sábado, 16 de novembro de 2013

Estaleiro menor no Superporto do Açu


Para reduzir a possibilidade de novas dívidas, a OSX negocia com a LLX — agora controlada pelo Grupo EIG — a devolução de áreas de seu estaleiro no Superporto do Açu,em São Joãoda Barra. Uma vez formalizado o processo, a empresa de construção naval deverá ficar com, no máximo, metade do terreno original do projeto. Ao todo, a OSX havia arrendado 3,2 milhões de metros quadrados da LLX.  Ontem, matéria do “Valor Econômico” informava que a OSX confirmou que seu conselho de administração aprovou a entrada com pedido de recuperação judicial.
Segundo matéria publicada pelo jornal “Valor”, o conselho de administração da OSX aprovou o início de negociações com a LLX para chegar a um modelo de “estaleiro reduzido”. As discussões passam por devolução de áreas em contrapartida ao fim de obrigações de investimento.
A LLX confirmou que está em discussões avançadas “a fim de alterar o acordo assinado com a OSX Construção Naval S.A. e suas afiliadas para, desta forma, atender aos interesses da Companhia e ao desenvolvimento do Superporto do Açu”.
O projeto original do estaleiro previa a construção de 48 plataformas para a OGX, empresa que entrou com pedido de recuperação judicial, e, ainda, de onze navios-tanque para a Kingfish, cujo contrato foi cancelado. Ainda estão em carteira a construção de módulos para duas plataformas da Petrobras e de um navio de apoio marítimo.
Recuperação - A OSX renovou empréstimo-ponte de R$ 461,4 milhões com a Caixa, para obras da Unidade de Construção Naval (UCN) no Açu. A renovação do empréstimo vale por 12 meses a partir do vencimento original, em 19 de outubro deste ano. O contrato de garantia firmado com o Banco Santander também foi aditado pelo mesmo prazo.
A Caixa e o Santander, que forneceu garantia para tornar o empréstimo viável, concordaram em rolar a linha de crédito por um período adicional de 12 meses e o Santander teria concordado em garantir 100% do empréstimo. A OSX tinha dívidas de R$ 5,3 bilhões até junho, com R$ 1,1 bilhão na Caixa, e pediu recuperação judicial na semana passada. Há pouco mais de um mês, o empresário Eike Batista vendeu o Superporto do Açu para o grupo americano EIG, que passou, então, a controlar a maioria das ações da LLX.

Joseli Matias - fmanha.com.br

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