O que o jornal não expõem são a destruição ambiental e a destruição da comunidade agrícola, todos juntos pelo desenvolvimento econômico, mas que venha junto com o desenvolvimento social e sustentável e acima de tudo com respeito ao ser humano.
Abaixo a reportagem
O Superporto do Açu é um complexo portuário privativo de uso misto, com dois terminais, um offshore e outro on-shore, em construção no Norte Fluminense, próximo à área responsável por 85% da produção de petróleo e gás do Brasil. Ele terá 17 km de píer e poderá receber até 47 embarcações. A previsão é que o Superporto do Açu movimente 350 milhões de toneladas por ano, entre exportações e importações, com destaque para o petróleo, o que o posiciona entre os três maiores complexos portuários do mundo. O Superporto conta, hoje, com mais de sete mil trabalhadores na construção do empreendimento.
— Através de sua localização estratégica na região sudeste, acesso às principais ferrovias e rodovias, a apenas 150 km de distância da Bacia de Campos e a 250 km da Bacia do Espírito Santo, responsáveis por 90% da produção de petróleo no país, o Superporto do Açu é um centro de convergência com características únicas, que representa um diferencial para as empresas que lá decidirem se instalar — comentou Marcus Berto, diretor presidente e de Relações com Investidores da LLX, empresa responsável pelas obras do porto.
A empresa iniciou os testes de componentes de máquinas que estão sendo instaladas na área do terminal de minério de ferro do TX1. Mais de 60% da montagem das máquinas que farão empilhamento, recuperação e embarque de minério de ferro já foi executada. Os testes acontecem em motores, redutores e partes móveis diversas dos equipamentos. Já estão montadas duas empilhadeiras de minério, cada uma com aproximadamente 500 toneladas e capacidade de empilhamento de 3.400 toneladas por hora, e uma recuperadora (98% instalada) pesando 1.250 toneladas e com capacidade de movimentação de 10.000 ton/h de minério de ferro dos pátios para o carregador de navios. Além disso, cerca de 50% dos transportadores já estão instalados no empreendimento.
O transporte do minério de ferro que chega ao Superporto será feito, do pátio de minério até o píer, através de correias transportadoras. No total, 8,3 quilômetros de transportadores serão instalados no empreendimento. Continuam os testes conhecidos como comissionamento com as máquinas e equipamentos já montados. A previsão é que a operação do terminal de minério de ferro seja iniciada em 2014.
TX2 — A expectativa maior para 2013 está no início da operação do canal do TX2. Atu-almente, o canal está com 4,8 km de extensão, 200 metros de largura e 12,5 metros de pro-fundidade. A obra para construção do quebra-mar foi ini-ciada em janeiro de 2012 e atu-almente o molhe norte conta com 483 metros de extensão e o sul com 511 metros.
Empresas sinalizam interesse no porto
A LLX possui cerca de 60 memorandos de entendimento em negociação com empresas que querem se instalar ou mo-vimentar cargas no Superporto do Açu. Com a Ternium, Anglo American, assinatura de contrato com a empresa NOV (que adquiriu a NKT Flexibles), para a instalação de uma unidade de produção de tubos flexíveis para apoio à indústria offshore no Superporto do Açu. A companhia também assinou contrato com a Technip Brasil, para a instalação de unidade de produção de tubos flexíveis tam-bém para apoiar a indústria offshore no porto. A LLX ainda assinou contrato com a Inter-Moor, para a instalação de uma unidade que oferecerá apoio logístico e serviços espe-cializados à indústria de óleo e gás.
No final de maio de 2012, a LLX anunciou contrato com a SubSea 7, para instalação de uma unidade para monta-gem e revestimentos de dutos rígidos submarinos de grande extensão no Superporto. Em novembro de 2012, a empresa do Grupo EBX divulgou con-trato com a GE do Brasil, para instalação de unidade no polo metalmecânico. E, neste mês de dezembro, a LLX divulgou a assinatura do contrato com a V & M do Brasil S.A para instalação de uma base logís-tica no empreendimento em São João da Barra.
Unidade da OSX entra em operação em 2013
O ano de 2012 foi marcado, desde o início, por realizações para a OSX, que em pouco mais de dois anos já opera a primeira unidade de produ-ção de sua frota, o FPSO OSX-1, com eficiência operacional média de cerca de 99%. Já para a construção da UCN Açu, que avança e entra em operação no primeiro trimestre do próximo ano, a OSX obteve o financiamento de R$ 2,7 bi-lhões, além de um adicional de até R$ 1,5 bilhões do Fundo da Marinha Mercante (FMM).
Com foco no desenvolvimento do setor como um to-do, o Instituto Tecnológico Naval (ITN), que iniciou as ati-vidades em 2012, encerra o ano com o treinamento e qualificação de cerca de mil pessoas. Dos profissionais formados pelo Programa de Qualificação Profissional em Construção Naval, realizado pelo Senai e pelo ITN, em Campos e São João da Barra, foram contratados pela OSX 92 desses técnicos, que estão na fase de desenvolvimento prático, para atuar no início da operação.
Para 2013, a OSX tem mais desafios pela frente. A UCN terá muitas frentes de obras convivendo com as fases de implantação e operação do maior estaleiro das Américas, simultaneamente. Além do início das operações da UCN Açu, a OSX receberá os FPSOs OSX-2 e OSX-3, que integrarão a frota.
Jane Ribeiro www.fmanha.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário