Na Guatemala, começa nesta quarta-feira (30) o primeiro julgamento por genocídio e delitos de lesa humanidade contra os ex-militares Efraín Ríos Montt e Mauricio Rodríguez, acusados pelo Ministério Público de assassar quase dois mil indígenas.
Leia também:
Ríos Montt será primeiro ditador centro-americano a ser julgado
"Este passo da justiça é importante para as milhares de pessoas que sobreviveram aos massacres na Guatemala", consideram as organizações de acusação do caso. Nesta quarta-feira, o juiz Miguel Ángel Gálvez convocou ao debate oral e público com o intuito de conhecer as provas.
Segundo a AJR e o Caldh, a resolução apresentada na última segunda-feira (28) envia uma mensagem de esperança na justiça àqueles que ainda padecem das consequências da guerra civil guatemalteca e aos autores materiais e intelectuais dos graves delitos de lesa humanidade e genocídio cometidos entre 1960 e 1996.
"Esperamos que o caso continue conforme estabelecido pela lei e que logo possamos ter o julgamento contra aqueles que ordenaram o genocídio na Guatemala", conclui o comunicado.
Por sua vez, Francisco Palomo, um dos advogados defensores do ex-governante disse à imprensa que espera um julgamento justo e não um linchamento. Na semana passada, o promotor Orlando López reafirmou as provas e acusações contra ambos ex-militares.
López explicou que ainda que Ríos Montt e Rodríguez não tenham sido os autores materiais da matança de mil 771 indígenas da etnia maya ixil, tinham conhecimento dos fatos perpetrados em 1982 e 1983 durante o regime militar.
Fonte: Prensa Latina
Nenhum comentário:
Postar um comentário