domingo, 21 de julho de 2013

BA: Renato Rabelo participa do lançamento das teses do 13º Congresso


A militância da Bahia compareceu em peso ao lançamento das preparatórias para o 13º Congresso Nacional do PCdoB, neste sábado (20), que contou com a presença do presidente do Partido, Renato Rabelo. Durante a manhã, Renato falou sobre os eixos que vão nortear as discussões da base nas etapas municipais e estaduais, em preparação para a nacional, que ocorre em novembro.


Mesa de dirigentes comunistas baianos e o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo.
Os temas principais são o balanço dos 10 anos de governos Lula e Dilma e a avaliação e tendências da crise do sistema capitalista. O primeiro foi dividido em três partes: análise do decênio, a intervenção do PCdoB – que pela primeira vez assumiu cargos ao lado do governo federal – neste período e as perspectivas. Para o presidente, não é possível analisar simplesmente por analisar o papel do Partido Comunista do Brasil, mas para avaliar como prosseguir, tomando como base os objetivos traçados no programa construído anteriormente. Segundo ele, as discussões são uma atualização de tarefas.
 
 Eras Lula e Dilma
 
Rabelo destacou importantes conquistas das classes menos favorecidas, através dos programas sociais implantados pelos governos Lula e Dilma, que ajudaram 50 mil de brasileiros a ascenderem socialmente, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, entre outros. “Não podemos aceitar o discurso da direita conservadora de que a Era Lula foi de fachada, que só teve corrupção. Até porque ela está apoiada pela grande imprensa, que é a maior oposição do governo atualmente.”
 
De acordo com Rabelo, ela faz hoje o que fez na Era Vargas, só que mais agressiva, porque agora tem a televisão, que atinge milhões de pessoas simultaneamente. Sem contar que as redes de comunicação estão concentradas na mão de apenas sete famílias, todas conservadoras, que colocam as mídias e, consequentemente, o povo contra a presidenta Dilma Rousseff.
 
É preciso valorizar que as mudanças ao longo desses 10 anos foram direcionadas à base da pirâmide social, promovendo a mobilidade da sociedade. “Com Lula também que nasceu o diálogo com os movimentos sociais e foi aberto um canal de mediação constante com o povo”. Segundo o presidente do partido, este é o motivo de a elite conservadora estar tão incomodada.
 
 O PCdoB neste decênio
 
Rabelo ratificou que o Partido Comunista do Brasil é essencialmente internalista, patriótico, baseado no centralismo democrático, que tem lado e rumo, cujo objetivo é enfrentar o capitalismo para formar uma sociedade socialista. Com amplo programa de ações firmado em congressos anteriores, é hora de analisar o que se conseguiu efetivar desde então e as formas de atuação de agora em diante. Programa este explícito, vigente, que é referência para o PCdoB em todo o país.
 
Como pode ser conferido no Caderno das Teses, distribuído no evento, o PCdoB já seguia na direção da necessidade de uma reforma política, mesmo antes de começarem as manifestações de junho, que também trouxeram esta bandeira. “Temos consciência de que é preciso destravar e acelerar as mudanças para promover democracia e permitir o desenvolvimento do país.
 
No entanto, Renato ressalta que é necessário mais do que uma reforma política, mas uma reforma democrática, que inclui a estrutural urbana, a política propriamente dita, a da política macroeconômica e a tributária. “É preciso promover o progresso social”, complementa o presidente.
 
Segundo Rabelo, diante do novo quadro, essa história de núcleo de esquerda está ultrapassada. Agora, tem que ser criado um bloco, uma plataforma de esquerda, com todas as forças que comungam do mesmo objetivo, que é o desenvolvimento do Brasil a partir da democracia.
 
 A 3ª maior crise do capitalismo
 
O sistema capitalista está em crise há cinco anos, que  como consequência tem o agravamento da crise social e a fragilização da hegemonia dos Estados Unidos. “Temos que analisar o curso da geopolítica mundial em curso. A tendência é a multipolarização econômica”, expõe do presidente nacional. Para ele, esta realidade mundial precisa estar bem clara para os comunistas, já que o perfil do PCdoB é o combate ao capitalismo, reforçando o papel anti-imperialista, democrático”.
 

De Salvador,
Maiana Brito

sábado, 20 de julho de 2013

Celso Vicenzi: Como votou seu deputado?


Virou clichê dizer que “todos os políticos e partidos são iguais”. É essa também a impressão de uma grande parcela de cidadãos que aderiu às manifestações em todo o país. Para chegar a essa quase-certeza (ou certeza, para os mais convictos), houve a colaboração intensiva da mídia no dia a dia da cobertura política.

Por Celso Vicenzi* no Adital


É verdade que boa parte dos políticos tem contribuído para que essa percepção prevaleça. Mas esse sentimento quase unânime foi também habilmente construído pelos meios de comunicação. Pura e simplesmente por omissão, por sonegar informação ao leitor, ao radiouvinte, ao telespectador, ao internauta.

Não interessa aos donos da mídia dizer “quem é quem” no cenário político nacional, estadual e municipal. Por isso, com raríssimas exceções, a cobertura de votações importantes costuma trazer apenas o resultado, sem mencionar claramente como votaram os partidos, os vereadores, os deputados e os senadores. Pode-se alegar que, nos veículos impressos ou na TV, não há espaço e tempo para tanto detalhamento. Dependendo da importância do que está em votação, por que não? Em que manual está escrito que não pode? Depende de que tipo de jornalismo se queira fazer. Na mídia impressa, certamente há espaço –que não ocupa mais do que um parágrafo– para indicar pelo menos o voto dos partidos. Idem nas TVs e rádios. São informações que não deveriam ser omitidas, sob pena de a população nunca saber como votam os seus representantes nas questões mais essenciais. Quem tem feito esse papel, com as limitações evidentes de alcance, tem sido as redes sociais.

A diferença de posições ideológicas entre os partidos, apesar dos pesares, fica evidente, por exemplo, no caso recente da votação de uma Moção de Repúdio à espionagem norte-americana que acessou bilhões de emails, telefonemas e dados de empresas e cidadãos brasileiros, além do governo. A Moção foi apresentada pelo deputado José Guimarães (PT) e aprovada por 292 votos. No entanto, 86 deputados votaram contra e 12 se abstiveram de aprovar um documento que se posiciona em favor da soberania brasileira e pede uma solução internacional para a violação do direito à privacidade e do sigilo que envolve as relações entre empresas e países. Quem votou “sim” expressou também “concordância com as iniciativas destinadas a criar uma agência multilateral, no âmbito do sistema das Nações Unidas, para gerir e regulamentar a rede mundial de computadores, poderoso instrumento de uso compartilhado da humanidade”. E externou, ainda, “apreensão com a segurança do cidadão norte-americano Edward Snowden, que está refugiado, há dias, no aeroporto de Moscou”.

Certamente há razões para tantos parlamentares manifestarem-se contrários ou absterem-se de apoiar uma moção contrária à violação das leis internacionais, que o governo brasileiro –e outras nações– classificaram como muito grave. O que importa, no caso, não é discutir o mérito. Mas observar que os partidos identificados mais à esquerda votaram unânimes pela aprovação. Quando se identificam os votos, o eleitor tem a chance de saber quem de fato o representa.

Neste caso, dos partidos maiores, votaram unânimes pela Moção o PCdoB (11 votos), PDT (24 votos), PT (70 votos), PPS (9 votos), PRB (9 votos) e PV (8 votos). Foram acompanhados pelo voto uniforme de partidos menores como PEN (2 votos), PHS (1), PSL (1), Psol (2), PTdoB (2) e o voto do catarinense Jorge Boeira (sem partido). Votaram contra: DEM (16 dos 20 votos), PMDB (11 contra e uma abstenção, de um total de 64 votos), PMN (2 contra em 3 votos), PP (17 contra em 24 votos), PR (4 contra e uma abstenção, em 24 votos), PRP (um contra e um a favor), PSB (2 contra e uma abstenção, em 21 votos), PSC (8 contra em 10 votos), PSD (20 contra em 32 votos), PSDB (3 contra e 10 abstenções) e PTB (2 contra em 13 votos).

Se houvesse uma prestação de contas rotineira, certamente seria possível que uma parcela cada vez mais significativa da população compreendesse que, mesmo numa época em que as cores partidárias perderam muito da sua autenticidade programática, é possível, sim, perceber diferenças muito claras entre os partidos e os parlamentares.

Os brasileiros e brasileiras têm o direito de saber como votam os parlamentares. E a mídia do país tem o dever de mostrar. Se não o faz, é porque tem interesse em desinformar. E impedir que o cidadão identifique, com mais clareza, quem de fato o representa.

*Celso Vicenzi é ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Prêmio Esso de Ciência e Tecnologia, com passagens por rádio, TV e jornal.

CTB nacional realiza reunião da direção executiva em São Paulo


Executiva da CTB debate sobre conjuntura e aprova resolução política (No fundo, fala do presidente Wagner Gomes)

 


A 13ª Reunião da Direção Executiva da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) foi realizada nesta quinta-feira (18), em São Paulo, a última deste mandato, comandado por Wagner Gomes.


A reunião, que fez uma profunda análise de conjuntura e dos últimos acontecimentos - apresentada pelo assessor Umberto Martins - teve como objetivo deliberar sobre os encaminhamentos finais para a organização do 3º Congresso Nacional, que ocorrerá entre os dias 22 e 24 de agosto deste ano, no Anhembi, em São Paulo.

Umberto Martins (foto abaixo) fez uma retrospectiva dos protestos promovidos Brasil afora e de sua importância dentro da sociedade, quando mais de um milhão de pessoas, jovens em sua maioria, ocuparam as ruas do país ao longo dos últimos dias em atos de protesto cujo objetivo inicial era conquistar a redução das passagens ou transporte público de qualidade e gratuito.

Na opinião do assessor, as manifestações, em sua maioria espontâneas serviram para mostrar para o governo que o povo brasileiro quer avançar em reformas estruturais como saúde, educação, transporte, moradia, entre outras.

No entanto, ele alertou para a tentativa de manipulação dos grandes meios de comunicação, conhecidos como Partido da Imprensa Golpista (PIG), que não perdem a oportunidade de desvirtuar os protestos para desestabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff. "Eles tentam dar um sentido político reacionário com o objetivo de isolar e desmoralizar os partidos e organizações progressistas e desestabilizar o governo Dilma, abrindo caminho para o retrocesso neoliberal", destacou.

Martins também lembrou que a mídia também tentou desqualificar o Dia Nacional de Lutas, promovido no último dia 11 de julho pelas Centrais, com apoio dos movimentos sociais. "Como era de se esperar, a mídia, burguesa e golpista, procurou desqualificar o protesto sindical, que foi corretamente avaliado como um grande êxito pelas lideranças".

Após a exposição, os dirigentes contribuiram com opiniões sobre o tema e foram unânimes ao avaliar como justas e válidas as manifestações, com destaque para o Dia Nacional de Lutas, que tomou as ruas de todos os estados brasileiros. Os cetebistas também renovaram sua disposição de luta e mobilização para o próximo dia 06 de agosto, quando serão realizados novos protestos e o encaminhamento de uma possível greve geral para setembro.

Foro São Paulo

Durante o reunião, os dirigentes receberam a visita do coordenador do Foro São Paulo (FSP), Ronaldo Carmona, que passou para convidar os sindicalistas a participarem da 19º Encontro do FSP, que acontece entre os 31 de julho e 04 de agosto, em São Paulo. O FSP é um encontro de representantes de partidos políticos e de organizações não governamentais de esquerda da América Latina e Caribe.

De acordo com Carmona, o evento deve contar com as presenças do presidente Nicolás Maduro, responsável em dar prosseguimento às mudanças iniciadas por Hugo Chávez; e do presidente colobiano Evo Morales, que receberá a bandeira do encontro.

3º Congresso Nacional

Ao final, os dirigentes da CTB aprovaram uma Moção de Saudação a Nelson Mandela e os encaminhamentos para o 3º Congresso, que mobilizou todas as estaduais. Durante os últimos meses foram realizados encontros em todos os 25 estados brasileiros, que contaram com a participação de cerca de 4.000 delegados e delegadas, que escolheram seus representantes para a etapa nacional, que prevê em torno de 1.500 inscrições.

Para Wagner Gomes (acima), presidente da CTB, os encontros foram considerados vitoriosos e serviram para fortalecer e consolidar a Central, demonstrando a capacidade de organização e unidade entre central e sindicatos. “Foram encontros totalmente satisfatórios, que demonstraram o crescimento e respeito alcançado pela CTB em tão pouco tempo de vida”, afirmou.
 

O presidente da CTB aproveitou para agradecer ao apoio que recebeu nos últimos anos à frente da Central e desejar ao próximo presidente muitas vitórias para o conjunto da classe trabalhadora, e dos trabalhadores cetebistas.


Resolução política da Direção Executiva da CTB

O cenário político brasileiro mudou após as manifestações que sacudiram o país em junho, reunindo em seu auge, no dia 20, mais de um milhão de pessoas em dezenas de cidades, em sua maioria jovens trabalhadores e estudantes, que afluíram às ruas espontaneamente, à margem dos sindicatos, entidades estudantis e partidos políticos.

Os protestos contaram com amplo apoio do povo e da CTB e resultaram na redução dos preços das passagens em várias cidades. Mas a carência de uma direção firme e de uma pauta mais clara e definida abriu espaço para que forças de direita e extrema direita se infiltrassem no movimento com propósitos reacionários e golpistas.

Na ação orquestrada da direita neoliberal cumpre desatacar o comportamento da mídia burguesa, golpista e sempre muito hostil com os movimentos sociais, que inicialmente tomou posição contra as manifestações. Ao perceber a fragilidade das lideranças, mudou descaradamente de posição e passou a apoiar e convocar os atos, incitando o povo contra os movimentos sindicais e os partidos de esquerda.

Nas ruas, provocadores de extrema direita atuaram de forma organizada agredindo militantes de centrais sindicais e partidos políticos, provocando arruaça e vandalismo. O objetivo das forças reacionárias é desgastar e desestabilizar o governo Dilma de forma a interromper o ciclo de mudanças iniciado em 2003 e abrir caminho ao retrocesso neoliberal em 2014 ou, quem sabe, ao golpe militar. É preciso atentar para o contexto internacional de crise do capitalismo e de acirramento da luta política na América Latina, onde iniciativas golpistas foram observadas recentemente em vários países (Venezuela, Bolívia, Equador, Honduras e Paraguai), com apoio velado ou ostensivo do imperialismo estadunidense.

As centrais sindicais reagiram à conjuntura de forma unitária, em aliança com os movimentos sociais, realizando em 11 de julho uma grande manifestação nacional, com greve geral em várias cidades (como Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e Vitória) e atos nos 26 estados e no Distrito Federal. Foi uma intervenção organizada e consciente da classe trabalhadora, que agitou nas ruas suas bandeiras históricas (redução da jornada, fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias, não à terceirização, Convenção 158) e as reivindicações mais sentidas do nosso povo por mais investimentos no SUS, bem como na educação, em transporte público e reforma política.

Como era de se esperar, a mídia, burguesa e golpista, procurou desqualificar o protesto sindical, que foi avaliado como um grande êxito pelas lideranças. Novas manifestações serão realizadas e as centrais estão decididas a negociar com governo e patrões as reivindicações do movimento e realizar uma greve geral em setembro se as negociações não chegarem a bom termo.

A CTB orienta os sindicatos e entidades filiadas a ampliar a mobilização e conscientização das bases, debatendo a agenda da Conclat e dando atenção especial aos jovens trabalhadores, atraindo mentes e corações para a luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, democracia e soberania. A voz das ruas clama por saúde pública, transporte público, educação pública em contraposição aos interesses e serviços privados. Em poucas palavras, o povo brasileiro quer mais Estado e menos mercado.

A nação demanda a realização urgente de reformas estruturais, o plebiscito da reforma política, que deve ser orientada para reduzir a influência do poder econômico e da corrupção nas campanhas eleitorais e nas instituições; a reforma tributária progressiva, com taxação das grandes fortunas e das remessas de lucros e redução do IRPF e dos impostos indiretos; reforma da mídia visando a democratização dos meios de comunicação e o combate ao monopólio exercido por meia dúzia de famílias capitalistas; reforma agrária; reforma urbana; reforma educacional; reforma do Judiciário.
É indispensável ampliar a unidade das forças progressistas. A CTB propõe a instalação de um fórum nacional reunindo as centrais sindicais, os movimentos sociais e os partidos de esquerda com o objetivo de debater uma plataforma comum e realizar uma grande mobilização nacional para avançar nas mudanças, combater e desmascarar a direita e barrar o retrocesso neoliberal.

Vai ficando a cada dia mais claro que para contemplar os interesses populares será preciso mudar a política econômica. A CTB reitera a crítica à política monetária comandada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que na semana passada promoveu nova alta dos juros e anuncia, na ata divulgada quinta-feira (17), novas elevações, a pretexto de combater a inflação.

Aliada ao câmbio flutuante e ao superávit fiscal primário, tal política serve apenas aos interesses da oligarquia financeira e é um imenso obstáculo ao desenvolvimento nacional e à valorização do trabalho. É nosso dever continuar lutando e mobilizando a classe trabalhadora pela redução dos juros, o fim do superávit primário, o controle do câmbio e do fluxo de capitais, a taxação das remessas de lucros; mais investimentos públicos em saúde, educação e valorização do trabalho.

São Paulo, 17 de julho de 2013

Direção Executiva Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

Fonte: Portal CTB

Vladimir Maiakovski, poeta da revolução e da humanidade



19 de Julho de 2013 - 16h00
Maiakovski Maiakovski

Nesta sexta-feira (19) completa 120 anos do nascimento do grande poeta russo Vladimir Maiakovski. Em homenagem a esse grande poeta bolchevique, o Prosa Poesia e Arte publica o poema "E então, que queres?".


"E então, que queres?"

Fiz ranger as folhas de jornal
abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo
de cada fronteira distante
subiu um cheiro de pólvora
perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos
nada de novo há
no rugir das tempestades.

Não estamos alegres,
é certo,
mas também por que razão
haveríamos de ficar tristes?
O mar da história
é agitado.
As ameaças
e as guerras
havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio,
cortando-as
como uma quilha corta
as ondas."

Vladimir Maiakovski (1927).

terça-feira, 16 de julho de 2013

Organização internacional alerta sobre a guerra cibernética


O secretário-geral da União Internacional das Telecomunicações (UIT), Hamadoun Toure, ressaltou que a comunidade tem que buscar mecanismos de combate aos ataques virtuais. Toure chamou esse combate de “guerra cibernética”. A afirmação dele ocorre no momento em que o Brasil e o mundo discutem mecanismos de proteção a dados na internet após a divulgação as denúncias de espionagem por agências norte-americanas.


"Há uma 'ciberguerra' em curso”, disse Hamadoun Toure. "Tal como na guerra convencional, não há vencedores, só destruição", destacou ele, durante conferência em Genebra, na Suíça.

Segundo Toure, as consequências de uma “guerra cibernética” podem causar “enormes perdas financeiras ou mesmo o caos social”. De acordo com ele, os governos e as empresas mundiais têm que pensar em conjunto como enfrentar a ameaça. "Ninguém pode conseguir fazê-lo por si. Temos que mudar a mentalidade", disse.

Para Toure, na liderança do que considera uma guerra cibernética "não existem superpotências", uma vez que vírus e outros ataques podem ser desencadeados a baixos custos. "Temos que tratar o ciberespaço tal como tratamos o mundo real", ressaltou.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse na semana passada que o governo do Brasil pretende encaminhar a preocupação com o monitoramento de contatos eletrônicos e telefônicos às instâncias internacionais.

O chanceler quer recorrer à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na tentativa de definição de normas claras de comportamento para os países quanto à privacidade das comunicações dos cidadãos e a preservação da soberania dos demais Estados e também à União Internacional de Telecomunicações (UIT). Na UIT, Patriota pretende apelar para o aperfeiçoamento de regras multilaterais sobre segurança das telecomunicações.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa - Agência Brasil

CDM divulga registro raro da 7ª Conferência do PCdoB na Albânia


O Centro de Documentação e Memória (CDM), da Fundação Maurício Grabois, começa a divulgar as primeiras imagens do vídeo encontrado na Albânia, documentando a realização da 7ª Conferência do PCdoB, ocorrida em plena ditadura militar brasileira.


Entre 1978 e 1979 realizou-se a 7ª Conferência Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), na Albânia socialista. Ela representou uma grande vitória deste partido que havia sido duramente atingido pela repressão menos de dois anos antes, na chamada Chacina da Lapa.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Professores da rede municipal de Campos dos Goytacazes, uni-vos!

Recebi, hoje, uma mensagem de texto conclamando para luta por direitos trabalhistas, achei ótimo os colegas se manifestarem, é necessário resistir aos ataques aos nossos direitos, mas um aspecto do texto chamou atenção, transcrição do texto abaixo:

"Professores municipais chegou a hora de darmos um basta e lutarmos unidos pela nossa valorização profissional. Algumas de nossas propostas: aumento do piso salarial; 40% de regência; cumprimento da Lei federal11738/2008 que reduz a carga horária do professor em 1/3 para que ele possa planejar suas aulas fora da escola; Lei 5132/30 adicional de 3% anual e não por triênio para 40 horas de curso de capacitação; Inclusão de dependentes de Plano de Saúde.Estas são algumas de nossas propostas. Estamos aguardando a confirmação do local onde iremos realizar nossa assembléia. Seja um multiplicador. Envie essa mensagem ao maior número de professores da Rede Municipal. Estamos lutando pela valorização do professor, não somos de nenhum sindicato!"

Sabemos que a grande mídia e que a direita ávida de voltar ao poder tem insuflado a sociedade contra os movimentos sociais e partidos, mas digo com a mais absoluta certeza, que há uma necessidade de reconstruir estas ferramentas essenciais a democracia (partidos e sindicatos), sob pena de cairmos na esparrela da ditadura, o povo clama por reformas estruturais de cima a baixo! O povo clama por justiça!

Aspectos importantes que faltaram no texto: reformulação do plano de cargos e salários na qual incluam Assistentes Sociais, Psicólogos, Fonaudiólogos, Aux de Secretaria, Aux de Serviços e merendeiras; Eleições Diretas para Diretor e um aspecto importante transparência  para com os recursos da educação, principalmente agora que a prefeita resolveu unir a Educação com a Cultura e Esporte.

Abraços e vamos a luta!