quarta-feira, 30 de outubro de 2013

"Tardiamente" barrada termelétrica a carvão

Considero um atraso trazer carvão de outros países, tendo aqui, tantas matrizes energéticas. O carvão é altamente poluente e não existe justificativa para a importação do mesmo. Se houve empenho politico para tirar os produtores rurais, na "marra", do 5° distrito de São João da Barra, pode haver empenho politico para se garantir o gás natural suficiente para a termoelétrica.




reportagem: fmanha
O Superporto do Açu, que está sendo construído no litoral de São João da Barra, não contará com a usina térmica de carvão. Tudo porque o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) suspendeu, na semana passada, a licença para a instalação da unidade na área do megaempreendimento. O projeto da então MPX — hoje Eneva, controlada pela alemã E.ON — obteve em 2008 autorização para construção da térmica, que teria capacidade de gerar 2,1 mil megawatts para abastecer as indústrias do complexo. O projeto do complexo previa duas usinas termelétricas (UTEs): uma a carvão e a outra a gás, com potência de 3.300 MW. O Inea informou que a decisão foi tomada “após uma mudança conjuntural importante”, citando a alteração do perfil dos empreendimentos previstos para o complexo.
O projeto da geração de energia elétrica com carvão dependeria do porto para exportar minério e o navio trazer de volta o carvão. Como o projeto do mineroduto e do porto estão com o cronograma muito atrasados, o projeto de geração de energia elétrica pela MPX também foi adiado.
A UTE a gás no Açu dependeria da exploração de petróleo e gás no litoral pela OGX, ou de fornecimento de gás pela Petrobras. Nem uma coisa e nem outra foi garantida e, por isso, a energia elétrica para alimentar as atividades que venham a funcionar junto ao Superporto do Açu depende da linha de transmissão para levá-la de Furnas até o local. Esta linha e a subestação ainda estão sendo instaladas, com cronograma também adiado, em função da crise das empresas do grupo EBX.
A assessoria de imprensa da Eneva informou que “ainda não foi notificada a respeito da decisão do Instituto Estadual do Ambiente sobre a renovação da licença ambiental da usina termelétrica Açu. A companhia aguarda a comunicação oficial do órgão ambiental para avaliar as medidas a serem adotadas”.
Renúncia — A LLX divulgou, no dia 28, que Marcus Berto renunciou ao cargo de diretor-presidente e diretor de relação com investidores da companhia. Eugênio Figueiredo, atual CFO, assumiu interinamente os cargos. Com isso, será iniciado o processo de busca por um novo nome. Eugênio ocupará os cargos até que uma nova indicação seja apontada definitivamente, quando ele voltará a se dedicar somente à função de diretor financeiro. “A companhia e o seu novo controlador agradecem ao Sr. Berto por suas significativas e importantes contribuições e desejam sucesso nos seus novos planos”, disse o R. Blair Thomas, Diretor Presidente da EIG Global Energy Partners, que é acionista majoritária da LLX.

Jane Ribeiro

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