sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Professores ocupam Câmara do Rio durante sessão


O clima foi de tensão dentro e fora da Câmara de Vereadores do Rio por conta da votação do plano de cargos e salários dos professores municipais, programada para a tarde desta quinta-feira (24). Dentro da Casa, o presidente Jorge Felippe (PMDB) precisou interromper a sessão que estava sendo realizada porque o plenário foi tomado por cerca de 300 professores que ocupavam as galerias em protesto contra a votação do texto do novo plano.




Professores ocupam galerias da Câmara do Rio / Foto: O Globo

Enquanto isso, na área externa, cerca de 600 pessoas se reuniram em um protesto. A Polícia Militar fez um cordão de isolamento para que apenas a imprensa e os funcionários da Câmara pudessem entrar no Palácio Pedro Ernesto.

Por volta das 15h, um militar que fazia a segurança da Câmara passou mal e se dirigiu ao posto médico da Casa. Ele carregava uma bomba de gás lacrimogênio e, acidentalmente, acabou soltando a bomba, que estourou no local. Não houve grandes problemas e a situação já está normalizada.

O vereador Jefferson Moura (PSOL) solicitou, a partir de um mandado de segurança no Tribunal de Justiça, o cancelamento da votação do plano de cargos e salários dos professores, previsto para a tarde desta quinta-feira na Câmara de Vereadores. Jefferson alega que a reunião de quatro comissões, que deu parecer favorável ao projeto de lei na segunda-feira (23), na verdade não foi realizada. Segundo ele, há fotos que mostram os vereadores Prof. Uóston e Thiago K. Ribeiro, da base do governo, em um encontro com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), realizado na mesma hora da reunião das comissões em que os vereadores são integrantes.

"Vou me reunir com o presidente da Casa (vereador Jorge Felippe) para pedir explicações sobre o caso. Eu, que sou membro da comissão de Orçamento, e o vereador Reimont (PT), presidente da Comissão de Educação, não fomos chamados para participar. E o regimento da Casa diz que a convocação para as reuniões realizadas após às 18h precisam ser publicadas em Diário Oficial com 24 horas de antecedência. Ontem (quarta-feira) saiu a ata da reunião dizendo que ela tinha sido realizada às 18h30m. Após o meu questionamento, o horário foi republicado hoje (quinta), passando para 14h30m - afirmou Jefferson Moura.

O parecer das quatro comissões é fundamental para que a votação do plano seja feita nesta quinta, como quer a base do governo. Sem o aval, o projeto de lei não pode ir a plenário.

Com O Globo


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