Há 99 anos, na pequena cidade de Exu, no sertão pernambucano, nascia um dos maiores ícones da música popular brasileira, Luiz Gonzaga. Ao lado de grandes parceiros de composição, como Humberto Teixeira e Zé Dantas, o Rei do Baião eternizou canções como Asa Branca, Assum Preto e A Triste Partida (esta última, um poema de Patativa do Assaré) e levou ao mundo a riqueza dos ritmos nordestinos.
Até o final de 2012, ano do centenário do
músico, devem acontecer diversas comemorações e homenagens em todo o
Brasil. Em Caruaru, cidade de Pernambuco conhecida como a capital do
forró, vários artistas farão um tributo a Gonzaga, que reunirá
sanfoneiros experientes e jovens aprendizes da Escola de Sanfona de Oito
Baixos.
Na cidade natal de Gonzagão, Exu, a festa começou ontem (12) e só deve terminar no domingo (18), reunindo cerimônias religiosas, mostras de cinema, apresentações culturais diversas e shows com sanfoneiros da região.
No Recife também vai ter festa. O Pátio de São Pedro vai receber a quarta edição do evento Parabéns pra Gonzagão, com shows na terça-feira (13), a partir das 20h.
A importância de Luiz Gonzaga deve-se à abrangência que sua obra teve - e tem - por todo o território brasileiro. Não há região no Brasil onde não se faça alguma música cujas origens não estejam no que Gonzaga disseminou pelo País a partir de 1946, quando começou o reinado do baião. São raros os compositores, surgidos depois de seu Lua, que não tenham em seu repertório um baião, um xote, um xaxado, alguns dos vários ritmos nordestinos estilizados e urbanizados por ele.
Luis Gonzaga retratou a vida do nordestino em suas letras. Temas como seca e religiosidade eram frequentes no trabalho de Gonzagão. A sua influência na cultura brasileira é tão grande que, em 2005, o presidente Luis Inácio Lula da Silva instituiu o Dia Nacional do Forró em homenagem ao nascimento do cantor. Desde então, todos anos são realizados eventos para marcar a data.
Com agências
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