sábado, 2 de abril de 2011

Comunicação para elevar a consciência política do povo


O PCdoB realiza neste final de semana (2 e 3), na sede do Comitê Central, em São Paulo, o Encontro Nacional de Comunicação. Participam do evento secretários de Comunicação, jornalistas e representantes da área de 19 estados brasileiros. O evento analisa a atual situação política no Brasil e no mundo, as ameaças imperialistas e os desafios do governo Dilma e das forças de esquerdas brasileiras.

   O encontro debate ainda a importância da comunicação partidária como um instrumento para elevar o nível de consciência política do povo e seu papel de porta-voz do PCdoB.
   O presidente Nacional do PCdoB, Renato Rabelo, fez uma abordagem sobre a situação internacional e destacou que o mundo de hoje está carregado de grandes ameaças contra os povos e nações. Segundo ele, a política do imperialismo, em sua essência, continua a mesma e não mudou. Essa situação influencia a realidade brasileira e é nesse quadro que tem início o governo Dilma.
    Renato Rabelo afirmou que o Brasil continua vivendo um momento de transição e de um novo ciclo político – inaugurado com a vitória de Lula em 2002 e que prossegue com a eleição de Dilma em 2010. Para o dirigente comunista, este é um período de acumulação de forças de sentido estratégico e revolucionário. Ele disse que os desafios da presidente Dilma Rousseff serão ainda maiores do que aqueles enfrentados pelo governo anterior.
    Ele explicou que o grande desafio é garantir o apoio do povo e a unidade de sua base heterogênea em torno da tarefa da concretização do Plano Nacional de Desenvolvimento — com democracia, valorização do trabalho e soberania nacional.
   O presidente do PCdoB apresentou as tarefas mais imediatas do partido conforme as resoluções da última reunião do Comitê Central, realizada entre os dias 19 e 20 de março. Entre elas estão: impulsionar o governo no sentido das mudanças, intensificar a mobilização popular por direitos e reformas, preparar o plano do PCdoB para 2012, divulgar em massa o programa do Partido, fortalecer e expandir as fileiras do Partido e aperfeiçoar sua estrutura organizativa, através de organizações de base e intermediárias fortes.

Tarefas da comunicação

   O secretário Nacional de comunicação do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, ressaltou as tarefas essenciais da comunicação, caracterizando o setor como o porta-voz do partido “uma trincheira da luta de ideias, uma das vertentes da acumulação estratégica e revolucionária de forças e uma ferramenta da construção do Partido”.
   José Reinaldo destacou as dimensões principais do trabalho da comunicação: ideológica, teórica, política, cultural, de massas e organizativa, ressaltando as ligações entre a comunicação e os demais setores do partido que também lidam com essas questões.
   Ele insistiu que na comunicação, como em outros setores da atividade do partido é preciso reforçar a identidade comunista, o caráter de classe do partido, o rumo socialista da luta e a peculiaridade nacional do caminho a percorrer. O secretário lembrou que as grandes referências ideológicas e políticas do trabalho de comunicação são o marxisismo-leninismo e o Programa do Partido.
   O dirigente discorreu sobre o foco principal do trabalho de comunicação: difundir as orientações, análises, posições, ações e objetivos do partido. Para ele, a comunicação partidária deve contribuir para elevar o nível de consciência política do povo.
   Ele encerrou sua participação explicando que, a partir de agora, todas as ações e iniciativas do PCdoB até o dia 25 de março de 2012 serão organizadas no marco das comemorações do 90º aniversário do partido.

Vermelho

  
O jornalista e editor-adjunto do Vermelho, Umberto Martins, falou sobre as peculiaridades do jornalismo proposto e executado pelo Portal em contraste com a grande mídia hegemônica. “Fazemos um jornalismo que toma partido, tem opinião e que não é falsamente imparcial. Tomamos partido dos trabalhadores e do povo na luta política e social”, afirmou.
   Umberto criticou ainda o Partido da Mídia Golpista (PIG) que se diz apartidário, mas que participou ativamente de grandes eventos antidemocráticos do Brasil como o golpe militar (1964-1985).

Layout

   O jornalista e chefe de redação do Vermelho, Claudio Gonzalez apresentou as novas mudanças propostas para o layout do Portal. As mudanças irão trazer mais dinamismo e modernidade para a página principal do Vermelho, facilitando a navegação e evidenciando as principais notícias publicadas.

Os debates a sobre importância da comunicação partidária e as mudanças do Vermelho prosseguem amanhã (3).

Da redação

Orlando Silva: Faremos a melhor Copa da história


A Copa do Mundo da Fifa 2014 é muito mais que a disputa de 64 partidas de futebol por seleções de 32 países. É um evento que produz oportunidades e que serve como catalisador para o desenvolvimento de quem a realiza.

    A Copa é excelente plataforma para a promoção de nosso país em âmbito global. O mundo verá uma nação moderna e inovadora. Uma democracia forte. Um lugar marcado pela diversidade, pela tolerância e pela cultura de paz. Uma nação com economia complexa, estável, que permite desenvolvimento sustentado e forte política de inclusão social e distribuição de renda.
    A Copa é compromisso de governos. As garantias governamentais oferecidas pelo país à Fifa têm sido cumpridas, inclusive com ajustes na legislação nacional.
    A governança pública do processo de preparação do evento se funda num pacto firmado entre os entes federativos e fixado em uma matriz de responsabilidades. Essa matriz estabelece as atribuições de União, Estado, Distrito Federal e municípios, define orçamentos e cronogramas e é um documento público, o que permite transparência e acompanhamento por toda a sociedade.
    A Copa tem ciclos de planejamento e trabalho. Já cumprimos o primeiro, selecionamos os projetos e viabilizamos o financiamento de ações de infraestrutura. São projetos para estádios, mobilidade urbana, aeroportos e portos que ora são executados.
    O segundo ciclo incorpora outros temas fundamentais, como segurança, turismo, telecomunicações, energia, saúde e sustentabilidade ambiental. O terceiro ciclo tratará de temas operacionais do evento.
    A Copa gera empregos. Estudo contratado pelo Ministério do Esporte estima que serão criados 330 mil empregos permanentes até 2014 e que o evento produzirá outros 380 mil empregos temporários.
    A Copa tem dia e hora marcados para começar, e esse cronograma antecipa mudanças e investimentos que mais cedo ou mais tarde o país teria que fazer.
    Aeroportos são um exemplo: além de disponibilizar todo o recurso necessário para a Infraero ampliar a capacidade do sistema aeroportuário, o governo faz ajustes institucionais e de gestão, o que significa reestruturar o comando da área, inclusive absorvendo maior participação do setor privado. Há expectativa, com tais mudanças, de acelerar o ritmo da atividade nessa área e de requalificar 13 aeroportos.
    A Copa estimula a melhoria do transporte coletivo nas nossas principais cidades. São 54 projetos para aperfeiçoar a mobilidade urbana.
    Aqui, o desafio do cronograma é urgente, pois 70% das obras começam neste ano. O governo federal garantiu o financiamento, e a execução está nas mãos de prefeituras e de governos estaduais.
    A Copa deixará no Brasil estádios mais confortáveis e seguros. Os governos locais escolheram as arenas e o BNDES ofereceu uma linha de crédito para atender aos padrões da Fifa. Em dez cidades-sede, as obras estão em execução.
    Natal finaliza a contratação da empresa que fará o seu estádio, enquanto São Paulo terá empreendimento vinculado a um clube local. Prefeito e governador dão garantias de que o estádio paulista estará pronto no prazo acordado.
    Os preparativos para a organização do mundial de futebol aumentam o ritmo a cada dia. Trabalhamos para organizar a melhor Copa da história, um evento que deixe um legado que orgulhe os brasileiros. O país pode confiar.


* Orlando Silva (PCdoB) é ministro do Esporte e coordenador do Comitê Gestor de Ações do governo brasileiro para a Copa do Mundo da Fifa 2014
Fonte: Folha de S.Paulo

Exército manda que general se cale e cancela palestra pró-64


O Comando do Exército abortou na última hora uma palestra com potencial explosivo do diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), general Augusto Heleno, com apologia ao Golpe de 1964. O tema da palestra seria “A Contrarrevolução que Salvou o Brasil”.

   A apresentação do general estava confirmada até as 17 horas de quarta-feira, quando chegou a ordem do comandante do Exército, Enzo Peri, determinando o cancelamento do evento. A apresentação ocorreria no mesmo dia em que Heleno, liderança expressiva na caserna, foi para a reserva.
    Primeiro comandante brasileiro no Haiti, o general preferiu silenciar sobre o conteúdo da palestra e também sobre os motivos pelos quais o evento foi cancelado. Disse apenas que cumpriu ordem superior: “Recebi ordem. Sou militar, recebo ordem. Hierarquia e disciplina. Recebi a ordem ontem, no final da tarde. Tem uma frase famosa: nada a declarar”, afirmou Heleno.
    O general se limitou a dizer que a abordagem seria exclusivamente "31 de março de 1964", mas não quis entrar em detalhes sobre o contexto histórico que seria levado aos colegas de farda. Nas redes sociais, militares se preparavam para o "desabafo de Heleno". Um oficial ouvido pelo jornal O Globo disse que o depoimento era aguardado com "grande expectativa".
    Nesta semana, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, determinou aos comandantes das três Forças que não houvesse qualquer ato que exaltasse a data que deu início ao regime militar. Entretanto, como Heleno é general de quatro estrelas com grande destaque na tropa, coube ao comandante Enzo Peri a tarefa de impedir sua manifestação, às vésperas de sua aposentadoria.
   Quanto às comemorações nos clubes militares, o ministério avalia que não tem como evitar ou tentar coibir manifestações de oficiais da reserva que estavam na ativa naquele período.

Da Redação, com informações do O Globo

sexta-feira, 4 de março de 2011

Organizar sistema de direção dos movimentos é tarefa de todos

O Plano de Trabalho da Secretaria Nacional de Movimentos Sociais do PCdoB para 2011, aprovado no dia 20 de fevereiro em encontro com secretários e secretárias estaduais de movimentos sociais de 13 estados, para além de congressos, seminários e encontro de nossas frentes de massa, aponta três diretivas fundamentais para o partido.


Por Edson França*

Tais diretivas são impulsionar o funcionamento do Fórum Nacional de Movimentos Sociais do PCdoB nacionalmente e nos estados, consolidar a rede de secretários de movimentos sociais do PCdoB e fortalecer a CMS como espaço amplo de articulação dos movimentos sociais.

Colocadas em prática, essas diretivas poderão posicionar adequadamente o Partido nos movimentos sociais e prepará-lo para intensificar as mobilizações de massa para impulsionar os avanços e intensificar as mudanças iniciadas no governo Lula.

Fórum Nacional de Movimentos Sociais do PCdoB

O Fórum de Movimentos Sociais é uma estrutura auxiliar de direção, aprovada pelo Comitê Central em 07 de fevereiro de 2010. Agrega secretarias que têm trabalho de massa (movimentos sociais, sindical, mulher, juventude...), as principais frentes de massas dirigidas por comunistas (CTB, UNE, UBM, UNEGRO, CONAM, UJS...) e as recém-constituídas coordenações (LGBT, Reforma Urbana e Comunitária, Direitos Humanos, Combate ao Racismo) para organizar, elaborar e acompanhar unitariamente as ações do Partido nos movimentos sociais. Trata-se de uma estrutura importante, pois dá maior coesão na atuação e combate a dispersão dos comunistas nos movimentos sociais, sem desconsiderar a importância de cada área de atuação e a crescente especialização das frentes.
O Fórum de Movimentos Sociais leva com maior rapidez e eficiência as ideias do Partido para as massas sociais, pois através das frentes de massas e das coordenações, as direções partidárias interagem com os quadros intermediários, ou seja, fazem a ligação do Partido com o povo. A partir da instalação do fórum nacional e nos estados teremos um espaço de capaz de atualizar cotidianamente a política dos comunistas nos movimentos sociais, além de evitar voluntarismo, ações isoladas, dicotômicas e contraditórias com as orientações do Partido. O Plano de Trabalho da Secretaria Nacional de Movimentos Sociais do PCdoB 2011 reconhece que a diversidade e especificidades dos movimentos sociais nos estados obrigarão a adequação da estrutura do Fórum, considerando o modelo aprovado pelo CC. Estabelece como meta para implantação dos fóruns de movimentos sociais nos estados o mês de dezembro.

Rede de secretários de movimentos sociais do PCdoB

A rede de secretários de movimentos sociais é a parte mais sensível na estrutura de direção dos comunistas nos movimentos sociais. O Partido reconhece os movimentos sociais – ao lado da luta institucional e a luta das ideias – como eixo estruturante de acumulação de forças. A subestimação dessa assertiva é um obstáculo ao pleno desenvolvimento da tática partidária, pois um sistema de direção dos movimentos sociais implantado com ineficácia fragiliza nossa atuação e impede um bom posicionamento dos comunistas nas lutas das massas sociais.
Temos que aperfeiçoar a direção dos comunistas no movimento social, avançar a retórica e investir no fortalecimento da rede de secretários e secretárias. Para isso, alguns passos são determinantes. É preciso garantir que todos os estados, capitais e grandes municípios tenham secretarias de movimentos sociais e assegurar que o perfil dos secretários e secretárias de movimentos sociais se adéque ao aprovado no Plano de Trabalho: “(...) ser membros do Secretariado e/ou da Comissão Política do Comitê Estadual/Municipal; tarefa e dedicação prioritária ao trabalho de direção partidária nessa frente; estilo de direção coletiva capaz de articular e envolver o Fórum de Movimentos Sociais e as frações ligadas à Secretaria; experiência de atuação em alguma frente de luta de massas”.

Coordenação dos Movimentos Sociais

A Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e o Fórum das Centrais se tornaram os principais espaços de articulação dos movimentos sociais e de organização das lutas de massas no Brasil. As principais lutas e mobilizações que foram travadas pelos movimentos sociais nos últimos anos tiveram o protagonismo das forças políticas e sociais que compõe a CMS (é importante destacar que a CUT, CTB e CGTB compõe a CMS e a Força Sindical tem solicitado sua entrada, de modo que há grande intersecção entre os dois espaços). A CMS é um espaço consequente com potencial de mobilizar as massas sociais para assegurar o avanço e aprofundamento das políticas progressistas que contribuíram com o desenvolvimento do Brasil.
Para isso é necessário maior sintonia com o Fórum das Centrais, consolidação da CMS nos estados e bandeiras políticas unificadas. O Projeto Brasil e a Agenda da Classe Trabalhadora são as fontes de onde devemos retirar as bandeiras, pois são dois documentos atuais, legitimados por encontros massivos organizados no ano passado, a Assembleia Nacional da CMS e a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora organizado pelas Centrais Sindicais.
Os comunistas reiteraram diversas vezes seu compromisso com o fortalecimento da CMS por compreender que somente unidas e mobilizadas as forças sociais progressistas terão condições de intervir concretamente nos rumos da política nacional. Dentro da CMS, além de contribuir para organizar os movimentos sociais, travamos a luta de ideias, pois a diversidade de forças e seguimentos sociais que a compõe torna o terreno fértil para incompreensões, unilateralismos, superficialidade e equívocos. Daí a necessidade do partido atuar para garantir a unidade da CMS, evitar vacilo e assegurar a justa política para os movimentos sociais.
Nós, comunistas, não associamos mobilização social a oposição, e não acreditamos em mudanças profundas sem pressão e mobilização social. Acreditamos na força das massas nas ruas com direção política, provadas em vários episódios de nossa história, como o movimento abolicionista, a luta pela república, pelo petróleo, as Diretas Já, impeachment de Collor e tantos outros momentos em que o povo foi para as ruas e determinou um futuro diferente. Estamos, também, observando a força das massas populares nas ruas dos países árabes e do norte da África.
Por fim, o Plano de Trabalho da Secretaria Nacional de Movimentos Sociais do PCdoB 2011 desafia todos os comunistas a tratar com maior zelo o sistema partidário de direção dos movimentos sociais. Estamos convictos de que esse zelo permitirá um virtuoso crescimento do Partido nos movimentos sociais, e, consequentemente, o crescimento das ideias do Partido nas massas e o crescimento do próprio PCdoB.

* presidente Nacional da UNEGRO, membro do Comitê Central do PCdoB e Secretário Nacional Adjunto de Movimentos Sociais

Dilma recebe PCdoB e promete reunir Conselho Político

A presidente Dilma Rousseff disse, em jantar com dirigentes e lideranças do PCdoB, que vai reunir o Conselho Político, no dia 23, para explicar as medidas econômicas adotadas pelo governo. O objetivo é justificar a opção por um salário mínimo (R$ 545) mais baixo, o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento Geral da União e a elevação da taxa básica de juros (Selic), que já subiu um ponto percentual este ano – de 10,75% para 11,75% ao ano.

Foi da presidente a iniciativa de convidar integrantes do PCdoB para jantar, na quarta-feira (2), no Palácio da Alvorada. Do lado do partido, participaram do encontro no Palácio da Alvorada o presidente Renato Rabelo, os líderes na Câmara dos Deputados, Osmar Júnior (BA), e no Senado, Inácio Arruda (CE), e o ministro do Esporte, Orlando Silva. “Foi um encontro informal, mas muito produtivo”, resumiu Renato Rabelo, em seu blog. “Pudemos trocar opiniões sobre a situação do país, a economia e o desenvolvimento.”

Segundo o presidente do PCdoB, o governo vislumbra um crescimento do PIB entre 4,5% e 5% em 2011. “Outra ênfase dada pela presidenta foi na manutenção dos investimentos sociais. O reajuste dos benefícios do Bolsa Família mostram esta disposição”, afirma Renato.
Durante o evento – que contou com a presença dos ministros Antônio Palocci (Casa Civil) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais) –, Dilma afirmou que as medidas adotadas até agora visaram a combater a alta da inflação, sua maior preocupação neste momento. Na opinião de Dilma, os cortes no orçamento foram "inevitáveis". O propósito do ajuste nas contas públicas, de acordo com Dilma, é ajudar a conter a demanda da economia, que, mesmo com a recente desaceleração, já constatada pelo governo, ainda está muito aquecida.
Comandado pelo PCdoB, o Ministério do Esporte, por exemplo, sofreu corte de 64,1% – a maioria em emendas feitas por parlamentares – na dotação aprovada pelo Congresso. Dilma revelou aos comunistas que, apenas na rubrica "restos a pagar" do orçamento, recebeu R$ 60 bilhões. São despesas, explicou, que terão de ser pagas pelo menos em parte até o fim do ano.
Demonstrando otimismo, a presidente comentou que as medidas adotadas até agora estão começando a produzir resultado. Disse, por exemplo, que dados preliminares obtidos pelo governo mostram a inflação de alimentos – que pressionou os índices de preços no início do ano – "embicando" no segundo trimestre.

Relações com partidos


Aos representantes do PCdoB, Dilma afirmou que não quer ficar isolada no Palácio do Planalto, longe dos partidos que a apoiam. Por essa razão, deve fazer de encontros como o da noite de quarta-feira uma rotina. Ela pretende convocar o Conselho Político, que reúne os presidentes dos partidos da base aliada ao governo, toda vez que julgar necessário esclarecer os rumos do governo.
“A presidenta também fez questão de ressaltar que deseja estabelecer este diálogo com o PCdoB de forma regular. Este é nosso objetivo também – buscar junto à presidenta Dilma o crescimento e o desenvolvimento social, econômico e soberano de que o Brasil precisa”, sublinha Renato Rabelo.
Ainda no jantar, Dilma disse que a iniciativa da reforma política – diferentemente do que ocorreu no governo Lula, quando foi enviada uma proposta ao Congresso – deve ser dos partidos e parlamentares. O governo, esclareceu ela, não participará diretamente desse debate.

Da Redação, com agências

sábado, 26 de fevereiro de 2011

PARTIDO VIVO: Organizações de Base: os alicerces do PCdoB

Os alicerces do PCdoB e de todo seu trabalho são as Organizações de Base, as chamadas OBs. Elas são formadas nos locais de trabalho, de moradia, de estudo, em todo lugar onde o partido tem militantes.

O PCdoB luta para que todo militante esteja integrado na sua Organização de Base. E para que todo o trabalho partidário se desenvolva através das OBs, coletiva e organizadamente.

FILIE-SE

Amazonas tem perfil parlamentar publicado em livro pela Câmara

Conforme destacou Pedro de Oliveira, este perfil parlamentar procura resgatar as contribuições de João Amazonas não somente no âmbito do Congresso Nacional, mas também na esfera do movimento social, intelectual e político brasileiro. Amazonas teve a maior parte de sua vida marcada “pela perseguição ininterrupta de governos arbitrários e ditatoriais. Conquistados os períodos preciosos de liberdade, entretanto, suas atividades puderam ser acompanhadas de perto, como o foram durante meados dos anos 40 do século passado, quando da Constituinte de 1945, e depois a partir de 1985, com a redemocratização do país”.

O processo para a realização do livro durou sete anos e consistiu no processo de levantamento dos discursos realizados no plenário do Congresso Nacional quando da discussão da Constituinte de 1945, além de uma biografia escrita pelo historiador Augusto Buonicore e textos assinados por Renato Rabelo (presidente do PCdoB), José Carlos Ruy (jornalista e editor do jornal comunista Classe Operária) e Adalberto Monteiro (secretário de Formação do PCdoB e presidente da Fundação Maurício Grabois).
A publicação será enviada para bibliotecas públicas e outros centros de referência para estudo e pesquisa a respeito da história política do Brasil. O lançamento nacional está programado para o dia 23 de março próximo, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, às 17 horas. Na mesma ocasião serão comemorados os 89 anos de vida ininterrupta do mais antigo partido político nacional em funcionamento no país, que é também o mais jovem por sua composição social e por suas ideias: o PCdoB.
Síntese de uma vida
Homem da política, das ideias e das lutas sociais, João Amazonas atuou em diversas frentes para a construção de um país mais justo e soberano, caminho brasileiro para o socialismo. Além de ideólogo do comunismo e de ser um dos pilares da construção partidária, Amazonas esteve na Guerrilha do Araguaia (1972-1974), foi parlamentar e um dos articuladores da candidatura de Lula à Presidência da República.
No prefácio, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) destaca: “O nome de João Amazonas lembra de imediato a palavra que é a síntese de toda a sua vida: comunista, não apenas no sentido ideológico, mas significando também um compromisso com uma visão de mundo e de sociedade”.
Mais adiante, acrescenta: “sou testemunha de que João Amazonas foi o artífice da necessária unidade das forças progressistas e avançadas na direção de um projeto político e social de caráter emancipatório para o povo brasileiro. Pacientemente, ele construiu, convenceu, dirimiu dúvidas daqueles mais incrédulos da possibilidade da construção de um novo rumo para o Brasil, com soberania e desenvolvimento nacional”.
Um dos destaques feitos na publicação é o fato de Amazonas, especialmente como parlamentar, ter dedicado suas ações sempre aos trabalhadores e à melhoria do povo brasileiro. Como constituinte, apresentou 17 emendas ao projeto de Constituição, “entre elas a que fixava a jornada de trabalho num máximo de oito horas diárias, instituía o direito irrestrito de greve e a efetiva liberdade de organização sindical, e aperfeiçoava a já arejada legislação trabalhista com inovações voltadas para a higiene e a segurança no ambiente de trabalho”, destaca a apresentação assinada pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
Quando deputado, Amazonas era um dos 15 comunistas na Casa, que tinha então 320 deputados. O partido contava, também, com um senador: Luis Carlos Prestes. Amazonas foi eleito pelo Distrito Federal (no então estado da Guanabara, hoje Rio de Janeiro) com 18.379 votos, número expressivo para a época.
Ao contextualizar aquele período, Rebelo anota: “Mesmo a conservadora redemocratização operada naquele período serviu de estuário para que os comunistas, empolgados com a vitória dos Aliados contra o eixo do nazifascismo, se empenhassem em alargar as bases das liberdades democráticas. Getúlio Vargas fora deposto, mas as instituições e os tiranetes do Estado Novo, a começar do então presidente Eurico Dutra, prolongavam sua sobrevida autoritária e limitavam as lutas populares. Sindicatos eram tomados pelo Ministério do Trabalho, grevistas espancados nas fábricas, comunistas sequestrados no meio da noite para sofrer torturas em lugares ermos, e até a comemoração do Dia do Trabalhador, internacionalmente uma data de festa e de lutas, era tirada das ruas e confinada a auditórios fechados”.
Finalizando sua apresentação, Aldo destaca: “João Amazonas viveu para ver o Brasil redemocratizado e os comunistas integrados ao esforço de construção da pátria independente, da pátria democrática, da pátria justa para seus filhos, caminho para a pátria socialista com que sonhou e para a qual viveu e lutou”.



Da redação
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