sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Sindicato prevê 100 mil demissões na construção civil

Os últimos três meses do ano não serão de boas notícias para os trabalhadores da construção civil. O Sindicato da categoria em São Paulo (Sintracon) calcula que 100 mil funcionários do setor devem perder o emprego.O presidente da entidade, Antonio de Souza Ramalho, afirmou que cálculos feitos pelos técnicos do sindicato revelam que construtoras e outras empresas do ramo, que empregavam até o mês de outubro 2,1 milhões de pessoas, devem chegar ao fim do ano tendo dispensado 4,7% dos seus trabalhadores, o que perfaz quase 100 mil trabalhadores."Notamos um aumento muito grande no número de demissões homologadas pelo sindicato desde a segunda semana de outubro", afirmou Ramalho, citando que o número de homologações de demissão realizadas pelo sindicato praticamente triplicou desde a segunda quinzena de outubro. De acordo com ele, o final do ano, tradicionalmente, é um período de demissões devido à maior freqüência de chuvas e a conseqüente redução no ritmo de execução das obras.Neste ano, contudo, a crise financeira tem levado ao cancelamento de novos projetos e motivado a dispensa principalmente na área de administração. "O pessoal da obra não sofre tanto, pois há muita coisa por acabar", complementou. "O pessoal que trabalha com os projetos, porém, está com o emprego mais comprometido", disse Ramalho.Em entrevista coletiva, o diretor econômico do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Eduardo Zaidan, confirmou o período sazonal de demissões, mas preferiu não fazer estimativas de quantos trabalhadores serão dispensados. "Posso falar sobre a tendência [de demissões], mas não posso falar de números", disse ele, quando questionado sobre a quantidade de dispensas. Zaidan disse, entretanto, que o setor -maior gerador de emprego do País em 2008- deve retomar seu nível de emprego no início de 2009, com a normalização do trabalho nas obras. "As obras que já foram iniciadas terão de ser entregues."

Fonte: DCI

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