sábado, 29 de junho de 2013

Sem apoio da mídia e sem apoio daqueles que querem derrubar Dilma

O movimento sindical, “Unidade de Ação dos Trabalhadores”, que ocorreu ontem, na Praça São Salvador, não se mostrou tão atraente ao grande público quanto às manifestações populares anteriores. Mesmo com o apoio do célebre grupo “Cabruncos Livres”, o atual protesto não reuniu mais de 200 pessoas. Na planície, assim como em grande parte do país, o povo assume, e veste, apenas uma bandeira, e sua “cor não é vermelha, mas, sim, verde, azul e amarela”.
A “Unidade de Ação dos Trabalhadores” reivindica: “Manutenção do Passe Livre aos estudantes de escolas públicas e expansão aos de escolas privadas e trabalhadores desempregados. Fim do repasse de verbas para empresas privadas do transporte coletivo, pela criação de uma empresa municipal de transportes. Ampliação do número de creches e imediata reabertura das escolas fechadas. Eleição direta para diretores de escolas. Reforma e ampliação do HGG (Hospital Geral de Guarus) e Hospital Ferreira Machado. Rejeição à implantação do programa Nova Escola, pois gratificação não é salário”.
Com um trio elétrico a postos e microfone girando de mão em mão, lideranças dos partidos de esquerda faziam suas críticas e reivindicações. PSTU, PCB E PT foram à Praça.
A petista Odisséia Carvalho atribui a pouca adesão ao curto tempo utilizado para a organização do evento, e diz que esse foi apenas um teste. “Não tivemos tempo hábil para organizar com hegemonia a manifestação de hoje. Mas, de qualquer jeito, sabíamos que seria assim. Este foi apenas um evento teste. No dia 11 de julho teremos uma mobilização grandiosa, e essa sim atraíra muitos populares e membros do sindicato”, disse Odisséia, que também foi sindicalista. A ex-vereadora enalteceu a união entre os partidos de esquerda, que mesmo com diversas divergências, inclusive históricas, dividem o mesmo palanque em prol do Brasil.
— O que presenciamos hoje é , praticamente, inédito. A esquerda sempre foi segregada entre si. O momento que o país atravessa acaba proporcionando, apesar das nossas diferenças, uma união extremamente necessária.
A logística, além do pouco tempo para se organizar, também prejudicou a ida de alguns sindicatos e membros de comunidades mais distantes. Os catadores da Codim iriam, mas não houve transporte.

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