base e retire-o o mais rápido possível. Na maioria das vezes, o uso da camisinha falha por não ser retirada a tempo.
Em todo o mundo há 33 milhões de pessoas vivendo com HIV, sendo que 15,5 milhões são MULHERES com 15 anos ou mais e representam 50% do total de adultos infectados.
NÃO É ESSE TIPO DE IGUALDADE QUE QUEREMOS!

Excelente fds amigos(as) do face.
Divirtam-se com responsabilidade.Paz & luz! ♥     Dalva Morais

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O PCdoB forte e unido com Odete na disputa em 2012!!!!!!!!!


A professora Odete Rocha, presidente municipal do PC do B, foi reeleita no último como membro da direção estadual do partido, ela obteve uma votação expressiva ficando entre os mais votados. A eleição para o Diretório Regional do PCdoB tem o voto secreto. Durante a conferência estadual, Odete foi confirmada como o nome do PC do B para disputar a Prefeitura de Campos no próximo ano. Odete e o PCdoB de Campos receberam o apoio de diversas lideranças do estado, do Diretório Nacional e de personalidades. O PCdoB de Campos teve a sua maior bancada de delegados em conferências demonstrando força e confiança.


Censura da Folha de São Paulo a blog ameaça liberdade de imprensa


Em audiência pública na Comissão de Legislação Participativa da Câmara, realizada na quarta-feira (27), parlamentares e convidados manifestaram preocupação quanto à possibilidade de a ação judicial movida pelo jornal Folha de São Paulo contra o blog Falha de São Paulo gerar uma jurisprudência que coloque em risco a liberdade de expressão na Internet e a própria liberdade de imprensa.


O debate foi proposto pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS). A Folha de São Paulo e a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) foram convidados, mas não enviaram representante à audiência.

“Estou convencido de que esse caso ‘Folha x Falha’ vai gerar uma jurisprudência. Esse não é um episódio particular, e os próprios grandes meios de comunicação poderão ser julgados com base nessa jurisprudência. Se esse entendimento da Folha sobre a ação do blog virar jurisprudência, abriremos um precedente muito perigoso”, afirmou Pimenta.

“Se a Folha ganhar esse processo, será criada uma jurisprudência horrorosa”, complementou Lino Bocchini, jornalista responsável pelo blog. “Caso a Folha perca em última instância, ganhamos todos nós, inclusive, a própria Folha. Dois dias depois de nos censurar, ela publicou uma charge do Angeli fazendo uma brincadeira com o Wikileaks, botando o ‘M’ do McDonalds ao contrário, fazendo um ‘W’. O McDonalds poderia processar a Folha de S. Paulo usando a mesma peça jurídica que eles usaram contra nós”, lembrou Lino.

Liberdade de empresa”

O deputado Luiz Couto (PT-PB) ressaltou que “o grande problema é que alguns grupos dominam não apenas as emissoras de rádio e TV, mas também a imprensa escrita. Muitas vezes, se fala em liberdade de imprensa, quando, na realidade, o que existe é a liberdade da empresa”.

O deputado Pedro Uczai (PT-SC) também criticou a Folha de São Paulo em razão de carta enviada à Comissão, na qual o jornal, além de se recusar a participar da audiência, chama o deputado Paulo Pimenta de “desinformado”.

“Discutir esse caso é discutir a vitória ou a derrota da democracia brasileira, não só na questão jurídica, mas no aspecto cultural. Por dizer que o deputado é desinformado ao propor um debate como esse, acho que deveríamos escrever uma nota de repúdio à Folha de S. Paulo”, declarou Uczai.

Fonte: Agência Câmara

Maria do Rosário critica ações judiciais para trabalho infantil


A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, declarou que as autorizações de trabalho que juízes e promotores têm concedido a crianças são inconstitucionais e que o Poder Executivo tenta convencer os magistrados a abolir tal prática.


“As autorizações são inconstitucionais e pretendemos verificar que medidas legais o Poder Executivo pode tomar [para reverter os despachos já concedidos]. O principal, contudo, é convencermos os juízes a encerrarem este expediente”, afirmou a ministra ao chegar à sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em Brasília (DF), onde participa da gravação do programa 3 a 1, transmitido pela TV Brasil.

Juízes e promotores da infância e da juventude e do trabalho concederam, entre os anos de 2005 e 2010, mais de 33 mil autorizações de trabalho a jovens com menos de 16 anos, como revelou a Agência Brasil no último dia 21. Os números são do Ministério do Trabalho e Emprego e foram colhidos na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

A maior parte envolve adolescentes de 14 a 15 anos, mas há um número expressivo de autorizações para crianças menores - 131 autorizações para menores de 10 anos, 350 para as de 11 anos, 563 para as de 12 e 676 para as de 13 anos.

A maioria das decisões autorizam elas a trabalharem no comércio ou na prestação de serviços, há casos de empregados em atividades agropecuárias, fabricação de fertilizantes (onde elas têm contato com agrotóxicos), construção civil, oficinas mecânicas e pavimentação de ruas, entre outras.

A Constituição Federal proíbe o trabalho para menores de 16 anos, exceto na condição de menor aprendiz, a partir dos 14 anos. No caso de atividades insalubres ou perigosas, contudo, é vedada a contratação de menores de 18 anos. Apesar disso, os juízes e promotores alegam que, na maioria das vezes, os jovens vêm de famílias carentes e precisam trabalhar para ajudar os pais a se manter.

Na terça-feira (25), o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, declarou que considera muito grave a concessão das autorizações judiciais que, segundo ele, ferem a lei e prejudicam o serviço dos fiscais do trabalho.

O presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Nelson Calandra, ressaltou, no entanto, que a Constituição também garante outros direitos aos cidadãos, como a proteção à vida e à família, de forma que, ao julgar os pedidos de trabalho, os magistrados levam em consideração outros valores, e não só o artigo que proíbe o trabalho infantil.

“Quando um juiz conclui que é imprescindível autorizar um jovem a trabalhar porque ele [juiz] não dispõe de outra ferramenta legal para socorrer uma família de baixa renda, não há nada de inconstitucional nessas decisões”, disse Calandra à reportagem.

Para a ministra Maria do Rosário, o argumento é um contrassenso. “As autorizações judiciais se contrapõem à defesa dos direitos da criança e do adolescente, ao direito de estarem na escola. A criança que trabalha, em geral, o faz para garantir seu próprio sustento e o de sua família e isso caracteriza trabalha infantil. Nestas condições, lhe é negado o direito à escola e ao desenvolvimento”, afirmou a ministra.

Fonte: Agência Brasil


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CARTA ABERTA A ORLANDO SILVA

quarta, 26 de Outubro de 2011 às 21:29

Querido Orlando,
Neste momento, em que você, nossa família e nosso Partido são atingidos por uma das mais sórdidas campanhas difamatórias tramadas pelo PIG (Partido Imprensa Golpista), queremos expressar nossos sentimentos.
Nós, que já acompanhávamos com muita admiração o dia-a-dia da sua vida, ficamos ainda mais orgulhosos da postura destemida e ética com que você enfrentou esse verdadeiro massacre.
É muito cruel, para nós que lutamos contra a ditadura militar, na defesa da liberdade e contra o arbítrio, vermos pessoas como você, que dedicam a vida para defender os oprimidos, serem submetidas à tortura moral, na tentativa de assassinato da sua reputação e na inviabilização do seu trabalho político.
É muito covarde a forma como as elites dominantes, que detêm todos os mais poderosos meios de comunicação para defender seus interesses escusos, manipulam as informações e divulgam, sem nenhum escrúpulo, mentiras caluniosas, atingindo pessoas e famílias honradas.
Para nós, como sindicalistas, que dedicamos grande parte de nossas vidas à luta contra as injustiças que atingem os professores e os trabalhadores em geral, é muito revoltante vermos a grande injustiça que está sendo feita a um homem que realiza um trabalho reconhecidamente competente e que contribui para que o Brasil se desenvolva de forma soberana, fraterna e justa.
Dona Vanda, sua mãe, descreve fatos que enaltecem sua linda trajetória de vida. Você é um brasileiro que, como tantos outros, começou a trabalhar ainda na infância. Vendia doce na praia para ajudar no sustento da casa. Sua mãe conta com orgulho que você sempre foi muito estudioso e que muitas vezes – como não tinha dinheiro suficiente para o transporte para chegar à escola – levantava de madrugada, ainda na escuridão, e, aconselhado por ela, contava as estrelas para que o trajeto a pé ficasse mais bonito. Ela diz que teve grande alegria quando você, conseguindo superar todas estas dificuldades, ingressou no curso de Direito da Universidade Católica de Salvador (UCSAL) e,posteriormente, foi o primeiro e único estudante negro eleito Presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Mais recentemente, ela também ficou muito feliz quando soube que você adquiriu, aos 39 anos de idade, seu primeiro e único imóvel – um terreno rural para construir sua casa. A forma como a mídia divulgou esta aquisição ultrapassou o limite do ridículo!
Acompanhamos o sofrimento de Dona Vanda, mulher simples e admirável, ao ver o filho ser insistentemente caluniado pela mídia golpista. Por ironia do destino, ela recebe, exatamente no dia do seu aniversário, a notícia de que seu filho não é mais Ministro do Esporte!
Entretanto, o que pode parecer ser uma derrota é só o final de uma batalha, que não é a primeira e nem será a última de uma guerra sem tréguas. Temos a certeza de que você, com sua força e determinação, sai desta batalha como um líder, maior e mais respeitado do que nunca. A vida se encarregará de desmascarar os caluniadores e esclarecer a verdade aos homens e mulheres de bem que hoje – por desconhecimento, ingenuidade ou falta de consciência política – são induzidos a acreditar nessas calúnias. O tempo se encarregará de restabelecer a verdade.
Temos a convicção de que, com sua competência e brilhantismo, tendo como base um Partido unido, coeso e mais amadurecido com essa experiência, você ocupará outros espaços na luta, continuando a exercer o papel importante que lhe cabe neste momento da história de nosso País.
No fim desta batalha, queremos que saiba que estamos ainda mais orgulhosos de ter você como companheiro da Tininha, nossa filha, e pai da Maria, nossa neta.
Hoje, os que tramaram contra você, nossa família e nosso Partido certamente estão comemorando! Mas não podemos nos esquecer de uma frase de Che Guevara: “Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera”.
Um grande abraço!
Tide e Augusto

Maria Clotilde Lemos Petta
Augusto César Petta

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Renato Rabelo: De cabeça erguida, o PCdoB segue na luta


Ao deixar uma reunião com a presidente Dilma em que foi anunciada a saída de Orlando Silva do cargo de ministro do Esporte, o presidente do PCdoB afirma que os comunistas seguem "de cabeça erguida". Leia a íntegra do seu pronunciamento.


Dando seguimento à escalada de tentativas de desestabilização do governo da presidenta Dilma Rousseff, desde o último dia 15 o campo político reacionário do país, e veículos do monopólio de comunicação, desencadearam uma criminosa campanha difamatória contra o ministro Orlando Silva e o Partido Comunista do Brasil.

O PCdoB, neste momento, vem reafirmar a convicção na inocência e integridade de Orlando Silva no exercício da titularidade do Ministério do Esporte. Esta convicção é baseada na ausência absoluta de provas, na fonte desqualificada que o acusa, e na sinceridade e na segurança com que ele sustenta que não há fatos que o incriminem.

Ressaltamos que desde a primeira hora Orlando defendeu com altivez sua honra e dignidade. Demonstrando segurança de que tudo deriva de uma campanha difamatória, de pronto ele solicitou a investigação provocada pelo Procurador-Geral da República junto ao Supremo Tribunal Federal. Além disso, pediu à Polícia Federal e a outros órgãos de controle do Estado uma apuração rigorosa das falsas acusações que lhe foram lançadas. Também, abriu mão de seus sigilos telefônico, fiscal, bancário e de correspondência.

É importante assinalar que a gestão de Orlando Silva à frente do Ministério do Esporte elevou esta pasta a outra dimensão. Prova disso é a conquista da realização no Brasil da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Destacam-se, também, as políticas aplicadas e o sucesso que alcançaram tanto em termos de difusão massiva de práticas desportivas, quanto aos recordes alcançados pelo Brasil em competições e o aumento do número de nossos atletas com nível de desempenho internacional, como fica evidente com o desempenho da delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos, no México.

O Partido Comunista do Brasil uma vez mais rechaça os ataques contra sua legenda igualmente caluniosos e sem provas. Nosso Partido tem 90 anos de história de luta e de heroísmo em defesa do Brasil e da democracia. Nossa legenda tem um perfil ideológico claro e um Programa Socialista que defende o fortalecimento da Nação e uma vida digna para o nosso povo. A verdadeira “caçada” movida contra ele pelo campo político reacionário do país e veículos do monopólio midiático vem do seu fortalecimento crescente na condição de um Partido contemporâneo e revolucionário.

Porém, entendemos que esse ataque não é somente contra a liderança de Orlando Silva e o nosso Partido. O objetivo das forças conservadoras e da grande mídia é golpear o governo da presidenta Dilma Rousseff quando ela lidera com êxito o enfrentamento dos efeitos da crise capitalista mundial sobre o Brasil.

O Partido e o companheiro Orlando Silva estão de cabeça erguida e altiva diante desta campanha infame. O tempo e as investigações irão demonstrar que tudo não passa de calúnia. A verdade – estamos convictos – vai prevalecer sobre a mentira. O PCdoB, com a unidade de seu coletivo militante e apoio do povo e dos aliados, reafirma seu compromisso com a luta pelo êxito do governo Dilma na sua missão de conduzir o Brasil à nova etapa de seu desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho.
Brasília, 26 de outubro de 2011.


Renato Rabelo
Presidente do Partido Comunista do Brasil-PCdoB

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Para os trabalhadores a letra fria da Lei, para os poderosos justiça!!!! Rosinha com parecer favorável no MP

Por Alexandre Bastos, em 25-10-2011 - 14h40

O Procurador Geral do Município de Campos, Francisco de Assis Pessanha Filho publicou em seu blog (aqui) uma nota informando que a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PR) e o vice-prefeito, Chicão Oliveira (PP), contam com um parecer favorável do Ministério Público Eleitoral. Confira a nota postada pelo Procurador:

“Acabo de receber informações do advogado da Prefeita Rosinha Garotinho, Dr. Jonas Lopes, que foi dado parecer favorável pelo Ministério Público Eleitoral ao Recurso interposto contra a decisão que determinou sua recondução ao cargo por 30 dias. O parecer é no sentido de que a Prefeita Rosinha e o Vice-Prefeito Dr. Chicão, fiquem no cargo até o julgamento do mérito do Recurso”.

Www.fmanha.com.br

Lamentável, enquanto isso, a saúde e a educação, agonizam!!!!!!!

Não está cheirando bem!!!! Presidente do Setranspas questiona atraso no repasse de verba do “Campos Cidadão” às empresas de ônibus

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Setranspas), Antônio Tatagiba, disse nesta terça-feira (25) que há 84 dias a Empresa Municipal de Transportes (Emut) não repassa a nenhuma das 14 empresas de ônibus os valores relativos ao programa Campos Cidadão. Antônio Tatagiba questionou o fato da Emut não ter convocado, até o momento, nenhuma empresa de ônibus para esclarecimentos sobre supostos indícios de fraudes referentes ao cartão. “Se elas receberam ofício, não teve caráter processual”, afirmou ele, destacando que o que a Emut fez foi indagar algumas empresas sobre o porquê do aumento no movimento do cartão. Para Antônio Tatagiba, a resposta é simples: “Graças ao sucesso do cartão. Se é um programa que deu certo, tem que crescer”.
 Em nota na edição da Folha desta terça-feira (25), o presidente da Emut, Paulo Mósso, informou que algumas empresas tiveram os repasses temporariamente suspensos, até que se conclua a análise dos relatórios de ressarcimento encaminhados pela empresa RioCard, onde se constata fortes indícios de fraudes cometidas por algumas empresas de ônibus.
 Antônio Tatagiba disse que o que a Emut precisa responder é o porquê do atraso de 84 dias nos depósitos relativos ao ressarcimento do Campos Cidadão. “A Emut está há quase três meses sem repassar nada para as empresas e isso foge ao bom senso. Se há fraude, a Emut tem que provar, já que o sindicato tem prova do atraso no pagamento, que são os relatórios da empresa RioCard TI”, disse ele, destacando que os relatórios da RioCard são nítidos e transparentes.
 A Emut, de acordo com Antônio Tatagiba, não está efetuando os pagamentos sob pretexto de se estar investigando. “Então que chame os empresários para dar explicação”. O presidente disse ainda que as empresas têm procurado colaborar com o programa. “Houve renovação da frota e contratação de mais motoristas e cobradores. O não pagamento é uma agressão”.
 Segundo ele, o Campos Cidadão é um programa vitorioso, mas com algumas falhas. “Não podemos negar que ele faz uma perfeita distribuição de renda, beneficiando principalmente quem mora em localidades distantes, mas existem hoje milhares de cartões provisórios, que acabam descontrolando o sistema. A Emut está tentando corrigir isso agora, limitando o uso do cartão em até quatro viagens diárias. Sabemos, inclusive, que a Emut já passou essa ordem para a RioCard, apesar da lei municipal não estabelecer esse limite”. Ontem, a equipe de reportagem tentou contato telefônico com o diretor executivo da RioCard, Homero Luiz Quintaes, mas ele não se encontrava na empresa. 
 Em resposta, o presidente da Emut, Paulo Mósso, informou que a empresa mantém em dia os repasses, que são processados dentro do rito administrativo regular, com exceção para os casos que se encontram sob análise por indícios de fraudes, e que estão sendo avaliados através de auditoria dos relatórios de ressarcimento apresentados. O município estuda as medidas jurídicas que serão aplicadas para os casos previstos em lei.
Www.fmanha.com.br

OIT divulga estudo sobre trabalho escravo no Brasil


“Roupas e calçados rotos, mãos calejadas, pele queimada do sol, dentes não cuidados, alguns aparentando idade bem superior à que tinham em decorrência do trabalho duro e extenuante no campo.” Essa é a descrição dos trabalhadores resgatados nas fazendas de trabalho escravo no interior do país, feita por integrantes dos Grupos Especiais de Fiscalização Móvel (GEFM), ligado à Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).


Situação análoga à escravidão: trabalhadores encontrados em fazendas no interior do país / crédito: Repórter Brasil

O texto faz parte do estudo Perfil dos Principais Atores Envolvidos no Trabalho Escravo Rural no Brasil, divulgado hoje (25), pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O trabalho foi feito totalmente baseado em depoimentos colhidos das vítimas; dos intermediários, mais conhecidos como gatos; e dos empregadores.

Segundo o trabalho de campo realizado pelo GEFM, o trabalhador em situação análoga ao trabalho escravo atualmente, no país, é homem, negro, nordestino, analfabeto funcional, tem idade média de 31,4 anos e renda mensal, declarada, de 1,3 salário mínimo.

O objetivo do estudo foi traçar o perfil dos atores da escravidão contemporânea rural no Brasil para subsidiar políticas públicas de combate ao trabalho análogo ao de escravo, que podem ser tanto punitivas (de repressão), quanto preventivas e também contribuir para a reinserção dos trabalhadores resgatados em seus locais de origem, tendo em vista ofertas de trabalho e renda, mecanismos de acesso à terra e apoio à agricultura familiar. Além disso, podem orientar na elaboração de campanhas educativas e fornecer informações no controle do tráfico de trabalhadores submetidos à escravidão contemporânea.

“O Brasil já foi mencionado como modelo. Não é modelo nem exemplo, porque ainda não erradicou o trabalho escravo. Mas tem mecanismos que são referência e a OIT reconhece avanços do Brasil em relação a outros países”, ponderou o coordenador do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo da OIT, Luiz Antonio Machado.

Segundo a OIT, o Brasil está avançando no combate à escravidão desde 1995, quando reconheceu oficialmente a existência de trabalho análogo à escravidão. Porém, é preciso ampliar ainda mais as políticas para diminuir a vulnerabilidade social das vítimas e punir efetivamente os criminosos.

Aliás, a impunidade ainda é um dos principais problemas no enfrentamento do trabalho escravo no país. “O desafio do país é complementar seus louváveis esforços no combate a escravidão com estratégias eficazes de prevenção e reabilitação. Além disso, a impunidade tem sido um dos maiores entraves no combate a esse crime no Brasil. A punição efetiva dos escravagistas é um dos elementos que faltam para uma mudança definitiva nesse quadro”, conclui o documento, que contém 176 páginas.

Ação

Dentre os esforços voltados para o fim da impunidade para os escra¬vagistas, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n.º438/01 ganha destaque. Ela prevê a desapropriação das fazendas onde ocorre trabalho escravo, destinando-as à reforma agrária, prioritaria¬mente, aos trabalhadores que nela eram submetidos a condições análogas à escravidão.

A PEC do trabalho escravo chegou a tramitar dois anos no Senado Federal, tendo sido aprovada em 2001, quando encaminhada à Câmara dos Deputados. Mas, algumas mudanças propostas por membros da bancada ruralista na pri¬meira votação (para inserir os imóveis urbanos na expropriação), a matéria terá que retornar ao Senado depois de aprovada no Ple¬nário da Câmara.

“O que a gente consome, o que a gente veste, o que a gente usa tem origem. E muitas vezes está no campo, com um trabalhador explorado, escravizado. Quando a sociedade perceber que a gente não pode consumir produtos oriundos do trabalho escravo, consumidores se mobilizarem com o tema, a PEC pode ganhar força”, disse o coordenador do projeto na OIT, Antonio Machado.


Confira o estudo na íntegra aqui

Da redação, com agências

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pietá: Significados da campanha da mídia para derrubar ministros


A denúncia passou a ser sua arma política poderosa, que incide sobre o maior capital eleitoral dos políticos ou dos partidos, que é a sua reputação.

Por Elói Pietá*



A recente campanha das grandes empresas de mídia para derrubar ministros no primeiro ano do governo Dilma é mais uma demonstração de que elas são fortes agentes autonomeados da política. Isso vem de uma longa tradição.

Quando da campanha para derrubar Getúlio Vargas, que terminou no seu suicídio, os grandes órgãos da imprensa brasileira atacavam sistematicamente o seu governo, exceto o jornal Última Hora. Batalha semelhante foi travada nos episódios que resultaram na deposição de João Goulart.

Nas campanhas presidenciais recentes todos são testemunhas da parcialidade da grande mídia. O episódio mais lembrado ocorreu em 1989, quando após o último debate entre Collor e Lula, na véspera do segundo turno da eleição, a TV Globo editou as cenas do debate a favor de Collor. Três anos depois, a mesma mídia que ajudou a elegê-lo teve papel decisivo para derrubá-lo. Tais campanhas políticas foram de grande importância, seja na mudança de governos, e, portanto, na mudança das políticas governamentais, seja até na instalação da ditadura militar.

Em 2005 e 2006 ficou evidente o enorme esforço desta grande mídia para impedir a reeleição do presidente Lula, e, em consequência, para mudar a política econômica e voltar às políticas neoliberais que elas apoiavam e que tinham sido derrotadas pelo voto popular.

Como se vê, há na vida nacional uma espécie oculta de organizações partidárias sob o manto de denominações de TVs, rádios, jornais, revistas, que são comandadas por poderosos grupos privados, que detêm a propriedade cruzada de diversos meios de comunicação de massa, exercendo uma enorme influência midiática em todas as regiões do país.

A denúncia passou a ser sua arma política poderosa, que incide sobre o maior capital eleitoral dos políticos ou dos partidos, que é a sua reputação. A grande mídia destrói liminarmente este capital. Ela parte da presunção de culpa, ao contrário do princípio constitucional de presunção da inocência. A si ela atribui o mandato de executar o juízo moral sumário.

A mídia privada brasileira encontrou este caminho de uma forma não propriamente original. Ela bebeu nas fontes do jornalismo inglês e norte-americano a missão autoconcedida de corregedores gerais da pátria, de guardiães da moralidade dos governos. E, a partir daí, evoluiu para se transformar em partidos reais não assumidos.

As grandes empresas de mídia protegem os políticos que se afinam com seu pensamento sobre a economia e a sociedade, e atacam duramente os que divergem delas. Qualquer observatório da mídia há de encontrar inúmeros episódios da recente história brasileira que provam isso. Este é o lado partidário da mídia. Mas, por se tratarem de empresas diferentes a disputar um mercado, o denuncismo também é fruto da concorrência entre elas por um público sensível a este estilo, especialmente nas classes médias.

Nem sempre os projetos políticos futuros destes partidos ocultos são traçados com antecedência e clareza. Mas, o desdobrar dos acontecimentos tende a levar a uma conjunção de fatores que favorecem a adoção de uma estratégia política. Vimos isso na trajetória que resultou na derrubada de Vargas em 1954, de João Goulart em 1964, de Collor em 1992, e na tentativa de derrubar Lula em 2005.

O mais recente plano destas empresas privadas na política é a derrubada sistemática de ministros. Quando conseguem a cabeça de um, entra outro na pauta, e abre-se nova campanha. Não perdem tempo em aprofundar os fatos que fizeram cair os ministros anteriores. O que importa é a sequência de quedas e seu resultado político (e, de lucro, o prestígio do órgão da mídia pai da denúncia no mercado da informação). Agora o alvo é o ministro dos Esportes, Orlando Silva.

Ao querer a queda do ministro, vários resultados são buscados: um deles, sempre almejado, é o sistemático desgaste do governo, que não é o governo que as grandes empresas de mídia querem, apesar de a maioria do povo brasileiro querer; outro resultado pretendido no caso é jogar lenha nas críticas sobre os atrasos para as obras da Copa do Mundo (quem olha em retrospectiva a ação dessas empresas de mídia neste tema há de notar que na verdade elas não querem o sucesso do governo nas obras da Copa); pode haver outro resultado desejado, talvez favorecer a Fifa na disputa com o governo brasileiro, para depois criticar o governo por ceder à Fifa.

Juntando o histórico, os fatos recentes, e os atuais, vê-se que há um fio condutor de política pensada na aparente individualidade de cada fato. Há uma associação com propósito específico de concorrentes no mercado da informação, o que se poderia chamar uma cooperação antagônica. Sem dúvida, as grandes empresas privadas de mídia, além de mirar pontos no mercado, miram mais adiante o centro do governo. E, talvez, mais profundamente, mirem a deterioração da confiança coletiva na política praticada pelos políticos e pelos partidos formalmente registrados (rivais alguns, aliados outros, dos partidos ocultos da mídia privada).

Se for isso, há uma tentativa de preparar a consciência popular para governos fora das regras atuais, de qual tipo não se sabe hoje, pois só a aproximação das condições propícias poderá a eles mesmos esclarecer. Tal meta pareceria impossível, mas não é, porque já se viu ocorrer no passado. Várias destas empresas da comunicação, não faz muito tempo, contribuíram para o golpe militar, associaram-se à ditadura, abandonaram-na no momento em que esta não mais lhes serviu.

Quando o PT no seu recente 4º Congresso reafirmou a necessidade do debate sobre a democratização da comunicação no Brasil, de imediato a grande mídia procurou demonizar este debate. As poucas empresas que controlam a comunicação de massa, que não querem a democratização desta área essencial à sociedade moderna, atacaram a proposta do PT de abrir o debate no Congresso Nacional sobre um marco regulador da comunicação social que amplie as possibilidades de livre expressão do pensamento e amplie o acesso da população a todos os meios.

O PT reafirmou que para si, como para nossa presidente Dilma, é questão de princípio repudiar qualquer tentativa de censura à liberdade de imprensa. Por isso, só um projeto claro em debate público no Congresso Nacional é que vai esfumaçar os fantasmas que se criam para refrear qualquer tentativa de avanço da democracia na área da comunicação de massa. Os fatos recentes da campanha para a derrubada de ministros e a forma como notícias seletivas são alardeadas e notícias outras são sufocadas, reafirmam a atualidade deste debate no Congresso Nacional e na sociedade.

* é secretário geral Nacional do PT
Fonte: Portal do PT



Estados Unidos: escravas em tempos modernos

Estados Unidos: escravas em tempos modernos
Mais de duas milhões de mulheres, em sua maioria imigrantes, trabalham nos Estados Unidos em condições de escravidão, a mercê dos patrões e sem proteção legal alguma.

Por Camila Carduz*


A informação circula nas páginas de sites e blogs, revelando a exploração trabalhista sob a qual padece uma boa parte daqueles que deixam seus povos e famílias em outros países, em busca da terra da oportunidade.

Há histórias comovedoras, como a de dois médicos em Wisconsin, que foram condenados depois de obrigar uma filipina a lhes servir de doméstica, mediante um contrato por 20 anos.

Promotores federais obtiveram a declaração de culpa em 2003 contra um casal em Maryland que manteve por quinze anos uma brasileira como doméstica, sem pagamento algum. É parte da escravidão moderna, advertiu em 2008 a então senadora californiana Sheila Kuehl.

Atualmente, das duas milhões e 500 mil trabalhadoras do lar reportadas nos Estados Unidos, ao menos 95% são imigrantes vindas da América Central, América do Sul, Caribe e Ásia.

Elas se encontram propensas a abusos por parte de seus empregadores, opinou Mariana Viturro, subdiretora da Aliança Nacional de Trabalhadoras do Lar (NDWA, por suas siglas em inglês) à agência de informação multimídia Cimacnoticias.

Essas mulheres são vulneráveis, pois não existem leis para protegê-las. "A legislação trabalhista estadunidense só são aplicáveis aos trabalhadores do serviço doméstico em situação regular", assinalou Viturro.

Além disso, vivem em "péssimas condições. Estão muito isoladas, são proibidas de sair à rua, retiram-lhes seus passaportes, não lhes dão chaves da casa e as obrigam a trabalhar sem descanso", disse a subdiretora da NDWA.

Direitos violados 

O presidente Barack Obama afirmou que os Estados Unidos são um país de imigrantes, por isso declarou apoiar uma reforma migratória para regularizar a situação de mais de 11 milhões de pessoas. Em 1990 o número era de três milhões e 500 mil cidadãos sem documentos.

O problema das mais de duas milhões de domésticas submetidas aos tratos trabalhistas humilhantes se insere no cenário dessa população esperançada com as promessas não cumpridas de Obama com respeito a uma reforma migratória integral.

Frente a esta situação, as integrantes da NDWA se somaram ao movimento de imigrantes em todo o território nacional, reclamando os direitos desse setor e em oposição a leis discriminatórias como a SB1070, aprovada em abril de 2010 no estado do Arizona.

A intenção do movimento, expressou Viturro, é "mudar o discurso nacional para o imigrante em longo prazo" e avançar para uma reforma migratória que tenha como eixo o respeito aos direitos de todas as pessoas a uma vida digna: trabalho, educação, saúde e serviços sociais.

Enquanto "Obama sente a pressão de ganhar o voto latino porque o apoio obtido em 2008 não é o mesmo de agora, já que não se cumpriu (...) e sua administração tem recorde no número de deportações (quase um milhão)", assinalou Katherine Vargas, porta-voz do Fórum Nacional de Imigração.

Outro agravante: muitas dessas mulheres que trabalham em condições de vassalagem chegaram à nação nortenha devido ao tráfico humano.

Tema prioritário

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) confirmou que, no mundo, mais de 12 milhões de seres humanos vivem como escravos. Outros órgãos especializados calculam que o número se eleva até os 27 milhões.

Essa quantidade "dobra o número de todos os que foram roubados da África durante os 300 anos que durou o tráfico de escravos", assegurou o acadêmico Kevin Bales, presidente da Free the Slaves, uma organização não governamental internacional que combate as práticas de escravidão no mundo.

Em tempos modernos "os proprietários de escravos desfrutam de todas as vantagens da propriedade sem assumir nenhum dever. De fato, a falta de propriedade legal é um privilégio para eles, que, adquirindo o controle absoluto do que possuem, ficam exentos de qualquer responsabilidade", considerou.

Apesar dos convênios e tratados internacionais assinados ao respeito, a servidão não tem sido erradicada e persiste a nível global, segundo reconheceu a ONU, organismo multilateral que celebra a cada ano o Dia Internacional para a Abolição da Escravatura.

Foi escolhido o dia 2 de dezembro por ser a data em que se assinou, em 1949, a Convenção para a Abolição do Tráfico de Pessoas.

De acordo com cifras conservadoras, nos Estados Unidos as redes dedicadas ao tráfico humano -as quais sustentam o revoltante mal da escravidão no século 21-, propiciam a entrada anual de quase 18 mil pessoas a esse país para ser submetidas, vendidas, obrigadas a se prostituir.

Sucede que, como indicou uma reportagem publicada em 2008 pela WorldNews, os comerciantes de humanos exploram o desespero, a vulnerabilidade, a pobreza e as escassas perspectivas de vida.

*Jornalista da Redação da América do Norte da Prensa Latina.

Fonte: Prensa Latina

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Programa Nacional do PCdoB, em defesa da democracia!!


Nota do PCdoB Campos sobre o ministro Orlando Silva

PCdoB rechaça calúnia de Veja e apoia ministro Orlando

Na edição que circula desde este sábado, dia 15, a revista Veja, sem apresentar provas, acusa o PCdoB de ter montado “uma estrutura dentro do Ministério do Esporte para desviar dinheiro público”. Diz que o ministro do Esporte Orlando Silva seria o “chefe” desta operação fraudulenta. O presidente do PCdoB Renato Rabelo, no final da tarde de ho…je, dia 15, deu uma entrevista a jornalistas da TV Brasil e Rede Brasil, em São Paulo, na sede nacional da legenda. No encontro, ele rechaçou os ataques desferidos contra o PCdoB e defendeu o ministro Orlando Silva. Este blog acompanhou a entrevista e, também, ouviu Renato Rabelo sobre o assunto. A seguir leia a reação de Renato ao ataque contra a legenda que ele preside e ao ministro do Esporte. Resposta de Orlando foi segura e esclarecedora O ministro Orlando Silva tanto através de uma nota à imprensa divulgada pelo Ministério quanto por uma entrevista coletiva concedida no México, no dia de hoje (sábado, dia 15), apresentou uma defesa nítida e firme. Seguro e convicto de que tudo não passa de calúnia e armação, ele mesmo apresentou um pedido ao ministro da Justiça para que a polícia federal investigue as denúncias apresentadas por esse caluniador, João Dias. E, mais, já no início da próxima semana, também por sua iniciativa, Orlando irá à Câmara dos Deputados para desmascarar cabalmente essa acusação leviana. O ministro nos pronunciamentos já referidos apresenta um fato, por si só, esclarecedor. Esse indivíduo João Dias firmou em 2005 e 2006 dois contratos com o Ministério do Esporte referentes ao Programa Segundo Tempo. Recebeu o dinheiro previsto no contrato e não realizou as obrigações devidas. Resultado, o ministro Orlando encaminhou um expediente ao Tribunal de Contas da União (TCU) que exige que João Dias devolva aos cofres públicos mais de 3 milhões de reais, atualizados pelos valores de hoje. Tudo indica, portanto, que esse cidadão age por vingança, por represália contra a medida moralizadora do Ministério do Esporte. Sem prova alguma, PCdoB é acusado. A reportagem lança uma acusação caluniosa ao PCdoB de desvio de dinheiro público para caixa dois de campanha. E qual prova apresenta? Nenhuma. Não há na reportagem absolutamente nada para sustentar tão grave acusação. A revista se apoia tão somente nas palavras de João Dias que, em suas declarações, não apresenta nenhuma prova concreta. E mais. Ele é um indivíduo sem idoneidade. Ano passado foi preso, acusado por corrupção, é um soldado investigado pela própria polícia militar. Além disso, é réu em processo do Ministério Público Federal. Um esclarecimento: a reportagem repete, por várias vezes, que João Dias “é militante do PCdoB”. Não procede. Na verdade teve um vínculo efêmero com a nossa seção do Distrito Federal. Soldado da polícia militar se filiou para se candidatar em 2006 e, imediatamente, depois da eleição, conforme a legislação estipula, foi desligado de nosso Partido. Eu pergunto: é correto – com base apenas nas palavras de uma pessoa com uma trajetória como essa, com folha corrida na polícia – uma revista lançar um ataque contra a honorabilidade de um Partido como o PCdoB, com 90 anos de atuação no país? Claro que não, é uma ignomínia que não tem nada de jornalismo. Pelo contrário, é algo que afronta o direito do povo de ter uma comunicação de qualidade, com um jornalismo baseado na verdade. Campanha orquestrada contra o PCdoB Desde o início do ano o PCdoB tem sido alvo de sucessivos ataques deste tipo, visando a manchar sua reputação. Usam sempre uma mesma fórmula: assacam contra lideranças do Partido que exercem responsabilidades no governo federal para, de tabela, atingir o Partido, como instituição. Em todos os casos – como este agora da matéria de Veja –, na ausência de fatos, na inexistência de provas, recorrem a um enredo falso e a testemunhas desqualificadas, sem idoneidade. Fico pensando que a motivação mais de fundo disso vem do campo político conservador, reacionário, que não se conforma com o fato de um partido de esquerda, como o PCdoB, a um só tempo histórico e renovado, ser uma legenda que cresce e se fortalece na sociedade brasileira. Ao que parece é uma tentativa desesperada de querer jogar o PCdoB na vala comum. Mas, não vão conseguir

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Campanha de apoio a Orlando vira tema mais comentado no Twitter


Uma campanha de apoio e solidariedade ao ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), tomou conta do twitter, neste domingo (16), após a Revista Veja ter publicado reportagem sobre supostas irregularidades no ministério. Com a hashtag #SouOrlandoSouBrasil, os brasileiros levaram o assunto aos Trending Topics ( TTs, temas mais comentados na rede social) do Brasil e do mundo.
O twitaço foi convocado neste domingo (16) pela União da Juventude Socialista (UJS) e começou por volta das 20h30. Em pouco tempo, o tema já aparecia no Twitter como o número um na lista dos mais mencionados no Brasil, e chegou a ocupar o quarto lugar no ranking mundial. Até a conclusão desta matéria, o assunto continuava nos TTs, desta vez em segundo lugar.
A tag #SouOrlandoSouBrasil recebia cerca de 12 mensagens a cada minuto. "Tem gente que não suporta a ideia de um negro, nordestino e ainda por cima comunista em espaços de poder!", escreveu a tuiteira @lemos_monique.

"Chega de acusações sem provas. Quem acusa tem que provar e não se esconder por trás de supostas 'fontes' e de bandidos", reagiu @MarcosTenorio. "A mídia conservadora não consegue ver a chegada do desenvolvimento do país pelas mãos de forças progressistas!", criticou @elis_lizardo.

O próprio Orlando respondeu às manifestações de apoio: "Vi o movimento #SouOrlandoSouBrasil. Isso dá força pra enfrentar a farsa. Sigo com 'a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo'. "Agradeço as palavras de confiança e carinho de todos. Esses ataques mostram o quanto temos que fazer pela democracia no Brasil. Avante!".

O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, também participou da campanha. "PCdoB incomoda poderosos que concentram toda artilharia pesada contra nós. Resistiremos!", postou. Quem também mencionou a campanha foi a repórter da GloboNews, Cristiana Lôbo. "Mobilização do PCdoB leva ministro Orlando Silva aos TT's. Apoios desde Renato Rabelo, presidente do PCdoB, a militantes", redigiu.

De acordo com o diretor de Comunicação da UJS, Ismael Cardoso, a ideia é retomar o twitaço quando Orlando Silva for prestar depoimento em uma das comissões da Câmara ou do Senado, data que ainda não foi estabelecida.

Da Redação

Dilma sobre Orlando: "nós presumimos a inocência do ministro"

Pouco depois de chegar à capital administrativa da África do Sul, Pretória, a presidenta Dilma Rousseff declarou que, "ao contrário de muita gente por aí, temos um princípio democrático e civilizatório: nós presumimos a inôcencia, inclusive a do ministro, que tem se manifestado muito indignado com as acusações feitas contra ele".