terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Manuel Guerrero: Cuba festeja 55 anos de Revolução


Cuba comemora em 1º de janeiro o aniversário de 55 anos de triunfo da Revolução liderada por Fidel Castro e, junto ao saldo de avanços, enfrenta o futuro com a atualização do modelo econômico e social estabelecido diante da queda da ditadura de Fulgêncio Batista. 

Por Manuel Guerrero*


O presidente Raúl Castro, um destacado líder da guerrilha que liquidou, em 1º de janeiro de 1959 o regime que imperava desde março de 1952, expressou recentemente que o processo continuará “sem pressa, mas sem pausas, apesar de várias extorsões”. 

“Nem nós, a chamada 'direção histórica da Revolução', nem as novas gerações permitirão que se perca a obra da Revolução, não haverá espaço para submeter nosso povo aos efeitos dos pacotes falidos de reajustes que condenam as grandes maiorias à miséria”, disse o presidente diante do parlamento de Cuba. 

“Na Cuba revolucionária nunca admitiremos terapias de choque como as que estamos vendo na rica, e chamada culta, Europa, que sumiriam com o país em climas de divisão e instabilidade”, ressaltou. 

Na madrugada de 1º de janeiro de 1959 uma pequena frota de quatro aviões, com Batista e seus familiares a bordo, saiu do acampamento de Colúmbia, a principal instalação militar do país, com destino à República Dominicana, onde o ditador foi acolhido por seu colega Rafael Leônidas Trujillo. 

Uma exitosa ofensiva da guerrilha dirigida por Fidel e Raúl Castro, na antiga província de Oriente; e de Ernesto Che Guevara e Camilo Cienfuegos, no território central de Las Villas, liquidou um regime que matou mais de 20 mil pessoas. 

O general Batista havia deposto o então presidente, Carlos Prio Socarrás, em 10 de março de 1952, quando se preparavam as eleições presidenciais, onde ele não tinha nenhuma possibilidade de ser eleito. 

Enquanto os partidos políticos opositores aceitaram com passividade o rompimento da ordem constitucional, Fidel Castro começou a organizar um movimento que, em 26 de julho de 1953, fracassou ao tentar ocupar a segunda fortaleza militar do país com uma centena de jovens. 

Condenado a 15 anos e anistiado por pressão popular, marchou ao México em maio de 1955, de onde regressou em 2 de dezembro de 1956 no iate Granma para iniciar a luta guerrilheira que, em dezembro de 1958, tornou impossível a permanência do tirano no poder. 

O governo dos Estados Unidos, que apoiou Batista com aporte econômico e militar desde o primeiro momento, ao final comprovou que a sorte do ditador estava lançada e começou a buscar uma solução que não fosse a vitória rebelde. 

Com esse propósito o embaixador estadunidense em Havana, Earl T. Smith, comunicou a Batista em 17 de dezembro do mesmo ano que “o Departamento de Estado observava com ceticismo qualquer plano ou intenção de sua parte que significasse permanecer em Cuba”. 

Em seu livro “O quarto andar”, o ex embaixador reconhece que “os Estados Unidos, diplomática, mas claramente, havia dito ao presidente da república que deveria sair de seu próprio país”. 

Smith revela que recomendou a ele “uma ordenada transmissão de poderes”, e Batista, a partir dessa conversa, começou uma manobra para proteger seu país e os interesses que o representavam, diante da formação de uma junta militar que impediria o triunfo rebelde. 

Em uma reunião com o chefe de Estado Maior Conjunto, major general Francisco Tabernilla, e outros altos oficiais, o governante os ordenou que buscassem “uma solução nacional”.

Tabemilla ordenou que o general Eulogio Cantillo, chefe de Operações no Oriente, pedisse uma entrevista com Fidel Castro, a qual o alto oficial se comprometeu a iniciar um movimento militar em 31 de dezembro que iria depor o presidente Batista e daria apoio incondicional à vitoriosa guerrilha. 

O hoje líder histórico da Revolução informou em 1º de janeiro, em Santiago de Cuba, diante da cidade recém rendida e da fuga do tirano, que Cantillo não havia cumprido sua palavra, ao participar da formação de uma junta em Havana, cuja liderança foi do magistrado mais velho do Tribunal Supremo de Justiça, Carlos Manuel Piedra. 

Aquela efêmera junta cívico-militar, com Cantilho como chefe de Estado Maior do Exército, morreu praticamente ao nascer, porque até mesmo o pleno do máximo tribunal se negou a legitimá-la devido ao seu caráter falso. 

Fidel denunciou que esta manobra, que ele qualificou de golpe ambicioso e traidor, se deu em consenso com Batista para deixá-lo escapar. “Revolução sim! Golpe militar não!”, exclamou no mesmo dia em uma rádio nacional. 

A contundente rejeição do chefe guerrilheiro paralisou a ação de Cantilho, que em uma última tentativa mandou libertar na Ilha de Pinos, ao sul da capital, os militares presos por uma conspiração em 4 de abril de 1956, e os colocou sob o comando do coronel Ramón Barquín. 

Este oficial tampouco pôde controlar a situação e em 2 de janeiro Camilo Cienfuegos ocupou o acampamento de Columbia, onde na noite de 31 de dezembro Batista havia dados as últimas ordens de um plano que ele considerava salvador. 

Os cubanos despertaram no primeiro dia do ano de 1959 sem saber que o ditador havia marchado furtivamente durante a madrugada anterior, e com a surpresa de ver nas ruas os jovens revolucionários que se apoderaram das estações policiais e dependências oficiais. 

Foi o jornalista Carlos Lechuga o primeiro a dar a notícia da fuga, às 10 horas da manhã pelo canal 2 de televisão. Até então as emissoras de rádio haviam se referido a “feitos transcendentais que estavam acontecendo”. 

Salvo alguns combatentes esporádicos com elementos paramilitares em lugares centrais de Havana, a normalidade imperou tanto na capital como no interior do país, onde as milícias rebeldes tomaram o controle. 

O panorama da capital foi descrito pela popular revista Bohemia da seguinte forma: “a cidade se rendeu às ruas, tanto tempo sem calor humano; tocaram os sinos e nas janelas foram colocadas as bandeiras cubana e do movimento M-26-7 (Movimento 26 de Julio, organização dirigida por Fidel Castro)”. 

“Um exército civil havia tomado conta da rua frustrando toda possibilidade de um contragolpe e anulando as possibilidades políticas da traição de Eulogio Cantillo”, comentou a Seção de Cuba, uma das publicações mais importantes do país. 

Enquanto essas ações se desenvolviam em Havana, Fidel Castro estava em Santiago de Cuba e em seu primeiro discurso diante do triunfo falou que “a Revolução começa agora, não será uma tarefa fácil, será uma empreitada dura e cheia de perigos, sobretudo nesta etapa inicial”. 

Mais de meio século depois dessa advertência, no país se desenvolve um processo de atualização do modelo econômico e social, que busca consolidar o que foi alcançado até agora e avançar diante de novas formas de gestão sem renunciar ao socialismo.


*Manuel Guerrero é jornalista, editor do portal Prensa Latina



"A não transferência de Genoino para SP é ilegal e desumana"



“A decisão de Barbosa de não transferir Genoino para SP é ilegal, arbitrária e desumana; contraria o próprio STF”, alertou Patrick Mariano, mestre em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília (UnB) e integrante da Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (Renap), em entrevista ao Portal Viomundo.


A entrevista é da blogueira Conceição Lemes que afirmou que lembrou "novembro, logo após aespetacularização midiática da prisão dos réus da Ação Penal 470, o chamado mensalão, advogados, juristas, partidos e entidades lançaram manifesto de repúdio às medidas adotadas pelo ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)".

Ainda de acordo com informações do Viomundo, Celso Antônio Bandeira de Mello, um dos mais eminentes juristas brasileiros, assinou o manifesto. Em entrevista ao IG, ele sentenciou: “Joaquim Barbosa é um homem mau, com pouco sentimento humano”. Referia-se, especificamente, à forma como Joaquim Barbosa conduziu a prisão de José Genoino, 67 anos, ex-deputado federal ex-presidente nacional do PT, que tem problemas graves de saúde.

Pois, além de “homem mau, com pouco sentimento humano”, Joaquim Barbosa é cruel, aparentemente tem prazer em causar dor alheia.

Em 2 de dezembro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou para Genoino a prisão domiciliar durante 90 dias e reavaliação da situação após esse prazo. “Diante das provas contidas nos autos, conclui-se que o requerente apresenta graves problemas (delicada condição de saúde) e que corre risco se continuar a cumprir a pena no presídio, onde as condições para atendimento de problemas cardiológicos são extremamente limitadas ou até inexistentes, no caso de ocorrências em período noturno ou nos finais de semana. Sua permanência em cárcere, por pouco mais de dez dias, caracterizou-se por diversos episódios de pressão alta, alteração na coagulação e outros sintomas que demandaram não só consultas médicas e exames, mas também internação hospitalar [grifo em negrito é do próprio procurador-geral da República].

Dois pesos e medidas
A curso dos fatos demonstra tratamentos diferenciados entre o caso de Genoino e Jefferson. Em dezembro Genoino teve os seus direitos violados como paciente, enquanto Jefferson, não.

O laudo da perícia médica em Genoino, feita por doutores da Universidade de Brasília (UnB), foi vazado para a imprensa sem que ele fosse consultado previamente se autorizava ou não a publicização. Todos os indícios apontam que vazamento ocorreu vazou no próprio STF e não antes.

Já sobre a perícia médica realizada por especialistas do Instituto Nacional do Câncer (Inca)em Roberto Jefferson, delator do “mensalão”, só foi divulgada a conclusão. Condenado a 7 anos e 14 dias de reclusão em regime semiaberto, ele também pediu ao STF para cumprir a pena em casa devido à situação da saúde.

Não é única diferença de tratamento dispensada.

Genoino está preso há 45 dias. Inicialmente na Papuda, em Brasília, e desde 24 de novembro em prisão domiciliar provisória. Nessa condição, passou Natal e passará o Ano Novo.

Já Jefferson, não. Joaquim Barbosa ainda não decretou a sua prisão, apesar de ter pena maior e o procurador-geral já ter-se pronunciado contra a sua prisão domiciliar.

Até agora, com exceção de Genoino, todos os réus do mensalão que pediram para cumprir a pena perto de suas casas, tiveram o pedido aceito por Barbosa. Por exemplo, José Roberto Salgado e Vinicius Samarane, respectivamente ex-vice-presidente e ex-dirigente do Banco Rural, e os ex-deputados Pedro Henry, Pedro Correa e Romeu Queiroz.

“É direito do preso cumprir a pena próximo da sua família”, afirma o advogado Patrick Mariano. “A não autorização da transferência de Genoino para São Paulo é uma decisão ilegal, arbitrária e que não se sustenta por qualquer ângulo analisado. Fere tanto a jurisprudência do STF quanto a Lei e Constituição da República”, diz.

Segue a íntegra da entrevista que concedeu a esta repórter.

Viomundo — O que diz a lei brasileira sobre o local de cumprir pena?
Patrick Mariano — O artigo 1º da Lei de Execução Penal é bem claro ao anunciar a finalidade da execução da pena: proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado.

Por sua vez, o artigo. 86 da mesma Lei diz: as penas privativas de liberdade aplicadas pela Justiça de uma Unidade Federativa podem ser executadas em outra unidade, em estabelecimento local ou da União.

Portanto, o cumprimento de pena deve observar o melhor para a chamada ressocialização do condenado. Isso implica, no caso concreto, não só na possibilidade legal de se cumprir a pena próximo aos seus, mas em verdadeiro comando da Lei para que isso ocorra.

As antigas penas de degredo, em que o condenado era levado para além mar, pertencem, ou deveriam pertencer, à triste lembrança de livros história. A Lei de Execuções, que é de 1984 e inspirada em recomendações e textos da ONU, deve ser a direção para toda e qualquer decisão judicial neste tema.

Viomundo – No caso de Genoino e demais apenados da AP 470, dois pesos e duas medidas dentro da mesma ação?Patrick Mariano — Eu diria que uma decisão fora dos parâmetros legais que acabei de mencionar fere a dignidade da pessoa humana. Não é só isso. Contraria a jurisprudência do próprio Supremo Tribunal Federal que, em julgamentos parecidos, decidiu favoravelmente aos réus. Leia-se o habeas corpus de nº 105.175, de relatoria do ministro Gilmar Mendes e o HC 71.179, relatoria do ministro Marco Aurélio. Esse último vale a pena citar um trecho:

“Tanto quanto possível, incumbe ao Estado adotar medidas preparatórias ao retorno do condenado ao convívio social. Os valores humanos fulminam os enfoques segregacionistas. A ordem jurídica em vigor consagra o direito do preso de ser transferido para local em que possua raízes, visando a indispensável assistência pelos familiares. Os óbices ao acolhimento do pleito devem ser inafastáveis e exsurgir aoprimeiro exame, consideradas as precárias condições do sistema carcerário pátrio. Eficacia do disposto nos artigos 1. e 86 da Lei de Execução Penal – Lei n. 7.210, de 11 de julho de 1984 – (…)”.

Viomundo – Essa decisão de Joaquim Barbosa caracterizaria o quê?Patrick Mariano – Segundo o presidente do Supremo, a sua decisão em relação a Genoino foi baseada em dois motivos. O primeiro é o de que “o preso não pode escolher, ao seu livre alvedrio e conveniência, onde vai cumprir a pena que lhe foi imposta”. E segundo, porque a transferência pleiteada feriria o “interesse público”.

Viomundo – O senhor concorda?Patrick Mariano – A primeira argumentação, com o devido respeito, não se sustenta porque o preso escolheu estar perto da sua família, como preceitua a Lei de Execução do seu País. Não se trata de livre vontade ou conveniência, se trata de direito! É direito do preso cumprir a pena próximo da sua família. Como disse, pena de banimento e degredo foram utilizadas em regimes monárquicos. Não cabem na Democracia.

O segundo argumento, “interesse público”, fere o inciso IX do artigo 93 da Constituição da República de 1988. Este artigo exige fundamentação válida de todas as decisões judiciais.

Ou seja, obriga o magistrado a demonstrar, com amparo legal, a lógica da sua decisão com postulados válidos, lógicos e racionais. O uso de termos abertos, que tudo e nada dizem, acaba por servir para encobrir as reais motivações do ato decisório. São as chamadas idiossincracias do magistrado que devem ser evitadas.

Qual interesse público foi ferido? De quem? Perceba que há um vácuo que encobre as reais motivações? Seria quase o mesmo que dizer, “porque eu quis”. Raduan Nassar tem uma passagem linda que diz: “foi o senhor mesmo que disse há pouco que palavra é uma semente: traz vida, energia, pode trazer inclusive uma carga explosiva no seu bojo: corremos graves riscos quando falamos”.

Desta forma, tanto pela jurisprudência do STF, quanto pela Lei e Constituição da República, não resta dúvidas de que a decisão em relação a Genoino é decisão ilegal, arbitrária e que não se sustenta por qualquer ângulo analisado.

Fonte: Viomundo

Disputa sem fim pelos royalties do petróleo. Onde estão os royaltes?

Todos estão preocupados com a perda dos royaltes, claro por motivos diferentes, os menos preocupados são o conjunto da população (trabalhadores) que não vê o cheiro do dinheiro, mas sonham em ele ser usado em saúde, educação, segurança e em empregos. Os políticos estão muito preocupados, já que as vésperas de uma eleição perder bilhões realmente é de perder o sono.
Gostaria que o Congresso Nacional tivesse um resquício de dignidade e ordenasse este dinheiro para ser usado em saúde e educação, bem amarradinho, para evitar manobras jurídicas/contábeis.
Sonhos, belos são os sonhos!

reportagem fmanha.com.br

Articulações políticas, votações no Congresso, mobilização de líderes e da sociedade em geral e grandes protestos rechearam a guerra travada, mais uma vez, em 2013 pelos royalties do petróleo. O ano chega ao fim, mas as disputas pelos recursos prometem render, e as incertezas ainda assombram municípios e estados produtores, que, entretanto, encerram 2013 beneficiados por uma liminar que garante os repasses nas proporções ditadas pelas antigas regras de partilha.

Campos fechou o ano com R$ 1.309.746.088,49 em recursos do petróleo — entre royalties e participação especial — depositados em sua conta. Somente na semana passada, R$ 55.233.008,84 entraram nos cofres da prefeitura, por conta do repasse de dezembro, referente à produção do mês de outubro.
Também integrantes da Bacia de Campos, Macaé totalizou, em 2013, mais de R$ 517 milhões; Quissamã, quase R$ 97 milhões; e São João da Barra, cerca de R$ 227 milhões em repasses, entre royalties e participações especiais pela exploração do petróleo.
Os cálculos dos repasses ainda são feitos com base nas antigas regras de distribuição dos royalties do petróleo, mas os valores dos depósitos futuros podem ser comprometidos, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida favoravelmente à nova Lei dos Royalties. O STF ainda não tem data para ana-
lisar as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adin) ajuizadas pelos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, e, ainda, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) questionando os novos critérios de partilha, mas, por enquanto, os efeitos da nova lei estão suspensos por uma liminar concedida pela relatora das ações, a ministra Cármen Lúcia Rocha.
Expectativa — Está prestes a entrar em operação a plataforma P-55, no Campo de Roncador, o que promoverá um aumento nos repasses de royalties aos municípios produtores de petróleo da Bacia de Campos.
Com 52 mil toneladas e 10 mil metros quadrados de área, a P-55 é a maior unidade semissubmersível construída no Brasil e terá capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo e tratar 4 milhões de metros cúbicos de gás por dia.


Joseli Matias

Cultura de Campos dos Goytacazes! Que cultura?

Sem projeto para a saúde pública!
Sem projeto para a educação pública!
Porque na cultura seria diferente? Mas na verdade é diferente, o projeto, se é que podemos chamar de projeto, abandona o pluralismo cultural da nossa cidade, em favor, de um projeto baseado no preconceito ancorado por um grupo religioso, em que a cultura popular é mundana.
Mas não é mundano não dar transparência nas contas públicas; não é mundano democratizar os gastos dos royaltes; não é mundano massacrar os servidores.


reportagem fmanha.com.br

Cultura do governo Rosinha exonera João Vicente Alvarenga

Se o ano começou mal na cultura pública de Campos, conseguiu terminar mal, mesmo antes do réveillon de 2014. Confirmada hoje, amanhã sairá publicada em Diário Oficial a exoneração do superintendente do teatro Trianon, professor João Vicente Alvarenga. Com isso se amplia o processo de fortalecimento da presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Patrícia Cordeiro, considerada pessoa de confiança da prefeita Rosinha Matheus (PR), num triunvirato composto ainda pela vereadora Linda Mara (PRTB), e o enfraquecimento de quadros com currículo de serviços prestados à cultura da cidade. Neste último caso, com a saída de João Vicente, cujo motivo oficial ainda é um mistério, ainda “sobrevivem” no governo Rosinha o superintendente de Patrimônio Histórico, Orávio de Campos Soares (rebaixado do cargo de secretário de Cultura na reforma administrativa de junho, que concedeu plenos poderes a Patrícia Cordeiro na cultura pública de Campos) , e Maria Helena Gomes, coordenadora de teatro da FCJOL.

Márcio Franco: Ciência Social ou Sociologia?


O pensamento neoliberal vem causando muita confusão no meio das Ciências Sociais, que são uma área de conhecimento e não uma profissão. A profissão regulamentada, fruto da luta, é a de Sociólogo. Não existe a profissão de cientista social. Nosso compromisso é com a luta pela ampliação do mercado de trabalho do Sociólogo.   Por trás dessa discussão, existe, por um lado, uma visão nostálgica de alguns acadêmicos que querem o retorno a uma formação que não existe mais, pois, toda ciência caminha, em razão do desenvolvimento da pesquisa, para a especialização. Uma formação acadêmica generalista na graduação não tem mais lugar nos dias de hoje. Seria como propor, por exemplo, o fim das graduações em Física, Química e Biologia e o retorno dos cursos de Ciências da Natureza, como era no passado. Por outro lado, existem aqueles que defendem a formação de um cientista social, invocando um currículo interdisciplinar. Omitem esses defensores de uma "graduação interdisciplinar" que só existe interdisciplinaridade se houver disciplinaridade. Talvez essa, a da interdisciplinaridade, seja a argumentação mais pérfida que já atingiu a Sociologia e a Educação, pois, ela oculta, em nome de uma idéia importante, a do diálogo entre as ciências, o projeto de uma formação acadêmica pobre e barata.
Devemos atentar também para o fato de estar em discussão, hoje, no MEC e no Congresso Nacional, o projeto do chamado "Ensino Médio Inovador" que põe fim às disciplinas e cria um ensino por áreas de conhecimento. A formação de um professor generalista atenderia a esse projeto: a da formação acadêmica pobre e barata para pobres. Ou seja, o discurso da formação generalista esconde, na verdade, uma proposta obscurantista, um verdadeiro golpe na Educação e na Sociologia. A concepção neoliberal quer proporcionar uma formação barata e de má qualidade para professores que irão trabalhar com jovens das classes populares. É claro que esse projeto é apresentado sempre com uma bela roupagem e um belo discurso, mas, facilmente desvelado quando observamos que a carga horária exigida é de 2400 horas em três anos do ensino médio, ou seja, 800 horas por ano de ensino, ou 4 horas-aula por dia, apenas, num momento em que os movimentos sociais e as entidades da sociedade civil organizada, comprometidas com as lutas democráticas e populares, defendem exatamente o contrário: um ensino em tempo integral para atender as exigências de uma educação de qualidade.
A idéia equivocada de formar "cientistas sociais" em vez de Sociólogos, Antropólogos, Cientistas Políticos etc., tem por objetivo corroborar para com esse projeto neoliberal, pois, seria, ainda, de difícil sustentação pelo neoliberalismo, além de incongruente, propor para a sociedade uma licenciatura generalista e um bacharelado especializado. Assim, dentro da lógica neoliberal, as licenciaturas formariam professores de “ciências sociais” e os bacharelados "cientistas sociais".
Num momento em que a Sociologia se afirma como disciplina no Ensino Médio e as profissões de Professor de Sociologia e de Sociólogo ganham espaço no mercado de trabalho, a proposta de formação acadêmica generalista representa uma reação dos setores conservadores e obscurantistas às conquistas obtidas nas últimas décadas, como a da regulamentação da profissão de Sociólogo e o retorno da disciplina de Sociologia ao Ensino Médio em todo o país.

Márcio Franco X.Vieira

domingo, 29 de dezembro de 2013

Preparem-se para o golpe comunista no Brasil

Os comunistas do Brasil, incansáveis e mais duradouros que as gerações do Fantasma da história em quadrinhos, voltaram à carga com esperteza enganadora. Preparem-se, todos, para o golpe

Urariano Mota, Direto da Redação
Karl Marx, o barbudo com previsões do demônio, havia anunciado já em 1848: “Um fantasma ronda a Europa – o fantasma do comunismo”. Mas para que Europa? Os comunistas do Brasil, incansáveis e mais duradouros que as gerações do Fantasma da história em quadrinhos, voltaram à carga com esperteza enganadora.
golpe comunista brasil comunismo
Um golpe comunista no Brasil
Para conseguir o que desejam, se uniram numa santa aliança todas as potências da velha ideia socialista, dos petistas aos comunistas de todas as tendências, dos inocentes úteis aos radicais da França e aos policiais da fronteira. Numa frase: anunciam a contratação de 6.000 médicos cubanos para o Brasil. Leram bem: SEIS MIL agentes de Cuba, 6.000 guerrilheiros, 6.000 subversivos para agitar a insidiosa e alienígena ideologia entre os pobres e miseráveis de todas as raças no Brasil.
Duas conclusões decorrem desses fatos: 1ª) O comunismo já é reconhecido como uma força por todas as potências no poder, da Venezuela ao Brasil. 2ª) É tempo de os comunistas exporem diante do mundo inteiro seu modo de agir, seus objetivos e suas tendências, contrapondo um manifesto de esperteza do próprio partido ao fantasma do comunismo, que os revolucionários de primeiro de abril pensavam estar morto.
Com este fim, reuniram-se em Brasília comunistas de várias nacionalidades e redigiram o manifesto antipatriótico seguinte, que será publicado em inglês, francês, alemão, italiano, flamengo e dinamarquês:
A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas da classes. Pobres e ricos, homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, atendidos em hopitais de qualidade e indigentes, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada, uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela morte dos que nada têm, nem mesmo uma cafiaspirina para uma enxaqueca.
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Por isso, estamos nos organizando para receber um maior número de médicos cubanos, tendo em vista o déficit de profissionais de medicina de conscientização no Brasil. Trata-se de uma cooperação que tem um grande potencial de esclarecimento de direitos fundamentais dos pobres, e ao qual atribuímos um valor estratégico para o futuro social do Brasil.
A importação da melhor medicina socialista do mundo não pode ser um tabu. Nas primeiras épocas históricas, verificamos quase por toda parte uma completa divisão da sociedade em classes distintas, uma escala graduada de condições sociais. No Brasil, moradores da periferia e dos grandes centros. Na Roma antiga eram os patrícios, cavaleiros, plebeus, escravos; na Idade Média, senhores feudais, vassalos, mestres, oficiais e servos, e, em cada uma destas classes, gradações especiais. Até atingir o caboclo perdido na Amazônia.
A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Pelo contrário, no Brasil não fez senão substituir velhas classes, velhas condições de opressão, velhas formas de luta por outras novas. Entretanto, a nossa época, a época da burguesia, caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos de classes. A sociedade divide-se cada vez mais em dois vastos campos opostos, em duas grandes classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado, com saúde e sem saúde, respectivamente”.
Assim se manifestaram o ministro que leva o injusto nome de Patriota, patriota!, depois do encontro com o seu colega de ideologia, o chanceler de Cuba Bruno Rodríguez. E com ele o seu cúmplice, o ministro da Saúde Alexandre Padilha,
Mas não esmoreceremos. A Associação Médica Brasileira vai acionar a Justiça e levar a classe, dos MÉDICOS, para as ruas, caso a ex-terrorista Dilma Rousseff importe médicos cubanos. O presidente da associação Floriano Cardoso afirmou que o governo será o “responsável direto por erros, complicações e mortes que poderão ocorrer caso médicos incompetentes passem a atender a população“.
A Venezuela de hoje não será o Brasil de amanhã. Se nos Estados Unidos 25% de médicos são estrangeiros, se na Inglaterra os alienígenas são 40%, se no Canadá os espiões chegam a 22%, e se na Austrália, 17%., aqui, não. No Brasil, os comunistas médicos ainda não chegam a 1 por cento! Disso não passarão.

ALERTA: Praias da região impróprias para banho, diz Inea

Algumas praias dos municípios de São João da Barra, São Francisco de Itabapoana, e Macaé foram classificadas como impróprias para banho, de acordo com dados do Boletim de Balneabilidade do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), disponível no site do órgão. Em Campos, a praia do Farol de São Tomé aparece como própria para o banho no último boletim emitido.
.Em São João da Barra, Grussaí e Atafona estão impróprias para o banho no boletim do dia 17 deste mês. Já em São Francisco de Itabapoana, apenas as praias de Guaxindiba e Sossego estão nessa mesma classificação, segundo o boletim da mesma data. Já no município de Macaé, seis praias aparecem como impróprias: Imbetiba, Forte, Barra, Aeroporto, Barreto e Lagomar. Os dados são do boletim do último dia 3.
Loyanne Gregório
Foto: Rodrigo Silveira