sábado, 5 de outubro de 2013

Mais de 100 parlamentares do Congresso aunciam mudança de partido


Até o começo da tarde desta sexta-feira (4) mais de 100 deputados e dois senadores haviam comunicado a troca de partido à Secretaria-Geral da Mesa da Câmara e do Senado. O prazo para os que querem concorrer nas próximas eleições em uma nova legenda termina neste sábado (5).


Durante a semana, a prática foi condenada em discursos de vários parlamentares e reacendeu as discussões sobre a necessidade de uma reforma política, embora muitos reconheçam que a atual conjuntura e correlação de forças no Congresso não favoreça algumas mudanças consideradas essenciais por setores progressistas da política nacional como o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais. 

“A culpa e a responsabilidade desse fato lamentável são do Congresso”, disse o senador Paulo Paim (PT-RS). Segundo o parlamentar, apesar de ter reconhecido a fidelidade partidária, o Legislativo não manteve uma posição firme em relação a novos partidos, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que as regras de perda de mandato para candidatos que mudam de legenda não se aplicam nos casos em que a migração é feita para um partido novo.

“Essa situação delicada, com esse troca-troca, foi um erro do próprio Congresso. Se as regras fossem mais duras, as mudanças não ocorreriam em 90% dos casos”, avaliou Paim.

Troca-troca

Na Câmara, até o meio-dia, o Partido Social Democrático (PSD) foi a legenda com mais pedidos de adesão (52), enquanto, no Senado, a sigla já perdeu um representante: a senadora Kátia Abreu (TO) que, desde quinta (3), integra o PMDB.

Outra mudança no Senado foi comunicada por Vicente Alves que migrou do Partido da República (PR) para o Solidariedade. O parlamentar ocupa, há dois dias, a liderança da nova legenda no Senado. O Solidariedade foi um dos partidos recentemente criados e aprovados pelo TSE, liderado por Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP).

A negativa nesta quinta (3) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao registro do partido Rede Sustentabilidade, idealizado ela ex-senadora Marina Silva, deve promever novas cconfigurações no cenário político do Congresso. Alguns parlamentares que já haviam anunciado informalmente que iriam migrar para a sigla terão que permanecer em seus antigos partidos ou buscar espaço em outras legendas.

Fonte: Agência Brasil

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