sábado, 5 de abril de 2014

Pacotes de bondades: Saúde pública municipal vai mal pra variar

A gente fica estarrecidos como a saúde está fundo do poço, atendimento demorado, conforto e respeito zero, a estrutura pública falida. Na estrutura privada que atende pelo SUS, quanto mais dinheiro dá a estes hospitais, mais piora o atendimento, a gente vê obras, mas o atendimento a população só piora, com longas filas, pessoas tendo que ir de madrugada para conseguir ficha, crianças, idosos e grávidas não importa o atendimento é péssimo.

Queremos royaltes com respeito!
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reportagem fmanha


A saúde em Campos continua sendo alvo de reclamações da população. Através do WhatsApp da Folha da Manhã (22-99208-7368), dois leitores apontaram problemas na área: Gabriel Pessanha apontou deficiências no PU da Saldanha Marinho e Danielle Batista falou sobre a secretaria municipal de Saúde e ainda sobre falta de medicamento. O WhatsApp da Folha está disponível para que os leitores possam enviar sugestões de pautas, fotos e vídeos para a redação do jornal. A prefeitura respondeu, elencando soluções que estão sendo tomadas. Não houve resposta, porém, no caso da secretaria de Saúde e falta de remédio.
De acordo com o leitor Gabriel Pessanha, ele estava acompanhando uma pessoa em atendimento no PU, quando constatou o “deplorável estado da estrutura física do local. Sangue no chão; poltronas rasgadas; ausência de garrote para a punção, sendo usada uma luva de procedimento no lugar; além do despreparo e falta de informação sobre a medicação dos pacientes”, reclamou, acrescentando: “um paciente teve que segurar um lixo contendo materiais contamináveis como seringas, algodões com sangue e outros lixos hospitalares para segurar e vomitar”, contou.
O leitor relatou também o estado precário da unidade de saúde. “As paredes estão caindo, são portas sem maçanetas, armários com medicações abertos, ralo aberto em meio ao corredor, local de lavar a mão sem uma lixeira para jogar os papéis-toalha, péssimo atendimento, péssima estrutura física, janelas quebradas, assentos sujos com restos de materiais que podem ser contaminantes”.
Outro problema foi o banheiro da secretaria de Saúde, mostrado pela leitora Danielle Batista: “O banheiro é uma pouca vergonha. Não tem papel e é imundo. Sem falar da falta de remédios. Não consigo pegar um remédio para meus pais desde novembro”, disse, informando ainda que o medicamento é Atorvastatina.
Na sexta-feira (4), no Hospital São José, em Goitacazes, na Baixada Campista uma leitora flagrou grandes filas, especialmente no setor de pediatria. Além disso, segundo ela, quem precisava apanhar algum medicamento na farmácia teve que enfrentar a chuva, já que não havia cobertura.
Unidades hospitalares passarão por obras
Em nota, a Prefeitura de Campos respondeu às queixas feitas por leitores: Sobre o PU da Saldanha Marinho, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que “está promovendo uma série de reformas, ampliações e construções de novas unidades. A situação da Unidade Pré-Hospitalar da Saldanha Marinho já foi verificada pela FMS, que enviou uma solicitação de projeto à secretaria de Obras para que seja orçada a reforma. Enquanto esse processo está em andamento uma equipe permanente de manutenção da FMS que promoveu reparos na UPH Farol, na UPH Santo Eduardo, no Hospital Geral de Guarus e está finalizando os reparos em outra unidade, será direcionada para a UPH Saldanha Marinho.
Em relação ao Hospital São José, informou que a unidade está sendo totalmente reformulada “para se tornar uma referência no atendimento na Baixada Campista, com os investimentos determinados pela prefeita Rosinha. A obra está orçada em R$ 6.457.995,89, englobando a construção de um novo prédio com dois pavimentos e a recuperação de toda estrutura onde atualmente funciona a unidade para melhor atender aos pacientes. Com esta obra, o problema de falta de cobertura externa para a farmácia, por exemplo, será corrigido”. A respeito das longas filas, disse que o pediatra de plantão teve de acompanhar a remoção de duas crianças — cujos casos eram graves — para o Hospital Ferreira Machado: “Por este motivo, durante um determinado período do dia, houve um atraso no atendimento dos demais pacientes”.


Suzy Monteiro
Foto: Gabriel Fernandes / leitor

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