sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Anthony e Rosinha denunciados

Mais um capitulo da novela "Os Injustiçados"

O deputado federal Anthony Matheus (PR) e sua mulher, a prefeita Rosinha (mesmo partido) foram denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). A denúncia foi apresentada no dia 24 de julho e divulgada ontem pelo site da revista Época e repli-cada pelos blogs “Eu penso que...”, do jornalista Ricardo André Vasconcelos e do jornalista Alexandre Bastos. Segundo a revista, a denúncia foi dentro do inquérito que investiga “eventuais crimes de peculato (desvio de verba pública) e lavagem de dinheiro, imputados ao deputado e sua mulher”. A Folha da Manhã não conseguiu contato com o advogado Nélio Machado que, segundo informação do também advogado Francisco de Assis Pessanha Filho, é quem cuida da parte criminal dos processos envolvendo o ex-governador.
O inquérito refere-se à suspeita da existência de esquema de desvio de dinheiro do Estado do Rio de Janeiro por meio de ONGs, entre 2003 e 2006, quando Rosinha era governadora fluminense. Em 2010, o Ministério Público do Rio de Janeiro acusou o casal Garotinho e mais 86 pessoas de desviar quase R$ 60 milhões. Os promotores de Justiça afirmaram que pelo menos R$ 350 mil tinham ido parar no caixa da pré-campanha de Anthony Matheus a presidente da República, quando ele era filiado ao PMDB.
Ainda segundo a Época, quando surgiram as primeiras acusações, o ex-governador negou participação em qualquer esquema e afirmou que processos com as mesmas investigações contra ele foram extintos. O hoje deputado disse que a coordenação de sua pré-campanha, quando soube que empresas ligadas às ONGs haviam feito as doações, devolveu dinheiro sem gastar. A investigação envolve também a atriz Deborah Secco e sua família. O pai de Deborah foi apontado como um dos operadores do esquema com as ONGs – segundo o Ministério Público, R$ 158 mil acabaram depositados na conta da atriz. Os ad-vogados de Deborah sempre negaram seu envolvimento.
O ministro do Supremo Dias Toffoli decidiu desmembrar o inquérito. Por ter foro privilegiado, somente o casal continuará sendo investigado pelo STF. A parte do processo referente a demais investigados, incluindo a família Secco, será enviada a uma vara criminal no Rio. (S.M.) (A.N.)

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