Por Aluysio, em 06-09-2013 - 17h26
Aqui, no jornal virtual “O Campista”, o professor de história e escritor gaúcho, mas campista por opção, Cristiano Pluhar, deu seu testemunho sobre como a estrutura municipal da cultura de Campos. Para quem quiser saber, na visão de quem veio de fora, como (não) funciona por dentro a cultura centralizada pela prefeita Rosinha na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), necessária a leitura do texto que o blog pede a devida licença para republicar abaixo. Já para saber melhor quem é o Cristiano, basta conferir aqui a boa matéria publicada com ele na Folha Dois, feita pela jornalista e blogueira Luciana Portinho.
Caros leitores,
a imprensa, no presente, discute fervorosamente a debilidade das ações — ou falta delas – culturais nos Campos dos Goytacazes. As personalidades políticas responsáveis, respondem as críticas através de discursos tolos recheados de comparativos — citando shows — e enaltecedores de um Governo Populista.
Entre Abril de 2009 — tempos do grande amigo Avelino Ferreira — e Novembro de 2012, trabalhei no Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, onde publiquei dois livros sobre a História dos Campos dos Goytacazes — “Campos Capital? Os interesses econômicos e políticos distantes do povo”, 2010 e, juntamente com José Victor Nogueira Barreto, “O preconceito estampado”, 2011. Em Abril de 2012, fui transferido – por questões ignóbeis e personalistas — para auxiliar na fundação do Museu Histórico de Campos dos Goytacazes — onde, juntamente, com Alba Vieira, construí o circuito expositivo “Campos dos Goytacazes através dos tempos”.
A mudança proporcionou minha transferência de uma empresa terceirizada para o Regime Especial de Direito Administrativo — Reda. O mesmo foi interrompido pelo STF, em 31 de Agosto de 2012 e a Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes perdeu todas as tentativas de reversão do caso.
Na esperança ingênua de mudança, trabalhei durante três meses, gratuitamente no Museu — a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima é a responsável pela instituição —, contando com a palavra da Presidente Patrícia Cordeiro, dirigida em reunião realizada no CEPOP que garantia o pagamento aos trabalhadores.
Adquiri uma dívida de quase R$ 6mil que perdura até hoje.
Com a reeleição da Prefeita Rosinha Garotinho, garantiram — a FCJOL — que haveria a recontratação de todos os funcionários.
Apenas um trabalhador não foi chamado: eu.
A razão, desmentida pela Presidente da FCJOL, foi algum comentário que postei não sei se no Facebook, no site www.historiasdoscampos.com.br ou… Na verdade, nem sei qual é o comentário.
Deixo claro que não compactuo com as ações políticas da família. Todavia, independente, aproveitei o espaço cultural para promover a História regional.
Hoje, meu nome é repudiado pela FCJOL e por pessoas “amigas” que se afastaram por receio de perseguição.
Fato comum na Gestão presente.
Bem, após breve explanação, foco na atuação dos órgãos subordinados da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima.
O Museu Histórico de Campos dos Goytacazes serve à realização de eventos espaçados e exposições políticas que inflam o ego da Presidente. Muitos gritos — quando há contrariedade — ameaçam. Trabalhadores de uma empresa terceirizada lá estão e outros — antigos do Reda — foram inseridos no tal RPA. Existem, também, DAS.
Outra instituição, o Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho não recebe investimentos; além da questão paternalista que lá reside. Importantíssima instituição está em estado vegetativo.
O Museu Olavo Cardoso está fechado — a FCJOL fala em reforma.
A Biblioteca Municipal Nilo Peçanha é entupida de ótimas ideias que não recebem investimentos.
Para finalizar, o Centro de Eventos Osório Peixoto — Cepop. Feiras de automóveis, Carnaval feio — com Escolas de Samba do Rio de Janeiro que cobram cachês ilógicos — e que, no final do mês de Agosto, recebeu a II Semana do Folclore — 3 dias — na intenção de valorizar a Cultura distante — e assim permaneceu — da população campista.
Leitores, diversos shows de artistas “de fora” servem, como já comentei em outra postagem, à informalidade dos vendedores de cervejas. Ou Michel Teló combina com a Festa do Santíssimo Salvador?
Assim, findo minha explanação com um pedido: imprensa, há motivo para tanta reclamação?
Claro.
Cristiano Pluhar
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