sábado, 28 de dezembro de 2013

Bancada evangélica projeta crescimento de 30% em 2014. Que tipo de parlamentares?

Esperamos que a bancada eleita tenha compromisso ético, e não seja como a atual que na maioria são omissos, e com envolvimento com práticas no mínimo questionáveis.

reportagem fmanha.com.br
A Frente Parlamentar Evangélica da Câmara Federal projeta um crescimento de 30% nas eleições do ano que vem. Espera passar dos atuais 73 parlamentares para até 95, ocupando algo em torno de 18% das cadeiras disponíveis. Especialistas não acham difícil que isso ocorra, pois o grupo nunca teve tanta força. E, em ano de sucessão presidencial, o poder de fogo desse setor da sociedade deve ficar ainda maior. Nas eleições de 2010, por exemplo, temas caros aos evangélicos, como o aborto, pautaram a disputa direta entre Dilma Rousseff (PT) e Jose Serra (PSDB).
O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), afirma que a atuação cada vez maior dos evangélicos no campo da política vai ajudar a impulsionar a expansão da bancada. Mesmo evitando falar em um candidato à presidência da República com apoio da Frente Evangélica, João Campos afirma que o grupo não deve abrir mão de seus posicionamentos: 
— Sou do PSDB e meu candidato é o Aécio, mas não vou protegê-lo. Em todos os temas relacionados à defesa da vida, da família natural, à liberdade religiosa, que são valores da sociedade, os candidatos terão que se posicionar — afirmou o líder do grupo.
O pastor e deputado federal Marcos Feliciano (PSC-SP), que comandou este ano a Comissão de Direitos Humanos na Câmara, se coloca como um dos responsáveis pelo eventual crescimento da bancada religiosa no ano que vem. “Minha participação na comissão despertou católicos, evangélicos e espíritas”, diz Feliciano, que despertou o interesse de outros políticos para que ele apareça em santinhos e faça dobradinhas no ano que vem.
Feliciano protagonizou, na presidência da Comissão de Direitos Humanos, uma série de polêmicas, foi alvo de protestos constantes e conseguiu aprovar no colegiado até projetos tidos como homofóbicos.


— A presença dos evangélicos na política nunca foi tão grande. O debate (pautado pelo grupo) cresceu em eleições e no Legislativo — afirma a cientista política e professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Maria Sousa Braga.

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