domingo, 25 de agosto de 2013

Bancários fazem nova rodada de negociação próxima segunda


Na última quinta-feira (22), bancários de várias regiões do país fizeram passeatas com o objetivo de pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A categoria está em campanha salarial, e a manifestação fez parte de um dia nacional de luta. Em São Paulo, a passeata reuniu cerca de 1,5 mil pessoas na região central da cidade. 


Os trabalhadores e trabalhadoras externaram seu descontentamento com a precariedade das condições de trabalho. O sindicato aponta estudos e pesquisas que mostram que a categoria está entre as que mais registram doenças relacionadas às atividades profissionais e responsabiliza diretamente as empresas pelos adoecimentos.

Em entrevista à imprensa, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira  declarou que até o momento nao houve avanço nas negociações entre o Comando Nacional e a Fenaban. 

Os lucros obtidos pelas principais organizações financeiras em atividade no país provam ser possível atender as reivindicações. Entre janeiro e junho BB, Itaú, Bradesco, Santander, Caixa e HSBC colocaram nos cofres mais de R$ 30 bilhões. O melhor resultado entre as empresas de capital aberto. 

Apesar do desempenho, até agora, o discurso dos banqueiros tem sido duro, dificultando o processo negocial. As reivindicações sobre saúde, condições de trabalho e emprego foram negadas. Por isso, nesta semana, o Sindicato da Bahia intensifica as atividades para fortalecer a mobilização da categoria e acabar com a enrolação da Fenaban e dos bancos públicos.

Está prevista para a segunda-feira (26), uma rodada de negociações entre os trabalhadores do setor financeiro e os bancos, quando as partes debaterão as cláusulas econômicas das reivindicações da categoria.

Em campanha salarial, os bancários reivindicam:

  • Reajuste salarial de 11,93%, composto de 5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%.
  • PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
  • Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
  • Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
  • Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
  • Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
  • Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
  • Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
  • Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
  • Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes.

Com agências



Nenhum comentário: