A 7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul conheceu seus vencedores. Os eleitos por voto popular foram o longa “Marighella”, de Isa Grispum Ferraz, o média “Silêncio das Inocentes”, de Ique Gazzola e o curta “Maria da Penha: Um Caso de Litígio Internacional”, de Felipe Diniz. Todos os vencedores são produções brasileiras.
Carlos Marighella (de mala na mão), líder da ALN (Ação Libertadora Nacional), foi morto em 1969 pela ditadura militar.
A 7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do
Sul aconteceu de 7 de novembro a 20 de dezembro de 2012 em todas as 26
capitais do Brasil e em Brasília. O evento, cujo principal objetivo é estabelecer um diálogo franco e direto com o povo brasileiro sobre seus direitos fundamentais, é uma realização da Cinemateca Brasileira e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Filme vencedor
Carlos Marighella, o líder da ALN (Ação Libertadora Nacional), morto em 1969 numa ação do aparelho repressivo durante a ditadura militar é o tema do filme vencedor da mostra.
O filme traz depoimentos comoventes da viúva, de seu filho, Carlos Augusto Marighella (da primeira mulher) e de antigos militantes da ALN que relembram seu passado, tanto na legalidade, quando o Partido Comunista Brasileiro disputou as eleições para a Assembleia Constituinte de 1946 – ele se elegeu deputado pela Bahia –; como na clandestinidade, quando comandava ações armadas.
Segundo a sinopse do documentário, ele vive hoje ao lado de uma grande cantora popular e de um santo católico, na Salvador onde nasceu em 1911. Ele dá nome a uma rua com formato de circuito de fórmula 1, contida pelas avenidas Gal Costa e São Marcos, o patrono de Veneza e discípulo dileto de São Pedro.
É uma boa vizinhança para "o santo ateu" da esquerda brasileira, como o definiu o crítico Antônio Cândido no documentário "Marighella", de Isa Grinspum Ferraz.
Da redação em Brasília
Com agências
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