terça-feira, 8 de outubro de 2013

FAO elogia trabalho de combate à fome feito pela Via Campesina


A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) reconheceu que a Via Campesina é a maior organização de pequenos produtores de alimentos em escala internacional, destacando seu trabalho de combate à fome em todo o mundo e formalizou um acordo de cooperação com a organização. O fato aconteceu em cerimônia realizada, em Roma, no dia 04 de outubro.


A Via Campesina é um movimento internacional que coordena organizações camponesas de pequenos e médios agricultores

Fundada em 1993, a Via Campesina é um movimento internacional que reúne milhões de camponeses, pequenos e médios agricultores, sem-terra, povos indígenas, imigrantes e trabalhadores rurais em todo o mundo. A organização defende a agricultura sustentável de pequena escala, como forma de promover a justiça social e dignidade. Além disso, opõe-se firmemente ao agronegócio, que segundo eles, estão destruindo as pessoas e a natureza.

Durante o evento, a FAO firmou um acordo de cooperação que contemplará vários âmbitos, como o reforço à produção de alimentos procedentes das práticas camponesas, a proteção dos direitos dos pequenos produtores para ter acesso à terra e à água, assim como a melhoria dos direitos dos trabalhadores rurais sobre as sementes. Esse marco cooperatório vai defender, em especial, a participação dos jovens e das mulheres na produção de alimento e na necessidade de facilitar o acesso à terra e a outros recursos produtivos.

Segundo o brasileiro José Graziano da Silva, diretor geral da FAO e ex-ministro especial de segurança alimentar e combate à fome do Governo Lula, a Via Campesina representa, de forma organizada, trabalhadores rurais de todo o mundo. Graziano ressaltou que o movimento inovou, trazendo novos temas, como o da soberania alimentar, que a FAO está começando a discutir. "Creio que esses são sinais importantes de ter representantes organizados da sociedade civil participando, dentro da FAO, das discussões dos estados membros”.

Fonte: Adital


Nenhum comentário: