Segundo um paciente atendido pelo programa, o número atual de funcionários do local não está sendo suficiente para fornecer o apoio adequado aos portadores da doença.
— Precisei ficar esperando três horas para perder a paciência e ir embora porque tinha outros compromissos, sem conseguir marcar uma consulta com um psicólogo. Além de mim, tem muita gente lá enfrentando a mesma situação. Desde que houve a demissão desses profissionais, o programa tem tido dificuldade em atender todo mundo. Tem mulheres grávidas esperando horas para marcar horário de exames de HIV. Os horários mudaram e o atendimento ficou todo ruim e embolado — contou um atendido.
De acordo com o coordenador do programa, Alexandre Sereno, o problema com a redução do efetivo já teria sido contornado após a adaptação do quantitativo do órgão ao número de profissionais.
— Para o profissional executar as ações deste órgão, é preciso primeiro que ele seja treinado. É uma característica do nosso programa. Eu não poderia colocar de imediato qualquer funcionário no lugar dos demitidos, mas já fizemos um ajuste nos horários.
Passamos a atender 30 pessoas em busca de exame de HIV por turno, ao invés de 60. Antes, o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) estava disponível de segunda à sexta, das 7h às 12h e das 17h às 22h. Agora esse serviço está sendo realizado pela manhã às segundas, quartas e sextas, e à noite nas terças e quintas. Nos primeiros 15 dias desde a demissão, tivemos reclamações de várias pessoas, mas pelo que estou avaliando no dia-a-dia, esta demanda diminuiu — informou.
A equipe da Folha buscou um posicionamento da Secretaria de Saúde, mas por conta do horário, não conseguiu resposta até o fechamento desta edição.
Ciro Mariano fmanha.com.br
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