sábado, 5 de outubro de 2013

CARTA “DIA MUNDIAL DO PROFESSOR”


Neste 5 de outubro comemora-se o Dia Mundial do Professor, mas infelizmente, não há nada para comemorar. Os profissionais de educação sobrevivem com baixos salários e a péssima condições de trabalho, o que tem levado milhares aos consultórios médicos, além de conviver com o assédio moral de agentes dos governos e violência fisica na sala de aula, agora também têm de enfrentar a truculência do governo. Os profissionais de educação querem democratização do sistema educacional, mudança na estrutura e resgate salarial com valorização do educador e, consequentemente, da própria educação. A Falta de transparência financeira, administrativa e pedagógica tem jogado no ralo todos os investimentos feitos na educação nos últimos anos. A legislação vem sendo desrespeitada sem o menor pudor e sem que as instituições como o Ministério Público se pronuncie, como no caso, do cumprimento da lei federal que garante um 1/3 da carga horário para o planejamento acadêmico, convivemos com a armadilha da meritocracia que não garante ganhos na aposentadoria e de avaliações que não levam em conta as condições de trabalho, convivemos com a falta de valorização por formação e por tempo de serviço, mais agudo, ainda, entre os professores da educação infantil ao 5° ano, que mesmo, com curso superior e pós não recebem equiparação com os demais professores. A educação é uma colcha de retalhos mal feita e remendada, querem professores polivalentes, que podem dar aula de qualquer matéria, mesmo sem formação específica, não podemos permitir.
Democracia em cheque, o clima de guerra criado pela PM, com comportamento tirano, e forjando situações é uma clara demonstração de falta de comando, desrespeito as leis e a constituição. Demonstrou um outro problema sério, a segurança pública, uma policia a serviço de poucos, uma policia a serviço das mazelas de poucos, a extrema violência usada para cumprir as ordens do prefeito e do governador demonstrou tudo isso. Os abusos cometidos pela PM não é apenas para forçar a aceitação de um plano de carreira que diz respeito apenas aos professores que cumprem 40 horas semanais, isto é, apenas 7% dos profissionais do Rio, é também, uma forma de calar a boca de todos os trabalhadores.
A postura de todos os governos tem sido de extremo autoritarismo, seja a truculência do Rio ou a falta de diálogo em Campos, demonstram, que o retrato da educação não poderia ser diferente, baixos indices de qualidade. Nas salas de aula, os alunos e professores são agredidos todos os dias, só que no lugar da truculência da PM, estão em salas superlotadas, quentes e sem condições de trabalho, estão com os caderninhos pedagógicos da Prefeitura do Rio e os livros do Expoente em Campos, estão com as humilhações diárias pelos baixos salários e pela falta de democracia.



ESTAMOS SOFRENDO, MAS VAMOS SOFRER NA LUTA!



EDUCAR NOSSOS ALUNOS NA LUTA É AVANÇAR NA DEMOCRACIA!









PROFESSOR MARCELO SOARES

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