domingo, 17 de novembro de 2013

Resultado sobre as mortes de Rio Preto em 30 dias

Esperamos que a prefeitura seja ágil em dar assistência a comunidade e não economize para que não se perca mais vidas.













A Prefeitura de Campos ainda não sabe o que teria provocado a morte de dois moradores de Rio Preto, que teriam sido contaminados por agrotóxicos. Em contato por telefone, a assessoria explicou que o governo ainda espera o resultado das avaliações da causa das mortes e dos materiais coletados no local, na manhã da última quinta-feira. A concessionária Águas do Paraíba descartou a possibilidade de contaminação pela água, que está própria para consumo. O superintendente regional do Inea, René Justen, esclareceu que os técnicos do órgão também colheram amostra do corpo hídrico da localidade, e o material será encaminhado para exame no laboratório do órgão no Rio de Janeiro, mas, segundo ele, não há dados que apontam a contaminação do lençol freático.
A suspeita de intoxicação por agrotóxico surgiu quando quatro moradores da região foram internados na última terça-feira no Hospital Ferreira Machado (HFM) com sintomas semelhantes e dois vieram a óbito. O trabalhador rural Josete Rocha, teve contato com agrotóxicos alguns dias antes de falecer, de acordo com depoimento da família, mas o seu patrão descartou essa possibilidade, afirmando que nos serviços gerais que a vítima desempenhava na propriedade não utilizava produtos químicos.
Na certidão de óbito de Josete, a causa da morte foi “intoxicação exógena, cardiopatia dilatada e enfisema pulmonar”. O corpo do trabalhador foi enviado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) do Hospital Escola Álvaro Alvim, para exames detalhados. Eraldo Gomes Pinto também morreu após dar entrada no hospital na terça. Jorge Gama Laje 53 anos e Randal Pessanha, 26, continuam internados no HFM, com quadro estável.

Estado colabora para esclarecer os óbitos
Na última quarta-feira a Prefeitura enviou uma equipe liderada pelo vice-prefeito e secretário municipal de saúde, Doutor Chicão, ao local para apurar a situação. No final da tarde, Dr. Chicão, recebeu no gabinete a visita do Superintendente de Vigilância em Saúde da secretaria de Estado, Alexandre Chieppe, que veio prestar cooperação técnica ao município na identificação de possíveis causas e encaminhamentos futuros. “Seguimos rigorosamente as orientações dos protocolos do Estado e do Ministério da Saúde”, disse.
O diretor em Vigilância e Saúde, Charbell Kury, informou que uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) coletou amostras de água da área para análise toxicológica que será feita na Universidade Federal do Norte Fluminense (UENF), e outra biológica, realizada no próprio CCZ. Os resultados devem ficar prontos em 15 dias. “Recolhemos algumas peças de roupas usadas por Josete antes dele falecer que serão encaminhadas ao Laboratório Central do Estado do Rio de Janeiro (Lacen), para análise de possíveis produtos químicos”, explicou.

Larissa Jasbick, Genilson Pessanha - fmanha.com.br

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