sábado, 13 de julho de 2013

Prefeitura desconhece a Constituição! E dá início ao novo REDA da educação

Foi publicado hoje (11.07), no Diário Oficial do Município, o edital destinado a contratação imediata de 513 professores temporários. Trata-se do novo REDA, em nova roupagem, mas em minha visão com as mesmas ilegalidades.
Segundo o edital, os profissionais, que agora serão selecionados através de prova objetiva, serão distribuídos da seguinte forma:
Professor II – 25 horas – 283 vagas
Professor II – 35 horas – 146 vagas
Professor I – 20 horas – 84 vagas
Vale, uma vez mais, destacar a decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que ao manter a decisão da 4ª Vara Cível de Campos, que suspendeu as contratações do REDA, reconheceu a ilegalidade da contratação de temporários justamente nas hipóteses elencadas acima. Abaixo, os principais trechos da decisão, que pode ser lida na íntegra aqui.
REDA STF 2
REDA STF 3

Já estava na hora! Senadores discutem alterações nas punições a juízes e MP


O Plenário do Senado iniciou nesta quinta-feira (11) o exame da proposta de emenda à Constituição que exclui a aposentadoria compulsória como punição disciplinar máxima para juízes condenados. No entanto, a votação da matéria, que tramita em conjunto com proposta que faz mudanças semelhantes para membros do Ministério Público, foi adiada.


Durante a sessão, o líder do PMDB, senador Eunício Oliveira (CE), alertou para o risco de insuficiência de quórum, já que as PECs exigem 49 votos para aprovação e o painel registrava pouco mais de 50 presentes. Não foi definido prazo para retorno das matérias à pauta do Plenário.

O texto original da PEC, do senador Humberto Costa, abre a possibilidade de que a aposentadoria compulsória, como punição disciplinar máxima para juízes e promotores condenados, seja substituída pela demissão.

Para Humberto, não é aceitável que, depois de cometerem “faltas gravíssimas, inclusive vendendo sentenças”, magistrados sejam punidos com “mera aposentadoria”, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.

A PEC, por sua vez, prevê a aplicação das penas de demissão e cassação de aposentadoria ou de disponibilidade a promotores e procuradores de Justiça, por meio de decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Pelo texto, também de Humberto Costa, permanecem outras penas, como a remoção compulsória e disponibilidade com vencimentos proporcionais.

Conforme substitutivo do senador Blairo Maggi (PR-MT), relator da matéria, a demissão aguardará a sentença transitada em julgado. Ele ressaltou que a proposta não atinge o princípio da vitaliciedade – que, no entanto, “não deve servir de escudo” para maus juízes ou promotores corruptos.

Blairo lembrou que o tema é complexo e polêmico e destacou que muitos consideram a aposentadoria compulsória como um “prêmio” e não como uma punição, já que o juiz ou o promotor continuaria recebendo remuneração proporcional.

"É preciso lembrar o princípio constitucional de que todos são iguais perante a lei. As garantias asseguradas aos juízes, procuradores e promotores não constituem proteção para quem não cumpre seus deveres" – argumentou.

Blairo explicou que, em caso de ilícitos penais puníveis com perda de cargo, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ou o CNMP ficarão obrigados a representar ao Ministério Público para que proponha, em 30 dias, a ação para a perda do cargo. Haverá a possibilidade de suspensão das atividades, quando a ação for aberta. Se a denúncia tratar de crimes hediondos ou corrupção, o juiz ou promotor será colocado em disponibilidade – com vencimentos proporcionais, o que na prática significa redução de remuneração – enquanto correr a ação.

Conforme emenda apresentada pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o tempo máximo da suspensão será de 90 dias e o de disponibilidade, de 2 anos. Para deixar a situação mais clara, Aloysio Nunes ainda propôs que na legislação específica para magistrados e promotores conste a proibição de pena de aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais. Blairo acatou as emendas e disse que o substitutivo foi fruto de um “grande entendimento”, que permitiu o texto final da proposta.

Entendimento

Humberto Costa agradeceu a ajuda dos colegas e o entendimento em torno da decisão. Ele apontou que os senadores buscaram informações com entidades ligadas ao Ministério Público e à magistratura e agradeceu a iniciativa do presidente Renan Calheiros, que propôs uma pauta prioritária, em acordo com líderes, viabilizando a análise da matéria.

O presidente Renan destacou “a construção do texto” de Blairo Maggi sobre um tema que é importante para o Congresso Nacional e para o Brasil.

Fonte: Agência Senado

Ministério da Saúde aumenta valor do Provab para médicos


Os médicos se recusarem a trabalhar por 10 mil e com péssimas condições de trabalho, todos acham um absurdo, agora o professor com o mesmo nível de escolaridade, com as mesmas condições de trabalho ou até piores, e com um salário que não chega a 2 mil, a sociedade considera normal e até acha que reclamamos de barriga cheia.

 
Chega de elitismos no curso de medicina!
Mais vagas nas universidades públicas! E mais vagas com cotas!
Universidade Pública para os filhos dos trabalhadores!




   Ministério da Saúde aumenta valor do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica.



O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (12) o aumento da bolsa do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) de R$ 8 mil para R$ 10 mil. O novo valor, que vai começar a ser pago em setembro, equipara essa bolsa à do Programa Mais Médicos, lançado no começo da semana.


Em todo o país há 3.568 médicos atuam pelo Provab em regiões carentes de 1.260 municípios brasileiros. Assim com o Mais Médicos, o programa leva profissionais para atuar, sob supervisão de universidades, na atenção básica da rede pública de regiões onde faltam médicos, como no interior e periferias dos grandes centros. Os programas têm carga de 40 horas semanais.

Uma diferença entre os dois programas é que pelo Provab o médico atua por um ano na região para a qual foi designado, e, no Mais Médicos, atuará por três anos. Além disso, os participantes do Provab têm que fazer simultaneamente uma especialização em atenção básica, ofertada por instituições federais de ensino e caso cumpram todos os requisitos, a carga horária do programa e seja aprovado na avaliação final, recebe uma pontuação adicional de 10% nos exames de residência médica, o que não foi definido para o Mais Médicos.

Hoje são 2.092 profissionais em 618 municípios da Região Nordeste; 780 médicos em 321 municípios do Sudeste; 303 profissionais em 150 municípios do Sul; 212 médicos em 84 municípios e dois distritos sanitários especiais indígenas (Dseis) no Centro-Oeste; e 181 em 80 municípios e dois Dseis na Região Norte.

Fonte: Agência Brasil

Jovem paquistanesa pede à ONU mais compromisso com a educação


Nove meses depois de ser alvo de disparos por membros do grupo Talibã, Malala Yusufzai, uma ativista paquistanesa adolescente que defende a educação feminina, fez um discurso na Assembleia Geral da ONU, nesta sexta-feira (12), instando a organização a redobrar seus esforços para proteger a educação no mundo.


Reuters
Malala Yusufzai - Paquistão Malala Yusufzai, ativista adolescente do Paquistão pede à ONU maior compromisso com a educação global
“Eles acreditavam que as balas iam nos silenciar, mas falharam [...], e ao invés do silêncio, milhares de vozes levantaram-se. A partir deste dia, a debilidade e o medo morreram. A coragem nasceu”, disse Malala durante a sessão especial da ONU, em seu primeiro discurso público após a sua rápida recuperação.

Malala acaba de completar 16 anos de idade, e defende o direito de todos os seres humanos à educação. “Hoje não é o meu dia, não é o dia da Malala. É o dia de cada mulher e cada homem que arrisca a sua vida pelos direitos humanos”, ressaltou.


A jovem exigiu de todos os países do mundo o comprometimento com a garantia de uma educação primária a todos os homens e mulheres antes do final de 2015.

Por último, apresentou ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, uma solicitação de mais de 330.000 assinaturas que pede aos 193 Estados integrantes do organismo mundial para destinar mais fundos ao sistema educativo.

Em 9 de outubro de 2012, Malala foi vítima de um disparo na cabeça por parte de integrantes de Tehrik-e Talibã Paquistão (TTP) na cidade de Mingora, no distrito Swat da província de Khyber Pakhtunkhwa (localizado no noroeste do país), por falar contra os extremistas e defender o acesso das mulheres à educação.

Já em abril passado, a revista estadunidense “Time” anunciou o nome da jovem paquistanesa como um dos personagens mais influentes de 2013, assim como uma das favoritas para receber o seguinte Prêmio Nobel da Paz.

De acordo com estimativas do Escritório da ONU para a Educação Global, 34 milhões de meninas adolescentes estão fora da escola, 61 milhões de crianças não têm acesso à educação e 115 milhões dedicam-se a trabalhos arriscados.

Em março, uma professora de escola feminina do Paquistão, Shahnaz Nazli, morreu em consequência de um disparo, na região noroeste do país. O seu assassinato provocou a criação de uma petição no próprio Paquistão, pedindo ao governo que desempenhe um papel mais eficaz na questão.

Com HispanTV

Seminário do PCdoB debate papel da mulher na luta política


Inserir as mulheres nos debates preparatórios do 13o Congresso do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e avaliar os passos dados nos 10 anos de governos democráticos e progressistas, declarou a secretária Nacional da Mulher do PCdoB, Liège Rocha, ao fazer a abertura do seminário 'As Mulheres e as Transformações da Última Década’, nesta sexta-feira (12), em São Paulo.

Joanne Mota, do Portal Vermelho em São Paulo



Foto: Osvaldo Bertolino

O evento, que reuniu mais de 100 lideranças comunistas, representantes de 22 estados brasileiros, pretende avançar na luta pelo protagonismo das mulheres no interior do Partido, especialmente, no fortalecimento da Secretaria Nacional da Mulher e na constituição do Fórum Nacional Permanente do PCdoB sobre a Emancipação das Mulheres.

Como o tema ‘As Mulheres e as Transformações da Última Década’, a mesa de abertura contou com a participação do secretário nacional de Formação do PCdoB, Adalberto Monteiro, e do secretário de Relações Internacionais do PCdoB, Ricardo Alemão Abreu, que destacaram o papel da mulher na luta política e o comprometimento do PCdoB com a luta feminista.

Para Liège Rocha, “esse espaço se converte em uma oportunidade rica não só para fortalecer o papel da mulher nas trincheiras do PCdoB, mas também no entendimento da conjuntura política, na preparação das mulheres para a luta política em curso e, sobretudo, na participação das mulheres nos espaços de debate no 13o Congresso do Partido”.

Durante sua fala, a dirigente comunista ressaltou que na última década foram alcançadas algumas conquistas, como a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres, o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, a realização das Conferências Nacionais, a implementação de políticas públicas no combate à discriminação e de garantia da igualdade. No entanto, Liège acredita que “é chegada a hora de avançar e o seminário será um espaço para que as comunistas olhem atentamente para essa década e contribua para a construção de uma estratégia de ampliação dessas conquistas”.

Ciclo político progressista

Com o objetivo de esclarecer os reflexos dos últimos acontecimentos na esfera política e pontuar os aspectos centrais das teses do 13o Congresso do PCdoB, Adalberto Monteiro, secretário de Formação do PCdoB, iniciou sua fala fazendo um balanço sobre as manifestações de junho. “As manifestações estimularam uma movimentação para atender as reinvindicações da ruas, que observamos ter um efeito muito pedagógico e que reflete diretamente na aprendizagem para o povo brasileiro”, pontuou.


Foto: Osvaldo Bertolino

Diante da atual conjuntura, o dirigente comunista também refletiu sobre a centralidade da realização das reformas democráticas. “Não é de hoje que o PCdoB defende as reformas. A voz das ruas apontam problemas que carecem de reformas para serem sanados. Só assim avançaremos nas mudanças”.

Na oportunidade, Adalberto ainda destacou o papel dos meios de comunicações na atual conjuntura e lembrou que “mais do que nunca precisamos lutar pela reforma da mídia. A mídia conservadora age de modo escancarado, como partido politico, tentando tutelar e manipular as manifestações. Numa clara tentativa de desgastar o governo Dilma Rousseff, que é hoje a liderança da base popular e progressista que governa o Brasil”.

Para Adalberto Monteiro, “da declarada investida da mídia, é chegada a hora de fortalecer o protagonismo da esquerda na luta política. Assim, garantiremos o processo em curso, assim teremos espaço para avançar nas mudanças. Para tanto, o primeiro passo é olhar de onde partimos e onde chegamos. Entender o que foi a herança recebida em 2003 pela base progressista e popular, que era de total retrocesso social, promovida pela avalanche neoliberal”.

Crise sistêmica do capitalismo

Em sua fala, o secretário de Relações Internacionais do PCdoB, Ricardo Alemão Abreu, apresentou um balanço dos reflexos da crise estrutural e sistêmica do capitalismo. Segundo ele, o mundo assiste a um processo de transição, que coloca em destaque diferentes atores.


Foto: Osvaldo Bertolino

“É preciso ter em mente que nesse momento o Brasil, bem como os países emergentes, sofre um significativo impacto da crise do capitalismo. Esse impacto é potencializado pela expansão global do capital financeiro e pela sobreacumulação de capital na presente crise. O PCdoB entende esse processo como uma tragédia social e brutal de exploração dos trabalhadores”, externou o dirigente.

Alemão também refletiu sobre as manifestações de junho. “Um dos grandes alvos das manifestações foram os partidos de esquerda, os movimentos progressistas que querem mudanças para o país”. Segundo ele, as manifestações foram direcionadas por setores orientados para isso, a história responde isso. E o objetivo delas é gerar um clima de caos e de ingovernabilidade no Brasil.

Ele também pontuou que no resto da América Latina não foi diferente. “Precisamos olhar com atenção para a onda de golpes que ocorreram em toda a América Latina, com o objetivo de barrar os governos populares e progressistas nessa região. Esse movimento tem a mão do imperialismo. O caso Snowden é um exemplo disso”. E destacou a iniciativa da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) em emplacar uma CPI para investigar a espionagem no Brasil.

O dirigente comunista reafirmou que a luta pela soberania é cada vez mais urgente e estratégica para a segurança nacional. E lembrou que mesmo com avanços, ainda falta muito para conquistarmos uma política de segurança ideal.

As atividades do seminário continuam neste sábado (13).

Programação

9 horas - As Políticas Públicas para as Mulheres
Palestrantes: Nilcéa Freire - Ex-ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres e atual representante da Fundação Ford no Brasil
Olgamir Amâncio - Secretária de Políticas Públicas para Mulheres do Distrito Federal
Ana Rocha - Secretária Especial de Mulheres do Município do Rio de Janeiro
Coordenação: Lúcia Rincón - Integrante da Comissão de Monitoramento do Plano Nacional Políticas para Mulheres do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher

14 horas - Mulher, Democracia e Mídia: Perspectivas
Palestrantes: Rachel Moreno - Psicóloga, pesquisadora e escritora
Altamiro Borges - presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
Coordenação: Julieta Palmeira - Secretária de Comunicação do PCdoB-BA

Endereço:
Local: Leques Brasil – Hotel
Endereço: Rua São Joaquim, 216 – Liberdade – São Paulo

Mobilização dos trabalhadores: Centrais sindicais avaliam dia 11 e fixam calendário de protestos


Após a mobilização de milhares de pessoas em todo o país, o movimento sindical organizado avaliou positivamente o dia de greves, mobilizações e passeatas. Esse foi um tema unânime na coletiva de imprensa dada por representantes das oito centrais sindicais (CTB; CUT; Força Sindical; UST; CBDT; Conlutas; Nova Central e CGTB) que estiveram reunidas nesta sexta-feira (12), em São Paulo, para avaliar o Dia Nacional de Lutas realizado na quinta-feira (11).


  Centrais sindicais avaliam dia 11 e fixam calendário de manifestações.
Desta vez, o Dia Nacional de Lutas reuniu centrais sindicais, partidos de esquerda, trabalhadores sem terra, estudantes e o movimento social em geral, organizados em torno de uma plataforma política única.

Para a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) interessa ao movimento o avanço em um projeto progressista, que defenda a valorização do trabalho, a soberania da nação e a distribuição de renda. Para tanto, o presidente nacional da CTB, Wagner Gomes, avalia o resultado das manifestações como positivo. “Foi uma mobilização muito politizada. Nós tivemos mobilização no Brasil inteiro, nas capitais e também nas cidades do interior – que geralmente é mais difícil de ocorrer – mas o Dia Nacional de Lutas serviu também para dizer à população que temos uma pauta que inclui vários pontos daqueles divulgados nas passeatas de junho.”

Segundo o dirigente sindical, além da divulgação das pautas das centrais, o movimento conseguiu abordar pautas que estão sendo discutidas com o governo. “Temos uma avaliação extremamente positiva do Dia, pois conseguimos divulgar as pautas das centrais sindicais, as quais estamos discutindo com o governo. Além disso, a parte econômica também foi referendada nos protestos.”

Para Wagner Gomes, o prazo máximo da expectativa de negociar com o governo será o dia 30 de agosto, data na qual irão chamar outra paralisação nacional. “Esperamos que o governo possa atender nossas reivindicações e se isso não ocorrer, vamos ver que tipos de medidas iremos adotar”, concluiu.

O dirigente nacional da CTB, Eduardo Navarro, que participou da reunião realizada pelas Centrais, informou que as entidades foram unânimes em avaliar que o dia 11 foi um dia vitorioso para a classe trabalhadora. “Primeiro que foi a maior manifestação dos últimos tempos, conseguimos mobilizar todos os estados que realizaram atos, passeatas, greves com uma pauta unificada, demostrando uma grande receptividade da classe trabalhadora”, ponderou.

Outro importante tema debatido na reunião das centrais, segundo Navarro, foi a perspectiva de manter e cobrar do governo que esteja em sintonia com a voz das ruas. E um dos temas importantes que estão em debate é o projeto de lei que implementa a Terceirização na lei trabalhista. “Vamos ampliar a pressão para o arquivamento da PL 4330 no Congresso Nacional”. Ainda no mês de agosto, no dia 6, haverá manifestações contrárias ao Projeto de Lei da Terceirização. Segundo Navarro, estes atos contra a terceirização ocorrerão em frente às sedes das entidades patronais estaduais e também em Brasília, nas sedes das entidades patronais nacionais.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, também falou à imprensa e avaliou como muito positiva a paralisação do dia 11. “As Centrais Sindicais entendem que atingiram seus objetivos. Houve muita participação dos trabalhadores. São Paulo e as demais capitais viveram ontem um dia de feriado – isso é verdadeiro. Nós conseguimos dialogar com os trabalhadores mostrando a importância dos sindicatos e das Centrais Sindicais. Nós achamos que é um momento importante, para o Congresso Nacional especialmente, e para o próprio governo atenderem a pauta de reivindicações.”

Sobre críticas da imprensa em relação à pouca adesão ao movimento, Vagner Freitas respondeu que o objetivo de quinta-feira (11) não era a paralisação de todos os trabalhadores. “Aquilo não era uma greve geral, e nunca foi isso. Eram atividades reivindicatórias com paralisações parciais, tanto que tinha ato marcado para meio-dia, duas horas da tarde. Ninguém faz ato meio-dia, duas horas da tarde. Então, obviamente, que o retorno foi em cima do que havia sido proposto”, explicou o sindicalista, que completou: “Agora, o que a grande mídia procura fazer é, mais uma vez, diminuir o movimento sindical, diminuir as Centrais Sindicais, desqualificar o movimento, porque tem interesses econômicos por trás disso. Afinal, eles são financiados pelos grandes empresários”.

Bandeiras

Dentre as bandeiras levadas para as ruas estão as reivindicações pelo fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40h semanais (30h para a saúde), reforma agrária, o combate à terceirização, entre outras. Todas elas contidas na Agenda da Classe Trabalhadora, aclamada na 2ª Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora), em junho de 2010.

Em várias cidades do Brasil, categorias de trabalhadores e setores sociais continuam fazendo mobilizações massivas. Petroleiros, bancários, metalúrgicos, professores e estudantes continuam se manifestando.

Da Redação, em São Paulo

terça-feira, 9 de julho de 2013

Tempos difíceis, ainda hoje, Nelson Rodrigues CENSURADO!!!!!!!!!

Por conta da religião de Rosinha Nelson Rodrigues é censurado, não é ditatura, mas a cada dia parece mais com os tempos de chumbo. Censura! Falta de Transparência! Rasgando a constituição! Qualquer semelhança não é mera coincidência!


(Arte de Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)
(Arte de Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)
“A Prefeitura de Campos não vai se pronunciar, porque desconhece oficialmente o assunto”. Foi com essa evasiva que a secretaria municipal de Comunicação Social de Campos, por meio do jornalista Frânio Abreu, respondeu por telefone, às 17h34, ao pedido de esclarecimento feito repórter da Folha Celso Cordeiro, em relação à grave denúncia de que a encenação da peça “Bonitinha, mas ordinária”, de Nelson Rodrigues (1912/80), maior nome da dramaturgia brasileira, que seria apresentada no Trianon pelo grupo carioca de teatro “Oito de Paus”, como chegou a ser programado para 10 de agosto, foi cancelada com a justificativa de que o texto seria “imoral”, teria “muitos palavrões”, o que “poderia ofender a prefeita Rosinha, por ela ser evangélica”.
Segundo divulgou inicialmente aqui o blogueiro Cláudio Andrade, em e-mail enviado pelo diretor do grupo “Oito de Paus”, Luiz Felipe Perinei, a versão ao cancelamento da peça lhe teria sido repassada pelo ex-diretor da Fundação Trianon, hoje superintendente do teatro, após a reforma administrativa de Rosinha, João Vicente Alvarenga. Este, de acordo com Luiz Felipe, teria se mostrado “indignado” com a decisão, que teria sido tomada pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, nova toda-poderosa da cultura de Campos, presidida pela Patrícia Cordeiro, esposa do cantor baiano Lucas “Cebola” e considerada pessoa do círculo de confiança pessoal da prefeita Rosinha.
“Bonitinha, mas ordinária”, em uma de suas versões para o cinema, de 1981, estrelado por Lucélia Santos
“Bonitinha, mas ordinária”, em uma de suas versões para o cinema, de 1981, estrelado por Lucélia Santos
Não por outro motivo, João Vicente e Patrícia também foram procurados pela reportagem da Folha. No relato criterioso do seu jornalista Celso Cordeiro:
— João Vicente foi procurado, por telefone, às 14h30, mas não se encontrava na presidência do Teatro Trianon. Sua secretaria Vânia atendeu e prometeu localizá-lo, tendo o cuidado de saber antes qual era o assunto. Informada, pediu para que entrasse em contato daqui a uma hora. Às 15h35m, durante novo contato disse que ele não se encontrava e que não tinha hora para chegar, mas que o recado foi passado. Quanto a Patrícia Cordeiro, ao ser contactada, às 14h51, também não foi localizada, mas no seu gabinete, a secretária Carla Rocha pediu o telefone do repórter e disse que retornaria. Nesta verdadeira via-crucis telefônica, às 15h10m, o assessor de imprensa da Fundação Oswaldo Lima, Ruan Gomes Barros, ligou à redação da Folha. Pediu que o assunto a ser tratado com Patrícia fosse formalizado através de e-mail e, que logo em seguida, daria a resposta também por e-mail. Às 16h, após o envio do e-mail solicitado, Ruan foi procurado novamente, mas argumentou que Patrícia não havia chegado e que tão logo tivesse a resposta, a enviaria. Diante da observação que a matéria teria horário para ser fechada, disse lamentar mas que nada poderia fazer.
Também integrante do grupo “Oito de paus”, Rodrigo Vahia se manifestou aqui, sendo replicado aquino blog da editora da Folha Dois, Lívia Nunes, sobre o cancelamento da peça no Trianon, e seus supostos motivos de ordem pessoal e religiosa da prefeita de Campos:
— O fato que vou relatar aqui é GRAVE. Não pelo aspecto financeiro ou pelo descomprometimento. Mas pelo coronelismo e pelo cerceamento ao direito individual de liberdade. Além de, grosseiramente falando, ainda termos pessoas despreparadas e imbecis opinando e interferindo sobre políticas culturais, quando na verdade não deveriam nem estar varrendo rua, que é para não ofender os garis. Mas o fato é que o meu grupo de teatro teve a peça “Bonitinha, mas Ordinária” CENSURADA em Campos, pela Fundação Trianon, após a troca da sua presidência que resolveu rever os projetos já contratados. Simplesmente porque a peça de Nelson Rodrigues poderia ofender a prefeita Rosinha Garotinho, que é evangélica. Em pleno século XXI? Roubo, corrupção, lavagem de dinheiro através de ONGs, isso não ofende a atual prefeita, não é… Coitada, ela não deve saber dessas coisas… Ou deve rezar bastante e seu Deus a perdoa. Afinal, dinheiro não falta para pagar a própria redenção. Mas aí já não cabe a ninguém… Já que trata da individualidade dela. A questão é quando a individualidade de um governante interfere nas escolhas referentes ao coletivo. E é na minha opinião, a menos que eu esteja realmente ficando louco, INADMISSÍVEL, uma peça ser censurada porque pode desagradar esse ou aquele político!!! SE ALGUÉM CONCORDA COMIGO, POR FAVOR, COMPARTILHE ESSA MENSAGEM ATÉ QUE ELA CHEGUE À FUNDAÇÃO TRIANON EM CAMPOS. Não porque eu queira fazer a peça lá agora, porque sinceramente perdi a vontade. Mas porque acho digno mostrar também a essas pessoas que não vivemos mais em um regime absolutista e que não se faz política, nem muito menos arte, com a opinião ou aprovação de quem quer que seja. Nem de Deus. Quiçá de uma rosa.
Atualização às 19h50 para correção de datas.