domingo, 22 de junho de 2014

Não passa na Globo e nem está nas páginas da VEJA: Trabalho de Cuba por refugiados é destacado

"O trabalho do Alto Comissionado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) em Cuba está respaldado pela solidariedade desta nação", assinalou neste sábado (21) o representante regional dessa organização, Fernando Protti.


UNRWA
Refugiados palestinos buscam ajuda humanitária enviada pela ONU no campo de refugiados de Yarmouk, na Síria, em janeiro de 2014.
   "Em poucas oportunidades em todo mundo se fala dos refugiados, que superam na actualidade 51 milhões de pessoas, cinco vezes a população cubana" comentou Protti durante conversa na sede da Associação Cubana das Nações Unidas.
   O encontro realizou-se nesta sexta-feira em ocasião dos 25 anos do escritório de Acnur na ilha, em coincidência com o Dia Internacional do Refugiado.
   "O trabalho de Acnur é humanitário, sem cor, política, nem raça, nem religião" sublinhou Protti e disse que é necessário combater as causas estruturais que provocam as deslocações forçadas das pessoas se não se seguirá o sofrimento que representa a condição de refugiado.
   Alberto de Aragón, coordenador de Acnur em Cuba assinalou que até a data se assistiram aqui mais de 11 mil refugiados de 35 nações, deles, uns oito mil receberam apoio para regressar a seus países, e os outros foram destinados a países terceiros.
   Aragón sublinhou entre os momentos mais destacados do trabalho do escritório cubano a repatriação a Namibia de 1 473 jovens que estudavam em Cuba em 1989, depois da independência dessa nação africana.
   "Entre 1991 e 1994 o abrigo na zona oriental do país de 4 500 haitianos, depois do golpe militar que depôs ao presidente Jean Bertrand Aristide, foi também um fato significativo de acordo com o operativo para a proteção e assistência humanitária" precisou.
   "Destacáveis resultam as escolas internacionais da Ilha da Juventude, ao sul desta capital nas que se educaram meninos e jovens namibios, angolanos, saarinos e sudaneses, entre outros" apontou.
   No início de 2014 tinha aqui 384 pessoas de oito nacionalidades registradas como refugiados, 93% por cento dos mesmos desfrutam de bolsas governamentais, principalmente na educação superior.
   Agregou que desde 1996 e até a atualidade se estabelecem em Cuba de forma espontânea e como turistas muitas pessoas que procuram proteção internacional.
   "Ainda quando Cuba não é signatária de tratados sobre refugiados e nem tem uma política de integração local para essas pessoas mais de 300 refugiados desfrutam de de proteção provisória com acesso aos serviços de saúde e educação antes de encontrar soluções duradouras para seu reassentamento" indicou.

Fonte: Agência Prensa Latina


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