sexta-feira, 26 de julho de 2013

Tecnologia e inovação: uma janela de oportunidades para o Brasil


Em entrevista, o professor e coordenador da Agência USP de Inovação, Vanderlei Bagnato, explicou por que é importante incentivar os processos de inovação com foco no avanço do desenvolvimento do país.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho, com informações da Radioagência Nacional



Para o pesquisador, vivemos um momento singular na história do país e investivir em tecnologia e inovação é essencial para que avancemos ainda mais, especilamente no que se refere ao setor produtivo do país. "Entendo a tecnologia e inovação como uma janela de oportunidades para o Brasil. De modo que investir nesses setores é essencial para o desenvolvimento", afirmou Bagnato.
De acordo com dados do Ministério de Ciência e Tecnologia, o Brasil responde por cerca de 3% do PIB mundial, sendo responsável por cerca de 3% da produção científica de todo o planeta e 55% de toda a produção científica da América Latina. Segundo o pesquisador, é preciso avançarmos nesses dados e associar pesquisa ao processo de produção do setor produtivo.

Em 2001, existiam 4.863 mil pesquisadores no mundo (contabilizados em equivalente de tempo integral), sendo 1.670 mil na Europa, incluindo a Rússia, 1.271 mil nos Estados Unidos, 743 mil no Japão, 665 mil na China e 64 mil no Brasil. De 1996 a 2001, houve um crescimento de 19% em número de pesquisadores, com destaque para os novos países industrializados da Ásia (Coréia do Sul, Taiwan e Singapura) (37%), Turquia (28%), Japão e China (24%), Estados Unidos (23%) e União Européia (19,6%). A Rússia e o Canadá perderam pesquisadores no período.

Mesmo com um crescimento de 7%, o Brasil, em termos relativos, diminui em 8% sua participação no mundo, tendo 1,3% dos cientistas mundiais. Em relação à população economicamente ativa total, existia 3,2 pesquisadores por mil (pessoas economicamente ativas) em nível mundial, com 11 por mil no Japão, 8,8 por mil nos Estados Unidos, 5,4 por mil na União Européia (15) e 1,9 por mil no Brasil.

Dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), publicados em 2012, apontam que, em 19993, o Brasil possuía 4.400 grupos de pesquisa. No último Censo, em 2010, eram 27.523. Em 2012, no segundo semestre, vamos fazer outro Censo e a gente deve passar de 30 mil grupos de pesquisa. O CNPq destaca que esse crescimento é resultado da política de descentralização.

Em 1993, a Região Sudeste respondia por 73% dos grupos de pesquisa, embora tenha obtido grande crescimento na área, 2012 ela representa 47% desses grupos. A Região Nordeste registra a maior taxa de crescimento entre os grupos de pesquisa e a Região Norte, que em 1993 possuía apenas 70 grupos de pesquisa, hoje registra quase 1.500.

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