sábado, 12 de julho de 2014

Ataque de Israel mata 20 pessoas em Gaza e palestinos apelam à ONU

A representação da Palestina na Organização das Nações Unidas (ONU) enviou nova carta apelando ao fim da agressão contra a Faixa de Gaza e à responsabilização de Israel, nesta sexta-feira (11). A operação “Margem Protetora” já matou cerca de 130 pessoas, inclusive mais de 30 crianças, e feriu 700 até este sábado (12), quinto dia desde que um nome foi dado à ofensiva, iniciada há semanas. O Conselho de Segurança da ONU resolveu pedir um cessar-fogo.
A representação da Palestina na Organização das Nações Unidas (ONU) enviou nova carta apelando ao fim da agressão contra a Faixa de Gaza e à responsabilização de Israel, nesta sexta-feira (11). A operação “Margem Protetora” já matou cerca de 130 pessoas, inclusive mais de 30 crianças, e feriu 700 até este sábado (12), quinto dia desde que um nome foi dado à ofensiva, iniciada há semanas. O Conselho de Segurança da ONU resolveu pedir um cessar-fogo.

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Como em ofensivas anteriores, as autoridades israelenses insistem em responder às críticas pelo elevado número de vítimas fatais entre civis e crianças acusando o Hamas de lançar foguetes e armazenar materiais bélicos entre a população do território densamente habitado. Entretanto, um relatório da Missão das Nações Unidas para Averiguação dos Fatos divulgado em 2009, poucos meses depois da Operação Chumbo Fundido contra Gaza (que matou mais de 1.400 palestinos), concluiu que não havia evidências suficientes para corroborar o pretexto israelense, que tencionava culpar o Hamas pelo alto número de civis mortos. O relatório foi engavetado.

Assim, a alegação frequentemente veiculada pelas chamadas Forças de Defesa de Israel (FDI) e pelo Ministério da Defesa de que o Hamas usa civis como “escudos humanos” é novamente posta em questionamento, o que é de elevada importância porque, manipulando o direito internacional humanitário, é esta a principal ferramenta das autoridades israelenses para esquivar-se da responsabilização. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que Israel não está interessado em um cessar-fogo, mas na destruição do Hamas, enquanto a ONU estima que quase 80% dos mortos pelos últimos cinco dias de bombardeio são civis.

“Condenamos nos termos mais firmes esta agressão bárbara israelense e a perpetuação do Estado de terror contra o povo palestino,” diz a carta assinada por Riyad Mansour, representante permanente da Palestina na ONU. “Reiteramos nosso pedido por proteção imediata à população civil palestina desta escalada israelense assassina e criminosa.” Neste sábado, um novo ataque israelense matou mais de 20 pessoas, de acordo com fontes médicas em Gaza, citadas pela agência palestina de notícias Maan.

Comunidade internacional deve se posicionar

Os palestinos já enviaram 505 cartas à ONU desde 2000 instando a “comunidade internacional” a tomar uma atitude contra as violações perpetradas pela ocupação israelense em territórios da Palestina. Além da operação militar "Guardião Fraterno" lançada
contra a Cisjordânia em 12 de junho, sob o pretexto das buscas por três colonos desaparecidos, desde então ataques aéreos contra a Faixa de Gaza vinham sendo frequentes, com o objetivo alegado de atingir líderes do Hamas responsáveis pelo disparo de foguetes contra território israelense.

Os chanceleres dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França devem reunir-se no domingo (13) para discutir a situação no território, enquanto oficiais citados pelo jornal israelense Haaretz relatam um “aumento da pressão internacional” para que o Hamas e Israel alcancem um cessar-fogo debatido entre os EUA, Egito, Catar, Turquia e a ONU, entre outros.

Uma declaração aprovada pelos 15 membros (inclusive cinco permanentes) do Conselho de Segurança da ONU, neste sábado, insta o Hamas e Israel a um cessar-fogo, mas não vai além das declarações gerais sobre a necessidade de diálogos entre palestinos e israelenses para condenar a ofensiva de Israel contra Gaza de forma enfática, repetindo o histórico de negligência garantido principalmente pelos Estados Unidos.

Esta foi a primeira resposta do principal órgão das Nações Unidas a uma campanha de violência intensificada desde o início de junho, enquanto as autoridades israelenses discutem a possibilidade de invadir o território litorâneo palestino com as dezenas de tanques e milhares de tropas há dias estacionadas na fronteira.


Portal Vermelho

Documentos secretos dos EUA revelam técnicas de tortura no Brasil

O regime militar brasileiro empregou “um sistema sofisticado e elaborado de coação psicofísica” para “intimidar e aterrorizar” suspeitos de serem militantes de esquerda no começo dos anos 1970, de acordo com um relatório do Departamento de Estado dos EUA datado de abril de 1973 e que foi tornado público recentemente.



Locais de tortura da ditadura militar no BrasilLocais de tortura da ditadura militar no Brasil
          
Entre as técnicas de tortura usadas durante a era militar, o relatório reporta detalhadamente “salas de efeitos especiais” nos centros de detenção militar brasileiros nos quais os suspeitos eram “colocados nus” em um piso de metal “pelo qual passava uma corrente elétrica.”

Alguns suspeitos foram “eliminados”, mas a imprensa noticiava que eles morreram em “tiroteios” enquanto tentavam escapar da polícia. “A técnica do tiroteio tem sido cada vez mais usada” — notava o Cônsul Geral dos EUA no Rio de Janeiro em um telegrama — “para lidar com as relações públicas quando se eliminava os subversivos” e para “prevenir acusações de ‘mortes por tortura’ na imprensa internacional.”

Peter Kornbluh, que dirige o National Security Archive’s Brazil Documentation Project categorizou os documentos como “um dos relatos mais importantes sobre as técnicas de tortura já desclassificados pelo governo dos EUA.”

Entitulado “Prisões generalizadas e interrogatórios psicofísicos de suspeitos subversivos,” o documento estava entre 43 telegramas e relatórios do Departamento de Estado que o vice-presidente estadunidense Joseph Biden, durante viagem ao Brasil, entregou à presidenta Dilma Roussef para que sejam usados pela Comissão da Verdade.

A Comissão está em sua fase final de uma investigação de dois anos sobre atrocidades cometidas durante a ditadura militar. No dia 2 de julho, a Comissão postou todos os 43 documentos em seu site, acompanhados por esta declaração: “a CNV aprecia enormemente a iniciativa do governo dos EUA de tornar estes registros disponíveis para a sociedade brasileira e espera que esta colaboração continue a progredir.”

O intervalo dos registros data de 1967 até 1977. Eles relatam uma extensa gama de questões relacionadas aos direitos humanos, entre elas: centros de detenções secretos em São Paulo, as operações militares anti-subversivos, as atitudes da Igreja em relação às violações dos direitos humanos, e a reação hostil do regime em 1977 em relação ao primeiro relatório do Departamento de Estado sobre abusos. Alguns documentos haviam sido previamente desclassificados em procedimentos cotidianos de liberação; outros, incluindo o relatórios de abril de 1973 sobre tortura psicofísica, foram revisados para desclassificação antes da viagem de Biden.

Durante sua reunião com a presidenta Dilma, Biden anunciou que a administração Obama assumirá uma revisão mais abrangente dos documentos relacionados ao Brasil que ainda são secretos — entre eles documentos da CIA e do Departamento de Defesa — para que possam ajudar a Comissão da Verdade a finalizar seus relatórios. “Eu acredito que ao enfrentar nosso passado podemos nos focar em um futuro imensamente promissor,” disse ele.

Desde o início da Comissão da Verdade em maio de 2012, ao conduzir um projeto especial de desclassificação de documentos da era militar brasileira, o National Security Archive tem ajudado a Comissão a obter registros e pressionado a administração Obama a cumprir seu compromisso com um novo padrão de transparência global e direito à verdade. “Estes registros históricos dos EUA devem ser usados para avançar em direção à verdade e à justiça,” declarou Kornbluh. “A diplomacia de Biden não só ajudará a Comissão da Verdade a lançar luz sobre o passado sombrio da era militar do Brasil, mas também a criar uma base para uma relação mais transparente entre os EUA e o Brasil no futuro.”

Para chamar a atenção para os registros e para o trabalho da Comissão da Verdade, o Archive destaca cinco documentos chave da doação de Biden.

Documento 1: Departamento de Estado, “Prisões generalizadas e interrogatórios psicofísicos de suspeitos subversivos,” confidencial, 18 de abril de 1973.

Documento 2: Departamento de Estado, "Prisões Políticas e tortura em São Paulo", confidencial, 8 de Maio de 1973.

Documento 3:
Departamento de Estado,"Suspeita de Tortura no Brasil," secreto, 1 de julho de 1972.

Documento 4: Departamento de Estado, "O Esquadrão da Morte," uso limitado a oficiais, 8 de junho de 1971.

Documento 5: Departamento de Estado, "Condições no DEOPS relatadas por cidadão americano preso", confidencial, outubro de 1970.

Fonte: Carta Maior
Tradução de Roberto Brilhante

sábado, 5 de julho de 2014

Comunista, mãe de menina diz a Luciano Huck: “Não faça uma ‘M’ dessas”

Olá Luciano Huck. Recentemente vimos as redes sociais tomadas por uma avalanche de críticas ao novo quadro do seu programa. A primeira coisa que pensei foi “lá vem, meu Deus, o que será que aconteceu agora?”. Isto me fez lembrar de três fatos polêmicos em que você se envolveu.

Por Michelle Fraga*



Reprodução
Luciano Huck (à esquerda) e Michelle Fraga (à direita).Luciano Huck (à esquerda) e Michelle Fraga (à direita).
          
O primeiro foi o “grande drama” que você passou ao ter o seu Rolex roubado no dia 27 de dezembro de 2010, lembro bem que você montou um verdadeiro circo – bem a cara do seu programa – quando isso aconteceu. A única diferença nisso tudo é que no seu programa o circo de política assistencialista é muito bem patrocinado por grandes empresas para que você faça todo aquele papel de bom moço.

Temos que concordar. O “Lar Doce Lar” e o “Lata Velha” deixam você cada dia mais rico na mesma proporção que emociona a maioria dos brasileiros. Esse episódio lhe rendeu a situação de vermos sua mulher, Angélica, tendo que dar declarações de que você havia falado aquilo no calor da emoção.

O segundo foi no dia três de dezembro de 2012, quando você foi flagrado dirigindo alcoolizado. O episódio poderia ter ficado por ali, você dando uma declaração de que estava errado, que assumia a culpa, que iria se conscientizar e nunca mais fazer isso, ou até mesmo – do jeito que você tira proveito de tudo – vê-lo em futuras campanhas de prevenção a acidentes no trânsito. Mas, para sua infelicidade, Rafinha Bastos, ele mesmo, um dos comediantes mais polêmicos por tantas vezes ultrapassar o limite da piada, resolveu escrever uma “cartinha” e publicá-la em sua página no Facebook (ver aqui), te dando alguns conselhos. Mais uma vez, Angélica precisou amenizar a situação: “Ele já está consciente do erro que cometeu”. Que papelão, hein?

O terceiro, deu-se em 27 de abril deste ano, quando Daniel Alves resolveu ridicularizar o racismo e você lucrar com isso. Lembro que até entrei na onda e publiquei no Face “somos todos macacos”, fazendo alusão à tese darwinista da criação. Você foi além, em apenas três dias lucrou R$ 20 mil com a venda de camisetas.

Nos três episódios acima, você dentro do seu mundo midiático, não ligou para as besteiras que aprontou, nem tampouco se retratou. Mas agora você se superou e aí precisou sair do seu mundinho e enfrentar a realidade aqui de fora após publicar no seu Instagram uma “convocação” a todas aquelas cariocas, solteiras que queiram um gringo sob medida. Ainda criou um e-mail “namorada para gringo”.

Que problema há nisso? Todos, Luciano, exatamente todos!

Segundo a Unoc (United Nations Office on Drugs and Crime), as mulheres representam 60% das vítimas de tráfico humano, 27% são crianças – na maioria, meninas.

O Brasil vive numa intensa campanha diariamente contra o turismo sexual, contra o abuso sexual de crianças e adolescentes e contra o tráfico de pessoas. Caso seja exigir demais que você domine essas informações, vamos para o dia a dia.

Cada vez mais as mulheres se tornam chefes de família, as nossas meninas estão “invadindo” o mercado de trabalho tido como masculino, as mulheres estão dentro dos campos de futebol, dentro dos tatames e 5.09% dos operários que construíram as nossos estádios para a Copa, são mulheres.

Não sei se você percebeu, mas os contos de fadas sumiram das telas. Parece que houve algo do tipo “a revolta das princesas”. E só pra te atualizar mais um pouquinho, o filme Malévola está levando o público adulto ao cinema para conhecer a verdadeira história de uma mulher que foi usada por um homem e se vingou dele – já que a história que contavam até hoje falava de uma bruxa que ficou magoadinha por não ter sido convidada para o batizado da princesa do castelo.

Mas não se assuste com essa nossa conversa, as nossas meninas continuam querendo namorar, se divertir, conhecer brasileiros, estrangeiros, casar, ter filhos... Então vamos continuar conscientizando-as para que cresçam, estudem, trabalhem, se casem – ou não – entrem no mercado de trabalho, ocupem espaços de poder, mas que elas vivam tudo isso sem risco algum e no curso natural de suas vidas.

E se ainda assim, tudo isso não adiantar, da próxima vez, consulta Angélica antes de fazer uma merda dessa.

Michelle Fraga.
Cidadã brasileira consciente e mãe de menina.

*É secretária de Comunicação do PCdoB em Lauro de Freitas, município da Região Metropolitana de Salvador


Minha Casa, Minha Vida entrega 300 moradias na Região Serrana do Rio

O governo federal entregou na manhã desta sexta-feira (4), em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, mais 300 unidades residenciais do Programa Minha Casa, Minha Vida, que custaram R$ 22,5 milhões e vão beneficiar famílias com renda mensal até R$ 1,6 mil, atingidas pelas enchentes de 2010. A solenidade foi dirigida pelo ministro das Cidades, Gilberto Occhi.



Reprodução
Os imóveis foram avaliados em R$ 75 mil. Nove apartamentos foram adaptados para portadores de necessidades especiaisOs imóveis foram avaliados em R$ 75 mil. Nove apartamentos foram adaptados para portadores de necessidades especiais
Cada apartamento tem área privativa de 42,95 metros quadrados, com dois quartos, circulação, sala, banheiro, cozinha e área de serviço. O piso é de cerâmico em todos os ambientes, e está avaliado em R$ 75 mil. Nove apartamentos foram adaptadas para portadores de necessidades especiais.

Em atendimento às exigências de qualidade do Minha Casa, Minha Vida, o empreendimento é equipado com infraestrutura completa de meio-fio, pavimentação, redes de água potável, esgotamento sanitário com tratamento, energia elétrica com iluminação pública e disponibilidade de acesso ao transporte público. O residencial conta ainda com centro comunitário, parques infantis e salão de festas.

O Minha Casa, Minha Vida investiu R$ 13,9 bilhões na contratação de 200.142 unidades habitacionais no estado do Rio de Janeiro, das quais 66.957 já foram entregues. No país, o investimento chega a R$ 216,69 bilhões para a contratação de 3,4 milhões de moradias. Já foram entregues 1.725.365 casas e apartamentos, de acordo com o ministro Gilberto Occhi.

O programa habitacional financia moradias para famílias com renda até R$ 5 mil por mês. As condições de financiamento variam de acordo com a renda familiar. Para famílias com renda mensal até R$ 1,6 mil a prestação é 5% da renda. Para renda até R$ 3.275, o subsídio pode chegar a R$ 25 mil, e para famílias com ganhos mensais entre R$ 3.275 e R$ 5 mil, o benefício é uma taxa de juros mais baixa do que a dos financiamentos imobiliários tradicionais.

Fonte: Agência Brasil


Ministra cobra apuração rigorosa de desabamento de viaduto

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, cobrou nesta sexta-feira (4) a apuração rigorosa do desabamento de um viaduto em Belo Horizonte. O desastre, na tarde de quinta-feira (3), deixou dois mortos e 22 feridos na Avenida Pedro I, uma das opções de acesso entre a zona norte da cidade e o Estádio Mineirão, que abriga seis partidas da Copa do Mundo.



Viaduto cai em Belo Horizonte
“Assim como as famílias atingidas, esperamos que haja uma apuração rigorosa das causas e dos responsáveis por esse fatídico acidente para que isso não se repita mais no nosso país”, declarou a ministra. Ela reiterou que o governo federal está à disposição para ajudar a prefeitura de Belo Horizonte no atendimento aos feridos, às famílias e na remoção dos escombros.

“A presidenta Dilma pediu e o ministro das Cidades, Gilberto Occhi, se colocou à disposição. Estamos esperando o prefeito [Márcio Lacerda] nos acionar se ele considerar necessário. A ajuda já foi disponibilizada. Sei que o prefeito está concentrado no atendimento às famílias e aos feridos. Assim que ele nos contatar, ajudaremos imediatamente”, disse.

A ministra esclareceu ainda que, embora o governo federal tenha aplicado recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na obra do BRT de Belo Horizonte, a responsabilidade do projeto cabia à Superintendência de Desenvolvimento da Capital, autarquia da prefeitura da capital mineira. Até agora, o empreendimento custou R$ 713 milhões, dos quais R$ 311 milhões vieram do PAC. O projeto custou R$ 5,1 milhões, pagos pela prefeitura.

“A responsabilidade do governo federal é garantir os recursos para que as obras de mobilidade urbana possam sair. Cabe aos governos locais, a prefeitura de Belo Horizonte no caso, a responsabilidade de fazer o projeto, contratar as obras e fiscalizá-las com rigor”, explicou a ministra. Segundo ela, a segunda fase do BRT em Belo Horizonte está com 85% das obras concluídas.

Apesar de a obra ter sido anunciada como parte dos projetos de mobilidade urbana da Copa do Mundo, Miriam Belchior esclareceu que o projeto não está diretamente relacionado ao torneio, mas à melhoria do transporte público de Belo Horizonte. Ela rejeitou qualquer tentativa de associar a tragédia ao campeonato.

“O que importa agora são as famílias que perderam os parentes queridos. Acho que fazer qualquer relação com o impacto que isso [o desabamento] tem na imagem da Copa do Mundo é uma coisa lateral neste momento. O importante de fato é dar conforto a essas famílias e tirar os destroços para não atrapalhar a vida da população de Belo Horizonte”, rebateu.

Fonte: Agência Brasil


Espanhóis condenam pressões dos Estados Unidos contra Cuba

A Coordenadoria Andaluza de Solidariedade com Cuba condenou nesta sexta-feira (4) o governo dos Estados Unidos pela inclusão da ilha na lista de países patrocinadores do tráfico de pessoas.



Cartaz em Havana contra bloqueio a Cuba

"Por trás esta inclusão vemos uma medida de guerra econômica contra Cuba, seu povo e sua Revolução, uma grosseira manobra política para seguir mantendo vigente o bloqueio econômico, comercial e financeiro", disse uma declaração do grupo.

A decisão parte da política de pressão e fustigação contra a soberania cubana, um completo fracasso que provoca a rejeição da comunidade internacional cada ano na Assembleia de Nações Unidas.

O documento foi aprovado numa reuniao em Humilladero, província de Málaga, por representantes das associaçoes Alhucema de Moron da Frontera, Amistad Hispano-Cubana de Málaga, Bartolomé de las Casas de Sevilla e de Herrera, Plataforma de Solidaridad de Granada e Colectivo Almeriense de Solidaridad.

Durante o encontro, no que participaram o cônsul geral de Cuba em Sevilha, Ulises Arranz, se aprovou também um plano de atividades em favor da libertação de três dos Cinco ainda pressos nos Estados unidos.

Gerardo Hernández, Ramón Labañino, e Antonio Guerrero, junto a Fernando González e René González, os que já estão de volta em Cuba após cumprir suas sanções, vigilavam nos Estados Unidos, a grupos extremistas para evitar ataques terroristas contra o seu país.

Os Cinco foram condenados num juízo considerado parcializado pela defensa e realizado em Miami, em meio a um clima hostil.

Fonte: Prensa Latina

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Ribamar Fonseca: Comportamento vergonhoso da grande mídia

A Grande Imprensa, que se transformou num partido político para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, usa agora, de modo desumano, a queda de um viaduto em Belo Horizonte, que matou duas pessoas, para atacar o governo.

Por Ribamar Fonseca, no Brasil 247



Acidente em BH
A passionalidade escandalosa da chamada Grande Imprensa, que se transformou num partido político para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, chegou às raias do absurdo nesta sexta-feira: usou, de modo desumano, a queda de um viaduto em Belo Horizonte, que matou duas pessoas, para atacar o governo.

Os três jornalões do Rio e São Paulo – Globo, Folha e Estadão – combinaram a mesma manchete, com ligeira variação, rotulando o viaduto de "obra da Copa". Depois de desacreditados pela campanha realizada contra o evento esportivo, diante do seu sucesso e da repercussão positiva dentro e fora do país, os jornalões decidiram usar a tragédia para ir à forra.

Do governo federal, na verdade, o viaduto em construção só tem parte dos recursos financeiros, porque o projeto e sua execução são da responsabilidade da prefeitura de Belo Horizonte.

Mesmo sabendo disso, a Grande Mídia prefere aproveitar politicamente o episódio e lançar a culpa do acidente nas costas largas da Presidenta, esquecendo deliberadamente o prefeito Marcio Lacerda, do PSB, que, em entrevista à imprensa, disse que deve ter havido uma falha na construção.

"No futuro – disse – certamente depois de tudo apurado, vai-se descobrir algum erro de engenharia, seja de projeto, seja de construção".

A Folha, no entanto, não satisfeita em torcer a notícia do acidente para ligá-lo à Copa e culpar o governo, também publicou um editorial intitulado "Humor da Copa", em que insiste em afirmar que "a obra faz parte do pacote de melhorias de mobilidade urbana e não ficou pronta no prazo prometido" e "serve para lembrar o quanto houve de irresponsabilidade e improviso, para nada dizer de corrupção, na organização do Mundial".

Não disse, porém, que se houve irresponsabilidade e improviso na realização da obra certamente foram do prefeito pessebista, responsável por seu planejamento e execução. Mas esse "detalhe" não interessa à Grande Mídia, pois para ela o importante mesmo é usar tudo o que for possível para desgastar Dilma e o PT.

O acidente também serviu à imprensa estrangeira – em especial à britânica, cuja má vontade para com o Brasil vem sendo alimentada pela Grande Imprensa brasileira – para voltar a depreciar o governo e o nosso país.

A exemplo da nossa mídia, a estrangeira, igualmente desmoralizada pelo sucesso da Copa cujo fracasso insistia em alardear, aproveitou a tragédia para atribuí-la ao suposto "improviso" na realização da competição esportiva.

O acidente, na verdade, não tem nada a ver com a Copa – e muito menos com o governo federal – mas para os que desejam a qualquer preço impedir a reeleição da presidenta Dilma não há dúvida de que vão culpá-la pelo acidente, o que, aliás, não será novidade, pois já a responsabilizaram até pelo linchamento de uma inocente em São Paulo.

Resta saber, agora, se os candidatos oposicionistas vão seguir o mesmo caminho da Grande Mídia, ligando a tragédia à Copa e à Presidenta da República.

Não parece tarefa fácil, principalmente para o ex-governador Eduardo Campos, pois o prefeito responsável pela obra pertence ao seu partido, o PSB. Ninguém se surpreenda, porém, se o candidato tucano Aécio Neves, que sempre encontra um jeito de criticar o Planalto por qualquer coisa, também aproveite o acidente para mais uma vez investir contra a Presidenta, já que o fato ocorreu na capital do seu Estado, Minas Gerais.

Vale lembrar, no entanto, que o povo já não se deixa influenciar tanto por essa falácia sem consistência, o que pode fazer o tiro sair pela culatra.

De qualquer modo, a atitude passional da Grande Imprensa no noticiário sobre a tragédia vem confirmar, mais uma vez, o seu comportamento vergonhoso como partido político, o que vem ampliando o seu descrédito junto à população.

O seu noticiário vem sendo encarado, a cada dia, com reservas pelas pessoas que usam a massa cinzenta para pensar. E nesse ritmo não vai demorar muito para começar a enfrentar as mesmas dificuldades da revista Veja, que vive os seus estertores justamente pelo desrespeito aos seus leitores, ainda hoje enganados com matérias distorcidas por conta dos seus interesses políticos e econômicos.

Como dizia Confúcio: "Pode-se enganar parte do povo todo o tempo. Pode-se enganar todo o povo durante algum tempo. Mas ninguém consegue enganar todo o povo todo o tempo".

Fonte: Brasil 247