domingo, 28 de julho de 2013

Erosão em Atafona: estudo em nova fase













Com os constantes avanços e recuos do mar em Atafona, em São João da Barra (SJB), as perdas imobiliárias continuam sendo contabilizadas. Porém, as obras de contenção, que estavam momentaneamente descartadas pelas autoridades, essa semana teve uma nova fase. O deputado estadual Roberto Henriques recebeu relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), da secretaria de Portos, sobre a primeira etapa dos estudos para o projeto que pretende conter o processo do avanço do mar.
Segundo o diretor do INPH, Domênico Accetta, o relatório explica sobre a viabilidade do estudo técnico para compreender o processo e a conclusão, é que a região do estudo é dinâmica, onde o projeto será complexo devido aos diferentes locais de erosão e assoreamento na foz. O relatório também cita que para se alcançar o projeto de proteção ideal para o local serão feitos levantamentos batimétricos, perfis de praia, análise e dados de ondas e ventos e estudos de modelagem matemática.
No mês passado, a equipe do INPH esteve no Pontal, em Atafona, e conheceu as ruínas de casas e teve acesso a imagens antigas de quando o lugar era bem maior e começou a perder terra para o mar a partir da década de 60. “O INPH enviou um relatório breve, após a sua visita ao local. Ainda vão ser necessários estudos de avanços do mar para direita, em direção ao Açu e no sentido da praia de Gargaú. Ainda vão ser realizadas análises nas areias localizadas dentro e fora da água. Se as intervenções forem concretizadas, um terminal pesqueiro deverá ser construído, próximo ao Pontal, para beneficiar os pescadores. O objetivo é encontrar uma solução para evitar que mais ruínas aconteçam no local”, destacou Roberto Henriques. 
Em nota, a assessoria de Comunicação de SJB informou que, a secretaria de Meio Ambiente disse que, existe o interesse da prefeitura em dar o encaminhamento necessário para a continuidade dos estudos que vão subsidiar qualquer ação.
O ambientalista Aristides Soffiati relatou que, alguns engenheiros e peritos realizaram estudos na área e constataram que a variação do mar é muito constante e que uma obra de contenção não resolveria o problema. De acordo com ele, moradores e veranistas já tiveram danos e prejuízos no local, e o ideal seria que essas pessoas que se sintam ameaçadas deixem a área. “Em Marataízes, a obra foi viável, pois no local não há rio”,  disse.


Dulcides Netto

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