quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Cuba celebra 55 anos da Revolução que inspira o mundo


Diversos países em todo o mundo acompanham Cuba na celebração do 55º aniversário da sua gloriosa Revolução, liderada por Fidel Castro e Che Guevara em 1959. Nesta quarta-feira (1º/01), um ato político na cidade de Santiago de Cuba, no leste da ilha caribenha, deve contar com a participação do presidente cubano, Raúl Castro.


Um intenso programa de atividades culturais e recreativas, desenhado pelo Ministério da Cultura de Cuba, se estenderá aos bairros e às comunidades de todo o país para celebrar a chegada do aniversário de 55 anos da Revolução. Segundo a imprensa local, cerca de 3.500 pessoas assistirão ao ato nacional, que será dedicado aos jovens e às mulheres

O líder revolucionário Fidel Castro, durante um discurso na Assembleia Nacional, em 21 de dezembro deste ano, felicitou “o nobre e heroico povo cubano”, pelo novo ano e pelos 55 anos de aniversário da Revolução, que “celebraremos em Santiago de Cuba, em 1º de janeiro”. 

O país também inicia o ano com a continuidade de desafios fundamentais, como o avanço do socialismo, com importantes reestruturações socioeconômicas na agenda, mas, principalmente, fazendo frente, em um processo histórico, ao imperialismo estadunidense, que impõe um cruel e criminoso embargo comercial, econômico e financeiro contra a ilha desde a Revolução.

As medidas imperialistas foram lançadas em 1960, quase dois anos depois de as forças revolucionárias derrubarem o ditador Fulgêncio Batista, respaldado pelos EUA. São definidas, principalmente, através de seis atos regulatórios, que incluem menções sobre o "comércio com o inimigo". 

Discurso vitorioso

O importante portal de notícias Cuba Debate divulgou, nesta quarta, o histórico discurso de vitória do comandante Fidel Castro, em 1º de janeiro de 1959, no Parque Céspedes de Santiago de Cuba, onde o líder afirma uma revolução com grande futuro.

Na ocasião, Fidel alertou o povo cubano sobre as dificuldades que se iniciavam e, apesar dos desafios postos, foi ovacionado pelo povo recém libertado da ditadura. “A Revolução começa agora, a Revolução não será uma tarefa fácil, será dura e cheia de perigos, sobretudo nesta etapa inicial”. 

      
       Fidel dá um discurso forte aos cubanos no dia da sua posse, em 1º de janeiro de 1959, com a vitória 
        revolucionária.


De acordo com o portal de notícias Prensa Latina, “Cuba comemora 55 anos em Revolução”, já que a derrubada do poder, em 1959, deu início a um longo processo de profundas transformações internas, que se desenvolvem ainda hoje. Além disso, o portal classificou a ilha como “o pequeno país com vocação internacionalista”.

Ressaltou os esforços do governo cubano em colaborar com outros países emergentes e com diversos governos progressistas. Destacou a importância da ilha caribenha durante a Guerra Fria, mantendo completo apoio e cooperação com a então União Soviética.

“O país que exporta médicos”, ao contrário dos Estados Unidos, que produz armamentos e guerras, Cuba envia profissionais da saúde para diversos países e tem um amplo programa de alfabetização de camponeses, que já foi implementado em 29 países. 

A vitoriosa Revolução cubana foi lembrada por diversos chefes de estado pelo mundo, entre eles o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que felicitou o presidente Raúl Castro pelo “aniversário de 55 anos do triunfo da Revolução e o Dia da liberação nacional”. Putin ainda destacou os progressos da ilha e sua perspectiva de realizar projetos conjuntos nas áreas energética, econômico-financeira, científico-financeira, cultural e humanitária. 

   Foto: EFE / Alejandro Ernesto
  
    Cuba prepara-se para celebrar o 55º aniversário da Revolução, nesta quarta (1º/01/2014).

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, também felicitou o aniversário. “Saudar o 55º aniversário de triunfo da Revolução Cubana é encontrarmos com nós mesmos. Nós, que tivemos o privilégio de viver estes dias extraordinários, sabemos valorizar também a luta, a resistência e a moral imutável de Fidel e de Raúl”, afirmou. 

O impulso histórico e a influência determinante da Revolução Cubana evidencia-se também nos últimos anos, com a profusão de governos progressistas na América Latina, que colocam no topo das suas agendas a justiça social e a igualdade. Antes disso, em outros continentes, as marcas deste marco histórico levaram combatentes heroicos à África, por exemplo, em apoio fundamental à sua luta pela descolonização contra as potências europeias.

A Revolução e o socialismo cubano continuam sendo pontos de referência histórica e estratégica na crítica ao sistema capitalista mundial, em crise estrutural e falência, na busca por alternativas de emancipação social, na luta anti-imperialista e na defesa das soberanias nacional e popular contra a opressão, externa e interna, na luta de classes e na solidariedade internacional entre os povos.

Por Mariana Serafini e Moara Crivelente, da redação do Vermelho
Com informações das agências.

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