quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Em SP, Dilma reafirma que falta de médicos é um problema nacional


A presidenta Dilma Rousseff voltou a destacar, durante inauguração, nesta terça-feira (13), da nova fábrica de biotecnologia e ampliação da farmoquímica do Complexo Industrial Cristália, em Itapira (SP), que a falta de médicos é um problema nacional, e garantiu que não faltará vontade política para resolver a questão.


 
 A presidenta afirmou que "sem médicos não há saúde de qualidade".
“Nós temos o desafio urgente de eliminar os vazios assistenciais que existem no Brasil. Em 700 municípios, vocês sabem, não há um único médico. Em 1.900 há menos de um médico por 3 mil habitantes. E o governo federal tem consciência que nós precisamos aumentar o número de profissionais na periferia das grandes cidades, no interior do país e nas regiões Norte e Nordeste”, afirmou Dilma.

A presidenta afirmou que "sem médicos não há saúde de qualidade" e que o programa do governo federal "tem o desafio urgente de eliminar os vazios assistenciais do Brasil". Para ela, o governo federal quer ampliar os médicos nas periferias e no interior, por isso, autorizou a criação de 2,4 mil vagas em cursos de medicina e abrirá mais 11,4 mil vagas nas universidades, além de outras 12 mil em residências.

"Como temos necessidade agora, temos vagas (do Mais Médicos) para os médicos daqui e iremos contratar formados fora daqui que atuarão no SUS monitorados pelas universidades", disse a presidente. 

Para demonstrar que o problema atinge o país como um todo, Dilma citou como exemplo o estado de São Paulo, que, mesmo sendo o mais rico, quase metade dos municípios paulistas – 309 dos 645 – aderiram ao programa Mais Médicos, pedindo 2.197 médicos.

“Esses números mostram que a falta de médico é um problema nacional e que atinge até mesmo o estado mais rico do nosso país. Eu quero deixar claro para a população brasileira que não faltará vontade política de meu governo para enfrentar esse problema”, completou.

Durante o discurso, Dilma afirmou ainda que o fortalecimento da política de atenção oncológica é um compromisso do governo. Segundo ela, com a aplicação da tecnologia a favor do povo, "todos saem ganhando".

Assista o discurso:


(Abaixo íntegra do discurso em áudio)

Parceira

Mais cedo, a presidenta Dilma Rousseff falou da importância da parceria entre as prefeituras e o governo federal nas áreas de saneamento básico, saúde e mobilidade urbana. Em entrevista à Rádio Clube de Itapira, Dilma citou o investimento federal de R$ 125 bilhões especificamente para os municípios.

“Tanto o governo federal quanto o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] têm programas específicos para os municípios, com parte dos recursos saindo do Orçamento Geral da União e outra parte sendo financiada com juros bem mais baixos (…) Nós, de fato, estamos fazendo um grande programa com as prefeituras de investimento”, afirmou Dilma, que ainda lembrou que há uma nova chamada aberta aos municípios de R$ 31 bilhões para projetos em pavimentação, saneamento, construção de postos de saúde, quadras para prática de esporte e cultura, entre outros.

A presidenta também falou sobre a liberação de R$ 3 bilhões para os municípios, com a primeira parcela sendo paga ainda este mês, e a segunda em abril de 2014, para ajudar as administrações municipais no custeio de pessoal e para compra de materiais. O Minha Casa, Minha Vida também foi citado pela presidenta, que determinou, na 16ª Marcha dos Prefeitos, no início de julho, o fim dos sorteios para que as cidades menores pudessem oferecer projetos de moradia para a população.

“As prefeituras hoje têm geralmente uma reclamação. Elas falam: ‘Ah! Mas nós gostaríamos muito também de ter um apoio para custeio.’ O que é o custeio? É a manutenção, é o pagamento de pessoal, é a compra e a garantia que a continuidade daquele serviço vai ocorrer. Nós nos sensibilizamos por esse fato e transferimos, agora, R$ 3 bilhões para as prefeituras, sendo que R$ 1,5 bilhão sai agora em agosto ainda, assim que o Congresso – eles aprovam ainda este mês – aprovar o projeto de lei, e a segunda parcela sai em abril”, disse.

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