sábado, 5 de outubro de 2013

Sindicatos rejeitam propostas: O Comando Nacional do Bancários e os Professores do Rio de Janeiro decidem continuar em greve

O Comando Nacional dos Bancários decidiu orientar os sindicatos de todo o país a realizarem assembleias para rejeitar a nova proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nesta sexta-feira (4). Também, nesta sexta-feira (4), os professores da rede municipal do Rio de Janeiro decidiram continuar em greve por tempo indeterminado. A categoria é contra o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), aprovado na terça-feira (1º/10) pela Câmara de Vereadores e sancionado um dia depois pelo prefeito Eduardo Paes.


Os bancos elevaram de 6,1% para 7,1% (aumento real de 0,97%) o índice de reajuste sobre os salários e para 7,5% sobre o piso salarial (ganho real de 1,34%), além de propor alta de 10% na parcela fixa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), cuja fórmula de cálculo será mantida.

Pela proposta, o piso dos bancários passaria a R$ 1.632,93 e a PLR para, no mínimo, R$ 1.694 (limitada a R$ 9.011,76). Segundo a Fenaban, dependendo do lucro do banco, a PLR de um caixa, por exemplo, pode chegar a 3,5 salários.

"Consideramos a proposta insuficiente diante do tamanho dos lucros e da rentabilidade dos bancos. Até setores da economia muito menos lucrativos estão fazendo acordos com seus trabalhadores com reajustes salariais maiores. Os bancários estão fazendo a maior greve dos últimos 20 anos e os bancos têm condições de melhorar a proposta", afirmou em nota Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

Em greve há 16 dias, os bancários pedem índice de 11,93% (aumento real de 5%), piso salarial de R$ 2.860,21 e PLR de três salários base, mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15. Além disso, os bancários pedem a valorização dos vales refeição e alimentação (no valor de um salário mínimo, R$ 678,00) e melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais e abusivas.


  Dia 1º de outubro - Manifestantes enfrentam a polícia no centro do Rio de Janeiro. Foto: Mauro Pimentel / Terra

Segundo o Sindicato dos Professores (Sepe), 5 mil professores participaram da assembleia, no Clube Municipal, na Tijuca. No começo da tarde, o grupo de manifestantes seguia em passeata até a prefeitura do Rio. A greve dos servidores da educação foi iniciada em agosto.

Vereadores da oposição entraram com uma ação na Justiça na quarta-feira para anular a aprovação e sanção do plano de carreira. Entre os argumentos utilizados pelos parlamentares estão a insegurança para os manifestantes que estavam do lado de fora da Câmara e a não presença da categoria nas galerias do Palácio Pedro Ernesto durante a votação.

Usando cassetetes, gás lacrimogêneo e balas de borracha , a PM reprimiu o protesto dos professores nas imediações da Câmara de Vereadores e impediu que a população entrasse no local para acompanhar a votação. Manifestantes integrantes do black blocs se infiltraram no protesto, causando depredações e confrontos ainda mais violentos com a polícia. Pelo menos 16 pessoas foram detidas, segundo a PM.

Plano de carreira

Enviado pelo prefeito Eduardo Paes à Câmara de Vereadores no dia 17 de setembro o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações prevê mudanças na remuneração e nos cargos dos professores, o que provocou uma série de protestos e a ocupação da Câmara de Vereadores no fim de semana.

Fonte: Portal Terra



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