terça-feira, 19 de novembro de 2013

Investimento? Esgoto que vaza a céu aberto

Para ser bom de verdade tem que ser bom para todo mundo, será que o slogan de campanha vale para Campos?











Três meses depois da visita feita pela equipe de reportagem da Folha ao Parque Presidente Vargas, vizinho do Alvorada e Calabouço, os problemas apontados pelos moradores na matéria publicada em 30 de julho desde ano, apenas dois foram resolvidos: área de lazer e o entulho na rua Expedicionário Armando Dias. Mas, a comunidade continua reclamando da falta de creche, Unidade Básica de Saúde (UBS), entulhos nas calçadas da avenida Antônio de Castro, vazamento na rede de esgoto na mesma via, pouco patrulhamento e demora no transporte coletivo.
No bairro não existe creche para as mães deixarem seus filhos enquanto elas trabalham, e não tem também um posto de saúde, o que causa insatisfação na comunidade. Nascida e criada no Presidente Vargas, a salgadeira, Nilza Soares, 75 anos, afirmou que para conseguir uma consulta médica é preciso ir até os bairros vizinhos. “Quando preciso ir ao médico, tenho que madrugar para conseguir uma vaga no posto de Custodópolis”, desabafou.
Os moradores do Presidente Vargas não estão desassistidos e são atendidos pelas UBS Custodópolis e Novo Mundo. Nilza apontou ainda um problema sério no bairro, o vazamento constante da rede de esgoto. “Há dois anos, desde que avenida Antonio de Castro foi reformada, estamos sofrendo com o mau cheiro por conta desse esgoto a céu aberto, que oferece também riscos à saúde. Já pedimos providências várias vezes, e nada foi feito até agora”, ressaltou.
O serralheiro Adeilton Lírio da Silva, 44 anos, diz que sofre com o vazamento. “Isso é um absurdo, pagamos mais de R$ 80 de esgoto para termos um serviço como esse, de péssima qualidade,” falou.
A concessionária Águas do Paraíba vai deslocar equipe ao local para verificar o que está, de fato, ocorrendo.
Outro problema lembrado pelos moradores é a demora do transporte coletivo. O comerciante Jonas Medanha, 63 anos, reclama diz que a situação nos finais de semana se agrava. “O transporte aqui é ruim demais. Os ônibus demoram a passar e quando passam, já estão lotados”, relatou.
O diretor de Departamento do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), Alexandre dos Santos, explicou que parte do bairro é atendida pela linha Calabouço e que a empresa de ônibus tem cumprido regularmente os horários. Ainda assim, em reunião na manhã desta segunda-feira (18), ele solicitou aos representantes da empresa para que ampliem os horários da linha para melhor atender o Presidente Vargas. Alexandre informou que o restante do bairro, nas proximidades da Carmem Carneiro, conta com ônibus que trafegam pela rodovia BR 101.

Coleta é feita, mas problema se repete
Os entulhos nas ruas são outro problema para os moradores. Na rua Expedicionário Armando Dias, o lixo foi retirado, porém os da avenida Antonio de Castro permanecem. “Este problema aqui não é de hoje. Nosso bairro precisa de maior atenção, no que diz respeito à infraestrutura, de modo geral. Este acúmulo de entulho causa má impressão ao Parque Presidente Vargas No entanto, a culpa se deve à falta de cuidados de alguns moradores, mas é preciso também atenção dos órgãos responsáveis”, explicou Rosana Soares, 34 anos.
Em nota, a subsecretaria de Postura, informou que, até sexta-feira, uma equipe de fiscalização realizará uma inspeção no bairro para levantar locais com entulhos e lixo.
A Vital estará mandando uma equipe ao local para verificar a reclamação, mas desde já informa que a equipe padrão passou pelo bairro no dia 8 deste mês retirando o entulho nas ruas e calçadas. A coleta normal acontece às terças, quintas e sábados pela manhã. A retirada pode ser agendada pelo telefone 0800-282-2695 (Alô Limpeza). O serviço é gratuito.

Violência assusta e ações preocupam
O aumento da violência no Parque Presidente Vargas tem gerado insegurança no dia a dia dos moradores. Muitos evitam deixar seus filhos nas ruas. "O número de assaltos aumentou nos últimos anos e fico me perguntando sobre o patrulhamento que, no meu modo de pensar, tem deixado a desejar. Não vemos quase patrulhamento aqui. Não confio em deixar meus filhos sozinhos brincando", destacou um morador que preferiu não se identificar.
Outra moradora disse que ações diárias da polícia inibem a presença de pessoas estranhas no bairro. “Com a polícia por perto, os delitos não são praticados e a gente se sente mais segura no bairro, principalmente à noite”, ressaltou.
A PM informa que existe o policiamento Ostensivo realizado por quatro rádio patrulhas e quatro moto patrulhas 24 horas por dia. Também são realizadas regularmente diversas operações na área visando coibir qualquer tipo de ilícito penal. Os moradores observando qualquer atitude suspeita ou anormal, devem entrar imediatamente com a Polícia Militar através do telefone 190.

Priscila Riscado
Genilson Pessanha

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