sexta-feira, 2 de agosto de 2013

"A CTB está firme na luta pelo fortalecimento da América Latina"


Ocorre em São Paulo, desde o dia 31 de julho, o 19º Foro de São Paulo que reúne diversas lideranças políticas da América Latina e movimentos sociais e amplos de intensos debates. A Rádio Vermelho foi conferir de perto as atividades do evento e participou, nesta quinta-feira (1º/8), do 2º Encontro de Mulheres.
 



Em entrevista à Rádio Vermelho, Raimunda Gomes (a Doquinha), secretária Nacional da Mulher da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), falou da centralidade do Foro para o aprofundamento das lutas dos trabalhadores e das trabalhadoras e destacou que “o fortalecimento da América Latina é sem dúvida uma alternativa ao modelo que alimenta as crises, sobretudo esta que está em curso. A CTB está firme na luta pelo fortalecimento da América Latina". “A CTB encara a realização do 2º Encontro de Mulheres das Mulheres do Foro de São Paulo como um espaço de ampla importância. Nossa central mobilizou todas as mulheres que atuam na CTB para participar desse espaço, porque entendemos que esse é um espaço ímpar para discutir o Brasil, a integração e o papel que a mulher joga nestas questões”, disse à Rádio Vermelho a dirigente cetebista.



Ivânia Pereira (foto acima), que é membro da direção da CTB/SE e secretária de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB), também conversou com a Rádio Vermelho e pontuou que como a economia e a política pode contribuir para a luta pela igualdade de gênero. Segundo ela, o 19º Foro de São Paulo oportunizou debates importantes neste sentido e desnudou realidades que podem contribuir para o avanço nessa questão.

“As trabalhadoras defendem que não haverá emancipação da classe trabalhadora, enquanto não houver também a emancipação da mulher. E a emancipação da mulher passa pela introdução nos debates da questão da igualdade de gênero na economia, nas questões sociais e políticas”, ressaltou a dirigente sergipana.

Joanne Mota
Da Rádio Vermelho, em São Paulo

A fortuna do 1% mais rico do mundo cresceu 60% em 20 anos



2 de Agosto de 2013 - 12h36
 Mais ricos



As 300 maiores fortunas do planeta aumentam sua renda em 60% nos últimos 20 anos e acumulam mais riqueza que os mais de 3 bilhões de pobres que existem no mundo e representam 99% da população. Assim afirma o professor Jason Hickel, da escola de Economia de Londres, assessor do movimento The Rules, que luta contra a desigualdade.


"Citamos estes números porque nos oferece uma comparação clara e impressionante: as 200 pessoas mais ricas possuem aproximadamente US$ 2,7 trilhões e isso é muito mais que o que possui as 3,5 bilhões de pessoas, que possuem um total de US$ 2,2 trilhõe", explica o economista Jason Hickel, citando um estudo recente da ONG Oxfam, que salienta que o 1% dos mais ricos aumentou seus ingressos em 60% nos últimos 20 anos com a radicalização das políticas imperialistas.

No vídeo A desigualdade da riqueza mundial, o movimento The Rules expõe como cresce esta desigualdade social com o passar do tempo em diferentes países. Assim, durante o período colonial, a brecha entre os países ricos e pobres aumentou de 3:1 a 35:1. Desde então, a brecha cresceu até um nível de 80:1.

De acordo com o economista, o crescimento da brecha se deve em parte às políticas econômicas neoliberais que instituições internacionais como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) impuseram aos países em desenvolvimento durante as últimas décadas.

"Essas políticas estão desenhadas para liberar os mercados à força, abrindo-os a fim de dar as multinacionais um acesso sem precedentes à terra barata, recursos e mão de obra. Mas a um preço muito alto: que os países pobres percam por volta de US$ 500 milhões por ano de seu PIB", explica o professor citando o economista Robert Pollin, da Universidade de Massachusetts.

Com informações do portal Correio do Brasil

OAB quer que STF julgue embargos sobre extensão da Lei de Anistia


A Comissão Especial da Memória, Verdade e Justiça da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que julgue os embargos declaratórios da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 153. A ação questionou o alcance da Lei nº 6.683/79 (Lei de Anistia) aos agentes da repressão envolvidos nas mortes e desaparecimentos de 62 pessoas na Guerrilha do Araguaia durante a ditadura militar.


Guerrilha do Araguaia
Na ação a OAB pediu que o STF declarasse que a anistia concedida pela Lei n. 6.683/79 aos crimes políticos ou conexos não se estende aos crimes comuns praticados pelos agentes da repressão contra opositores políticos durante o regime militar. Em 2010, o Supremo ratificou a vigência da Lei de Anistia, mas não julgou os embargos declaratórios, tipo de recurso que pede esclarecimento de omissões e contradições na decisão.

“Vamos, com o presidente da OAB, Marcos Vinicius Furtado, fazer gestões junto ao Supremo Tribunal Federal para que haja efetivamente o julgamento dos embargos de declaração que são referentes à ADPF 153”, disse nesta quinta-feira (1º/8) o presidente da comissão, Henrique Mariano.

Segundo Mariano, até hoje o Estado brasileiro não implementou as determinações que constam da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Apesar disso, Mariano descartou a possibilidade da OAB entrar com nova ADPF no STF. O tema foi debatido nesta quinta durante evento da Comissão Especial da Memória, Verdade e Justiça da OAB.

“A OAB tem a legitimidade processual de ajuizar uma nova ADPF perante o Supremo Tribunal Federal. No entanto, a OAB entende que este debate é do interesse comum de todas estas instituições, entidades e comitês que trabalham na implementação da Justiça de Transição e resolvemos convocar este pessoal todo. As entidades estão divididas, não no sentido de reconhecer a importância da ADPF, mas talvez seja melhor de um modo estratégico postergar o seu ajuizamento”, disse.

Condenação na OEA

Em 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o Estado brasileiro pelos atos ocorridos durante a Guerrilha do Araguaia. A Corte determinou que o governo brasileiro adotasse uma série de medidas para o esclarecimento dos fatos e apuração do paradeiro dos desaparecidos. A sentença determinou ainda a identificação dos agentes responsáveis pelos desaparecimentos, apontando as responsabilidades penais e sanções cabíveis.

Na sentença, a Corte também considerou que as disposições da Lei de Anistia brasileira não têm o poder de impedir a investigação e a sanção aos responsáveis pelas graves violações de direitos humanos ocorridas durante a Guerrilha do Araguaia.

No mesmo ano, a OAB entrou com pedido junto ao STF para questionar a extensão da Lei de Anistia. A ação argumentava que a lei não se aplicava a crimes comuns como prática de homicídio, desaparecimento forçado, abuso de autoridade, lesões corporais, estupro e atentado violento ao pudor contra opositores políticos ao regime militar. No julgamento da ADPF, o Supremo manteve a validade da anistia a torturadores .

Em julho deste ano, a OAB enviou ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, questionando quais providências foram adotadas pelo governo para dar cumprimento às determinações da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Segundo Mariano, após o julgamento dos embargos pelo STF, a OAB e as entidades envolvidas no processo vão avaliar se é pertinente o ajuizamento de uma nova ação.

A Guerrilha do Araguaia foi um movimento político liderado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) no começo da década de 1970, que surgiu para enfrentar a ditadura militar. Ela ocorreu na divisa dos estados do Pará, Maranhão e Tocantins (na época Goiás) e foi combatida pelas Forças Armadas entre 1972 e 1974 em quatro operações, o maior deslocamento de tropas do Exército brasileiro desde a 2ª Guerra Mundial. Até hoje, dezenas de militantes do PCdoB que participaram da guerrilha estão desaparecidos.

Listagem de militares

Na terça-feira (30), a Comissão Nacional da Verdade (CNV) recebeu da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República os nomes de cerca de 300 militares que participaram das expedições de repressão à Guerrilha do Araguaia. Pretende-se que a CNV ouça os militares da ativa e da reserva que participaram das ações. Os nomes também foram encaminhados à Justiça Federal que, em 2003, responsabilizou o Estado brasileiro pela busca e localização dos restos mortais dos guerrilheiros mortos.


Fonte: Agência Brasil

UNE e UEE-SP tomam posse em cerimônia na USP


Aconteceu na manhã de quinta-feira (1º) a cerimônia de posse das novas diretorias da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), que aconteceu na Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP) e teve transmissão ao vivo na rede, pela TV UNE. Diversas correntes do movimento estudantil estiveram presentes.




Posse da UNE e UEE-SP na USP / foto: divulgação UNE

A nova diretoria da UNE que tem à frente a pernambucana Vic Barros foi escolhida por mais de 10 mil jovens eleitos em 98% das universidades do País num processo que envolveu cerca de 2 milhões de estudantes durante o 53º Congresso da UNE, de 29 de maio à 2 de junho em Goiânia.

Para a UEE–SP foi eleita a estudante Carina Vitral, durante o seu 11º Congresso da UEE-SP, no mês de julho na cidade de Ibiúna, que relembrou o histórico encontro da UNE, em 1968 que terminou com a prisão de centenas de jovens participantes que tentavam reestruturar a entidade em plena ditadura militar.Participei hoje da Posse das diretorias da UEE São Paulo e da UNE.

Nas redes sociais, a presidenta da UNE postou uma foto com os estudantes e, citando Carlos Drummond de Andrade, lembrou que os novos integrantes já estão na luta: "Empossados, enfim, embora esta gestão já esteja nas ruas de todo o Brasil há muitas semanas. Tenho muito orgulho de fazer parte deste time. 'O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas'".

Carina Vitral, no Facebook, também lembrou da atuação presente dos estudantes nos protestos. "Essa galera está antenada com o momento de efervescência que vive o nosso povo e seguirá nas ruas por mudanças profundas no Brasil", declarou a presidenta da UEE-SP. "Aqui em São Paulo, o desafio é ainda maior, pois ainda temos que derrotar o neoliberalismo tucano e conquistar uma nova agenda para o Palácio dos Bandeirantes", completou.

Já o diretor de Relações Institucionais da UNE, o estudante Thauan Fernandes, lembrou da  bandeira pendurada com a frase "Brasil mostra sua cara!" extraída de uma canção de Cazuza.

"Fiquei pensando, tentando ligar a frase do Cazuza ao momento que São Paulo, e principalmente o Brasil vive. Mas do que de repente, me veio na cabeça as manifestações de junho, cartolinas, manchetes e a sensação de estar fazendo parte da história do Pais. Diante de tudo que vi e ouvi nos últimos messes, dos pontos positivos e negativos, acho que o balanço genérico no final das contas, é de que o Brasil quer mais!", destacou Thauan, lembrando que a geração a qual ele faz parte não tinha visto o Brasil 'mostrar a sua cara'.

Ele também reforçou a representação das mulheres nesses importantes espaços do movimento estudantil: "Com Virgínia Barros, presidenta da UNE, e Carina Vitral presidenta da UEE de São Paulo tenho certeza que ambas as entidades estão bem representadas, e que ajudaram a escrever mais um capitulo importante da nossa história. Meninas, muita muita luta pra todas nós!"

Da redação do Vermelho com informações do Facebook e UNE

Frentistas de postos de combustíveis em Campos podem parar dia 13

O Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Campos (Sinpospetro-RJ) alerta para mobilização dos frentistas marcada para o dia 13, a partir das 8h. A categoria vai para as ruas manifestar em protesto contra o que considera uma atitude desrespeitosa do sindicato patronal.
Os patrões estão negando reivindicações já apresentadas, tais como piso salarial de R$ 926 inclusive para lojas de conveniência, cesta básica de alimentos no valor de R$ 120, ticket refeição de R$ 15 por dia trabalhado e participação nos lucros e resultados (PLR) no valor de um piso da categoria.
Em contrapartida, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência no Estado do Rio de Janeiro (Sindestado-RJ) oferece R$ 6,95% de aumento, o que não agrada os trabalhadores que ameaçam realizar uma greve, caso as demandas não sejam atendidas.
Segundo o presidente do Sinpospetro, Valdeci Dias Guimarães, os manifestos dos trabalhadores são reflexos do descaso do setor patronal e uma greve geral no interior do Estado não está descartada.
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O Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Campos (Sinpospetro-RJ) alerta para mobilização dos frentistas marcada para o dia 13, a partir das 8h. A categoria vai para as ruas manifestar em protesto contra o que considera uma atitude desrespeitosa do sindicato patronal.
Os patrões estão negando reivindicações já apresentadas, tais como piso salarial de R$ 926 inclusive para lojas de conveniência, cesta básica de alimentos no valor de R$ 120, ticket refeição de R$ 15 por dia trabalhado e participação nos lucros e resultados (PLR) no valor de um piso da categoria.
Em contrapartida, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência no Estado do Rio de Janeiro (Sindestado-RJ) oferece R$ 6,95% de aumento, o que não agrada os trabalhadores que ameaçam realizar uma greve, caso as demandas não sejam atendidas.
Segundo o presidente do Sinpospetro, Valdeci Dias Guimarães, os manifestos dos trabalhadores são reflexos do descaso do setor patronal e uma greve geral no interior do Estado não está descartada.
Fonte: Ascom (Carla Flávia)

SJB Guerra de Liminares: Juiz do TRE cassa decisão sobre Neco

SJB corre o risco de paralisia por conta de guerra de liminares, está na hora do judiciário ser responsável e passar ser mais ágil nas questões coletivas, quem sempre sai prejudicado é a população.

O juiz Alexandre de Carvalho Mesquita, do TRE, cassou a decisão da juíza de SJB, Luciana Cesário, que havia determinado nova perícia em provas na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), que tem o prefeito Neco, o vice Alexandre Rosa e o vereador Eziel Pedro como investigados (Leia aqui).
Leia abaixo a decisão do TRE:
DECISÃO
Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado pelo Partido da República – PR e pela Coligação “São João da Barra vai mudar para melhor” em face de ato praticado pela Juíza da 37ª Zona Eleitoral deste Estado (São João da Barra), que, nos autos de ação de investigação judicial eleitoral ajuizada pelos impetrantes em face de José Amaro Martins de Souza (Neco), Alexandre Rosa Gomes e outros, converteu o julgamento em diligências e determinou a realização de nova perícia, tendo em vista as partes não terem sido intimadas para apresentação de quesitos e nomeação de assistentes técnicos, conforme afirmado pelos investigados em alegações finais (fls. 308/309).
Os impetrantes sustentam, em síntese, que o despacho determinando o envio de material para perícia teria sido devidamente publicado no Diário de Justiça Eletrônico de 08/02/2013, tendo as partes permanecido silentes.
Destacam, ainda, que o laudo pericial teria sido apresentado em 30/04/2013, permanecendo as partes inertes por 81 dias, período este que corresponderia à remessa do material para a perícia e à apresentação do referido laudo, o que demonstraria a intenção dos investigados em postergar a conclusão do feito.
Alegam também que a perícia teria sido realizada nos moldes do que requerido pelos investigados em audiência, razão pela qual seria desnecessária a realização de nova perícia, não se vislumbrando ofensa ao contraditório e à ampla defesa.
Afirmam que o periculum in mora estaria presente na demora que a realização de outra perícia poderia acarretar, enquanto o fumus boni iuris restaria configurado em razão da desnecessidade de nova prova pericial, eis que já ocorrida a preclusão.
Diante disso, requerem o deferimento da liminar “para cassar a decisão da Excelentíssima Autoridade Coatora que deferiu a realização de nova perícia, proferida em afronta à jurisprudência dominante e ao disposto nos artigos 244, 245 e 249, todos do Código de Processo Civil, determinando o regular processamento do feito, ante a desnecessidade de sua realização e extemporaneidade do requerimento, e, após os trâmites legais, que a decisão provisória seja convolada em definitiva” (fls. 09/10).
É o breve relatório.
Decido.
A concessão de liminar requer a presença conjugada do fumus bonis juris, que se traduz na plausibilidade do direito invocado, e do periculum in mora, o qual se exprime na ineficácia da decisão se concedida somente no momento do julgamento definitivo da ação.
Sendo assim, analisando de forma perfunctória o constante nos autos, verifica-se a presença desses requisitos autorizadores da concessão da medida liminar pleiteada.
Com efeito, é cediço que, nas ações de investigação judicial eleitoral, aplica-se subsidiariamente as disposições do Código de Processo Civil. Dessa forma, o artigo 421, § 1º, do aludido diploma legal estabelece o seguinte:
“Art. 421. (…)
§ 1º. Incumbe às partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da intimação do despacho de nomeação do perito:
I – indicar o assistente técnico;
II – apresentar quesitos.”
Do exame dos autos, verifica-se que os investigados requereram a realização de prova pericial em audiência (fl. 81vº). Por sua vez, o despacho (fl. 87) que deferiu a produção dessa prova e determinou a remessa da mídia para perícia foi devidamente publicado no Diário de Justiça Eletrônico do dia 08/02/2013, conforme certificado à fl. 88, não tendo as partes apresentado quesitos nem indicado assistente técnico.
Ocorre que, de acordo com o dispositivo legal acima transcrito, o aludido prazo de 5 dias é contado da intimação do despacho de nomeação do perito, que, no caso em análise, ocorreu em 08/02/2013.
Ainda que assim não fosse, frise-se que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é pacífica no sentido desse prazo de 5 dias não ser preclusivo, podendo as partes indicarem assistente técnico e apresentarem os quesitos a qualquer tempo, desde que ainda não iniciados os trabalhos do perito (STJ, REsp 796960 / MS, Quarta Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves, j. em 15/ 04/2010, DJe de 26/04/2010; STJ, REsp 193178 / SP, Segunda Turma, Rel. Min. Castro Meira, j. em 04/10/2005, DJ de 24/10/2005, p. 225).
No hipótese em questão, o citado despacho foi publicado em 08/02/2013 (fl. 88), o material foi remetido para a perícia em 15/02/2013 (fl. 235), tendo retornado em 30/04/2013 (fl. 237). Durante todo esse período, os investigados permaneceram silentes, não tendo apresentado quesitos nem indicado assistente técnico, vindo somente em alegações finais (fls. 250/282), protocolizadas em 15/07/2013, suscitar a alegação de cerceamento de defesa ante a não ocorrência de intimação para tal indicação, que, como destacado, já teria sido realizada, à luz do disposto no artigo 421, § 1º, do Código de Processo Civil.
Portanto, não se vislumbra qualquer nulidade na realização da prova em análise a ensejar sua renovação, consoante determinado pelo juízo coator, eis que os investigados foram devidamente intimados da remessa do material para perícia. Ademais, há indícios de que os investigados estariam tentando protrair o julgamento do feito.
Não sendo observada, a princípio, qualquer nulidade na produção da prova pericial, presente, então, o requisito do fumus boni iuris a ensejar o deferimento da liminar pleiteada.
Do mesmo modo, presente o requisito do periculum in mora, já que não se mostra razoável a demora do julgamento de processos em que é requerida a cassação de Prefeito eleito, por trazer insegurança à população do município.
Por todo o exposto, DEFIRO a medida liminar requerida, para cassar a decisão, proferida nos autos da Ação de Investigação Judicial Eleitoral 391-84, que deferiu a realização de nova perícia, e determinar o regular prosseguimento do feito.
Tendo em vista a certidão de fl. 312, intimem-se os impetrantes para regularizarem sua representação processual no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de revogação da liminar e indeferimento da petição inicial.
Dispenso as informações da autoridade coatora, eis que o feito encontra-se devidamente instruído.
Dê-se ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, qual seja, a Advocacia-Geral da União.
Em seguida, abra-se vistas ao Ministério Público Eleitoral.
Por fim, voltem conclusos.
Publique-se.
Rio de Janeiro, 31 de julho de 2013.
Alexandre de Carvalho Mesquita
Juiz Relator

Chico Lopes: Começa a luta por mais recursos para a educação


O segundo semestre será de muitos embates na Câmara dos Deputados, a começar pela luta para garantir mais recursos para a educação. A avaliação é do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), que nesta quinta-feira, 1/8, data de reinício dos trabalhos legislativos, destaca a retomada da votação dos destaques ao projeto de lei 323/07, que destina recursos dos royalties do petróleo à educação e à saúde.


Agência Câmara
Lopes quer reforma política com povo e sem influência econômica    Chico Lopes: 2º semestre começa com luta por mais recursos para a educação
 “Temos total prioridade para concluir a votação das matérias que destinam mais recursos à educação. O projeto que estabelece 75% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação conta com amplo apoio da sociedade e precisa ser aprovado sem modificações na sua essência, garantindo que a educação tenha mais dinheiro”, afirma Chico Lopes.

“Se não for assim, não vai haver recurso suficiente para tirar do papel as metas do PNE, que são muitas e são importantes para um novo padrão de qualidade na educação no Brasil”, acrescenta, citando o novo Plano Nacional de Educação.

O projeto foi modificado pelo Senado e retornou à Câmara Federal, que em nova votação manteve o texto original, conforme aprovado inicialmente pelos deputados, estabelecendo que 75% dos recursos dos royalties do petróleo conseguidos pela União, pelos estados e pelos municípios serão investidos na educação (25% desses recursos irão para a saúde). Pela proposta, quanto à União esses recursos abrangem os royalties de todos os tipos de contrato, incluindo os atuais. Já os estados e municípios destinarão à educação somente os recursos obtidos em novos contratos, válidos a partir deste ano.

Fundo Social do Pré-sal

O deputado Chico Lopes destaca que, além de lutar pelos 75% dos royalties do petróleo para a educação, é preciso garantir 50% do Fundo Social do pré-sal para investimento no setor.

“Essa é a grande bandeira de luta, desde o início. Por isso, somos contra a proposta de destinar apenas 50% dos rendimentos do fundo. Precisamos do maior recurso possível à educação, porque esse dinheiro será investido diretamente para termos novos avanços no nosso País, com mais perspectivas para as pessoas, mais distribuição de renda e de oportunidades”, justifica Chico Lopes.

LDO e vetos

Além dessas matérias, a Câmara deverá participar de sessão conjunta com o Senado, para votação de vetos pendentes a diversos projetos – inclusive o que extingue o fator previdenciário, proposta que conta com apoio do deputado Chico Lopes. A Câmara também precisa votar, até o dia 9/8, a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Fonte: Ascom dep. Federal Chico Lopes (PCdoB-CE)