quinta-feira, 25 de julho de 2013

Campos dos Goytacazes: Antitetânica em falta na rede, também, falta vergonha


A vacina antitetânica, medicamento que combate o Tétano, está, há mais de uma semana, em falta em alguns hospitais e postos de saúde em Campos. De acordo com a população, que está a procura da vacina nos últimos dias, a falta de medicamento pode provocar riscos para os pacientes, como infecções e perda de membros. A equipe de reportagem esteve em algumas unidades e constatou o problema, inclusive no Centro de Saúde, localizado ao lado da secretaria municipal de Saúde.
A doméstica, Flávia Souza, de 28 anos, informou que está desde a última segunda-feira à procura da vacina, após o filho, de 14 anos, ter se machucado. Flávia relatou também, que enfermeiras e responsáveis das unidades de saúde teriam informado que o problema existe em toda a cidade e não há previsão para que as vacinas cheguem aos postos ou hospitais.
— Pagamos nossos impostos e é problemático não encontrar medicamentos nos postos de saúde. A vacina antitetânica é muito importante e previne uma doença que pode causar danos ao paciente. Isso não pode acontecer. Se meu filho morrer? Quem vai se responsabilizar por isso? Já estive na secretaria de Saúde e ninguém soube informar quando esse problema vai ser solucionado — disse a doméstica.
Já o autônomo, Alcir Moura, de 68 anos, relatou que na manhã de ontem, seu filho, de 26 anos, que exerce a profissão de carpinteiro, se machucou com um serrote e percorreu o Hospital de São José, em Goitacazes, o posto de Saúde no bairro da Penha e o Centro de Saúde, no Centro e a vacina estava em falta. “É inacreditável que esteja acontecendo isso numa cidade que diz que é referência em saúde”, destacou.
Lentidão — Pessoas que procuraram, ontem, atendimento no Posto de Saúde Saldanha Marinho encontrou problemas no atendimento. De acordo com a população, a espera estava chegando quatro horas. “Estou aqui desde 14h20 e já são 16h45 e não fui atendida. Muita gente já foi embora, pois não aguentou ficar esperando por muito tempo”, disse a operadora de caixa, Jaqueline Cardoso, de 34 anos.
De acordo com a Superintendência de Atenção Regional da Fundação Municipal de Saúde, todos os médicos estão presentes no plantão desta quarta-feira (23) e o houve foi uma demanda maior do que a diária, ocasionada pela brusca variação climática. Sobre a falta da vacina a Folha não conseguiu resposta.
Dulcides Netto

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