O que o jornal não expõem são a destruição ambiental e a destruição da comunidade agrícola, todos juntos pelo desenvolvimento econômico, mas que venha junto com o desenvolvimento social e sustentável e acima de tudo com respeito ao ser humano.
Abaixo a reportagem
As obras de construção do Superporto do Açu, em São João da Barra,
fecham o ano com balanço positivo das atividades desenvolvidas. Desde o
início dos trabalhos, em 2007, até setembro de 2012, o empreendimento
recebeu R$ 3,15 bilhões em investimentos, do total estimado de R$ 4
bilhões. De acordo com o projeto, o por-to, com início de operação
previsto para 2013, será o terceiro maior do mundo e o mais importante
polo de apoio para a indústria de petróleo e gás do Brasil. Também
merecem destaque as obras da Unidade de Construção Naval do Açu (UCN), o
maior estaleiro das Américas.
O Superporto do Açu é um complexo portuário privativo de uso
misto, com dois terminais, um offshore e outro on-shore, em construção
no Norte Fluminense, próximo à área responsável por 85% da produção de
petróleo e gás do Brasil. Ele terá 17 km de píer e poderá receber até 47
embarcações. A previsão é que o Superporto do Açu movimente 350 milhões
de toneladas por ano, entre exportações e importações, com destaque
para o petróleo, o que o posiciona entre os três maiores complexos
portuários do mundo. O Superporto conta, hoje, com mais de sete mil
trabalhadores na construção do empreendimento.
— Através de sua localização estratégica na região sudeste,
acesso às principais ferrovias e rodovias, a apenas 150 km de distância
da Bacia de Campos e a 250 km da Bacia do Espírito Santo, responsáveis
por 90% da produção de petróleo no país, o Superporto do Açu é um centro
de convergência com características únicas, que representa um
diferencial para as empresas que lá decidirem se instalar — comentou
Marcus Berto, diretor presidente e de Relações com Investidores da LLX,
empresa responsável pelas obras do porto.
A empresa iniciou os testes de componentes de máquinas que estão
sendo instaladas na área do terminal de minério de ferro do TX1. Mais de
60% da montagem das máquinas que farão empilhamento, recuperação e
embarque de minério de ferro já foi executada. Os testes acontecem em
motores, redutores e partes móveis diversas dos equipamentos. Já estão
montadas duas empilhadeiras de minério, cada uma com aproximadamente 500
toneladas e capacidade de empilhamento de 3.400 toneladas por hora, e
uma recuperadora (98% instalada) pesando 1.250 toneladas e com
capacidade de movimentação de 10.000 ton/h de minério de ferro dos
pátios para o carregador de navios. Além disso, cerca de 50% dos
transportadores já estão instalados no empreendimento.
O transporte do minério de ferro que chega ao Superporto será
feito, do pátio de minério até o píer, através de correias
transportadoras. No total, 8,3 quilômetros de transportadores serão
instalados no empreendimento. Continuam os testes conhecidos como
comissionamento com as máquinas e equipamentos já montados. A previsão é
que a operação do terminal de minério de ferro seja iniciada em 2014.
TX2 — A expectativa maior para 2013 está no início da operação do
canal do TX2. Atu-almente, o canal está com 4,8 km de extensão, 200
metros de largura e 12,5 metros de pro-fundidade. A obra para construção
do quebra-mar foi ini-ciada em janeiro de 2012 e atu-almente o molhe
norte conta com 483 metros de extensão e o sul com 511 metros.
Empresas sinalizam interesse no portoA
LLX possui cerca de 60 memorandos de entendimento em negociação com
empresas que querem se instalar ou mo-vimentar cargas no Superporto do
Açu. Com a Ternium, Anglo American, assinatura de contrato com a empresa
NOV (que adquiriu a NKT Flexibles), para a instalação de uma unidade de
produção de tubos flexíveis para apoio à indústria offshore no
Superporto do Açu. A companhia também assinou contrato com a Technip
Brasil, para a instalação de unidade de produção de tubos flexíveis
tam-bém para apoiar a indústria offshore no porto. A LLX ainda assinou
contrato com a Inter-Moor, para a instalação de uma unidade que
oferecerá apoio logístico e serviços espe-cializados à indústria de óleo
e gás.
No final de maio de 2012, a LLX anunciou contrato com a SubSea 7,
para instalação de uma unidade para monta-gem e revestimentos de dutos
rígidos submarinos de grande extensão no Superporto. Em novembro de
2012, a empresa do Grupo EBX divulgou con-trato com a GE do Brasil, para
instalação de unidade no polo metalmecânico. E, neste mês de dezembro,
a LLX divulgou a assinatura do contrato com a V & M do Brasil S.A
para instalação de uma base logís-tica no empreendimento em São João da
Barra.
Unidade da OSX entra em operação em 2013O
ano de 2012 foi marcado, desde o início, por realizações para a OSX,
que em pouco mais de dois anos já opera a primeira unidade de produ-ção
de sua frota, o FPSO OSX-1, com eficiência operacional média de cerca de
99%. Já para a construção da UCN Açu, que avança e entra em operação no
primeiro trimestre do próximo ano, a OSX obteve o financiamento de R$
2,7 bi-lhões, além de um adicional de até R$ 1,5 bilhões do Fundo da
Marinha Mercante (FMM).
Com foco no desenvolvimento do setor como um to-do, o Instituto
Tecnológico Naval (ITN), que iniciou as ati-vidades em 2012, encerra o
ano com o treinamento e qualificação de cerca de mil pessoas. Dos
profissionais formados pelo Programa de Qualificação Profissional em
Construção Naval, realizado pelo Senai e pelo ITN, em Campos e São João
da Barra, foram contratados pela OSX 92 desses técnicos, que estão na
fase de desenvolvimento prático, para atuar no início da operação.
Para 2013, a OSX tem mais desafios pela frente. A UCN terá muitas
frentes de obras convivendo com as fases de implantação e operação do
maior estaleiro das Américas, simultaneamente. Além do início das
operações da UCN Açu, a OSX receberá os FPSOs OSX-2 e OSX-3, que
integrarão a frota.
Jane Ribeiro www.fmanha.com.br