terça-feira, 13 de setembro de 2011

PSD enfrenta problemas políticos e na Justiça Eleitoral


A relatora do pedido de registro do PSD no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Nancy Andrighi, negou na segunda-feira (12) recurso da legenda para apressar a tramitação do processo. O PSD queria que ela reconsiderasse decisão da última sexta-feira (9), quando deu mais dez dias para o Ministério Público Eleitoral (MPE) emitir parecer sobre o caso.

“Estou certa de que a Procuradoria-Geral Eleitoral manifestar-se-á com a costumeira precisão e celeridade, valendo-se do apurado senso de responsabilidade de que dispõe”, disse a relatora em sua decisão. O PSD só poderá concorrer nas eleições de 2012 se estiver com todo o processo aprovado até o dia 7 de outubro.

Na última sexta-feira, o MPE apresentou parecer no qual pediu novas diligências para apurar possíveis fraudes na coleta de assinatura para criação do PSD. A ministra negou o pedido, argumentando que o MPE não deixou claro como seriam feitas essas diligências.

Ao mesmo tempo, Nancy acatou o pedido alternativo do MPE para acrescentar dez dias de prazo, uma vez que vários documentos foram anexados ao processo enquanto o órgão analisava o caso.

Para o PSD, o prazo extra não era necessário porque a retirada dos autos para juntada de novos documentos levou apenas cinco horas. Também sustentou que o novo prazo abre possibilidade de “irreparável prejuízo ao partido político”.

A ministra tenta acalmar o partido, garantindo que a Justiça Eleitoral “observará rigorosamente os ditames legais na condução do processo para que não haja prejuízo a nenhum dos interessados”.

O PSD tem pressa. Sem o partido legalmente constituído, seu líder, o prefeito paulistano Gilberto Kassab, ficaria impossibilitado de apresentar uma candidatura à sua reeleição com a legenda que está criando e com reduzido poder de negociação.

Por outro lado, já são muitos os políticos egressos do DEM e de outras legendas de direita e centro-direita que estão compromissados a engrossar as fileiras do PSD. As razões variam e estão ligadas  às conveniências regionais e no plano nacional, dada a opção feita pelo novo partido de orbitar em torno do poder central, mas sem cortar o cordão umbilical com as correntes neoliberais e conservadoras, principalmente as do PSDB paulista.

No caso de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab divide os afazeres de alcaide com o de organizador partidário, tarefa na qual ainda não se decidiu se lança candidato próprio à sua sucessão ou se apoia alguém indicado pelo ex-candidato derrotado à Presidência da República, José Serra, do PSDB, seu mentor e padrinho político.

Para além das dificuldades para a obtenção do registro junto às autoridades do TSE, o partido de Kassab ainda tem que vencer muitas pendências jurídicas, porquanto muitos dos seus líderes nacionais e nos estados são processados em diferentes instâncias da Justiça.

Com informações das Agências



Isso, certamente, vai mexer com as eleições de Campos, pois um dos postulantes, deseja ser candidato pelo PSD e mesmo que o registro saia, terá sua construção de nominata prejudicada.

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