domingo, 1 de setembro de 2013

A MEDICINA DE MERCADO PERDEU O JOGO – VITÓRIA DO POVO!

Como se esperava toda gritaria seria dissolvida na necessidade de atenção que o povo tanto precisa no atendimento à saúde. Fora mercenários anestesiados, proselitistas do acúmulo financeiro e suas mazelas provenientes das indústrias da doença. Vocês que alimentam os grandes laboratórios de medicamentos e todo cartel da produção de equipamentos hospitalares e afins. 


Que venham os médicos estrangeiros aos milhares pois o julgo da formação é fachada de fuga aos desesperados pelo lucro cumulativo nas consultas de alto custo e suas forjadas complexidades. Pois:

(?!) - Quem não sabe que estes dois anos acrescidos na formação que julgam fazer tanta diferença, mata centenas de pacientes por mês em hospitais pelo Brasil, tanto por abandono como por erros na aplicação de medicamentos de médicos plantonistas?

(?!) - Quem não sabe dos acúmulos de processos judiciais visando indenizações provenientes das centenas de mutilados por procedimentos cirúrgicos mal realizados?

(?!) - Quem não sabe que 90 % dos recém formados precisam de manuais ao lado da mesa para atender o paciente quando entra para consulta? 

(?!) - Quem não percebe que os médicos formados no Brasil mesmo com mais de 7 mil horas de estudos saem mal preparados porque a medicina passou alimentar um mercado de certificados por quem pode pagar? 

(?!) - Quem já não sentiu na pele o atendimento 'porco e desleixado' em algum hospital ou unidade de saúde aqui no Brasil, dos grandes centros ao lugar mais distante? 

(?!) Quem nunca ouviu falar ou sentiu na pele os inúmeros relatos de MÉDICOS BRASILEIROS pagos pelo SUS que abandonam o atendimento em Pronto Socorros, Unidades de Saúde no meio do expediente? Acrescente-se a isso, as centenas de vezes que nem aparecem para atender os pacientes mesmo remunerados para este fim. 

(?!) - Quem nunca ouviu falar ou sentiu na pele o suborno de um médico que ao realizar cirurgias pelo SUS, cobra acréscimos e subsídios financeiros do paciente como forma de garantir o atendimento?

(?!) - Quem não sabe que a desculpa de que o médico precisa falar bem o português é uma grande falácia, quando a grande maioria dos médicos Brasileiros poucos conversam com o paciente nas consultas, e as vezes nem olha na cara?

(?!) - Quem? Quem? Quem? Quem? Quem? Quem? ?????????

Todo e qualquer discurso com o propósito de desqualificar profissionais provindos de outros países é 'Xenofobia Corporativa', por parte de entidades como CRM, CFM, CNM (e o escambau), e todo sistema de convênios. Até porque, se a formação realmente fosse o grande diferencial entre os formados no Brasil e os estrangeiros teríamos centenas de brasileiros entre os médicos premiados anualmente, mas nem nas revistas internas de ciência o temos. 

Por fim coloquem seus jalecos, façam a maquiagem da cara limpa e vão pro trabalho em seus consultórios particulares como foi o propósito de vossa formação, que os preparou para sustentar a indústria da doença. Pois os médicos da família provindos de outros países vão fazer o que rege os princípios universais de direito a vida, acesso as políticas públicas e o contido no vosso juramento de Hipócrates: 

''Prometo que, ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra. Nunca me servirei da minha profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu para sempre a minha vida e a minha arte com boa reputação entre os homens; se o infringir ou dele afastar-me, suceda-me o contrário.''

Quem venham aos milhares os “MÉDICOS” de outros países, porque no Brasil todo "Bacharel em Medicina" adora colocar o DR (Doutor) antes do nome. - Sim, eu escrevi ''Bacharel em Medicina'' porque o termo 'Diploma Médico' é conceito corporativista! Embora eu acredite que pra ficar mais completa a formação também se poderia acrescentar a sigla 'PH' Pura Hipocrisia e assim estaria completa a formação!

*Neuri Adilio Alves
Professor de Filosofia e Antropologia

CARTA AOS COLEGAS PROFESSORES: Quem luta pela democracia, pela justiça e pela igualdade social, pensa em educação.

Quem luta pela democracia, pela justiça e pela igualdade social, pensa em educação.



No dia 30 de agosto de 2013 os profissionais de educação deram um importante passo para a melhoria da educação e das condições salariais e de trabalho, foi uma demonstração de que os profissionais de educação estão dispostos a lutar.
A CTB nos seus 05(cinco) anos se coloca em defesa da educação e escola pública e dos direitos dos profissionais de educação, apoiamos, que os royaltes do petróleo sejam disponibilizados para educação, bem como, nos colocamos na luta pelos 10% do PIB do Brasil sejam para educação, para que seja dado impulso a um projeto de desenvolvimento nacional que priorize o trabalho e a classe trabalhadora.
Neste dia 30, outro importante momento, foi a incorporação do SEPE ao movimento dos professores da rede pública municipal. A luta não é só dos professores, outros profissionais de educação são explorados, os servidores municipais estão abandonados e os principais espaços do serviço público, sendo ocupados por contratados e DAS que não tem o compromisso com o serviço público, deixando o serviço publico municipal cada vez mais opaco, escondendo as mazelas que levam prejuízos a toda população.
Para nós, da CTB, está muito claro que os GAROTINHOS, não tem investido na educação e no serviço público, a prefeita, desde o primeiro dia de mandato vem trabalhando, junto com os que a apoiam, pelo sucateamento da educação e de todo serviço público com precarização do trabalho (empresas terceirizadas e REDA), terceirizações de veículos (GAP) com sucateamento da frota da prefeitura, fim do antigo triturador, enfim, uma série de ações que privilegia aqueles que a apoiaram, mas trazem sérios prejuízos a administração pública.
A prefeita no dia 21 de agosto teve seu projeto de gratificação para professores aprovado na Câmara de Vereadores para os que atingirem as metas do IDEB, projeto este, que demonstra o caráter, ou falta deste, do governo, que coloca a responsabilidade, mais uma vez, nos professores e o mais perverso nas crianças das escolas municipais.
A CTB, assim como, o SEPE se colocam contra a gratificações este é o mesmo modelo da NOVA ESCOLA implantado por ela no Estado, a gratificação não traz garantia ao trabalhador, o que precisamos para avançar nas metas é melhores salários, respeito, condições de trabalho e investimento na escola pública com transparência na gestão.


Nossas bandeiras:

  • Contra gratificações e pela incorporação de direitos ao salário-base valorizando os profissionais de educação;
  • Revisão do Plano de Cargos e Salários, inclusive, com a incorporação dos funcionários administrativos, apoio, assistentes sociais, fonoaudiólogos, Psicólogos;
  • Eleição direta para diretor sem lista tríplice, respeitando a vontade da comunidade escolar;
  • NÃO ao assédio moral;
  • Cumprimento, imediato, dos 1/3 de carga horária;
  • Pela bandeira, histórica, do SEPE de PISO SALARIAL de 05 salários mínimos para professor e de 3,5 para funcionários administrativos e apoio;
  • Concurso público para professores, auxiliares de creche, administrativos e apoio;
  • Concurso públicos para diversas áreas das demais secretarias municipais, para que haja o retorno dos professores, assistentes sociais, fonoaudiólogos, psicólogos e administrativos da educação para as escolas;
  • Reabertura das escolas do campo;
  • Construção de escolas e creches confortáveis, com acessibilidade, climatizadas, com espaço para brincar e para praticas esportivas respeitando as crianças e os profissionais que nela atuam;
  • Reforma e adaptação de escolas e creches para que se torne confortáveis, com acessibilidade, climatizadas, com espaço para brincar e para praticas esportivas respeitando as crianças e os profissionais que nela atuam;
  • Revalidação do Vale Educação;
  • Promoção funcional por curso SMECE, de 120h para 40h, caindo de 15 anos para 05 anos.






UM FORTE ABRAÇO

PROFESSOR MARCELO SOARES
PROFESSOR DO 1° ao 5°
DIRETOR DA CTB/RJ





GRITOS DOS EXCLUÍDOS
DIA 07/09 – SÁBADO

NO CEPOP

VAMOS LÁ! VAMOS COBRAR NOSSOS DIREITOS, E LUTAR POR UM BRASIL MELHOR!










Vai com Deus: Cabral deixará o governo junto com quase todos secretários


Um desembarque coletivo marcará a saída de Sérgio Cabral do governo, prevista para o dia 31 de dezembro. Além dele, quase todos os secretários estaduais deixarão seus cargos — apesar do desgaste acumulado nos últimos meses, José Mariano Beltrame, por exemplo, deverá continuar a cuidar da segurança pública.
A troca de equipe é para marcar o que o PMDB classifica de primeiro ano da gestão de Pezão. O atual vice, pré-candidato à eleição para o governo, teria liberdade para montar seu secretariado e dar à população uma mostra de seu estilo.
images (2)
Um desembarque coletivo marcará a saída de Sérgio Cabral do governo, prevista para o dia 31 de dezembro. Além dele, quase todos os secretários estaduais deixarão seus cargos — apesar do desgaste acumulado nos últimos meses, José Mariano Beltrame, por exemplo, deverá continuar a cuidar da segurança pública.
A troca de equipe é para marcar o que o PMDB classifica de primeiro ano da gestão de Pezão. O atual vice, pré-candidato à eleição para o governo, teria liberdade para montar seu secretariado e dar à população uma mostra de seu estilo.
Fonte: O Dia (Fernando Molica)

Tudo bem na Planície Goytacá: À espera de exame há um ano


“Estive na Beneficência Portuguesa há cerca de um ano para fazer uma ultrassonografia ocular, e me disseram que não estava tendo marcação. Tenho voltado há cerca de três meses, e depois de muito reclamar, me disseram que o aparelho está quebrado, consertando em São Paulo”. O relato é da aposentada Venina Oliveira Alves, 73 anos, que teve uma catarata diagnosticada, e está impossibilitada, pela falta de exame, de saber se vai operar.
Ela contou que já perdeu praticamente toda a visão esquerda. “Antes ainda via uma sombra, agora essa sombra está cada dia mais fraca, e a vista direita também está ficando ruim. O médico, que é muito atencioso, ainda não sabe dizer se verei novamente, talvez tenha que operar. Nas primeiras vezes ele me dava o encaminhamento com data, eu ia ao hospital mesmo com dificuldades pra me locomover, ficava esperando, e não me atendiam. Marcavam nova da-ta, e era a mesma coisa. Até que me estressei, e começaram a dar o encaminhamento sem data, e agora telefono toda semana pra saber se já consertaram o aparelho. A resposta é sempre a mesma: não”, disse. 
A Beneficência Portuguesa é a única unidade em Campos onde o exame de ultrasson ocular é oferecido, através de convênio com a prefeitura.
A secretaria de Comunicação informou que a Prefeitura de Campos, através da secretaria de Saúde, contrata o serviço, mas o hospital é responsável pela manutenção e conserto de equipamentos. “O Serviço de Oftalmologia da Beneficência faz parte da Rede Estadual, sendo a única referência para procedimentos de média e alta complexidade no Norte e Noroeste. A regulação da rede é feita pelo Estado, o município realizou um processo de auditoria e encaminhou a notificação ao Estado para buscar alternativas na rede SUS. Na semana que vem, o hospital dará à secretaria de Saúde uma previsão de retorno do aparelho para que o atendimento possa ser regularizado”.
Bruno Almeida
Foto: Valmir Oliveira

Ricardo Kotscho: PIB é um cala-boca nos pessimistas


Esta não é apenas uma boa notícia, como há tempos vinha procurando, é ótima: para calar a boca dos pessimistas (eu mesmo às vezes sou acometido por esta síndrome), o IBGE anunciou nesta sexta-feira que a economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano, bem acima da taxa registrada nos Estados Unidos, que ficou em 0,6%, e em outros países.

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho


Escrevo apenas para registrar uma consequência importante: este número pode animar os investidores daqui e de fora, o principal entrave da economia brasileira no momento, que afeta todos os outros índices. Criou-se um clima de fim de feira que desanimou muita gente, como se o Brasil não tivesse condições de recuperar os níveis de crescimento registrados até 2010 que chamaram a atenção do mundo e atraíram novos investidores.

A economia não é feita só de números, eu sei, mas também do humor de quem decide como e onde aplicar o seu dinheiro. Por aqui, este humor andava péssimo. Após a leitura do noticiário da nova e da velha mídia dava até vontade de desistir e nem sair de casa. Agora, nem parece tão utópica a previsão de um crescimento de 4% no próximo ano feita nesta semana pelo ministro da Fazenda Guido Mantega.

Depois de tantas más notícias e trapalhadas em diferentes áreas, a semana não poderia terminar melhor para o governo porque, depois de nove trimestres consecutivos de crescimento abaixo de 1%, o Brasil inverte os sinais, o que certamente refletirá também no campo político, tornando menos indócil a tal da base aliada.

Para se ter uma ideia do que mudou, surpreendendo todos os analistas e comentaristas econômicos, em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 3,3%. Claro que não faltarão abutres para prever que estes números não representam uma nova tendência e podem não ser confirmados no próximo trimestre. Afinal, toda notícia boa por aqui sempre vem acompanhada de um inevitável "mas...".

Uma coisa é certa: o nosso País sempre nos surpreende, para o bem ou para o mal. O Brasil, positivamente, não obedece às regras dos velhos manuais.


Mostra em São Paulo tem ilustrações de Dalí para A Divina Comédia


Com 100 gravuras, a exposição Dalí: A Divina Comédia apresenta o encontro do pintor surrealista espanhol com a obra do poeta italiano Dante Alighieri. A mostra, aberta neste sábado (31) na Caixa Cultural, traz as gravuras que Salvador Dalí fez na década de 60 do século passado para ilustrar uma edição comemorativa da obra A Divina Comédia, lembrando os 700 anos de nascimento de Dante Alighieri. As obras chegaram a São Paulo depois de passar pelo Rio de Janeiro, por Curitiba e pelo Recife.


O trabalho começou como uma encomenda do governo italiano. No entanto, mesmo após a desistência do pedido, o artista continuou elaborando as ilustrações. “Ele ficou cativado pela figura de Dante e pela importância que tem A Divina Comédia no contexto da cultura ocidental. E se sentiu também desafiado pela possibilidade de poder ilustrar a obra, assim como tantos outros artistas anteriores a ele tinham tentado”, diz a curadora da exposição, Ana Rodrigues.

Cada uma das gravuras corresponde a um dos 100 cantos da obra, respeitando a divisão original: Paraíso, Purgatório e Inferno. No poema, Dante desce ao submundo para resgatar sua amada Beatriz, sendo guiado pelo poeta Virgílio. A curadora Ana Rodrigues destaca que os três tempos da obra ilustrados por Dalí refletem momentos diferentes da carreira do pintor. “A parte do inferno é a que tem mais referências a todo o mundo onírico, ao universo surrealista de Dalí. É o espaço onde ele coloca todos os medos, os pesadelos, as angústias do ser humano.”

A primeira imagem do purgatório foi escolhida como símbolo da exposição. Nela, um anjo olha para gavetas que se abrem em seu corpo. “Explorando o seu interior, o mundo subconsciente ao qual Dalí tanto se refere”, explica Ana. A figura é um bom exemplo de como o pintor espanhol pensou a dimensão intermediária entre o paraíso e o inferno.

“Como espaço de transição, ele vai colocar [no purgatório] as dúvidas do homem, vários elementos simbólicos que vão identificar sua iconografia, as muletas, as cabeças, os corpos moles”, detalha a curadora.

Nas 33 gravuras que compõem o canto Paraíso, é possível encontrar traços da fase mística de Dalí. “Temos imagens mais calmas, serenas, equilibradas e que remetem também a uma fase importante do trabalho de Dalí, na qual ele se refugia no misticismo e nas imagens religiosas para expressar o seu estado de espírito”.

Fonte: Agência Brasil


Irlan Simões: A anatomia da elitização dos estádios


Há décadas se institucionalizou um preconceito de classe brutal dentro dos estádios de futebol, e só após a instauração de uma verdadeira barbárie o debate da elitização do seu público parece ter vindo à tona de fato.

Por Irlan Simões, no Diário da Liberdade


Colunistas esportivos, estudioso e não-estudiosos do futebol, gente que discute cultura em diversos aspectos e até jogadores já expressaram sua preocupação com esse assunto. Antes tarde do que nunca.

A verdade é que um bom número de torcedores já havia se antecipado ao problema, só não ganhou a devida atenção. Até certo ponto isolados, e tentando sempre alertar os companheiros de luta, algumas experiências de organizações supraclubística de torcedores já denunciavam a elitização dos estádios antes do início das demolições das clássicas praças desportivas.

Hoje, em curso e com efeitos devastadores, essa pauta caiu na boca do povo e começa a ser disputada, inclusive, da parte daqueles que a promovem.

A elitização dos estádios brasileiros expõe aspectos claríssimos da nossa formação enquanto povo. Uma fenda abissal que parece dividir aqueles que tem direitos e aqueles que não tem.

Basta lembrar da jornalista que falou "coitado dos brasileiros" ao desqualificar uma médica cubana por ter "cara de empregada". É essa mesma "ideologia", que transferida ao futebol, aponta que o público deve ser elitizado através do encarecimento dos ingressos "porque sim, e pronto".

Veja o que fazem os "especialistas de gestão e marketing do futebol" (EGMF), dessa perspectiva. Como um ciclo viciosos, algumas etapas se complementam e seguem se repetindo desde o início dos anos 1990.

No primeiro momento inventam os mais variados salamaleques para garantir que suas propostas de mercantilização do futebol sejam tornadas unanimidades aos olhos dos leigos. São as pesquisas de mercado, as planilhas e os balanços e projeções, o exemplo ideal inglês etc.

No segundo momento se eximem de qualquer culpa por uma estagnação - ou pior, um retrocesso - do futebol dentro dos próprios termos que planejaram, com estádios cada vez mais vazios, atletas sem talento e jogos ruins. É assim porque a ideia de um EGMF é que não existem torcedores de clubes, mas uma massa homogênea de consumidores do futebol, seja ele qual for.

O terceiro momento, claro que não poderia faltar, é o apontamento de culpas. A violência das Torcidas Organizadas, a falta de profissionalização dos dirigentes, a teimosia dos clubes em não se tornar empresa... Tudo se torna uma causa, menos a ideologia do futebol mercado que não funciona no mundo real brasileiro.

Pelo contrário. No fim das contas, o que se vê é que só se repetem seus efeitos catastróficos, e de soluções tão óbvias, sem culpados, senão os bode expiatórios de sempre.

O caso recente da redução do valor dos ingressos do São Paulo Futebol Clube é elucidativo. Objeto de críticas dos EMGF e de outros exemplares de defensores do futebol-negócio, o clube nos brindou com um exemplo que, caso não vire o jogo temporariamente, por servir de arma numa batalha que será longa.

Numa das piores campanhas de sua história em campeonatos nacionais, o São Paulo colocou nada menos que 55 mil torcedores em sua casa. O motivo foi o baixo valor dos ingressos, num horário adequado para ir ao estádio: a tarde ensolarada de um domingo, horário predileto de todo e qualquer perfil de torcedor de futebol.

Para piorar o choque dos especialistas, a renda do jogo foi amplamente superior ao que o São Paulo vinha colocando com frequência no Morumbi. Como é surpreendente essa tal de lógica, não é mesmo?

Diante disso, não há como não pensar que a ideologia do marketing tem um lema muito claro: "O mundo está repleto de idiotas, que devem dar seu dinheiro para seres superiores que somos nós, os marqueteiros".

Fonte: Diário Liberdade