Essas atitudes tem sido um marco da atual "maioria da direção" do SEPE, o objetivo desse grupo é claro, se manter, eternos na direção do sindicato, mesmo que para isso tenha que afastar a base e destruir o SEPE como sindicato de luta.
NÃO PERMITA, ISSO!
SOLIDARIEDADE À PROFESSORA ELAINE PERNAMBUCO
NOTA DE REPÚDIO AO GRAVE INCIDENTE OCORRIDO NO NÚCLEO DO SEPE DE NOVA IGUAÇU
A
CUT e a CTB vêm a público, por meio desta nota, repudiar o fato
ocorrido na sede do núcleo de Nova Iguaçu do SEPE-RJ, no qual a
companheira de chapa Elaine Pernambuco, coordenadora geral do núcleo de
Nova Iguaçu no triênio 2012-2015, eleita democraticamente pela
categoria, pela Chapa 2 – Por um SEPE de vitórias, Oposição, foi
agredida moral e fisicamente por diretores do núcleo que representam a
chapa 1, na sexta-feira, dia 4 de janeiro, durante seminário da
diretoria local. A companheira, além de ouvir impropérios e calúnias da
parte de dois diretores da chapa 1, teve o punho direito torcido por uma
das diretoras da
chapa 1, enquanto outro diretor da mesma chapa segurava-lhe o braço
esquerdo, impossibilitando-lhe a defesa.
Além
da violência física, a agressão moral sofrida pela companheira Elaine
Pernambuco teve caráter difamatório, machista e sexista, pensamentos que
não condizem com o histórico de lutas deste sindicato, sempre pautado
pela defesa da pluralidade de ideias, pela igualdade racial e de
gênero e avesso a todos os preconceitos.
Este quadro,
infelizmente, é reflexo da prática de atuação conduzida por alguns
integrantes da chapa 1 no núcleo de Nova Iguaçu: intimidatória, com
métodos que remetem ao fascismo, diante da nova realidade posta pela
última eleição do SEPE, na qual estes perderam a possibilidade de
“encastelar-se” na direção do núcleo e conduzi-lo em prol de interesses
distantes do conjunto da categoria e da sociedade.
A CUT e a CTB
acreditam que as práticas citadas acima contribuem para o crescente
descrédito e afastamento da categoria em relação ao SEPE, atestados pelo
baixo quórum verificado em boa parte das assembleias – Rede Estadual e
Municípios – no ano de 2012, e na redução em cerca de três mil votos do
número de votantes nas últimas eleições, em relação ao pleito anterior.
Enfim,
defenderemos sempre um sindicato presente nas escolas, afinado com as
demandas
reais e urgentes da categoria, construindo vitórias na luta coletiva, e
não a serviço do aparelhamento político de determinados grupos, mesmo
que estes se sintam incomodados.
Ressaltamos nossa solidariedade e
apoio à companheira Elaine Pernambuco, e o repúdio àqueles que insistem
em manchar a gloriosa história do SEPE.
Exigimos uma retratação pública desses agressores!
Reafirmamos
o nosso compromisso com um SEPE ligado ao movimento real e,
consequente, capaz de avançar a luta por uma escola de qualidade,
libertária, digna e transformadora.
CUT E CTB
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
SFI comemorando o que?
O povo de SFI não tem nada para comemorar sem saúde, educação de má qualidade, turismo está sofrível, quem ta rindo de orelha a orelha são os políticos que sangraram a prefeitura de SFI.
FONTE: www.fmanha.com.br
Solenidade marca 18 de emancipação político-administrativa de São Francisco de Itabapoana
Com o pelotão da Guarda Civil Municipal se formando em reverência à Bandeira Nacional, foram entoados os hinos Nacional e do Município. As bandeiras do Brasil, do Estado do Rio e Janeiro e de São Francisco de Itabapoana foram hasteadas pelo prefeito Pedrinho Cherene, pelo Vice Amaro Barros e pelo presidente da Câmara Municipal, Claudinho Viana.
Em seu pronunciamento, o prefeito destacou a importância do território, então conhecido como Sertão de São João da Barra, ter alcançado, há exatos 18 anos, a condição de município, permitindo à sua população uma aproximação maior junto ao poder público. O chefe do Executivo sanfranciscano fez uma saudação, também, todos os funcionários que o ajudam administrar o município, desde os secretários ao mais humilde funcionário.
– Destaco também a importância de pessoas que ajudaram a construir a história de São Francisco de Itabapoana e reafirmo o orgulho de cada um de nós de ser filho dessa terra.
Nosso município completa hoje 18 anos de emancipação político-administrativa vindo de um período de quatro anos conturbado, mas os anos que virão serão de muita comemoração – destacou o prefeito.
A programação pelos 18 anos de emancipação de São Francisco tem continuidade com uma missa em ação de graças, às 11h, celebrada da Matriz de São Francisco de Itabapoana pelo Padre Lucas. Às 19h30, haverá um culto, ministrado pelo pastor Ademir Ramos da Cruz.
Assessoria
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Acusado de corrupção, Garotinho tenta deviar atenção do STF
17 de Janeiro de 2013 - 10h57
O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) anda sumido da mídia. Talvez por estar na "fila da guilhotina" do ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é réu na Ação Penal 640 no STF, relatada pela ministra Carmen Lúcia.
O Ministério Público Federal acusa os réus de corrupção passiva, crimes contra a paz pública, quadrilha ou bando, "lavagem" ou ocultação de bens, direitos ou valores. Esta ação parece relacionada ao escândalo de propinas ligado a caça-níqueis. Isso quando Garotinho comandava a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Diante do andamento deste processo, Garotinho quer imitar a turma do "mensalão tucano", ligada ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). Espalha boatos para colocar a faca no pescoço direcionada a outros processos, uma maneira de fugir da fila.
Garotinho andou espalhando o boato de que na Operação Porto Seguro, desencadeada no fim do ano passado, haveria a história de um caixote diplomático que teria sido usado para levar a estratosférica quantia de € 25 milhões para Portugal em uma viagem oficial da Presidência da República. Óbvio que a estória era fantasiosa demais para alguém acreditar. Na terça-feira (15),em audiência na Câmara dos Deputados, o superintendente da PF em São Paulo, delegado Roberto Troncon, que conduziu a operação, desmentiu essa história espalhada na internet.
Agora, o ministro Joaquim Barbosa, egresso do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, onde atuou quando Garotinho foi governador, terá oportunidade de demonstrar independência e ser apartidário se colocar esse julgamento e o do "mensalão" tucano em pauta, com a agilidade pelo menos próxima da que teve na Ação Penal 470.
O ministro Luiz Fux, também egresso do Judiciário fluminense, havia sido sorteado para relatar o processo de Garotinho. Declarou-se impedido por motivo de foro íntimo, segundo consta na movimentação do processo.
Por Helena Sthephanowitz, no Os Amigos do Presidente Lula e Os Amigos do Brasil
Luta pela terra: Incra diz que assentamento Milton Santos permanece
Na madrugada desta quarta-feira (16), as 69 famílias do
assentamento Milton Santos e militantes do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a superintendência regional do Instituto
de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de São Paulo. De acordo com o
MST, a desocupação só ocorrerá quando a presidenta Dilma Rousseff
assinar um decreto de desapropriação da área por interesse social.
Joanne Mota, da Rádio VErmelho, com Rede Brasil Atual
Apoio do Incra
Em entrevista à imprensa, o superintendente regional do Incra de São Paulo, Wellington Diniz, afirmou que o governo federal não irá permitir a reintegração, já que, como registrado por cartório, a área pertence ao INSS.
Ele informou que já foi tomadas as "providências para a permanência das famílias no assentamento, que é do governo federal, do Incra e daquelas famílias. A superintendência regional de São Paulo, a presidência nacional do Incra e a Presidência da República estão determinados a não deixar a reintegração acontecer.”
Através de nota enviada à imprensa, o órgão afirmou que “mantém-se ao lado das famílias assentadas, e a convicção de que a terra em questão é pública e deve permanecer como área destinada à reforma agrária”.
MST protesta contra a ameaça de despejo
do assentamento Milton Santos (Marcelo Camargo/ABr)
Na última quinta-feira (9) o Incra recebeu intimação para desocupar o assentamento, onde 69 famílias vivem há sete anos. Os moradores do Milton Santos foram notificados na manhã desta quarta-feira, e teriam até o dia 30 para desocupar a área.
De acordo com informações publicadas na imprensa nacional, até 1976 a área pertencia à família Abdalla e era utilizada irregularmente pela Usina Ester, de açúcar, mas foi confiscada por causa de dívidas com a União. Em 2005, a área foi repassada ao INSS, que cedeu ao Incra a posse do terreno para a implementação do assentamento. Desde junho de 2006 as famílias assentadas vivem e produzem no local.
Sobre o decreto
Ainda durante a entrevista, Wellington Diniz ressaltou que juridicamente não é possível que este tipo de decreto seja assinado, pois a área já pertence ao governo federal.
Ouça também na Rádio Vermelho
Programa Destaques do Vermelho
Em nome do desenvolvimento e do lucro fácil é destruida a subsistência e a identidade do povo do Açuo
Salinização constatada no Açu
Um estudo feito pela Uenf apontou que a construção do porto provocou um aumento do teor de sal na água da região, incluindo lençóis freáticos e lagoas, sendo causado pe-la dragagem de areia do fundo do mar. Minc informou que os detalhes da punição serão apre-sentados na próxima semana pela secretaria e pelo Instituto do Ambiente (Inea). “Verificamos problemas de aumento de salinização no Açu com base em um estudo da universidade (Uenf) e na semana que vem vamos anunciar as medidas corretivas”, afirmou Minc.
De acordo com produtores rurais, a situação em Água Preta, no 5º Distrito, é critica. As lavouras de quiabo e abacaxi, segundo eles, estão perdidas, as folhagens secas e o produto não se desenvolve. O produtor Roberto de Almeida, 50 anos de idade e 43 de manejo com a terra, disse nunca ter visto uma situação igual.
— Hoje, estamos perdendo nossa lavoura. Amanhã, estaremos perdendo nossas vidas, porque a salinização já está atingindo o solo. Antes, um pé de quiabo durava dois anos. O abacaxi está seco e as folhas, que sempre foram verdinhas, estão queimadas. Não somos contra o progresso, somos contra o desrespeito — disse.
A LLX informou, por meio de nota, que é feito um monitoramento dos níveis de salinidade em mais de 40 pontos si-tuados na área de influência do Superporto do Açu, de acordo com as exigências do licenciamento. A empresa também possui convênio, desde 2010, com universidades locais, co-mo a UFRRJ, para monitoramento dos canais utilizados pa-ra irrigação, sem qualquer indicação de alteração da atividade agrícola. A empresa informa, ainda, que firmou parceria com universidades e especialistas em meio ambiente para ampliar o monitoramento na área.
Protesto de produtores fechou RJ 040
Com medo de o problema se intensificar, os produtores rurais do 5º Distrito fecharam, em dezembro do ano passado, a RJ 040, que dá acesso ao Complexo Portuário do Açu. O protesto foi contra o que chamam de “desertificação” do Açu, em decorrência do processo de salinização da região, com as obras do porto.
Cerca de 70 pessoas, entre produtores e familiares, com o apoio do Movimento dos Sem Terra, interromperam a passagem dos veículos munidos de tratores, faixas e plantações perdidas.
Na época do manifesto, a pesquisadora da UFF Ana Costa informou que existe uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público, pedindo ao Inea informações sobre o problema. “O Inea terá que se explicar, porque não se pode dar uma autorização, sem um estudo prévio. Precisamos de uma resposta”, disse ela, no dia do protesto.
Jane Ribeiro
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Intolerância: Em dia de confraternização, Israel invade vila palestina
Bab al-Shams, Palestina ocupada, domingo, 13 de janeiro. Mais
de 100 pessoas de toda a Palestina atenderam ao convite dos fundadores
da vila Bab al-Shams e foram visitá-la. Crianças, mulheres, jovens,
idosos encontraram-se em Ramala, de onde partiram os ônibus para a nova
vila. As bandeiras palestinas iam escondidas no porta-malas, para que os
soldados dos postos militares de controle, os checkpoints, não
descobrissem para onde ia toda aquela gente.
Por Baby Siqueira Abrão, em Carta Maior
Benjamin Netanyhau, primeiro-ministro israelense, já declarara a vila “zona militar fechada”, o que significava que a permanência ali não seria tolerada. Israel impedira até mesmo a passagem de autoridades do governo palestino e de Hanin Zoabi, parlamentar israelense de origem palestina. Por isso tanta cautela da parte dos passageiros.
Enquanto os ônibus venciam a distância, Netanyhau e seus assessores tentavam conseguir, com a Suprema Corte, uma decisão que anulasse a do dia 11 de janeiro, segundo a qual Bab al-Shams poderia ser mantida na zona E 1 (East 1) por seis dias – tempo suficiente, estimava o tribunal, para as partes tentarem um acordo.
Netanyhau, porém, não queria acordo. Queria desmantelar Bab al-Shams. Um juiz, então, encontrou um caminho. Torto, é verdade, mas em Israel as leis, e a interpretação das leis, variam conforme as circunstâncias. Ficou decidido que as barracas poderiam permanecer na vila por seis dias, mas não as pessoas – essas poderiam ser retiradas. Netanyhau acionou a polícia de fronteira, considerada truculenta pelos palestinos.
Os ônibus pararam num determinado ponto da estrada e avisaram aos passageiros que dali eles teriam de seguir a pé, pelas montanhas. Os caminhos que levavam à vila continuavam bloqueados, vigiados pelo exército, com checkpoints. Impossível seguir por eles. Acostumados com as encostas de pedra, os palestinos pegaram suas bandeiras, lanches e cobertores e iniciaram a subida, acompanhados de jornalistas. Do platô, no topo, os moradores da vila saudavam os recém-chegados, organizados numa fila quase indiana.
No meio da tarde, ao escurecer – no inverno palestino o dia é curto; antes das 16h a noite começa a cair –, a vila se esvaziou rapidamente. Os convidados voltaram para casa. Em volta de fogueiras, os fundadores de Bab al-Shams conversavam. Alguns já se recolhiam às tendas.
Às três horas da manhã a polícia de fronteira chegou. A maioria dormia, mas muitos os viram subir as encostas de todos os lados, um número enorme de soldados, calculados em mais de 500 – quase cinco vezes o número de civis da vila, àquela altura em torno de 120 pessoas. “Eles chegaram atacando todo mundo, batendo”, relatou o médico Mustafá Barghouti, secretário-geral do partido Iniciativa Nacional Palestina. Bateram ainda mais quando viram que os palestinos rapidamente formaram uma barreira humana no chão de pedra. Sentados, braços dados, mãos entrelaçadas, corpo inclinado na fila de trás para protegê-la, eles deram trabalho aos policiais.
Com o corpo relaxado para pesar ainda mais, foram retirados um a um e levados, cada qual por quatro ou cinco soldados, encosta abaixo. Algemas, cassetetes, pontapés, empurrões, socos faziam parte do tratamento dado pelos policiais. Vários palestinos e ativistas estrangeiros ficaram feridos; seis deles, os casos mais graves, foram levados ao hospital de Ramala. Um perdeu um dente, outro quase perdeu um olho.
Lá embaixo, ônibus montados em carrocerias de caminhões largos e compridos aguardavam. Cinegrafistas e fotógrafos lutavam contra os empurrões que recebiam dos soldados e contra a luz forte das lanternas da polícia, que cegava a vista, para registrar as cenas. Motoristas já movimentavam os carros de reportagem para seguir os ônibus dos detidos.
Felizmente não precisaram ir muito longe. No enorme checkpoint de Qalandiya, que separa Ramala e Al Bireh de Jerusalém oriental, os veículos pararam e os ativistas foram libertados. Àquela hora da madrugada, sem as linhas regulares de ônibus funcionando, as mais de 100 pessoas tratavam de conseguir carona com os jornalistas ou ligavam para os parentes, pedindo que fossem pegá-los. A expressão de todos era de alívio.
Essam Bakr, Mohamed Khatib e Hamdi Abu-Rahmah, três dos organizadores, avisaram que aquele tipo de ação vai prosseguir. “Vamos continuar com as manifestações das sextas-feiras (o dia sagrado do Islã, em que ninguém trabalha), mas também vamos fazer ações diretas”, explicava Essam aos repórteres. “Vamos montar vilas em cada pedaço do nosso país em que os sionistas decidam construir casas ou prédios.”
“Eles não vão mais tomar nossas terras, nem acabar com nosso país”, disse Hamdi, fotógrafo com exposições já realizadas em vários países europeus. Ele contou que a ação levou mais de um mês para ser organizada e que, com exceção de alguns responsáveis por ela, a maioria não sabia direito o que ia acontecer, nem quando, nem onde. “Razões de segurança”, explicou Hamdi, sorrindo por ter usado a mesma frase que os soldados israelenses repetem quando alguém quer saber o motivo de suas atitudes. “Para despistar, espalhamos que montaríamos um acampamento em Jericó.”
Quando o domingo finalmente clareou, uma movimentação política incomum tomou conta de Ramala. Na sede da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), a Dra. Hanan Ashrawi, do Comitê Executivo da OLP, reuniu a mídia para avisar que se encontrara com representantes da União Europeia baseados na Cisjordânia e em Gaza, e da agência da ONU para os refugiados, para pedir-lhes que pressionem Israel no sentido do término imediato da ocupação militar da Palestina – também ilegal e não reconhecida pela ONU. “Eles precisam impedir as atividades ilegais de Israel na Palestina antes que seja tarde demais”, disse ela, acrescentando que a expressão “tarde demais” se referia à impossibilidade da solução de dois Estados.
Wassel Abu Yusef, também da Executiva da OLP, explicou por que a solicitação era dirigida principalmente à União Europeia: “A EU sempre teve papel destacado no processo de paz. Eles têm como deter os crimes de Israel e obrigar seu governo a cumprir as leis”.
Jihad Haib, analista político, foi mais direto: “A União Europeia tem acordos de cooperação com Israel em vários campos. Se endossar a campanha do boicote, desfazendo os acordos, e começar a impor sanções econômicas, Netanyhau será obrigado a tirar seu exército da Palestina e a nos respeitar”.
Também no domingo, entidades de direitos humanos palestinas e internacionais lançaram uma campanha para pedir o fim imediato da ocupação sionista da Palestina.
Fonte: Carta Maior
Mais de 200 anos de Tradição que une mouros e cristãos
O adolescente Luan Souza Oliveira, 12 anos, é um dos tantos exemplos semelhantes ao do atual Capitão dos Mouros. Ele participa da Cavalhada desde os 9 anos, tendo na lembrança da infância a vivência do avô João Pelegrino, que participou durante anos da Cavalhada, chegando a Capitão dos Cristãos, e dos tios José e Rosenei. Atualmente, treinado por Joel, Luan conseguiu superar sua dificuldade com o salto durante a apresentação.
A mãe do adolescente, Conceição de Maria Souza Oliveira, 45 anos, disse que as famílias do distrito de Santo Amaro se mantêm bastante ligadas à tradição da Cavalhada. “Vejo que todas as pessoas estão muito ligadas à Cavalhada de Santo Amaro. Uma dificuldade que noto é em relação aos cavalos, já que hoje em dia é preciso estar com todos os exames veterinários em dia”, explicitou.
Segundo informações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), há a possibilidade de a Cavalhada ser registrada pelo órgão como patrimônio imaterial através do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC), porém sem previsão de que isso ocorra ainda esse ano.
A Cavalhada de Santo Amaro deste ano, haja vista seu reconhecimento cultural fora das fronteiras do município de Campos, contou com a presença de uma equipe de historiadores contratada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) para atualizar um Guia do Folclore Fluminense, escrito pela pesquisadora Cáscia Frade, em 1985. Dentro do guia há várias vertentes sobre diversas manifestações culturais, entre elas Carnaval, Folia de Reis e Cavalhada de Santo Amaro.
Mestre em Políticas Sociais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), Gisele Marques Gonçalves, escreveu sua dissertação de mestrado sobre a Cavalhada e políticas públicas. Entretanto, no livro “A Cavalhada de Santo Amaro: Uma Tradição da Baixada Campista” que será lançado no final do ano pela editora Essentia, ela escreve basicamente sobre a história da Cavalhada. Por ter acompanhado por dois anos as atividades dos cavaleiros de Santo Amaro, Gisele conhece as adequações culturais pelas quais essa manifestação popular passou ao longo dos últimos anos em função da necessidade ou pelo surgimento de facilitações.
— Por exemplo, as flores que ornamentam os cavalos não são feitas mais com papel, porque em uma Cavalhada choveu e as flores se desmancharam. Então, passou-se a utilizar plástico. As roupas dos cavaleiros tinham os paetês costurados um a um sobre o tecido. Hoje em dia, um pano bordado com paetês é comprado para enfeitar as roupas, o que acaba por facilitar o trabalho das costureiras — disse, acrescentando que durante a apresentação, em determinado momento, era costume ter um animal dentro de uma peça, mas por determinação do IBAMA não é mais usado animal. Tudo isso, entretanto, não significa a perda da identidade, haja vista que a festa revela traços culturais importantes para a comunidade de Santo Amaro.
Sertanejos participam da festa de Santo Amaro
Depois de romaria, missa, Cavalhada e show com padre Fábio de Melo, ontem, no dia do Padroeiro da Baixada Campista, hoje, a Festa de Santo Amaro recebe a dupla César Menotti e Fabiano, a partir das 21h. A programação da festa que une fé, cultura e entretenimento foi elaborada pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL).
A dupla César Menotti e Fabiano coleciona recordes de público e de vendas. Em 2005, após fechar contrato com a gravadora Universal Music, lançaram o CD e DVD Palavras de Amor (ao vivo), gravado em Belo Horizonte, no Café Cancun. Essa obra inaugurou uma nova fase na carreira da dupla. A mistura de moda de viola, música sertaneja e pop emplacou hits como “Leilão”, “Caso marcado”, “Mensagem pra ela” e “Bão Tamém”.
O CD vendeu 300 mil cópias e o DVD mais de 160 mil cópias, conferindo à dupla o título de CD e DVD sertanejos mais vendidos de 2006. Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD), César Menotti e Fabiano ficaram em terceiro no ranking da lista de CD e DVD mais vendidos de 2007. Os números expressivos de vendagem chamaram atenção da imprensa e a dupla participou de diversos programas televisivos naquele ano e nos anos seguintes.
Talita Barros www.fmanha.com.br
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