quarta-feira, 17 de março de 2010

PCdoB-RJ convoca a militância para manifestação desta quarta

Em defesa do Rio

O Comitê estadual do PCdoB-RJ, reunido no dia 13, na sua sede, definiu que além de batalhar pelo fim da emenda Ibsen Pinheiro, participará ativamente da manifestação desta quarta (17), “contra a covardia, em defesa do Rio de Janeiro”, a partir das 16h, na Candelária.


O governo do estado já colocou em vários monumentos e prédios históricos da cidade faixas com os dizeres: Contra a Covardia. Em Defesa do Rio. O Cristo Redentor, no Corcovado, uma das sete maravilhas do mundo moderno e o ponto mais visitado do Rio, foi um dos primeiros a exibir a faixa.

Além do Cristo, outro ponto turístico aderiu à causa: o Teatro Municipal, na Cinelândia, exibe a faixa em sua fachada. Vizinha ao teatro, a Câmara de Vereadores também protesta contra a decisão dos deputados federais.

No Centro do Rio, aderiram ao movimento ainda a Assembléia Legislativa, o Tribunal de Justiça, o Teatro João Caetano, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o Centro Administrativo do Governo do Estado (Banerjão), o Museu da Imagem e do Som (MIS) e a Casa França-Brasil. Espalhados pela cidade outros prédios mostram ou mostrarão a faixa: a sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, o Maracanã, no bairro do mesmo nome, a Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, e o Palácio Guanabara, em Laranjeiras.

Golpe federativo

Após assistir à votação na Câmara dos Deputados, o governador Sérgio Cabral classificou como “o maior massacre da história federativa do país”, o resultado de 369 votos a favor a 72 contra. A emenda prejudica a receita dos estados produtores de petróleo: São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. No Rio, o prejuízo será de cerca de R$ 7 bilhões, sendo R$ 2 bilhões para os municípios e R$ 5 bilhões para o estado.

O deputado federal Edmilson Valentim (PCdoB-RJ) classificou a emenda como um golpe federativo. “Na história do país, nunca retiraram recursos já previstos, de um ente da federação de forma tão violenta, como a que estamos vendo”, lembrou o deputado.

O governador acredita no veto do presidente Lula, se a emenda for aprovada pelo Congresso – da Câmara ela vai agora para o Senado. No entanto, mesmo que a emenda seja proclamada, o estado irá entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal, e poderá ser anulada daqui a dois anos, quando acaba o prazo de carência dado pelo tribunal após derrubar o critério de distribuição de recursos federais para estados e municípios que regula o FPE.

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