A 7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul conheceu seus vencedores. Os eleitos por voto popular foram o longa “Marighella”, de Isa Grispum Ferraz, o média “Silêncio das Inocentes”, de Ique Gazzola e o curta “Maria da Penha: Um Caso de Litígio Internacional”, de Felipe Diniz. Todos os vencedores são produções brasileiras.

O evento, cujo principal objetivo é estabelecer um diálogo franco e direto com o povo brasileiro sobre seus direitos fundamentais, é uma realização da Cinemateca Brasileira e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Filme vencedor
Carlos Marighella, o líder da ALN (Ação Libertadora Nacional), morto em 1969 numa ação do aparelho repressivo durante a ditadura militar é o tema do filme vencedor da mostra.
O filme traz depoimentos comoventes da viúva, de seu filho, Carlos Augusto Marighella (da primeira mulher) e de antigos militantes da ALN que relembram seu passado, tanto na legalidade, quando o Partido Comunista Brasileiro disputou as eleições para a Assembleia Constituinte de 1946 – ele se elegeu deputado pela Bahia –; como na clandestinidade, quando comandava ações armadas.
Segundo a sinopse do documentário, ele vive hoje ao lado de uma grande cantora popular e de um santo católico, na Salvador onde nasceu em 1911. Ele dá nome a uma rua com formato de circuito de fórmula 1, contida pelas avenidas Gal Costa e São Marcos, o patrono de Veneza e discípulo dileto de São Pedro.
É uma boa vizinhança para "o santo ateu" da esquerda brasileira, como o definiu o crítico Antônio Cândido no documentário "Marighella", de Isa Grinspum Ferraz.
Da redação em Brasília
Com agências
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