domingo, 25 de agosto de 2013

Adilson Araújo é eleito por unanimidade novo presidente da CTB


Adilson Araújo foi eleito o novo presidente nacional da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Em votação neste sábado (24), no auditório Celso Furtado do Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo (SP), os 1.300 delegados presentes elegeram o ex-presidente da CTB-BA por unanimidade. No encerramento, todos emocionados cantaram juntos a Internacional Comunista.




Adilson Araújo e Wagner Gomes juntos durante encerramento do 3º Congresso da CTB/Fotos: Deborah Moreira

Em seu primeiro discurso como presidente, Adilson enfatizou as mudanças e transformações que estão por vir na central sindical. “Me parece que há a necessidade da gente pavimentar um novo caminho. Eu penso que o desafio da nossa central é escrever uma nova história sindical brasileira”, exclamou Adilson, que optou em fazer um discurso improvisado anunciando uma série de propostas, como da mudança da sede da direção nacional a cada semestre para ter mais contato com as CTBs regionais.

Também tem como proposta a criação de uma agência nacional social e sindical de notícias para engrossar a luta pela democratização da comunicação, uma das bandeiras de luta da atual gestão; e ainda a criação de uma central de organização, apoio e logística às entidades sindicais, voltada para os sindicatos se regularizarem. “É preciso dar atenção ao pequeno para que ele se torne grande”, comentou.

Adilson Araújo ressaltou a aliança entre trabalhadores do campo e da cidade: “A luta pela reforma agrária e pelo fortalecimento da agricultura familiar está colocada. Será necessário aproximar cada vez mais trabalhadores do campo e da cidade”. Ainda sobre os agricultores, o novo presidente da CTB enfatizou a necessidade de fortalecer os sindicatos rurais filiados à entidade. O dirigente baiano fez questão de reafirmar seu compromisso com o embate e a disputa política, lembrando que será estratégia da entidade ampliar a consciência de classe dos trabalhadores cetebistas para “disputar a hegemonia” e o poder político nacional e internacional do movimento sindical. No campo mundial, estreitar ainda mais a relação com a Federação Sindical Mundial (FSM).



Em seus agradecimentos citou primeiramente o nome da mãe, Maria Ferreira Araújo, e da sua esposa, Maria de Fátima Pereira Costa, e os filhos, cunhados e amigos. Também não deixou de saudar “companheiros” como Wagner Gomes que, segundo ele, “não seriam possíveis as mudanças de agora sem a atuação do companheiro Wagner, que é quem fez valer a oportunidade de experimentar o novo como um ato de ousadia e grandeza”. Lembrou com carinho do momento que esteve a frente da CTB-BA, como presidente, e do apoio que recebeu de todos os dirigentes e integrantes. “Quero saudar a todos os delegados e delegadas e nomes de figuras importantes da minha vida. E quero dizer a vocês que tudo que está acontecendo na CTB vem ocorrendo de forma meteórica”, declarou Adilson que se apresentou como um “trabalhador destemido, dedicado, comprometido com a causa dos trabalhadores, pé de barro” – expressão que no meio sindical significa ter iniciativa, ser de luta.



A mesma expressão também utilizou para definir o “companheiro” Pascoal Carneiro, que assume a secretaria de Previdência da executiva nacional. “Não poderia deixar de fazer uma reverência da figura emblemática nesse processo, no embate que estamos travando, na luta anti-imperialista”, disse referindo-se a Pascoal Carneiro.

Durante três dias, de quinta (22) a hoje, delegados inscritos e vindos de todas as regiões do país debateram as teses do encontro, cujo processo começou cerca de três meses antes com encontros municipais e estaduais. Durante a manhã deste sábado, os presentes no 3º Congresso Nacional da CTB realizaram uma atividade de balanço. 

Deborah Moreira
Da redação do Vermelho


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