quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Brasil quer proteger jornalista que revelou rede espiã dos EUA

O Brasil está pronto para dar proteção ao jornalista americano Glenn Greenwald, colunista do jornal The Guardian, após seu depoimento, na última terça-feira (6), na Comissão de Relações Exteriores do Senado, sobre a espionagem dos Estados Unidos. 


  jornalista americano Glenn No Senado, Greenwald afirmou ter cerca de 20 mil documentos que comprovam espionagem americana Foto: Dida Sampaio/AEDida Sampaio/AE

Para obter a proteção oficial do País, Greenwald, morador do Rio de Janeiro, terá de solicitá-la. Na avaliação do governo brasileiro, ele não poderá retornar aos Estados Unidos sem enfrentar o risco de ser enquadrado judicialmente pelo mesmo tribunal secreto que vem autorizando o monitoramento da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) no território americano e no exterior.

Durante a audiência no Senado, Greenwald afirmou ter cerca de 20 mil documentos repassados por Edward Snowden, ex-agente da NSA responsável pela revelação do esquema de espionagem, asilado temporariamente na Rússia.

Conforme disse a senadores brasileiros, a iniciativa americana não está centrada apenas no combate ao terrorismo, como o governo do presidente Barack Obama vem argumentando, mas na obtenção de informações comerciais sigilosas, que não seriam superficiais, como tem alegado a Casa Branca.

"O desempenho de Greenwald foi muito corajoso", afirmou a autoridade brasileira. "Ele mostrou estar de posse de um volume extraordinário de informações. O que saiu até agora foi apenas um aperitivo", completou, ciente dos estragos já acumulados pelo governo de Obama nas suas relações com China, Rússia e aliados europeus.

Fonte: O Estado de S.Paulo

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