sábado, 9 de fevereiro de 2013

Congresso em Foco: Garotinho é o líder com mais investigações

Reprodução – Congresso em Foco
O site do “Congresso em Foco” publicou matéria informando que das 29 investigações em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os novos líderes na Câmara, oito envolvem o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ). O ex-governador do Rio e atual líder do PR é réu em uma ação penal e investigado em outros sete inquéritos.  As demais 21 investigações correm contra cinco líderes na Casa.
De perfil mais independente do que o resto dos seus colegas de partido, causou diversas dores de cabeça ao Palácio do Planalto, no ano passado, ao obstruir as sessões de votação de crédito em plenário às quintas-feiras. Também mobilizou a bancada evangélica para pressionar o Executivo a desistir de distribuir o “kit anti-homofobia”. Conseguiu.
No entanto, sua carreira política também é marcada por disputas judiciais. Garotinho chegou a perder os direitos políticos por uso indevido dos meios de comunicação em decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A decisão mais tarde foi revertida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que o livrou dos efeitos da Lei da Ficha Limpa.
Com a prerrogativa de foro, as investigações a que respondia passaram ao Supremo após sua eleição como deputado. A principal é uma ação penal por corrupção passiva, formação de quadrilha, crimes de lavagem ou ocultação de bens. O caso tramita na corte desde setembro de 2011 e é relatado pela ministra Cármen Lúcia. Nos inquéritos, três são por calúnia ou difamação, três por crimes eleitorais e um por peculato.
Sentença errada — Garotinho disse ao Congresso em Foco que a ação penal é fruto de um recurso que ele mesmo interpôs contra a decisão de um juiz fluminense de primeira instância que, em sua opinião, não estava em condições de proferir qualquer tipo de sentença. O deputado diz ter denunciado o magistrado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por diversas irregularidades. “Ele deu uma sentença quando não podia dar, e estava cobrindo férias da desembargadora Liliane Roriz. Ele foi convocado como perda de jurisdição. Isso quer dizer que ele não pode sentenciar, mas assim mesmo sentenciou. Além disso, ele não podia dar sentença porque o irmão dele foi nomeado [no governo] de Sérgio Cabral. E ainda tem um outro irmão dele, nomeado por Ricardo Teixeira no quadro de árbitros da Fifa. Todos inimigos declarados meus”, declarou o deputado. “Esse processo não tem o menor fundamento. Quanto aos outros, não tem nada de corrupção, a maioria é ação eleitoral ou calúnia e difamação”, explicou.

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